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Ventilação Mecânica Profa. Ms. Vanessa Dias Objetivos da aula • Descrever o tratamento de enfermagem para pacientes em ventilação mecânica; • Descrever os cuidados de enfermagem para • Descrever os cuidados de enfermagem para um paciente com tubo endotraqueal e traqueostomia; • Descrever sobre ventilação mecânica. Funções do sistema respiratório • Transporte de oxigênio • Respiração • Ventilação• Ventilação Ventilação • A ventilação é o fluxo de gás para dentro e para fora dos pulmões e a perfusão é o enchimento dos capilares pulmonares com sangue. • A troca gasosa adequada depende de uma relação• A troca gasosa adequada depende de uma relação ventilação-perfusão adequada. • As alterações na perfusão podem ocorrer com uma alteração na pressão da artéria pulmonar, na pressão alveolar e na gravidade. Os bloqueios das vias aéreas, as alterações locais na complacência e a gravidade podem alterar a ventilação. • O ar que respiramos é uma mistura gasosa, consistindo principalmente de nitrogênio (78,62%) e oxigênio (20,84%) com traços de dióxido de carbono (0,04%) além de vapor dedióxido de carbono (0,04%) além de vapor de água, hélio e argônio. Terapia com Oxigênio • É a administração de oxigênio em uma concentração, maior que aquela encontrada na atmosfera; • A terapia com oxigênio consiste em fornecer o • A terapia com oxigênio consiste em fornecer o transporte adequado de oxigênio no sangue, enquanto diminui o trabalho da respiração e reduz o estresse sobre o miocárdio. Terapia com Oxigênio • Indicação – Uma alteração no padrão ou frequência respiratória do paciente pode ser um dos indicadores mais precoces da necessidade de terapia com oxigênio.precoces da necessidade de terapia com oxigênio. • Complicação – Intoxicação por oxigênio – pode acontecer quando uma concentração muita alta de O2 é administrada por um período maior que 48 horas. – Supressão da ventilação Tratamento das vias aéreas • Intubação endotraqueal • Traqueostomia• Traqueostomia Intubação endotraqueal • Envolve passar um tubo endotraqueal através da boca ou do nariz para dentro da traquéia; • A intubação propicia uma via permeável quando o paciente está apresentando quando o paciente está apresentando sofrimento respiratório que não pode ser tratado por métodos mais simples; • Os tubos provocam desconforto e deprimi o reflexo da tosse. Intubação endotraqueal Materiais necessários para IOT. Intubação orotraqueal Intubação endotraqueal • Imediatamante após a intubação – Verificar a simetria da expansão torácica; – Garantir a umidade elevada; CUIDADOS DE ENFERMAGEMCUIDADOS DE ENFERMAGEM – Garantir a umidade elevada; – Administrar a concentração de oxigênio conforme a prescrição do médico; – Fixar o tubo; – Usar a técnica de aspiração estéril e o cuidado da via aérea para impedir a contaminação iatrogênica e a infecção; – Mudança de decúbito a cada 2/2 horas para evitar atelectasia; Intubação endotraqueal CUIDADOS DE ENFERMAGEMCUIDADOS DE ENFERMAGEM • Imediatamante após a intubação - Fornecer a higiene oral e aspirar a orofaringe sempre que for necessário. • Extubação - Explicar o procedimento; - Ter a máscara e ambur prontas caso a assistência ventilatória seja necessária após a extubação; - Aspirar a árvore traqueobrônquica e a orofaringe, remover a fixação e desinsuflar o cuff; - Administrar O2 a 100% e fazer com que o paciente inspire para retirar o tubo. Intubação endotraqueal • Após a extubação – Administrar O2 úmido e aquecido através de máscara facial e manter o paciente em posição sentada; CUIDADOS DE ENFERMAGEMCUIDADOS DE ENFERMAGEM facial e manter o paciente em posição sentada; – Monitorar a FR, a qualidade das excursões torácicas e oximetria de pulso; – Manter a dieta zero nas horas seguintes; – Fornecer o cuidado bucal; – Ensinar o paciente a realizar os exercícios de tosse e respiração profunda. Traqueostomia • È um procedimento cirúrgico em que uma abertura é feita dentro da traquéia; • É empregada para desviar uma obstrução da via aérea superior.via aérea superior. Ventilação Mecânica • É o método utilizado com um emprego de uma máquina, que