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AULA 5 SINDROME GERIATRICA I

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SÍNDROMES GERIÁTRICAS I 
Profº Edson Rios D’Angelo 
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 
DISCIPLINA DE FISIOPATOLOGIA CLÍNICA EM GERONTOGERIATRIA 
Conceitos 
• Funcionalidade global: Capacidade de gerir a 
própria vida ou cuidar de si mesmo; 
 
– Autonomia: capacidade individual de decisão e 
comando sobre suas ações seguindo suas próprias 
regras; 
• Capacidade de ir e vir e depende diretamente do humor e 
cognição. 
 
– Independência: capacidade de realizar algo com os 
próprios meios; 
• Significa execução e depende diretamente da comunicação 
e mobilidade. 
 
 
Saúde do Idoso 
• Funcionamento harmonioso entre os 4 
domínios: 
 
– Cognição: capacidade mental de compreender e 
resolver os problemas do cotidiano. 
– Constituído por um conjunto de funções corticais 
formadas pela: 
 
• Memória, função executiva, linguagem, praxia, gnosia, 
função visuo-espacial. 
Saúde do Idoso 
• Funcionamento harmonioso entre os 4 
domínios: 
– Humor: Motivação necessária para os processos 
mentais; 
– Mobilidade: Deslocamento do indivíduo; 
• Postura, marcha, capacidade aeróbica e continências. 
 
– Comunicação: capacidade de estabelecer 
relacionamento produtivo com o meio; 
• Visão, fala, audição. 
Saúde do Idoso 
Funcionalidade Global Autonomia e Independência 
Capacidade 
de tomada 
de decisão 
e comando 
de suas 
ações 
Capacidade 
de realizar 
algo com 
seus 
próprios 
meios 
Cognição e Humor 
Mobilidade e comunicação 
Saúde é o mais completo bem-estar biopsicossocial –cultural-
espiritual 
SÍNDROMES GERIÁTRICAS 
 
 
 
 
 
 Iatrogenia; 
 Instabilidade Postural; 
 Imobilidade; 
 Incontinência Urinária; 
 Insuficiência Cognitiva; 
*Insuficiência familiar; 
*Incapacidade comunicativa. 
 
As consequências fisiológicas e patológicas do 
envelhecimento, quando negligenciadas, contribuem de 
sobremaneira para o aparecimento das grandes síndromes 
geriátricas, também conhecida com os “5 i’” da geriatria, 
grandes síndromes geriátricas ou gigantes da geriatria. 
 
 
 
 
SÍNDROMES GERIÁTRICAS 
Condições clínicas que não se enquadram em categorias 
distintas de doenças e que são comuns entre pacientes 
idosos, em especial os idosos frágeis. 
 
 
 
 
 
 
 
Idosos frágeis apresentam maior vulnerabilidade e maiores riscos de 
adversidades, por isso são mais propensos a internações, declínio funcional, 
quedas, hospitalização, institucionalização e morte. 
SÍNDROMES GERIÁTRICAS 
As síndromes geriátricas se caracterizam por: 
 
 
 
 
 
 
 
Frequentemente as síndromes geriátricas são entendidas, erroneamente, 
como consequências normais do envelhecimento, essa interpretação 
contribui para a cronicidade desses quadros. 
Causarem 
perda 
funcional e 
comprometer 
a qualidade de 
vida 
Poder ocorrerem 
concomitantemente 
e compartilhar 
fatores de risco 
entre si 
Não 
constituírem 
risco de vida 
iminente, mas 
se associarem 
a maior 
mortalidade 
Ter múltiplas 
causas 
 
 
IATROGENIA 
IATROGENIA 
Pode ser definida como: 
 
 
 
 
 
O prejuízo, não intencional, provocado a um paciente pela 
omissão ou ação dos profissionais de saúde, mesmo que a 
intervenção tenha sido bem indicada e adequadamente 
realizada. 
IATROGENIA 
A forma mais comum de iatrogenia nos idosos é a 
medicamentosa. Como consequência do número de 
doenças crônicas, o número e a diversidade de 
medicamentos utilizados pelos mais velhos aumenta 
(polifarmácia), podendo desencadear efeitos indesejáveis, 
muitas vezes graves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polifarmácia: uso de 5 ou mais medicamentos concomitantes por 
paciente. 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
Fatores de risco para polifarmácia entre os idosos: 
 
