Buscar

ResumO Proc Civil III


Continue navegando


Prévia do material em texto

RESUMO PROC. CIVIL III
Aula 1: Teoria Geral dos Recursos. Disposições Gerais. Conceitos e Princípios. Classificação dos recursos. Recurso adesivo.
RECURSOS
CONCEITO DE RECURSOS: “Remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna.” (Segundo BARBOSA MOREIRA)
ANÁLISE DO CONCEITO: REMÉDIO: É um instrumento processual destinado a corrigir um desvio jurídico. Instrumento de correção em sentido amplo.
 VOLUNTÁRIO: Recorre aquele que não concordando no todo ou em parte com uma decisão, pretende a sua modificação. É um ato de vontade, é um ônus.
 IDÔNEO: É aquele meio adequado a alteração desejada, é preciso que na ordem processual brasileira esteja previsto.
 Dentro do mesmo processo: Recurso não é uma ação, faz parte de um todo que é o desenvolvimento da ação, desde a sua propositura até o esgotamento dos meios que levam ao exame do pedido do autor.
 A reforma: Modificação da decisão para que outro tribunal substitua a decisão por outra que atenda aos interesses do recorrente. Vício no conteúdo, declaração errônea da vontade concreta da lei, error in judicando.
 A Integração: Quando a decisão for omissa. Nesse caso a atividade julgadora não se encerrou em vista de o juízo ter se omitido em questão que deveria ter se pronunciado. Com o recurso o que se quer não somente que o juiz reexprima o que havia dito e aprecie a questão que não foi apreciada antes.
Instrumento voluntário utilizado p/ impugnar uma decisão, num mesmo processo em que ela foi proferida.
É a manifestação voluntária de vontade que serve p/ impugnar decisões num mesmo processo em que foram proferidas visando a sua modificação, invalidação, esclarecimento ou integração.
EXTINÇÃO DAS VIAS RECURSAIS
Interposto o recurso sua extinção natural será o julgamento pelo tribunal. Todavia, podem ocorrer fatos que determinem a extinção anômala ou prematura dos recursos: a desistência ou a renúncia.
DESISTÊNCIA: É o abandono do recurso já interposto que pode ser expressa ou tácita. Expressa por manifestação escrita ao juiz retratando-se da interposição. Tácita: Decorre de algum ato extraprocessual incompatível com o processamento do recurso (ex.: cumprimento voluntário da sentença). 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS RECURSAIS
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: consiste na possibilidade da reapreciação dos atos decisórios por uma instancia superior revisora. O duplo grau de jurisdição é,portanto, a razão de ser da existência dos recursos, vez que é através da interposição dos recursos que se proporciona ao órgão revisor a reapreciação da matérias decidida. Se não houvesse o duplo grau, não haveria recursos. O mesmo tem sido relativizado em precedentes do STF. Não confundir com duplo grau obrigatório!!!
Na doutrina e jurisprudência majoritárias, entendem que este princípio, não é constitucional, mas sim, legal. Logo a lei pode estabelecer restrições e este princípio que não será ato inconstitucional.
Princípio da Taxatividade ou Legalidade: todos os recursos devem ser previstos na legislação, não sendo lícito as partes estipularem novas formas recursais. O Código de Processo Civil, em seu art. 994, enumera os recursos cabíveis no Direito Processual pátrio.
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
Princípio da Fungibilidade: segundo este, é admissível a conversão de um recurso inadequado num recurso adequado, em determinadas circunstancias e observados determinados requisitos. Ex: sendo cabível o recurso de apelação e a parte entra com um agravo, o juiz poderá recebê-lo como de apelação, invocando o citado princípio. Este princípio, contudo, é aplicável desde que não haja erro grosseiro ou má-fé. 
Princípio da Unirrecorribilidade: (também denominado princípio da singularidade ou da unicidade) significa que cada decisão comporta apenas uma única impugnação por meio de recurso. Existem, todavia, algumas exceções, como a possibilidade de interpor recurso extraordinário e especial ao mesmo tempo.
A doutrina majoritária afirma que esse princípio sofre alguma exceção Ex. sentença – embargos de declaração ou apelação. Acórdão- recurso especial e extraordinário
Princípio que veda a reforma para pior: o Tribunal não pode piorar a situação daquele que exclusivamente recorre. Assim, a decisão impugnada no máximo será mantida ou melhorada para aquele que recorrer. Vem sofrendo abrandamento, sobretudo quando o Tribunal pronuncia de ofício matéria considerada como sendo de ordem pública. Exceto se houver recurso de ambas partes.
*** Pressupostos Recursais ***
CONHECER = ADMITIR O PROCESSAMENTO – