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Aula2 Apostila1 1HJVPRACAP

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Legislação	Aduaneira	p/	RFB	-	2017
Teoria	e	Questões	
Prof.	Ricardo	Vale-	Aula	02
Prof.	Ricardo	Vale																				www.estrategiaconcursos.com.br																												 Página	2	de	131
1- Imposto de Exporta‹o (IE): (art. 212 Ð art. 217)
1.1-Introdu‹o:
Assim como o imposto de importa‹o, o imposto de exporta‹o tem
finalidade eminentemente extrafiscal, servindo como mecanismo de
controle governamental sobre o comŽrcio exterior. No Brasil, a atual pol’tica
comercial tem sido direcionada para o incentivo ˆs exporta›es, motivo pelo
qual estas s‹o desoneradas de tributos, inclusive do imposto de exporta‹o.
Com efeito, o imposto de exporta‹o possui al’quota zero para a quase
totalidade da pauta exportadora brasileira.
Para o analista mais desavisado, pode parecer um absurdo que o
governo faa incidir o imposto de exporta‹o sobre suas vendas ao exterior.
No entanto, tal pol’tica pode prestar-se a objetivos diversos. Veja s—! Imagine
que o preo internacional de arroz tenha se elevado em virtude da escassez de
oferta resultante de enchentes ocorridas no Sudeste Asi‡tico. Ora, os
exportadores brasileiros poder‹o ficar tentados a vender todo o estoque de
arroz, o que geraria um desabastecimento interno. Para evitar tal situa‹o,
o governo poder‡ impor um imposto de exporta‹o sobre as vendas de arroz
ao exterior.
Atualmente, no Brasil, alguns exemplos de produtos em rela‹o aos
quais o imposto de exporta‹o possui al’quotas diferentes de zero s‹o certos
tipos de couro (couro wet blue e couro salgado) e armamentos exportados
para a AmŽrica do Sul e Caribe.
Em raz‹o de sua natureza extrafiscal, o art. 153, ¤ 1¼, da CF/88
determina que Ž facultado ao Poder Executivo, atendidas as condi›es e os
limites estabelecidos em lei, alterar as al’quotas do imposto de exporta‹o.
Dessa forma, pode-se afirmar que o imposto de exporta‹o n‹o obedece
ao princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de al’quotas. Atualmente,
Ž a CAMEX quem define as al’quotas do imposto de exporta‹o. Nos termos do
Regulamento Aduaneiro, a CAMEX Ž respons‡vel por relacionar as
mercadorias sujeitas ao imposto de exporta‹o. Isso nos permite afirmar
que o imposto de exporta‹o Ž excepcional, pois somente os produtos
relacionados pela CAMEX estar‹o a ele sujeitos.
A competncia da CAMEX para fixar as al’quotas do imposto de
importa‹o e do imposto de exporta‹o j‡ foi, inclusive, reconhecida pelo
Supremo Tribunal Federal no RE 570.680/RS.
EMENTA: TRIBUTçRIO. IMPOSTO DE EXPORTA‚ÌO. ALTERA‚ÌO
DE ALêQUOTA. ART. 153 , ¤ 1¼ , DA CONSTITUI‚ÌO FEDERAL .
COMPETæNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPòBLICA
NÌO CONFIGURADA. ATRIBUI‚ÌO DEFERIDA Ë CAMEX.
CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONçRIA CUJOS
Legislação	Aduaneira	p/	RFB	-	2017
Teoria	e	Questões	
Prof.	Ricardo	Vale-	Aula	02
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LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO
EXTRAORDINçRIO DESPROVIDO.
I- ƒ compat’vel com a Carta Magna a norma infraconstitucional que
atribui a —rg‹o integrante do Poder Executivo da Uni‹o a faculdade de
estabelecer as al’quotas do Imposto de Exporta‹o.
II - Competncia que n‹o Ž privativa do Presidente da Repœblica.
III - Inocorrncia de ofensa aos arts. 84, IV e par‡grafo œnico, e 153,
¤ 1¼, da Constitui‹o Federal ou ao princ’pio de reserva legal.
Precedentes.
IV - Faculdade discricion‡ria atribu’da ˆ C‰mara de ComŽrcio Exterior -
CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e
ˆs demais normas regulamentares.
V - Recurso extraordin‡rio conhecido e desprovido.
Segundo o art. 215 do R/A, a al’quota do imposto de exporta‹o ser‡
de 30%, podendo ser aumentada ou reduzida pelo Poder Executivo.
Entretanto, na hip—tese de eleva‹o da al’quota, essa n‹o poder‡
ultrapassar 150% (al’quota m‡xima do imposto de exporta‹o). Trata-se de
limite estabelecido em lei, que deve ser observado pela CAMEX ao manejar a
al’quota do imposto.
O imposto de exporta‹o tambŽm excepciona os princ’pios da
anterioridade e da noventena, resultando da’ que qualquer altera‹o de
al’quotas produzir‡ efeitos imediatos. Destaque-se que o lanamento do
imposto de exporta‹o, ˆ semelhana do que ocorre para o imposto de
importa‹o, Ž feito por homologa‹o.
1.2- Fato Gerador:
O imposto de exporta‹o Ž tributo da competncia da Uni‹o, cujo
fato gerador Ž a sa’da da mercadoria do territ—rio nacional. Segundo o
art. 212 do R/A, o imposto de exporta‹o incide sobre mercadoria nacional
ou nacionalizada destinada ao exterior. Destaque-se que Ž considerada
mercadoria nacionalizada aquela que foi importada a t’tulo definitivo.
Para efeito de c‡lculo do imposto de exporta‹o, considera-se
ocorrido o fato gerador na data do registro de exporta‹o no SISCOMEX1.
Assim, o tributo ser‡ calculado com base na al’quota vigente na data do
registro do RE, mesmo que, na data da efetiva sa’da da mercadoria do
territ—rio nacional, a al’quota em vigor seja outra.
1 Registro de Exporta‹o Ž o conjunto de informa›es de natureza comercial,
financeira, cambial e fiscal que caracterizam a opera‹o de exporta‹o de uma
mercadoria e definem o seu enquadramento. Trata-se de documento utilizado no
controle administrativo das exporta›es. Recorde-se que o documento utilizado
no controle administrativo das importa›es Ž a Licena de Importa‹o.
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O fato gerador do imposto de importa‹o
considera-se ocorrido na data de registro da D.I.
O fato gerador do imposto de exporta‹o
considera-se ocorrido na data de registro do R.E
(e n‹o na data de registro da D.E, como poder’amos
ser induzidos a pensar!)
1.3- Base de C‡lculo:
O valor aduaneiro Ž utilizado como base de c‡lculo apenas para o
imposto de importa‹o. Segundo o art. 214 do R/A, a base de c‡lculo do I.E Ž
o preo normal que a mercadoria, ou sua similar, alcanaria, ao tempo
da exporta‹o, em uma venda em condi›es de livre concorrncia no
mercado internacional, observadas as normas expedidas pela C‰mara de
ComŽrcio Exterior. Por ser esse um conceito muito subjetivo, a legisla‹o
prev que o preo ˆ vista do produto, FOB ou posto na fronteira, Ž
indicativo do preo normal. 2
Se o preo da mercadoria for de dif’cil apura‹o ou for suscet’vel
de oscila›es bruscas no mercado internacional, a CAMEX fixar‡
critŽrios espec’ficos ou estabelecer‡ pauta de valor m’nimo, para
apura‹o da base de c‡lculo.
Segundo o art. 214, ¤ 2o, do R/A,	 para efeito de determina‹o da
base de c‡lculo do imposto, o preo de venda das mercadorias exportadas n‹o
poder‡ ser inferior ao seu custo de aquisi‹o ou de produ‹o, acrescido
dos impostos e das contribui›es incidentes e da margem de lucro de
15% (quinze por cento) sobre a soma dos custos, mais impostos e
contribui›es. Assim, se o custo de produ‹o de uma mercadoria for R$ 850,00
e os impostos e contribui›es somarem R$ 150,00, o preo de venda da
mercadoria, para fins de apura‹o da base de c‡lculo do IE, n‹o poder‡ ser
inferior a R$ 1.150,00 (custo de produ‹o + impostos/contribui›es + margem
de lucro de 15%).
Atualmente, essa regra pode parecer sem muita utilidade, uma vez
que nossas exporta›es s‹o praticamente todas desoneradas do imposto de
exporta‹o (recebem al’quota zero). No entanto, seu objetivo Ž evitar o
subfaturamento nas exporta›es, caso estas sejam tributadas, por raz›es
extrafiscais, pelo imposto de exporta‹o.
Conforme j‡ comentamos, o R/A prev que a al’quota do imposto
de exporta‹o ser‡ de 30%, podendo a CAMEX reduzi-la ou aument‡-la.
2 Valor FOB Ž o preo da mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Em
outras palavras, Ž o preo da mercadoria exclu’do o frete e o seguro internacional.Legislação	Aduaneira	p/	RFB	-	2017
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Entretanto, ao aumentar a al’quota, a CAMEX dever‡ observar o limite
m‡ximo de 150%.
1.4- Sujeito ativo:
Segundo o art. 153 da CF/88, compete ˆ Uni‹o instituir imposto
sobre a exporta‹o, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
Portanto, o sujeito ativo do imposto de exporta‹o Ž a Uni‹o.
1.5- Sujeito passivo: contribuinte
O pagamento ser‡ realizado na forma e no prazo fixados pelo
Ministro da Fazenda que poder‡ determinar sua exigibilidade antes da
efetiva sa’da do territ—rio aduaneiro da mercadoria a ser exportada. ƒ poss’vel
que, em fun‹o do destino da mercadoria a ser exportada, seja dispensada a
cobrana do imposto de exporta‹o. Assim, a CAMEX poder‡ estabelecer
que o imposto de exporta‹o n‹o ser‡ cobrado quando a mercadoria tiver
certos destinos.