substitui total ou parcial a atividade ventilatória do paciente, com objetivo de restabelecer o balanço entre a oferta e demanda de oxigênio, diminuindo a carga dodemanda de oxigênio, diminuindo a carga do trabalho ventilatório de pacientes em insuficiência ventilatória. • Tipos: – Forma Invasiva – Não Invasiva Ventilação Mecânica • A VM pode ser necessária por vários motivos: controlar as respirações do paciente durante a cirurgia ou tratamento de TCE, oxigenar o sangue quando os esforços ventilatórios do paciente são quando os esforços ventilatórios do paciente são inadequados, repousar os músculos respiratórios, entre outros. • O ventilador mecânico é um aparelho de respiração com pressão positiva ou negativa que pode manter a ventilação e a administração de O2 por um período prolongado. Ventilação mecânica • Indicação – Quando o paciente apresenta uma diminuição continua na oxigenação, um aumento nos níveis de dióxido de carbono e uma acidose persistente;de dióxido de carbono e uma acidose persistente; – Cirurgia torácica ou abdominal,overdose de substâncias, distúrbios neuromusculares, lesão por inalação, DPOC, politrauma, choque, falência de múltiplos órgãos e coma, insuficiência respiratória. Ventilação Mecânica • Classificação dos ventiladores – São classificados de acordo com o método pelo qual eles sustentam a ventilação. – Ventiladores de pressão negativa– Ventiladores de pressão negativa • Exercem uma pressão negativa sobre a parte externa do tórax; • Fisiologicamente , ventilação similar a espontânea; • Os ventiladores são fáceis de usar e não requerem intubação da via aérea; • São adaptáveis a uso em domicilio. Ventilação mecânica • Classificação dos ventiladores – Ventiladores de pressão negativa • Pulmão de ferro (tanque de respiração) – é uma câmara de pressão negativa usada para ventilação. Ventilação mecânica • Classificação dos ventiladores – Ventiladores de pressão negativa • Envoltório corporal (pneumo-wrap) e couraça torácica (concha de tartaruga) – requerem um arcabouço ou concha rígida para criar uma câmara de pressão concha rígida para criar uma câmara de pressão negativa ao redor do tórax e abdome. Ventilação mecânica • Classificação dos ventiladores – Ventiladores de pressão positiva • Os ventiladores por pressão positiva insuflam os pulmões ao exercerem pressão positiva sobre a via pulmões ao exercerem pressão positiva sobre a via aérea, semelhante a um fole, forçando os alvéolos a se expandir durante a inspiração; • A expiração acontece de forma passiva; • São os tipos mais utilizados na atualidade; • Podem ser utilizado em domicilio. Ventilação mecânica • Classificação dos ventiladores – Ventiladores de pressão positiva • Ventiladores ciclados por pressão – quando ele inicia o ciclo, libera um fluxo de ar (inspiração) até que alcance uma pressão predeterminada, quando o ciclo desliga e uma pressão predeterminada, quando o ciclo desliga e a expiração acontece de maneira passiva; são utilizados no adulto apenas a curto prazo. Bird mark 7 Ventilação mecânica • Classificação dos ventiladores – Ventiladores de pressão positiva • Ventiladores ciclados por tempo – terminam ou controlam a inspiração depois de um tempo controlam a inspiração depois de um tempo predeterminado. O volume de ar que o paciente recebe é regulado pela duração da inspiração e pela velocidade dofluxo de ar. • Ventiladores ciclados por volume – o volume de ar a ser liberado a cada inspiração é predeterminado. Ventilação Mecânica • Ventilação controlada por volume é divida em 4 fases: 1. Fase inspiratória; 2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória; 3. Fase expiratória; 4. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória. Ventilação mecânica • Modo de ciclagem (passagem da fase inspiratória para expiratória): – Volume – a inspiração termina quando é atingido um volume corrente predeterminado; – Pressão – a inspiração cessa quando é alcançada a pressão máxima predeterminada; – Tempo – a inspiração termina após um tempo inspiratório predeterminado; – Fluxo – a inspiração termina quando o fluxo inspiratório diminui a um percentual predeterminado do seu valor de pico ou quando determinado fluxo é alcançado. Ventilação mecânica • Modalidades ventilatórias – Assistido controlado (A/C) • O aparelho é ajustado de maneira a fornecer um determinado volume corrente, frequência respiratória, relação inspiratória/expiratória e fluxo.relação inspiratória/expiratória e fluxo. – Ventilação com pressão controlada (PCV) • É um modo assistido controlado ciclado a tempo, em que o paciente recebe uma pressão programada em suas vias aéreas por um tempo especifico. –Mandatória intermitente sincronizada (SIMV) • Permite ao paciente que ventile em ciclos espontâneos intercalando com ciclos mandatórios. Ventilação mecânica • Modalidades ventilatórias – Ventilação com suporte pressórico (PSV) • Modelo de ventilação ciclado a fluxo em que o aparelho fornece um fluxo inspiratório rápido proporcionando uma pressão platô constante durante toda inspiração. O platô pressão platô constante durante toda inspiração. O platô assegura a ventilação do paciente e pode ser ajustado para garantir repouso total ou parcial dos músculos respiratórios. – Ventilação com pressão positiva contínua (CPAP) • O paciente ventila espontaneamente, contando com uma pressão positiva predeterminada durante todo o ciclo respiratório. Ventilação mecânica • Parâmetros básicos da VM – FiO2 – é a concentração inspirada de O2 fornecido; – VC – é determinado ao se iniciar a VM, costuma em geral, ser em torno de 8 a 10 ml/kg de peso em geral, ser em torno de 8 a 10 ml/kg de peso ideal (SARA 6ml/kg); – FR – costuma ser em torno de 12 mrpm, devendo ser ajustada posteriormente em função de dados gasométricos; – PEEP – os valores devem em ser em torno de no mínimo 5 cmH2O; Ventilação mecânica • Parâmetros básicos da VM – Fluxo inspiratório – é a velocidade com que a mistura gasosa é administrada pelo ventilador durante a inspiração (5 x V minuto); – Relação inspiração/expiração (I/E) – estabelecido – Relação inspiração/expiração (I/E) – estabelecido no início da VM é de 1:2; – Sensibilidade – é considerada como o nível de esforço necessário do paciente para deflagrar uma nova inspiração assistida pelo ventilador, valor inicial de 2 cmH2O. Complicações da VM - Aumento da incidência infecção - Atalectasias - Barotrauma - Instabilidade hemodinâmica - Desequilíbrio ácido básico - Toxicidade pelo O2 - Dependência ventilatória Assistência de Enfermagem • Conectar o ventilador à rede elétrica, bem como as saídas de O2 e ar comprimido; • Ajustar os parâmetros determinados pelo médico; • Colocar água estéril no umidificador;• Colocar água estéril no umidificador; • Adaptar o ventilador à cânula traqueal, observando a expansão torácica e a sincronia paciente-ventilador; • Observar saturação de O2 e sinais vitais; • Anotar os parâmetros do ventilador mecânico na folha de controle do paciente. • Esclarecer o paciente sobre os procedimentos a serem realizados; • Ajudar o paciente a comunicar-se usando meio alternativo; • Manter cabeceira elevada em 30°; • Manter vigilância constante, atentando para os alarmes; • Manter no painel do paciente, ressuscitador manual (AMBU) conectado à rede de O2; • Desprezar água de condensação do circuito e dos copos de drenagem. • • Realizar SNG a critério médico; • Manter cuff insuflado com o volume mínimo de oclusão (P= 18 a 20mmHg); • Realizar higiene oral;• Realizar higiene oral; • Verificar e anotar altura cânula orotraqueal a cada plantão . A marca deve ser 21cm para mulheres e 23cm para homens; • Trocar cadarço de fixação da cânula endotraqueal ou traqueostomia. https://m.youtube.com/watch?v=uvVRDToyYbQ (video aula Inter 5 Plus; montagem respirador –(video aula Inter 5 Plus; montagem respirador – Serviço de Educação Continuada – SEC UMMI) Referência Bibliográfica 1. NETINA, S. M. Prática de Enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 2. NANDA International. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: Definições e classificação. Porto Alegre: Artmed,NANDA: Definições e classificação. Porto Alegre: Artmed, 2010. 3. SMELTZER S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 12ª ed. 2011.
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