 Sexo feminino; 
 75 anos ou mais; 
 Maior faixa de renda; 
 Atuação no mercado de trabalho; 
 Doenças cardíacas, HAS, diabetes, doenças reumáticas; 
 Hospitalização. 
 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
• Inegável papel dos medicamentos no controle das 
doenças; 
• Participação em eventos como iatrogenia, interações 
medicamentosas e a ocorrência de efeitos adversos 
sobre os idosos; 
• Reação adversa X Efeito colateral 
– Reação adversa é uma consequência prejudicial ou indesejada 
do uso de medicamentos, mesmo em doses terapêuticas 
recomendada, enquanto que um efeito colateral é um tipo de 
reação adversa previsível que, dependendo da situação, pode 
ser benéfica. 
 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
• Fatores envolvidos na ocorrência de reações adversas ao 
uso de medicamentos em idosos: 
 
 
 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
Um fenômeno cada vez mais comum entre os idosos ligado 
ao consumo de medicamentos, e que atualmente se 
caracteriza como desafio nos cuidados à saúde da pessoa 
idosa, é a cascata iatrogênica que pode ser definida como: 
Quando a reação adversa de um medicamento é interpretada 
erroneamente como um nova doença ou sintoma e é feita a 
prescrição de uma nova droga, e assim sucessivamente. Com isso, 
o paciente tem sua exposição ao risco de efeitos adversos 
aumentada devido a um tratamento potencialmente 
desnecessário. 
EXEMPLO DE CASCATA IATROGÊNICA 
Captopril (HAS) provoca 
tosse seca 
Codeína (tosse seca) 
provoca constipação 
Laxante (constipação) 
provoca dor abdominal 
Buscopan (dor 
abdominal) provoca 
distúrbio cognitivo 
Cinarizina (distúrbio 
cognitivo) provoca 
sintomas depressivos 
Fluoxetina (depressão) 
provoca insônia... 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
• Efeitos adversos são mais comuns em idosos do que em 
adultos... 
 
 
 
 
 
Estudos indicam uma relação direta entre o número de drogas 
utilizadas e o potencial de efeitos adversos em idosos: 
 
Dois medicamentos: 6%; 
Cinco medicamentos: 50%; 
Oito ou mais medicamentos: 100%. 
 
Confusão mental, letargia, tontura, sedação, náusea, tosse, alteração nos 
hábitos intestinais e quedas são alguns dos efeitos adversos comuns de 
medicamentos no idoso, erroneamente interpretados como sintomas da 
própria velhice. 
 
IATROGENIA MEDICAMENTOSA 
Boas práticas na prescrição de medicamentos para idosos: 
 
 Iniciar o tratamento com metade da dose habitual e 
aumentar aos poucos, se necessário; 
Diante de um sintoma novo, pensar na retirada de um dos 
medicamento; 
Evitar a cascata iatrogênica; 
Conferir todos os medicamentos em uso pelo paciente a cada 
consulta; 
Não prescrever medicamentos caros; 
Tentar empregar uma droga que trate dois problemas; 
Orientar quanto ao uso adequado dos medicamentos. 
 
 
INSTABILIDADE 
POSTURAL 
INSTABILIDADE POSTURAL 
 
A manutenção da estabilidade postural é uma função complexa 
que requer integração central apropriada de sensações visuais, 
vestibulares e proprioceptivas, além do tempo de reação, todos 
sofrendo declínio funcional com o envelhecimento. 
 
 
 
Tempo de reação: intervalo entre a percepção do perigo e a ação 
para evitá-lo. 
A instabilidade postural se manifesta por uma perda de 
reflexos de correção da postura e um aumento na oscilação do 
corpo, tendendo ao aumento com o avançar da idade 
INSTABILIDADE POSTURAL 
Sua principal consequência está relacionada à elevada 
incidência de QUEDAS e outros traumas, repercutindo em 
limitações para a vida, insegurança e medo de cair, o que 
desencadeia reclusão e limitação das atividades habituais. 
 