O contribuinte do imposto de exporta‹o Ž o exportador, assim
considerada qualquer pessoa que promova a sa’da de mercadoria do territ—rio
aduaneiro.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
1. (ATRFB-2012) A C‰mara de ComŽrcio Exterior, observada a legisla‹o
espec’fica, relacionar‡ as mercadorias sujeitas ao Imposto de Exporta‹o, mas
de acordo com o art. 153, ¤ 10 da Constitui‹o Federal, a altera‹o das
al’quotas do imposto Ž de competncia privativa do Chefe do Poder Executivo.
Coment‡rios:
De fato, a CAMEX possui competncia para relacionar as mercadorias
sujeitas ao imposto de exporta‹o, o que nos leva a afirmar que esse Ž um
imposto excepcional (apenas incide sobre as mercadorias relacionadas pela
CAMEX). No entanto, a altera‹o de al’quotas n‹o Ž de competncia privativa
do Chefe do Poder Executivo. Com efeito, Ž a CAMEX o —rg‹o que, atualmente,
detŽm competncia para alterar as al’quotas do imposto de exporta‹o.
Quest‹o errada.
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2. (ATRFB-2012) Mesmo considerando a fun‹o regulat—ria do Imposto de
Exporta‹o, suas al’quotas n‹o poder‹o ser manejadas sem a observ‰ncia de
condi›es e limites estabelecidos em lei em sentido estrito.
Coment‡rios:
H‡ limites para a altera‹o das al’quotas do imposto de exporta‹o.
Conforme estudamos, a al’quota m‡xima do I.E Ž 150%. Quest‹o correta.
3. (ATRFB-2012) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, Ž
incompat’vel com a Constitui‹o Federal a norma infraconstitucional que
atribui a —rg‹o integrante do Poder Executivo da Uni‹o a faculdade de
estabelecer as al’quotas do Imposto de Exporta‹o.
Coment‡rios:
N‹o Ž incompat’vel com a CF/88 norma infraconstitucional que atribui
a —rg‹o integrante do Poder Executivo da Uni‹o a faculdade de estabelecer as
al’quotas do Imposto de Exporta‹o. Isso Ž percept’vel ao verificarmos que a
CAMEX Ž quem fixa as al’quotas do imposto de exporta‹o. Quest‹o errada.
4. (ATRFB-2012) O Imposto de Exporta‹o incide sobre mercadoria
nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se nacionalizada a
mercadoria estrangeira importada a t’tulo definitivo.
Coment‡rios:
Segundo o art. 212, do R/A, o imposto de exporta‹o incide sobre
mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se
nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a t’tulo definitivo. Quest‹o
correta.
5. (Quest‹o InŽdita) O imposto de exporta‹o incide sobre mercadoria
estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se ocorrido na
data do registro de exporta‹o.
Coment‡rios:
O imposto de exporta‹o incide sobre mercadoria nacional ou
nacionalizada destinada ao exterior. Quest‹o errada.
6. (Quest‹o InŽdita) O imposto de exporta‹o incide sobre mercadoria
nacional ou estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se
ocorrido na data do registro de exporta‹o.
Coment‡rios:
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O imposto de exporta‹o n‹o incide sobre mercadoria estrangeira.
Quest‹o errada.
7. (Quest‹o InŽdita) A base de c‡lculo do imposto de exporta‹o, quando
a al’quota for ad valorem, ser‡ o valor aduaneiro.
Coment‡rios:
A base de c‡lculo do imposto de exporta‹o Ž o preo normal. O
valor aduaneiro Ž a base de c‡lculo do imposto de importa‹o, quando a
al’quota for ad valorem. Quest‹o errada.
8. (Quest‹o InŽdita) A al’quota m‡xima para o imposto de exporta‹o Ž
de 150%.
Coment‡rios:
A al’quota do I.E Ž de 30%, podendo ser reduzida ou aumentada pela
CAMEX. No caso de aumento de al’quota, esta n‹o poder‡ ultrapassar o limite
m‡ximo de 150%. Quest‹o correta.
9. (Quest‹o InŽdita) O pagamento do imposto de exporta‹o ser‡
realizado na forma e no prazo fixados pela CAMEX.
Coment‡rios:
A forma e o prazo de pagamento do imposto de exporta‹o ser‹o
fixados pelo Ministro da Fazenda, Quest‹o errada.
10. (Quest‹o InŽdita) O fato gerador do imposto de exporta‹o considera-
se ocorrido no momento do desembarao aduaneiro.
Coment‡rios:
O fato gerador do imposto de exporta‹o considera-se ocorrido na
data do registro de exporta‹o (RE). Quest‹o errada.
11. (Quest‹o InŽdita) O imposto de exporta‹o ser‡ calculado pela
aplica‹o da al’quota de 30% sobre a base de c‡lculo. O Ministro da Fazenda
tem competncia para reduzir ou aumentar essa al’quota, a fim de atender aos
objetivos da pol’tica cambial e de comŽrcio exterior.
Coment‡rios:
A competncia para reduzir ou aumentar a al’quota do imposto de
exporta‹o Ž da CAMEX. Quest‹o errada.
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12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Para efeito de c‡lculo do
imposto de exporta‹o, considera-se ocorrido o fato gerador na data da sa’da
da mercadoria do territ—rio aduaneiro.
Coment‡rios:
Para efeito de c‡lculo do imposto de exporta‹o, considera-se
ocorrido o fato gerador na data do registro de exporta‹o. Quest‹o errada.
13. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exporta‹o
incide somente sobre mercadoria nacionalizada destinada ao exterior.
Coment‡rios:
O imposto de exporta‹o tambŽm incide sobre mercadoria nacional
destinada ao exterior. Quest‹o errada.
14. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exporta‹o tem
como fato gerador o desembarao aduaneiro da mercadoria exportada.
Coment‡rios:
O fato gerador do imposto de exporta‹o Ž a sa’da de mercadoria
do territ—rio nacional, considerando-se ocorrido na data do registro de
exporta‹o. Quest‹o errada.
15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de eleva‹o, a
al’quota do imposto de exporta‹o n‹o poder‡ ser superior a cinquenta por
cento.
Coment‡rios:
A al’quota do imposto de exporta‹o n‹o poder‡ ser superior a
150%. Quest‹o errada.
16. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em determinadas situa›es a
C‰mara de ComŽrcio Exterior Ð CAMEX - pode definir pauta de valor m’nimo
para a apura‹o da base de c‡lculo do imposto de exporta‹o.
Coment‡rios:
Se o preo da mercadoria for de dif’cil apura‹o ou for suscet’vel de
oscila›es bruscas no mercado internacional, a CAMEX poder‡ estabelecer
critŽrios espec’ficos ou definir pauta de valor m’nimo para apura‹o da
base de c‡lculo do imposto de exporta‹o. Quest‹o correta.
17. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de c‡lculo do imposto
de exporta‹o Ž o valor aduaneiro, segundo defini‹o do art. VII do GATT.
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Coment‡rios:
A base de c‡lculo do imposto de exporta‹o Ž o preo normal. O valor
aduaneiro Ž base de c‡lculo do imposto de importa‹o quando a al’quota for ad
valorem. Quest‹o errada.
18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) ƒ contribuinte do imposto de
exporta‹o qualquer pessoa que promova a sa’da de mercadoria do territ—rio
aduaneiro.
Coment‡rios:
O contribuinte do imposto de exporta‹o Ž o exportador, assim
considerada qualquer pessoa que promova a sa’da de mercadoria do territ—rio
aduaneiro. Quest‹o correta.
2-Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): (art. 237 Ð art. 248)
2.1- Introdu‹o:
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem natureza
predominantemente extrafiscal, embora, nos œltimos anos, tenha ganhado
relev‰ncia sua finalidade arrecadat—ria (fiscal). A extrafiscalidade do IPI resta
evidente quando se percebe que este tem sido utilizado pelo governo brasileiro
como instrumento de pol’tica de comŽrcio exterior.
Em fun‹o de sua natureza extrafiscal, o IPI n‹o obedece ao
princ’pio da legalidade quanto ˆ altera‹o de al’quotas e ao princ’pio
da anterioridade. Assim, suas al’quotas podem ser alteradas por ato do
Poder Executivo, atendidas as condi›es e os limites estabelecidos em lei.
Adicionalmente, n‹o Ž necess‡rio que a majora‹o da al’quota do IPI espere o
pr—ximo exerc’cio financeiro para produzir seus efeitos.
O IPI, todavia, obedece ao princ’pio da anterioriedade
nonagesimal (noventena). Isso quer dizer que a majora‹o da al’quota
desse tributo, apesar de n‹o necessitar aguardar pelo pr—ximo exerc’cio
financeiro para produzir seus efeitos, deve esperar 90 dias. O legislador
constituinte conferiu ao contribuinte uma garantia, ainda que m’nima, contra a
surpresa de uma exa‹o que lhe seja onerosa.
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2.2- Fato Gerador:
O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na
importa‹o, Ž o desembarao aduaneiro de produto de procedncia
estrangeira. O desembarao aduaneiro, como iremos estudar em aula futura, Ž
o ato final do despacho de importa‹o; Ž o momento em que o AFRFB
atesta a regularidade da importa‹o, liberando a mercadoria para efetivo
ingresso no territ—rio aduaneiro.
