5 Prática simulada V Caso 05 Habeas corpus

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Habeas Corpus Preventivo com pedido liminar 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
xxx, advogado, inscrito na OAB/xx sob o n.º xxx, com escritório profissional na 
Rua xxx, nº: xxx, CEP: xxx, bairro: cidade do Rio de janeiro-RJ, com endereço 
eletrônico: xxx, onde recebe intimações, vem respeitosamente perante esse Egrégio 
Tribunal, com fulcro no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988 e 
artigos 647 e 648, ambos do Código de Processo Penal, impetrar o presente 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE 
LIMINAR 
 
Em benefício da paciente MATILDE, brasileira, Estado civil; xxx, nascida em: 
xxx, residente na Rua xxx, CEP: xxx, bairro: xxx, no estado: xxx, o qual vem sofrendo 
violenta coação em sua liberdade, por ato ilegal e abusivo do Excelentíssimo Senhor 
Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de xxx, pelos motivos de fato e de 
direito a seguir delineados: 
I – DOS FATOS 
 Trata-se de prisão civil da devedora de alimentos consubstanciados nos art. 5º 
,LXVI da CRFB/88. Cujo objetivo é compelir o credor a efetuar o pagamento. 
valorizando um instituto, sem todavia, menosprezar o outro, considere-se o valor 
atribuído a liberdade de ir vir, conforme evidência o referido instituto legal. como 
também o frágil estado de saúde da paciente(conforme laudo médico anexado a este 
Habeas Corpus). 
 
II- DO DIREITO 
 
Em conformidade com os ensinos do art. 5º, LXVI, LXVII, LXVIII DA 
CRFB/88 : 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
Em igual substrato, o Código de Processo Penal contempla em seus artigos 647 e 648: 
"Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo 
nos casos de punição disciplinar;" 
"Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
I - quando não houver justa causa; (...)" 
 
Todavia, considerando ainda o artigo 5º, LXVI.: 
5º, LXVI. CRFB/88: - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a 
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. Todavia o remédio 
constitucional Com fulcro na Carta Magna do Brasil combinando os artigos: 
at.5º, LXVIII com o Art. 528,§ 2º e também o arti.1º da CRFB/88. iniciando pelo 
explicitado no art. 5º, LXVIII, da CRF/88: 
art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de poder; 
art. 528 § 2º . CPC. -Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade 
absoluta de pagar justificará o inadimplemento; 
E também o disposto no art. 1º, III da Constituição República Federativa do Brasil: 
art. 1º, III CRFB/88“: A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
III – a dignidade da pessoa humana.” 
Juntos, estes artigos estabelecem os princípios fundamentais da dignidade da 
pessoa humana. 
“Os princípios constitucionais tornaram-se a base de todo o sistema legal de 
modo a viabilizar o alcance da dignidade humana em todas as relações 
jurídicas.” (Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 3ª ed. RT, 2006). 
 
 
III - DA LIMINAR 
 
Constata-se excelência presente os pressupostos do Fumus bom Iuris e também 
do periculum in mora, elencados no artigo Art. 300 CPC. 
Art. 300 CPC.: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos 
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. Uma vez que o entendimento jurisprudencial quanto a 
prisão é apenas por divida nos últimos três meses, bem como da necessidade da 
necessidade do descumprimento voluntário e inexcusável do devedor o que não 
é o caso do impetrante. 
O periculum in mora esta presente pois a lesão ao direito de locomoção da 
impetrante encontra-se em iminência de ocorrer em face da decisão da vara de 
família. diante do exposto requer a liminar para sanar a ilegalidade que esta 
prestes a constranger a liberdade da impetrante. 
DA DOUTRINA: 
 Resta claro que a dignidade da pessoa humana é um valor supremo, inerente à 
pessoa e, independente de qualquer tipo de condição. Pode-se afirmar que a motivação 
de seu merecimento é a própria vida. Neste diapasão, a lição de Alexandre Moraes: 
A dignidade é um valor espiritual e moral, inerente à pessoa, que se manifesta 
singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e 
que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, 
constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto 
jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser 
feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem 
menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres 
humanos (MORAES, 2008, p. 22). 
 
DA JURISPRUDÊNCIA: 
Conforme jurisprudência emitida pelo: 
Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Habeas Corpus : HC 271084 SC 
2009.027108-4 
Processo: HC 271084 SC 2009.027108-4 
Orgão Julgador: Segunda Câmara de Direito Civil 
Partes Impetrante: Rosane Aparecida Gomes, Paciente: D. A. M. G. 
Publicação Habeas Corpus n. , de Caçador 
Julgamento: 11 de Agosto de 2009 
Relator: Sérgio Izidoro Heil 
Ementa 
HABEAS CORPUS. AÇÃO DE EXECUÇÃO. PRISÃO CIVIL POR 
INADIMPLEMENTO ALIMENTAR. NECESSIDADE DE QUITAÇÃO DAS 
TRÊS ÚLTIMAS PRESTAÇÕES VENCIDAS ANTES DO AJUIZAMENTO 
DA AÇÃO, BEM COMO DAQUELAS QUE SE VENCEREM NO 
DECORRER DO PROCESSO. PAGAMENTO PARCIAL. 
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PLAUSÍVEL. 
ASSERTIVAS SOBRE AS CONDIÇÕES FINANCEIRAS DO PACIENTE 
QUE EXTRAPOLAM O ÂMBITO ESTREITO DO HABEAS CORPUS. 
ORDEM DENEGADA. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
a – seja deferida liminar para determinar ao juizo o recolhimento, independente do 
cumprimento, do mandato de prisão já expedido, ou alternativamente, caso já cumprido 
o mandato, seja determinada a imediata colocação em liberdade do paciente; 
b – A concessão da ordem de Habeas Corpus Preventivo, com a consequente expedição 
de salvo conduto, para o paciente; 
c – A notificação da autoridade coatora, o excelentíssimo Dr. Juiz da vara de família da 
Capital. 
 
V- DAS PROVAS 
Requer a análise das provas anexadas a presente ação 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Local ................. e data...../...../ ....... 
ADVOGADO/OAB