 
 
 
 
Queda: é o deslocamento não intencional do corpo para um nível 
inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo 
hábil, determinado por circunstânciasmultifatoriais, 
comprometendo a estabilidade. 
INSTABILIDADE POSTURAL 
• A incidência anual de quedas varia com a idade, sendo: 
30% : mais de 65 anos; 
50% : 80 anos ou mais; 
50% dos idosos em Instituições de Longa Permanência 
para Idosos (ILPI). 
• Entre os idosos que sofreram queda, dois terços terão 
nova queda no ano subsequente; 
• 6ª causa de morte entre idosos; 
• Responsáveis por 40% das internações; 
• 5% dos casos resultam em fraturas; 
1% corresponde a fratura de fêmur 
 
 
INSTABILIDADE POSTURAL 
• Fatores extrínsecos que aumentam a chance de quedas 
em idosos: 
 
 Iluminação inadequada; 
Superfícies escorregadias; 
Tapetes soltos ou com dobras; 
Degraus altos ou estreitos; 
Obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios); 
Ausência de corrimãos em corredores, rampas e banheiros; 
Prateleiras excessivamente baixas ou elevadas; 
Calçados inadequados; 
Roupas excessivamente compridas; 
Via pública mal conservada, com buracos ou irregularidades; 
Maus-tratos. 
 
INSTABILIDADE POSTURAL 
• Fatores intrínsecos associados à ocorrência de quedas: 
 
Hipotensão postural; 
Sedação; 
Polifarmácia; 
Comprometimento cognitivo (demência); 
Doença aguda (arritmias, infecções, diabetes); 
Baixa acuidade visual; 
Osteoartrose; 
Vertigem; 
Marcha instável (lentificada e com passos curtos, fraqueza de 
MMII, Parkinson, fratura, medo de cair). 
 
 
INSTABILIDADE POSTURAL 
A queda pode ser um evento sinalizador do início do declínio da 
capacidade funcional ou sintoma de uma nova doença. No quadro 
abaixo é possível observar a redução na funcionalidade que ocorre 
após episódio de fratura de fêmur em idosos em decorrência de 
quedas. 
 
INSTABILIDADE POSTURAL 
A reabilitação pós-queda pode ser demorada e pode haver 
acamamento prolongado, levando a complicações maiores 
ainda: 
Tromboembolismo venoso; 
Úlceras por pressão; 
 Incontinência urinária. 
 
A maioria das quedas: 
Ocorre durante o dia, somente 20% à noite; 
É mais comum dentro de casa nos cômodos mais utilizados 
(quarto e banheiro); 
• Perfil de idoso mais propenso a quedas e um cenário mais comum 
no qual ocorre o evento 
• Tomada de decisão em relação à prevenção quedas. 
 
 
 
IMOBILIDADE 
IMOBILIDADE 
Incapacidade de um indivíduo de se deslocar sem a ajuda 
de terceiros para atender suas necessidades de vida diária. 
 
 
 
 
 
 
Prevalência: 
25% a 50% dos idosos após hospitalização prolongada; 
25% dos idosos comunitários; 
75% dos idosos residentes em ILPIs. 
 
 
SÍNDROME DA IMOBILIDADE: conjunto de sinais e sintomas 
decorrentes da imobilidade, por restrição na cadeira ou leito, por um 
tempo prolongado, associada a múltiplas causas e com implicações 
físicas e psicológicas, e que pode levar ao óbito. 
IMOBILIDADE 
• Temporária: 
Fraturas, cirurgias, internações, doenças agudas e 
infecções. 
 
• Crônica: 
Demências, depressão grave, astenia, doenças 
cardiorrespiratórias (Insuficiência cardíaca), respiratórias 
(DPOC), osteoarticulares (osteoartrose), iatrogenia 
medicamentosa, dor crônica, neoplasias, fraturas e suas 
complicações, distúrbios da marcha, fobia de quedas, 
sequela de AVE e desnutrição, 
 
IMOBILIDADE 
Quadro Clínico: 
 
Em geral, há déficit cognitivo, 
contraturas musculares e mais 
duas das seguintes condições: 
 
 Úlcera por pressão; 
 Incontinência urinária e fecal 
 Algum grau de disfagia; e 
 Afasia. 
 
IMOBILIDADE 
 
 
A síndrome da imobilidade é um momento de grande 
sofrimento para o idoso, para a família cuidador e equipe 
de saúde. Nos casos de impossibilidade de reabilitar, deve-
se promover a melhor qualidade de vida possível e a 
dignidade da vida e da morte (cuidados paliativos).

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