Embora o fato gerador do IPI ocorra somente por ocasi‹o do
desembarao aduaneiro, o recolhimento tribut‡rio Ž feito no momento do
registro da Declara‹o de Importa‹o (DI), que marca o in’cio do
despacho de importa‹o. Assim, o recolhimento tribut‡rio ser‡ feito em
momento anterior ˆ ocorrncia do fato gerador do IPI vinculado ˆ importa‹o,
o que pode dar origem a algumas situa›es inusitadas.
Suponha por exemplo que, no dia 15/04/2017, um importador
registre uma DI que ampara a importa‹o de geladeiras. O desembarao
aduaneiro, no entanto, somente vem a ocorrer no dia 30/04/2017. Agora vem
o problema! Na data do registro da DI (15/04/2017), a al’quota do IPI era de
30%; j‡ na data do desembarao aduaneiro (30/04/2017), a al’quota do IPI
era de 10%. O recolhimento tribut‡rio, nessa situa‹o, foi feito com base na
al’quota vigente na data do registro da DI (30%). No entanto, como sabemos
a partir de nossos estudos de Direito Tribut‡rio, a al’quota aplic‡vel deveria ser
aquela vigente na data da ocorrncia do fato gerador (10%). Resta claro que,
nessa situa‹o, caber‡ restitui‹o ao importador do valor pago a maior. O
inverso tambŽm poderia acontecer, dando ensejo a uma cobrana
complementar a ser efetuada pelo Fisco.
Destaque-se que a possibilidade de o recolhimento tribut‡rio ser
efetuado antes da ocorrncia do fato gerador tem amparo no art. 150, ¤
7.¼, da CF/88, que disp›e o seguinte:
Art. 150.............................................................................
¤ 7.¼ A lei poder‡ atribuir a sujeito passivo de obriga‹o tribut‡ria a
condi‹o de respons‡vel pelo pagamento de imposto ou contribui‹o,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata
As al’quotas do I.I e do I.E s‹o alteradas pela CAMEX.
As al’quotas do IPI, todavia, s‹o alteradas por
Decreto do Presidente da Repœblica.
Assim, apesar de incidir sobre as opera›es de
comŽrcio exterior, as al’quotas do IPI n‹o s‹o
alteradas pela CAMEX.
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e preferencial restitui‹o da quantia paga, caso n‹o se realize o fato
gerador presumido lei poder‡ atribuir a sujeito passivo de obriga‹o
tribut‡ria a condi‹o de respons‡vel pelo pagamento de imposto ou
contribui‹o, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restitui‹o da quantia paga, caso
n‹o se realize o fato gerador presumido
Trata-se do que a doutrina chama de fato gerador presumido. No
momento do registro da Declara‹o de Importa‹o (DI), o fato gerador do IPI
(desembarao aduaneiro) ainda n‹o ocorreu, mas, desde j‡, Ž efetuado o
recolhimento tribut‡rio. Presume-se, nessa situa‹o, que o desembarao
aduaneiro (fato gerador do IPI) ir‡ ocorrer posteriormente.
A legisla‹o aduaneira prev, ainda, outra hip—tese de fato gerador
presumido do IPI, de natureza diversa ˆ do art. 150, 7¼, da CF/88. Ele
ocorrer‡ no caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade fiscal, ˆ
semelhana do que prev a legisla‹o do imposto de importa‹o.
Segundo o art. 238, 1¼, do R/A, considera-se ocorrido o desembarao
aduaneiro de mercadoria que constar como importada e cujo extravio for
verificado pela autoridade fiscal, inclusive na hip—tese de mercadoria sob
regime suspensivo de tributa‹o. Suponha que o importador registre uma DI
amparando a importa‹o de 100 geladeiras. No curso do despacho aduaneiro,
o AFRFB verifica que h‡ apenas 80 geladeiras (as outras 20 foram
extraviadas). O importador far‡ jus ˆ restitui‹o dos tributos que incidiram
sobre as 20 geladeiras extraviadas, mas a autoridade aduaneira ir‡ exigi-
los do respons‡vel pelo extravio (transportador ou deposit‡rio). Percebe-se
que, nesse caso, presume-se que as mercadorias extraviadas sofreram
desembarao aduaneiro (o que, na pr‡tica, n‹o aconteceu em raz‹o do
extravio).
Detalhe importante Ž que a legisla‹o prev acerca do extravio de
mercadorias a granel. As diferenas percentuais dessas mercadorias,
apuradas no curso do despacho aduaneiro, n‹o ser‹o consideradas para efeitos
de exigncia do imposto, atŽ o limite de 1%. Na hip—tese de diferena
percentual superior a esse limite, ser‡ exigido o imposto somente em rela‹o
ao que exceder a 1%.
O campo de incidncia do IPI abrange apenas os produtos
industrializados, assim considerados aqueles que resultem de opera‹o
definida como industrializa‹o pelo Regulamento do IPI (RIPI), mesmo que
incompleta, parcial ou intermedi‡ria. As opera›es de industrializa‹o
est‹o previstas no art. 4¼ do RIPI, abaixo transcrito. Isso a’ vocs v‹o estudar
em detalhes no curso de Legisla‹o Tribut‡ria, com o Prof. F‡bio Dutra!
Art. 4o Caracteriza industrializa‹o qualquer opera‹o que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresenta‹o ou a
finalidade do produto, ou o aperfeioe para consumo, tal como:
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I - a que, exercida sobre matŽrias-primas ou produtos intermedi‡rios,
importe na obten‹o de espŽcie nova (transforma‹o);
II - a que importe em modificar, aperfeioar ou, de qualquerforma,
alterar o funcionamento, a utiliza‹o, o acabamento ou a aparncia do
produto (beneficiamento);
III - a que consista na reuni‹o de produtos, peas ou partes e de que
resulte um novo produto ou unidade aut™noma, ainda que sob a
mesma classifica‹o fiscal (montagem);
IV - a que importe em alterar a apresenta‹o do produto, pela
coloca‹o da embalagem, ainda que em substitui‹o da original, salvo
quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da
mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou
V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de
produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para
utiliza‹o (renova‹o ou recondicionamento).
Par‡grafo œnico. S‹o irrelevantes, para caracterizar a opera‹o
como industrializa‹o, o processo utilizado para obten‹o do produto e
a localiza‹o e condi›es das instala›es ou equipamentos
empregados.
Vejamos, agora, situa›es em que n‹o ocorre o fato gerador do
imposto sobre produtos industrializados!
Art. 238. O fato gerador do imposto, na importa‹o, Ž o
desembarao aduaneiro de produto de procedncia estrangeira
¤ 1o Para efeito do disposto no caput, considera-se ocorrido o
desembarao aduaneiro da mercadoria que constar como importada e
cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade fiscal, inclusive na
hip—tese de mercadoria sob regime suspensivo de tributa‹o.
¤ 2o N‹o constitui fato gerador do imposto o desembarao
aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao Pa’s:
I - nas hip—teses previstas nos incisos I a V do art. 70; e
II - aos quais tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de
exporta‹o tempor‡ria, ainda que descumprido o regime.
O art. 238, ¤ 2¼, inciso I, do R/A, faz men‹o ao art. 70 para tratar
das situa›es em que n‹o ocorre o fato gerador do imposto sobre
produtos industrializados. Recorde-se que o art. 70 do R/A relaciona as
hip—teses em que, para fins de incidncia do imposto de imposto de
importa‹o, as mercadorias s‹o consideradas n‹o-estrangeiras. Vejamos o art.
70 do R/A:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do imposto,
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao
Pa’s, salvo se:
I - enviada em consigna‹o e n‹o vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito tŽcnico, para reparo ou para
substitui‹o;
III - por motivo de modifica›es na sistem‡tica de importa‹o por parte
do pa’s importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pœblica; ou
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V - por outros fatores alheios ˆ vontade do exportador.
Par‡grafo œnico. Ser‹o ainda considerados estrangeiros, para os fins
previstos no caput, os equipamentos, as m‡quinas, os ve’culos, os
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, os
acess—rios e os componentes, de fabrica‹o nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execu‹o de obras contratadas no exterior, na
hip—tese de retornarem ao Pa’s.
ƒ importante tomar cuidado com a forma diferenciada pela qual o
Regulamento Aduaneiro trata as situa›es de Òn‹o-tributa‹oÓ
do Imposto de Importa‹o e as do Imposto sobre Produtos
Industrializados!
1) Para fins de incidncia do imposto de importa‹o, o art. 70
relaciona situa›es em que a mercadoria Ž considerada n‹o-
estrangeira.
2) O mesmo art. 70, no que diz respeito ao imposto sobre
produtos industrializados (IPI), relaciona situa›es de n‹o-
ocorrncia do fato gerador.
As duas s‹o situa›es de n‹o-tributa‹o!
No entanto, se o R/A dissesse que, para fins de IPI, as
mercadorias do art.70 seriam consideradas n‹o-estrangeiras,
poderia haver dœvidas sobre a incidncia do IPI.
Explico: o fato gerador do IPI, na importa‹o, Ž o desembarao
aduaneiro de mercadoria de procedncia estrangeira.
Mercadoria procedente do exterior Ž aquela que vem do
exterior; n‹o Ž, necessariamente, uma mercadoria de origem
estrangeira (produzida no exterior). Ora, se o IPI incide sobre
mercadorias de procedncia estrangeira, isso significa que basta
que ela venha do exterior para que ocorra a incidncia. Haveria
incidncia atŽ mesmo sobre uma mercadoria n‹o-estrangeira
(nacional) vindo do exterior!. Em raz‹o disso, para evitar
polmicas, decidiu-se tratar as hip—teses do art. 70, para fins de
IPI, como situa›es de n‹o-ocorrncia do fato gerador.
