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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
                PARTIDO POLITICO PXY, com representação no Congresso Nacional, representado por seus Presidente, inscrito no CNPJ sob o nº, com sede na Rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP nº, vem por seu advogado legalmente constituído indicar endereço profissional na Rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP nº, para fins do art. 77, V do CPC, onde receberá as intimações e/ou notificações, e vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 102, I, a/ 103, VIII da CRFB/88, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
COM PEDIDO CAUTELAR:
Pelo procedimento especial da Lei 9.868/99, em defesa da Lei  Complementar nº. 135/2010, conforme especificará ao longo desta peça, nos termos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS:
Em junho de 2010 a Lei Complementar nº 135, começou a produzir efeitos no ordenamento jurídico, tal lei versa sobre questões de inelegibilidade infraconstitucional e sua aplicação se dá até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, na forma do disposto o artigo 14, §9º da Constituição de 1988, sem que isso cause prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica.
A Lei supramencionada tem como objetivo a promoção da moralidade e o resgate na confiança das instituições e do processo democrático, todavia, surgiu controvérsia a seu respeito, uma vez que há divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos por ela.
A controvérsia de da entre os Tribunais Regionais eleitorais de Sergipe e de Minas Gerais. O primeiro acredita que a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados). Já o TRE de Minas Gerais adotou o entendimento do TSE, que entende que a lei deve se aplicar às condenações anteriores.
Contudo, ante a controvérsia acerca da aplicação da lei ao que fora ocorrido antes do advento do diploma legal em questão, e o receito de que possam haver questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições sobre a constitucionalidade da aplicação da referida lei, o autor pleiteia pelo pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos dispositivos  da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL do artigo 5º da Constituição.
DOS FUNDAMENTOS
DA LEGITIMIDADE ATIVA
                A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente tem previsão no artigo 103, VIII da Constituição e, conforme pacífica jurisprudência desta Corte, independe de pertinência temática: “os partidos políticos têm legitimidade para ajuizamento de ação direta de constitucionalidade, independente da matéria versada na norma sob análise”.
                O reconhecimento da legitimidade passiva das agremiações partidárias para a instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de pertinência, constituo natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais que justificam a existência em nosso sistema normativo de partidos políticos.
                Portanto, o requerente pode ser considerado autor neutro e universal encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
                Na forma do artigo 102, I, “a” da Constituição, é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei o de ato normativo federal.
                No caso sob análise, a edição da Lei Complementar nº 135/2010 gerou insegurança jurídica, uma vez que não há uniformidade na jurisprudência dos Tribunais Regionais Eleitorais acerca da validade da norma no que diz respeito a alcançar ou não fatos pretéritos à sua vigência.