O art. 238, ¤ 2¼, inciso II, do R/A, relaciona mais uma hip—tese de
n‹o-ocorrncia do fato gerador do IPI. Trata-se do retorno de
exporta‹o tempor‡ria (reimporta‹o), que tambŽm Ž situa‹o de n‹o-
ocorrncia do fato gerador do imposto de importa‹o.
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2.3- Incidncia:
O imposto sobre produtos industrializados (IPI), na importa‹o,
incide sobre produtos industrializados de procedncia estrangeira.
Segundo o art. 2¼ do RIPI, o imposto incide sobre produtos industrializados,
nacionais e estrangeiros, obedecidas as especifica›es constantes da Tabela de
Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados Ð TIPI. O campo de
incidncia do IPI abrange todos os produtos com al’quota, ainda que
zero, relacionados na TIPI 3. Ficam exclu’dos do campo de incidncia do IPI
apenas os produtos que, na TIPI, possuem a nota‹o NT (n‹o-tributado). 4
Vejamos, agora, as situa›es de n‹o-incidncia do imposto sobre
produtos industrializados!
Art. 237- O imposto de que trata este T’tulo, na importa‹o, incide
sobre produtos industrializados de procedncia estrangeira.
¤ 1o O imposto n‹o incide sobre:
I - os produtos chegados ao Pa’s nas hip—teses previstas nos incisos I
e II do art. 71, que tenham sido desembaraados; e
II - as embarca›es referidas no inciso V do art. 71
Como Ž poss’vel verificar, o art. 237, ¤ 1¼, do R/A, nos remeteu ao
art. 71 para tratar das hip—teses de n‹o-incidncia. N—s j‡ as estudamos na
aula passada, quando vimos sobre a n‹o-incidncia do imposto de importa‹o.
N‹o custa relembrar, n‹o Ž mesmo?
Art. 71. O imposto n‹o incide sobre:
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos
de transporte, chegar ao Pa’s por erro inequ’voco ou comprovado de
expedi‹o, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;
II - mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade e valor, e
que se destine a reposi‹o de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, ap—s o desembarao aduaneiro, defeituosa ou
imprest‡vel para o fim a que se destinava, desde que observada a
regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da Fazenda;
3 A TIPI Ž uma tabela semelhante ˆ Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que
relaciona produtos, seus c—digos numŽricos e respectivas al’quotas.
4 Os produtos que aparecem na TIPI com a nota‹o NT est‹o fora do campo de
incidncia do IPI. Veja: apesar de estarem na TIPI, esses produtos est‹o fora do
campo de incidncia do IPI.
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III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de
perdimento, exceto na hip—tese em que n‹o seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida;
IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro
da declara‹o de importa‹o, observada a regulamenta‹o editada
pelo MinistŽrio da Fazenda;
V - embarca›es constru’das no Brasil e transferidas por matriz de
empresa brasileira de navega‹o para subsidi‡ria integral no exterior,
que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma
empresanacional de origem;
VI - mercadoria estrangeira destru’da, sob controle aduaneiro, sem
™nus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada; e
VII - mercadoria estrangeira em tr‰nsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destru’da.
Fiz uma marca‹o acima nas trs hip—teses de n‹o-incidncia do
IPI!
O inciso I se refere ˆ situa‹o em que a mercadoria estrangeira n‹o
estava prevista para vir ao Brasil, mas, por um erro inequ’voco ou comprovado
de expedi‹o, acabou chegando ao Pa’s. Ela ser‡, ent‹o, redestinada (enviada
para outro destino) ou devolvida, n‹o havendo incidncia do IPI.
O inciso II, por sua vez, se aplica ao caso de substitui‹o de
mercadorias. Nessa situa‹o, foi importada uma mercadoria que, ap—s o
desembarao, se revelou defeituosa ou imprest‡vel para o fim ao qual se
destinava. Esta Ž, ent‹o, devolvida ao exterior e, em seu lugar, vem uma
nova, sobre a qual n‹o incidir‡ o imposto de importa‹o.
O inciso V, por œltimo, versa sobre o retorno de embarca›es ao
registro brasileiro. Nesse caso, a embarca‹o foi constru’da no Brasil e
transferida por uma empresa brasileira de navega‹o a uma subsidi‡ria no
exterior. A embarca‹o, posteriormente, retorna ao Brasil, n‹o sofrendo a
incidncia do imposto de importa‹o. Para isso, ela dever‡ retornar como
propriedade da mesma empresa nacional de origem
J‡ sei o que vocs devem estar perguntando:
ÒRicardo, e qual o tratamento tribut‡rio, em termos de IPI, para
as situa›es dos incisos III, IV, VI e VII?Ó
Excelente pergunta, meu amigo! Vejamos:
a) Art. 71, inciso III: Uma mercadoria que entra no Pa’s e Ž
encontrada pela Aduana sofrer‡ a aplica‹o da pena de perdimento. Em raz‹o
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de n‹o ter se submetido ao desembarao aduaneiro, essa mercadoria objeto
da pena de perdimento n‹o sofrer‡ incidncia do imposto sobre produtos
industrializados. Entretanto, se ela n‹o for localizada, tiver sido consumida
ou revendida, a Aduana n‹o ter‡ como aplicar a pena de perdimento e, ent‹o,
ir‡ cobrar o imposto sobre produtos industrializados.
b) Art. 71, inciso IV: A mercadoria estrangeira devolvida para o
exterior antes do registro da DI n‹o sofreu desembarao aduaneiro, logo n‹o
houve incidncia do imposto sobre produtos industrializados.
c) Art. 71, inciso VI: A mercadoria estrangeira avariada ou que se
revelou imprest‡vel para os fins aos quais se destinava Ž destru’da antes do
desembarao aduaneiro. Logo, se n‹o h‡ desembarao aduaneiro, n‹o h‡
incidncia do imposto sobre produtos industrializados.
d) Art. 71, inciso VII: O imposto sobre produtos industrializados
incidir‡ sobre mercadoria estrangeira acidentalmente destru’da em tr‰nsito
aduaneiro de passagem. Com efeito, a mercadoria sofreu desembarao
aduaneiro e n‹o h‡ qualquer dispositivo legal excluindo a incidncia.
Uma quest‹o que gerava polmicas era a respeito da cobrana de
IPI na importa‹o de ve’culos por pessoa f’sica para uso pr—prio.
Durante algum tempo, STF e STJ vinham entendendo que n‹o
haveria a incidncia de IPI nessa situa‹o.
Entretanto, no RE 723.651, o STF modificou seu entendimento,
firmando a tese de que Òincide o IPI em importa‹o de ve’culos
automotores por pessoa natural, ainda que n‹o desempenhe
atividade empresarial, e o faa para uso pr—prioÓ.
Segundo a Corte:
a) A cobrana de IPI na importa‹o de ve’culos por pessoa f’sica
n‹o implica em bitributa‹o. Isso porque o IPI somente incidir‡
uma œnica vez, por ocasi‹o do desembarao aduaneiro. Caso a
pessoal f’sica que realizou a importa‹o decida revender o ve’culo,
n‹o haver‡ nova incidncia de IPI.
b) O princ’pio da n‹o-cumulatividade, aplic‡vel ao IPI, n‹o
pode servir como argumento para afastar a incidncia desse
tributo na importa‹o. Admitir esse argumento seria equivalente a
criar uma isen‹o tribut‡ria sem previs‹o legal.
c) O princ’pio da isonomia imp›e a cobrana do IPI na
importa‹o de ve’culos por pessoa f’sica. Ora, se na venda de um
ve’culo feita por um fabricante nacional ocorre a incidncia do IPI,
nada mais natural que esse tributo seja cobrado nas importa›es,
sob pena de se conferir vantagem ao exportador estrangeiro.
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2.4- Base de C‡lculo:
A base de c‡lculo do IPI, na importa‹o, Ž o valor aduaneiro
acrescido do montante referente ao imposto de importa‹o e aos
encargos cambiais. O imposto ser‡ recolhido automaticamente quando
registrada a Declara‹o de Importa‹o.
O c‡lculo do imposto se faz mediante aplica‹o das al’quotas
constantes da TIPI (Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos
Industrializados).
2.5- Sujeito Ativo / Sujeito Passivo:
O sujeito ativo do IPI Ž a Uni‹o, conforme art. 153, inciso IV, da
CF/88, que atribui competncia a esse ente federativo para instituir imposto
sobre produtos industrializados. O contribuinte do IPI vinculado ˆ importa‹o
Ž o pr—prio importador.
2.5- Isen›es:
O art. 245 do R/A trata das isen›es, nas importa›es, do imposto
sobre produtos industrializados.
Art. 245. S‹o isentas do imposto as importa›es:
I - a que se refere o inciso I e as al’neas ÒbÓ a ÒoÓ e ÒqÓ a ÒuÓ do inciso
II do art. 136, desde que satisfeitos os requisitos e condi›es exigidos
para a concess‹o do beneficio an‡logo relativo ao imposto de
importa‹o; e
II - de bens a que se apliquem os regimes de tributa‹o:
a) simplificada, a que se refere o art. 99; e
b) especial, a que se refere o art. 101.
S‹o muitos os casos de isen‹o do IPI na importa‹o, os quais
relacionamos abaixo (s‹o muitos, mas n‹o se assuste!)
1) Importa›es realizadas pela Uni‹o, pelos Estados, pelo Distrito
Federal, pelos Territ—rios, pelos Munic’pios e pelas respectivas
autarquias.
2) Importa›es realizadas pelos partidos pol’ticos e pelas
institui›es de educa‹o ou de assistncia social.
3) Importa›es realizadas pelas miss›es diplom‡ticas e
reparti›es consulares de car‡ter permanente e pelos respectivos
integrantes.
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4) Importa›es realizadas pelas representa›es de organismos
internacionais de car‡ter permanente, inclusive os de ‰mbito regional, dos
quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.
5) Importa›es realizadas pelas institui›es cient’ficas e
tecnol—gicas.
6) Amostras e remessas postais internacionais, sem valor
comercial.
7) Remessas postais e encomendas aŽreas internacionais,
destinadas a pessoa f’sica.
8) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona
Franca de Manaus.
9) Bens adquiridos em loja franca, no Pa’s.
10) Bens trazidos do exterior, no comŽrcio caracter’stico das cidades
situadas nas fronteiras terrestres.
11) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de
drawback, na modalidade isen‹o.
12) Gneros aliment’cios de primeira necessidade, fertilizantes e
defensivos para aplica‹o na agricultura ou na pecu‡ria, bem como matŽrias-
primas para sua produ‹o no Pa’s, importados ao amparo do art. 4o da Lei no
3.244, de 1957, com a reda‹o dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21
de novembro de 1966
13) Partes, peas e componentes, destinados ao reparo, revis‹o e
manuten‹o de aeronaves e de embarca›es;
14) Medicamentos destinados ao tratamento de aidŽticos, e
instrumental cient’fico destinado ˆ pesquisa da s’ndrome da deficincia
imunol—gica adquirida.
15) Bens importados pelas ‡reas de livre comŽrcio
16) Importa›es efetuadas para a ZonaFranca de Manaus e para
a Amaz™nia Ocidental
17) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes
em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doa‹o de
representa›es diplom‡ticas estrangeiras sediadas no Pa’s;
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18) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos,
de feiras, de exposi›es internacionais e de outros eventos internacionais
assemelhados.
19) Partes, peas e componentes, importados, destinados ao
emprego na conserva‹o, moderniza‹o e convers‹o de embarca›es
registradas no Registro Especial Brasileiro
20) Bens destinados a coletores eletr™nicos de votos
21) Bens recebidos como premia‹o em evento cultural, cient’fico ou
esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribu’dos
ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no Pa’s.
22) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido
utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doa‹o de
entidade de pr‡tica desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora
do evento.
23) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a
treinamento e prepara‹o de atletas e equipes brasileiras para
competi›es desportivas em jogos ol’mpicos, paraol’mpicos, pan-
americanos, parapan-americanos e mundiais
H‡, ainda, duas outras situa›es que merecem coment‡rios:
a) Os bens integrantes de remessas postais internacionais aos quais
seja aplicado o Regime de Tributa‹o Simplificada sofrer‹o a incidncia do
imposto de importa‹o a 60% e receber‹o isen‹o do IPI.
b) Os bens integrantes de bagagem aos quais seja aplicado o
Regime de Tributa‹o Especial sofrer‹o a incidncia do imposto de
importa‹o a uma al’quota de 50% e receber‹o isen‹o do IPI.
Segundo o art. 243 do R/A, as isen›es do IPI, salvo expressa
disposi‹o em lei, referem-se ao produto e n‹o ao contribuinte ou ao
adquirente. Dessa forma, em regra, as isen›es de IPI possuem natureza
objetiva. Entretanto, na lista de isen›es que apresentamos anteriormente,
pudemos perceber diversas hip—teses de isen›es subjetivas (vinculadas
ˆ natureza do importador).
Se a isen‹o estiver condicionada ˆ destina‹o do produto e a
este for dado destino diverso do previsto, estar‡ o respons‡vel pelo fato
sujeito ao pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade
cab’vel, como se a isen‹o n‹o existisse.
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2.6- Imunidades:
Como j‡ sabemos depois de muito estudar as aulas de Direito
Tribut‡rio, as imunidades s‹o hip—teses de n‹o-incidncia
constitucionalmente qualificadas. Assim, todas as imunidades tm
expressa previs‹o constitucional.
No curso de Legisla‹o Tribut‡ria, o Prof. F‡bio Dutra ir‡ abordar as
hip—teses de imunidade do IPI, as quais, de forma bem did‡tica, est‹o
relacionadas no art. 18 do Decreto n¼ 7.212/2010.
Art. 18. S‹o imunes da incidncia do imposto:
I - os livros, jornais, peri—dicos e o papel destinado ˆ sua impress‹o
II - os produtos industrializados destinados ao exterior
III - o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial; e
IV - a energia elŽtrica, derivados de petr—leo, combust’veis e minerais
do Pa’s.
Entretanto, no curso de Legisla‹o Aduaneira, interessa-nos estudar
apenas as imunidades do IPI vinculado ˆ importa‹o. Vamos nos valer,
ent‹o, do texto do Regulamento Aduaneiro e da Constitui‹o Federal de 1988.
Vocs se lembram de quanto tratamos das imunidades do imposto de
importa‹o? Aqui a problem‡tica Ž exatamente a mesma! J
O Regulamento Aduaneiro relaciona apenas uma imunidade do IPI,
prevista no art. 245-A. ƒ o caso da imunidade cultural, que pro’be os entes
federativos de instituir impostos sobre livros, jornais, peri—dicos e o papel
destinado ˆ sua impress‹o.
Art. 245-A. S‹o imunes do imposto as importa›es de livros, jornais e
peri—dicos e do papel destinado a sua impress‹o, observado o disposto
no art. 211-B.
Em que pese a literalidade do Regulamento Aduaneiro ter feito
men‹o a apenas esse caso de imunidade do IPI na importa‹o, n—s sabemos
que, conforme entendimento doutrin‡rio e jurisprudencial, h‡ outras
situa›es em que Ž cab’vel falar-se em imunidade.
- Art. 150, inciso VI, al’nea ÒaÓ: ƒ vedado aos entes federativos
(Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios) instituir impostos sobre o
patrim™nio, renda ou servios, uns dos outros. Trata-se da conhecida
imunidade tribut‡ria rec’proca.
- Art. 150, inciso VI, al’nea ÒcÓ: ƒ vedado aos entes federativos
(Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios) instituir impostos sobre o
patrim™nio, renda ou servios dos partidos pol’ticos, inclusive suas
funda›es, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui›es de
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educa‹o e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei.
- Art. 150, ¤ 2¼: A imunidade tribut‡ria rec’proca Ž extensiva ˆs
autarquias e ˆs funda›es institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico,
no que se refere ao patrim™nio, ˆ renda e aos servios, vinculados a suas
finalidades essenciais ou ˆs delas decorrentes.
Vou dizer novamente o que eu disse na aula anterior! J
1) Se a quest‹o cobrar a literalidade da norma, voc
deve dizer que as importa›es realizadas pelos entes
federativos e suas autarquias, partidos pol’ticos e
institui›es de educa‹o ou de assistncia social s‹o
hip—teses de isen‹o do imposto de importa‹o
2) Se a quest‹o cobrar um entendimento
jurisprudencial ou doutrin‡rio, voc pode assumir
que trata-se de hip—teses de imunidade do imposto
de importa‹o.
3) O edital da RFB falou em Òimunidades (no plural) do
imposto sobre produtos industrializadosÓ, o que nos
leva a crer que ele pede um entendimento mais amplo
do que a mera literalidade do Regulamento
Aduaneiro. Se ele falasse em imunidade (no singular)
do imposto sobre produtos industrializados, restaria
claro que a referncia seria apenas ˆ imunidade na
importa‹o de livros, jornais e peri—dicos e do papel
destinado a sua impress‹o (œnica imunidade prevista
na literalidade do R/A)
2.7- Suspens‹o do pagamento do IPI:
H‡ situa›es em que a importa‹o Ž realizada com suspens‹o do
pagamento do IPI. Elas est‹o previstas no art. 246 e art. 247 do R/A.
O art. 246 do R/A teve como objetivo estimular a produ‹o
nacional de equipamentos autopropulsados como tratores, bulldozers,
m‡quinas e aparelhos de uso agr’cola (colheitadeiras, semeadeiras), etc. Os
componentes, chassis, acess—rios, partes e peas desses equipamentos s‹o
desembaraados com suspens‹o do IPI, quando importados diretamente
por estabelecimento industrial. Destaque-se que esses produtos
importados com suspens‹o do IPI dever‹o ser usados no processo produtivo
dos equipamentos autopropulsados em quest‹o. A l—gica Ž: importar insumos
com suspens‹o do IPI para produzir, no Pa’s, esses equipamentos.
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Art. 246. Ser‹o desembaraados com suspens‹o do pagamento do
imposto os componentes, chassis, carroarias, acess—rios, partes e
peas dos produtos autopropulsados classificados nas posi›es 84.29,
84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11, da Nomenclatura Comum do
Mercosul, quando importados diretamente por estabelecimentoindustrial.
¤ 1o A suspens‹o de que trata o caput Ž condicionada a que o produto
seja destinado a emprego pelo estabelecimento industrial adquirente
I - na produ‹o de componentes, chassis, carroarias, acess—rios,
partes ou peas dos produtos autopropulsados relacionados nos
Anexos I e II da Lei no 10.485, de 2002; ou
II - na montagem dos produtos autopropulsados classificados nas
posi›es 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.03, 87.05, 87.06 e
87.11, e nos c—digos 8704.10.00, 8704.2 e 8704.3, da Nomenclatura
Comum do Mercosul.
¤ 2¼ O disposto neste artigo aplica-se, tambŽm, ˆ empresa comercial
atacadista adquirente dos produtos resultantes da industrializa‹o por
encomenda a que se refere o art. 427
O art. 247, por sua vez, visa conceder incentivos fiscais a alguns
setores espec’ficos, quais sejam: i) setor exportador; ii) setor agropecu‡rio;
iii) fabricantes de m‡quinas e equipamentos autopropulsados (bens previstos
no art.246); iv) fabricantes de partes e peas para aeronaves e aparelhos
espaciais e; v) empresas que investem em atividades de tecnologia da
informa‹o.
E como funciona esse incentivo fiscal?
As pessoas jur’dicas preponderantemente exportadoras e as
empresas fabricantes dos equipamentos acima mencionados poder‹o
importar insumos (matŽrias-primas, produtos intermedi‡rios e materiais de
embalagens) com suspens‹o do pagamento do IPI.
Art. 247. Ser‹o desembaraados com suspens‹o do pagamento do
imposto, ainda, as matŽrias-primas, os produtos intermedi‡rios e os
materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas
jur’dicas preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento
industrial fabricante preponderantemente:
I - dos produtos classificados nos Cap’tulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto c—digos 2309.10.00 e 2309.90.30 e
Ex-01 no c—digo 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, e nas posi›es
21.01 a 2105.00, 2209.00.00 e 2501.00 da Nomenclatura Comum do
Mercosul, inclusive daqueles a que corresponde a nota‹o NT (n‹o-
tributados);
II - dos bens referidos no art. 246;
III - das partes e peas destinadas a estabelecimento industrial
fabricante de produto classificado no Cap’tulo 88 da Nomenclatura
Comum do Mercosul; e
IV - dos bens de inform‡tica e automa‹o que gozem do benef’cio
referido no art. 816.
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Por fim, ressalte-se que se for dado destino diverso do previsto ao
produto beneficiado com suspens‹o, o respons‡vel estar‡ sujeito ao
pagamento do imposto, dos juros de mora e da penalidade cab’vel.
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!
19. (AFRFB Ð 2014) O fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados, na importa‹o, Ž o desembarao aduaneiro de produto de
procedncia estrangeira.
Coment‡rios:
ƒ isso mesmo! O fato gerador do IPI, na importa‹o, Ž o
desembarao aduaneiro. Vale destacar que o desembarao aduaneiro Ž o ato
final do despacho de importa‹o. Quest‹o correta.
20. (AFRFB-2012) N‹o constitui fato gerador do IPI-Importa‹o o
desembarao aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao Pa’s aos quais
tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de exporta‹o tempor‡ria,
salvo se descumprido o regime.
Coment‡rios:
N‹o constitui fato gerador do IPI vinculado ˆ importa‹o o retorno ao
Pa’s de produtos nacionais aos quais tenha sido aplicado o regime de
exporta‹o tempor‡ria, ainda que descumprido o regime. Quest‹o errada.
21. (Quest‹o InŽdita) O fato gerador do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), na importa‹o, Ž o desembarao aduaneiro de produto
de procedncia estrangeira. Logo, o recolhimento desse tributo ser‡ procedido
em momento posterior ao do registro da Declara‹o de Importa‹o (DI).
Coment‡rios:
Apesar de o fato gerador do IPI, na importa‹o, ser o desembarao
aduaneiro, ele ser‡ recolhido no momento do registro da DI. Quest‹o errada.
22. (Quest‹o InŽdita) A base de c‡lculo do imposto sobre produtos
industrializados (IPI) Ž o valor aduaneiro acrescido do imposto de importa‹o e
do valor do pr—prio IPI.
Coment‡rios:
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A base de c‡lculo do IPI Ž o valor aduaneiro acrescido do imposto de
importa‹o e dos encargos cambiais. O IPI n‹o integra sua pr—pria base de
c‡lculo. Quest‹o errada.
23. (AFRFB-2012) Ser‹o desembaraados com suspens‹o do pagamento
do IPI-Importa‹o as matŽrias-primas, os produtos intermedi‡rios e os
materiais de embalagem, importados diretamente por pessoas jur’dicas
preponderantemente exportadoras ou por estabelecimento industrial fabricante
preponderantemente das partes e peas destinadas a estabelecimento
industrial fabricante de produto classificado no Cap’tulo 88 da Nomenclatura
Comum do Mercosul.
Coment‡rios:
Quest‹o bastante dif’cil! Ela nos mostra dois incentivos fiscais relativos
ao IPI, os quais est‹o previstos no art. 247, caput e inciso III do R/A:
1) Suspens‹o de IPI na importa‹o, por pessoa jur’dica
preponderantemente exportadora, de matŽrias-primas, produtos
intermedi‡rios e materiais de embalagem.
2) Suspens‹o de IPI na importa‹o de matŽrias-primas, produtos
intermedi‡rios e materiais de embalagem por estabelecimento industrial
fabricante preponderantemente das partes e peas destinadas a
estabelecimento industrial fabricante de produto classificado no Cap’tulo 88
da Nomenclatura Comum do Mercosul (aeronaves e aparelhos espaciais).
Por tudo o que comentamos, a quest‹o est‡ correta.
24. (Quest‹o InŽdita) As isen›es do imposto sobre produtos
industrializados, salvo expressa disposi‹o de lei, referem-se ao contribuinte
ou ao adquirente.
Coment‡rios:
Em regra, as isen›es de IPI s‹o objetivas, isto Ž, se referem ao
produto. Quest‹o errada.
25. (Quest‹o InŽdita) S‹o isentas de IPI as importa›es de bens aos quais
se apliquem os regimes de tributa‹o especial e simplificada.
Coment‡rios:
O Regime de Tributa‹o Especial Ž o que se aplica ˆ bagagem de
viajantes; o Regime de Tributa‹o Simplificada, por sua vez, se aplica a bens
integrantes de remessas postais internacionais. Nessas duas situa›es, haver‡
isen‹o de IPI. Quest‹o correta.
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26. (Quest‹o InŽdita) O IPI vinculado ˆ importa‹o incide sobre produtos
industrializados de origem estrangeira.
Coment‡rios:
O IPI vinculado ˆ importa‹o incide sobre produtos industrializados
de procedncia estrangeira. Quest‹o errada.
27. (Quest‹o InŽdita) O IPI vinculado ˆ importa‹o n‹o incide sobre
mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade e valor, e que se destine
a reposi‹o de outra anteriormente importada que se tenha revelado, ap—s o
desembarao aduaneiro, defeituosa ou imprest‡vel para o fim a que se
destinava, desde que observada a regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da
Fazenda.
Coment‡rios:
De fato, essa Ž uma hip—tese de n‹o-incidncia do IPI, prevista no
art. 71, inciso II, do R/A. Quest‹o correta.
3- PIS/PASEP- Importa‹o e COFINS- Importa‹o:
3.1- Incidncia:
A Lei n¼ 10.865/2004 instituiu as contribui›es para o PIS/PASEP-
Importa‹o e a COFINS-Importa‹o. Embora tenham o nome quase
idntico ˆs contribui›es para o PIS/PASEP e a COFINS, s‹o tributos diversos.
Nesse sentido, o PIS/PASEP e a COFINS s‹o tributos internos, n‹o incidindo
sobre as opera›es de importa‹o. Incidem sobre a importa‹o o PIS/PASEP-
Importa‹o e a COFINS-Importa‹o.
Vejamos o que dizem os arts. 249 e 250do R/A:
Art. 249. A importa‹o de produtos estrangeiros est‡ sujeita ao
pagamento da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e da
COFINS-Importa‹o
Par‡grafo œnico. Consideram-se estrangeiros, para efeito de
incidncia da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e da
COFINS-Importa‹o, os bens referidos no art. 70.
Art. 250. A contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-
Importa‹o n‹o incidem sobre os bens a que se referem os incisos I
a IV, VI e VII do art. 71 e os incisos I e II do art. 74, bem como,
observado o disposto no art. 257, sobre os bens importados pelas
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entidades beneficentes de assistncia social, nos termos do ¤ 7o do
art. 195 da Constitui‹o.
Como se percebe, h‡ situa›es em que n‹o h‡ incidncia do
PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o.
O art. 70 Ž aquele que n—s vimos quando estudamos o imposto de
importa‹o. S‹o as situa›es em que uma mercadoria nacional ou
nacionalizada Ž exportada, mas retorna ao Brasil, n‹o chegando a se
desnacionalizar. Logo, n‹o incidir‡ o PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-
Importa‹o, em virtude de a mercadoria n‹o ser estrangeira. Transcrevo
novamente, para que voc se recorde, o art. 70:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do imposto,
a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao
Pa’s, salvo se:
I - enviada em consigna‹o e n‹o vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito tŽcnico, para reparo ou para
substitui‹o;
III - por motivo de modifica›es na sistem‡tica de importa‹o por parte
do pa’s importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pœblica; ou
V - por outros fatores alheios ˆ vontade do exportador.
Par‡grafo œnico. Ser‹o ainda considerados estrangeiros, para os fins
previstos no caput, os equipamentos, as m‡quinas, os ve’culos, os
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, os
acess—rios e os componentes, de fabrica‹o nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execu‹o de obras contratadas no exterior, na
hip—tese de retornarem ao Pa’s.
O art. 71 do R/A, por sua vez, tambŽm se aplica ao imposto de
importa‹o, definindo hip—teses de n‹o-incidncia do I.I sobre
mercadorias estrangeiras. E, como se pode ver, ele tambŽm vale para o
PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o.
Art. 71. O imposto n‹o incide sobre:
I Ð mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegar ao Pa’s por erro inequ’voco ou
comprovado de expedi‹o, e que for redestinada ou devolvida
para o exterior;
II Ð mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade e
valor, e que se destine a reposi‹o de outra anteriormente
importada que se tenha revelado, ap—s o desembarao aduaneiro,
defeituosa ou imprest‡vel para o fim a que se destinava, desde
que observada a regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da
Fazenda;
III Ð mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de
perdimento, exceto na hip—tese em que n‹o seja localizada, tenha
sido consumida ou revendida;
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IV Ð mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declara‹o de importa‹o, observada a
regulamenta‹o editada pelo MinistŽrio da Fazenda;
V Ð embarca›es constru’das no Brasil e transferidas por matriz
de empresa brasileira de navega‹o para subsidi‡ria integral no
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade
da mesma empresa nacional de origem;
VI Ð mercadoria estrangeira destru’da, sob controle aduaneiro,
sem ™nus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada; e
VII Ð mercadoria estrangeira em tr‰nsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destru’da.
Por œltimo, o art. 74 do R/A, que define hip—teses de n‹o-ocorrncia
do fato gerador do imposto de importa‹o, tambŽm se aplica ao PIS/PASEP-
Importa‹o e COFINS-Importa‹o. No entanto, na inteligncia do Regulamento
Aduaneiro, trata-se de hip—teses de n‹o-incidncia (e n‹o situa›es de
n‹o-ocorrncia do fato gerador!) do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-
Importa‹o. Aproveitemos para recordar o art. 74 do R/A:
Art. 74. N‹o constitui fato gerador do imposto a entrada no territ—rio
aduaneiro:
I - do pescado capturado fora das ‡guas territoriais do Pa’s, por
empresa localizada no seu territ—rio, desde que satisfeitas as
exigncias que regulam a atividade pesqueira; e
II - de mercadoria ˆ qual tenha sido aplicado o regime de exporta‹o
tempor‡ria, ainda que descumprido o regime.
3.2- Fato Gerador:
O fato gerador das contribui›es para o PIS/PASEP-Importa‹o e
COFINS-Importa‹o Ž a entrada de bens estrangeiros no territ—rio
aduaneiro. Presume-se a entrada no territ—rio aduaneiro e, portanto, a
ocorrncia do fato gerador, para os bens que constem como tendo sido
importados e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira.
N‹o se aplica tal regra ˆs malas /remessas postais internacionais e ˆ
mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condi›es de manuseio
na descarga, esteja sujeita a quebra ou a decrŽscimo, desde que o extravio n‹o
seja superior a um por cento. Na hip—tese de quebra ou decrŽscimo em
percentual superior a esse limite, ser‹o exigidas a contribui‹o para o
PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o somente em rela‹o ao que
exceder a 1%.
O momento exato em que se considera que a mercadoria adentrou
o territ—rio aduaneiro e, portanto, ocorreu o fato gerador das contribui›es
para o PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o Ž definido pelo art. 252
do R/A:
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Art. 252. Para efeito de c‡lculo da contribui‹o para o PIS/PASEP-
Importa‹o e da COFINS-Importa‹o, considera-se ocorrido o fato
gerador:
I - na data do registro da declara‹o de importa‹o de bens
submetidos a despacho para consumo;
II -no dia do lanamento do correspondente crŽdito tribut‡rio, quando
se tratar de bens constantes de manifesto ou de outras declara›es de
efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira; e
III - na data do vencimento do prazo de permanncia dos bens em
recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes
de aplicada a pena de perdimento, na hip—tese a que se refere o inciso
XXI do art. 689.
Par‡grafo œnico. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso
de despacho para consumo de bens importados sob regime suspensivo
de tributa‹o do imposto de importa‹o.
No caso de bens nacionalizados (submetidos a despacho para
consumo), o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da D.I.
No caso de extravio de mercadoria verificado pela autoridade aduaneira, o
fato gerador considera-se ocorrido na data do lanamento do crŽdito
tribut‡rio. Por œltimo, o fato gerador pode considerar-se ocorrido na data do
vencimento do prazo de permanncia em recinto alfandegado. Isso
acontecer‡ quando, antes de ser aplicada a pena de perdimento (em virtude
de a mercadoria ter sido abandonada), o importador inicia o despacho
aduaneiro de importa‹o.
Vale destacar que, conforme a Lei n¼ 10.865/2004, as contribui›es
para o PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o tambŽm incidem
sobre as importa›es de servios. Os servios em quest‹o s‹o aqueles
provenientes do exterior prestados por pessoa f’sica ou pessoa jur’dica
residente ou domiciliada no exterior, nas seguintes hip—teses: i)
executados no Pa’s;ii) executados no exterior, cujo resultado se verifique no
Pa’s.
No caso de importa‹o de servios, o fato gerador ser‡ o
pagamento, o crŽdito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a
residentes ou domiciliados no exterior como contrapresta‹o por servio
prestado. O momento temporal exato em que ocorrer‡ o fato gerador ser‡ a
data do pagamento, crŽdito, entrega, emprego ou remessa de valores.
3.3- Base de c‡lculo:
A base de c‡lculo do PIS/PASEP Ð Importa‹o e da COFINS-
Importa‹o foi, ao longo de muitos anos, objeto de enorme controvŽrsia
doutrin‡ria e jurisprudencial. O problema advŽm do art. 149, inciso III, al’nea
ÒaÓ da CF/88, que determina que as contribui›es sociais, cuja competncia
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para institui‹o Ž exclusiva da Uni‹o, ter‹o como base de c‡lculo, na
importa‹o, o valor aduaneiro. Veja:
Art. 149. Compete exclusivamente ˆ Uni‹o instituir contribui›es
sociais, de interven‹o no dom’nio econ™mico e de interesse das
categorias profissionais ou econ™micas, como instrumento de sua
atua‹o nas respectivas ‡reas, observado o disposto nos arts. 146, III,
e 150, I e III, e sem preju’zo do previsto no art. 195, ¤ 6¼,
relativamente ˆs contribui›es a que alude o dispositivo.
...
III - poder‹o ter al’quotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o
valor da opera‹o e, no caso de importa‹o, o valor aduaneiro.
Olha s— que interessante! A CF/88 menciona o termo Òvalor
aduaneiroÓ, mas n‹o o define. E onde est‡ a defini‹o de valor aduaneiro?
A defini‹o de valor aduaneiro est‡ prevista no Acordo sobre a
Implementa‹o do art. VII do GATT, o denominado Acordo de Valora‹o
Aduaneira (AVA), que, por ter sido regularmente internalizado em nosso
ordenamento jur’dico interno, tem status de lei ordin‡ria. Em aula futura, n—s
estudaremos em detalhes sobre a determina‹o do valor aduaneiro. No
entanto, j‡ sabemos que o valor aduaneiro Ž a base de c‡lculo do imposto de
importa‹o. Detalhe: segundo o AVA, no c‡lculo do valor aduaneiro, n‹o
entram quaisquer tributos internos.
A express‹o Òvalor aduaneiroÓ tem um sentido tŽcnico
inequ’voco, j‡ utilizado pela legisla‹o tribut‡ria para definir a base de c‡lculo
do imposto de importa‹o. Desde o Decreto-Lei n¼ 37/66, j‡ est‡ previsto que
o valor aduaneiro seria apurado em conformidade com o Acordo de Valora‹o
Aduaneira.
Apesar disso, a Lei n¼ 10.865/2004, ao dispor sobre a base de c‡lculo
do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o, desconsiderou a
determina‹o constitucional, dispondo que, para os efeitos daquela lei, o
valor aduaneiro deveria ser entendido como o valor que servir ou que serviria
de base para o c‡lculo do imposto de importa‹o, acrescido do ICMS e do
valor das pr—prias contribui›es.
O art. 253, do R/A, seguindo a Lei n¼ 10.865/2004, disp™s o
seguinte:
Art. 253. A base de c‡lculo da contribui‹o para o PIS/PASEP-
Importa‹o e da COFINS-Importa‹o Ž o valor aduaneiro, assim
entendido o valor que servir ou que serviria de base para o c‡lculo do
imposto de importa‹o, acrescido do valor do ICMS incidente no
desembarao aduaneiro e do valor das pr—prias contribui›es.
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¤ 1o O ICMS incidente compor‡ a base de c‡lculo das contribui›es,
mesmo que tenha seu recolhimento diferido.
¤ 2o Para efeito do disposto no ¤ 1o, n‹o se inclui a parcela a que se
refere a al’nea ÒeÓ do inciso V do art. 13 da Lei Complementar no 87,
de 13 de setembro de 1996.
Como j‡ se disse, o conceito de Òvalor aduaneiroÓ encontra previs‹o
no Acordo de Valora‹o Aduaneira (OMC) e os tributos internos n‹o o
integram. Quando o legislador constituinte disp™s que as contribui›es sociais
teriam como base de c‡lculo, na importa‹o, o valor aduaneiro, ele o fez
considerando o sentido tŽcnico inequ’voco desse termo, apurado segundo as
regras do Acordo de Valora‹o Aduaneira.
Seguindo essa l—gica, no dia 21/03/2013, o STF decidiu, no RE
559.937/RS pela inconstitucionalidade da inclus‹o do ICMS e do
PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o na base de c‡lculo do
PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o. Essa Ž uma decis‹o
important’ssima do STF, mas que somente se aplicava ˆquele caso
concreto, ou seja, n‹o vinculava a Administra‹o Pœblica. Transcrevemos, a
seguir, trecho dessa importante decis‹o do STF:
ÒA Lei 10.865/04, ao instituir o PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-
Importa‹o, n‹o alargou propriamente o conceito de valor
aduaneiro, de modo que passasse a abranger, para fins de
apura‹o de tais contribui›es, outras grandezas nele n‹o
contidas. O que fez foi desconsiderar a imposi‹o constitucional de
que as contribui›es sociais sobre a importa‹o que tenham
al’quota ad valorem sejam calculadas com base no valor
aduaneiro, extrapolando a norma do art. 149, ¤ 2¼, III, a, da
Constitui‹o Federal.Ó
Com o objetivo de conferir segurana jur’dica ˆs opera›es de
importa‹o e, ao mesmo tempo, ratificar o entendimento do STF, foi publicada,
em 09 de outubro de 2013, a Lei n¼ 12.865/2013, que alterou a base de
c‡lculo do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o. Agora n‹o h‡
mais dœvida: a base de c‡lculo do PIS/PASEP-Importa‹o e da COFINS-
Importa‹o Ž o valor aduaneiro.
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O art. 253, do Regulamento Aduaneiro, foi revogado pela Lei
n¼ 12.865/2013, de maneira que a sua literalidade dever‡ ser
desconsiderada para fins de prova.
O entendimento do STF est‡, agora, plenamente compat’vel
com o que diz a lei. A base de c‡lculo do PIS/PASEP-
Importa‹o e da COFINS-Importa‹o n‹o inclui o ICMS,
tampouco o valor dessas pr—prias contribui›es. A base
de c‡lculo do PIS/PASEP-Importa‹o e da COFINS-Importa‹o
Ž o valor aduaneiro.
H‡ previs‹o para a redu‹o da base de c‡lculo do PIS/PASEP-
Importa‹o e COFINS-Importa‹o em duas situa›es:
- Redu‹o de 30,2%, no caso de importa‹o, para revenda, de
caminh›es chassi com carga œtil igual ou superior a mil e oitocentos
quilogramas e caminh‹o monobloco com carga œtil igual ou superior a mil e
quinhentos quilogramas, classificados na posi‹o 87.04 da TIPI, observadas as
especifica›es estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e
- Redu‹o de 48,10%, no caso de importa‹o, para revenda, de
m‡quinas e ve’culos classificados nos seguintes c—digos e posi›es da TIPI:
84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5,
87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10
Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos
c—digos 8702.10.00 e 8702.90.90).
Em regra, as al’quotas previstas em lei para o c‡lculo das
contribui›es para o PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o s‹o,
respectivamente, 2,1% e 9,65%. Detalhe: h‡ v‡rias exce›es a essa regra,
que fogem ao objetivo do nosso curso! J Cabe ressaltar, por œltimo, que a
contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e a COFINS-Importa‹o ser‹o
pagas na data do registro da declara‹o de importa‹o.
As al’quotas do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-
Importa‹o foram aumentadas pela Lei n¼
13.137/2015. O objetivo foi compensar a perda de
arrecada‹o ocorrida em virtude da exclus‹o, da
base de c‡lculo do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-
Importa‹o, das parcelas referentes ao ICMS e dessas
pr—prias contribui›es.
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3.4- Sujeito Ativo:
Segundo o art. 149, da CF/88, compete exclusivamente ˆ Uni‹o
instituir contribui›es sociais, de interven‹o no dom’nio econ™mico e de
interesse das categorias profissionais ou econ™micas, como instrumento de sua
atua‹o nas respectivas ‡reas.
No exerc’cio de sua competncia tribut‡ria, foi editada a Lei n¼
10.865/2004, que instituiu as contribui›es sociais para o PIS/PASEP-
Importa‹o e COFINS-Importa‹o.
3.5- Sujeito Passivo:
O art. 254 do R/A relaciona os contribuintes do PIS/PASEP-
Importa‹o e COFINS-Importa‹o. Destaco a semelhana entre esse
dispositivo e o que versa sobre os contribuintes do imposto de importa‹o.
Art. 254. ƒ contribuinte da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o
e da COFINS-Importa‹o:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a
entrada de bens estrangeiros no territ—rio aduaneiro;
II - o destinat‡rio de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
AlŽm desses contribuintes, chamo sua aten‹o para duas outras
situa›es, n‹o relacionadas no R/A, mas previstas na Lei n¼
10.865/2004: i) a pessoa f’sica ou jur’dica contratante de servios de
residente ou domiciliado no exterior; ii) o benefici‡rio do servio, na hip—tese
em que o contratante tambŽm seja residente ou domiciliado no exterior.
O art. 255 do R/A, por sua vez, faz men‹o aos respons‡veis
solid‡rios pela PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o.
Art. 255. S‹o respons‡veis solid‡rios:
I - o deposit‡rio, assim considerada qualquer pessoa incumbida da
cust—dia de bem sob controle aduaneiro; e
II - o transportador, quando transportar bens procedentes do exterior
ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
III - o representante, no Pa’s, do transportador estrangeiro;
IV - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realiza‹o do transporte multimodal; e
V - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importa‹o
realizada por sua conta e ordem, por intermŽdio de pessoa jur’dica
importadora.
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Chamo sua aten‹o apenas para um detalhe! Quando estudamos o
imposto de importa‹o, vimos que o deposit‡rio e o transportador eram
respons‡veis. No que diz respeito ao PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-
Importa‹o, os dois ser‹o respons‡veis solid‡rios.
3.6- Isen›es:
As isen›es da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e da
COFINS-Importa‹o est‹o previstas no art. 256 do R/A. Novamente, cabe
ressaltar que existem isen›es subjetivas (concedidas em raz‹o da natureza
da pessoa importadora) e isen›es objetivas (concedidas em raz‹o da
natureza do bem, isto Ž, vinculadas ˆ destina‹o dos bens). As isen›es
subjetivas s‹o as relacionadas no art. 256, inciso I; as isen›es objetivas s‹o
as previstas no inciso II. Vejamos:
Art. 256. S‹o isentas da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e
da COFINS-Importa‹o:
I - as importa›es realizadas:
a) pela Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios, suas autarquias e
funda›es institu’das e mantidas pelo poder pœblico;
b) pelas miss›es diplom‡ticas e reparti›es consulares de car‡ter
permanente e pelos respectivos integrantes;
c) pelas representa›es de organismos internacionais de car‡ter
permanente, inclusive os de ‰mbito regional, dos quais o Brasil seja
membro, e pelos respectivos integrantes;
II - as hip—teses de:
a) amostras sem valor comercial;
b) remessas postais e encomendas aŽreas internacionais a que se
aplique o regime de tributa‹o simplificada ou destinadas a pessoa
f’sica;
c) bagagem de viajantes procedentes do exterior;
d) bens adquiridos em loja franca no Pa’s;
e) bens trazidos do exterior, no comŽrcio caracter’stico das cidades
situadas nas fronteiras terrestres, destinados ˆ subsistncia da
unidade familiar de residentes nas cidades fronteirias brasileiras;
f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na
modalidade de isen‹o;
g) objetos de arte, classificados nas posi›es 97.01, 97.02, 97.03 e
97.06 da Nomenclatura Comum do Mercosul, recebidos em doa‹o,
por museus institu’dos e mantidos pelo poder pœblico ou por outras
entidades culturais reconhecidas como de utilidade pœblica;
h) m‡quinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes
e peas de reposi‹o, acess—rios, matŽrias-primas e produtos
intermedi‡rios, importados por institui›es cient’ficas e tecnol—gicas e
por cientistas e pesquisadores, conforme o disposto nos arts. 147 e
148;
i) bens recebidos em decorrncia de evento cultural, cient’fico ou
esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos,
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distribu’dos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no Pa’s;
e
j) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados
por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doa‹o de
entidade de pr‡tica desportiva estrangeira ou da promotora ou
patrocinadora do evento
Quando a isen‹o for vinculada ˆ qualidade do importador
(isen‹o subjetiva), a transferncia de propriedade ou a cess‹o de uso
dos bens, a qualquer t’tulo, obriga ao prŽvio pagamento da contribui‹o
para o PIS/PASEP-Importa‹o e da COFINS-Importa‹o.
Chama a nossa aten‹o o fato de que n‹o est‹o elencadas nas
hip—teses de isen‹o do PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o as
importa›es realizadas por entidades beneficentes de assistncia social.
Isso se deve ao fato de que estas fazem jus ˆ imunidade do PIS/PASEP-
Importa‹o e COFINS-Importa‹o. (art. 195, ¤ 7¼, da CF/88)
3.7- Suspens‹o do Pagamento / Redu‹o de Al’quotas (Programas
Espec’ficos e seu regramento):
Nesse t—pico, vamos abordar diversos regimes de tributa‹o
diferenciados relativos ao PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o.
Desde j‡, chamo a aten‹o de vocs para o seguinte: alguns deles fazem
men‹o ˆ suspens‹o do pagamento dessas contribui›es; outros, se referem ˆ
imposi‹o de al’quota zero.
Outro ponto importante, que n‹o podemos deixar de lado, Ž o de que
esses programas espec’ficos que ser‹o abordados neste t—pico n‹o s‹o
regimes aduaneiros especiais. Trata-se apenas de regimes de tributa‹o
diferenciados para o PIS/PASEP-Importa‹o e COFINS-Importa‹o.
Destaco, ainda, que, no final de 2012, tivemos algumas altera›es da
legisla‹o que revogaram tacitamente alguns dispositivos do Decreto n¼
6759/2009, cuja reda‹o, entretanto, n‹o foi alterada. Portanto, nesse ponto
de nosso curso, esqueam o Regulamento Aduaneiro e levem em considera‹o
apenas as minhas palavras.
3.7.1- Regime Especial de Tributa‹o para a Plataforma de Exporta‹o
de Servios de Tecnologia da Informa‹o (REPES):
O REPES foi institu’do pela Lei n¼ 11.196/2005 e tem como objetivo
estimular o desenvolvimento dos servios de tecnologia da informa‹o
no Brasil, com foco na exporta‹o.
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O REPES Ž o regime que permite a importa‹o de bens novos
destinados ao desenvolvimento, no Pa’s, de software e de servios de
tecnologia da informa‹o, quando importados diretamente pelo
benefici‡rio do regime para incorpora‹o ao seu ativo imobilizado, com
suspens‹o do pagamento da contribui‹o para o PIS/PASEP-Importa‹o e da
COFINS-Importa‹o. Aplica-se tambŽm suspens‹o do pagamento do IPI para a
importa‹o de bem, sem similar nacional,

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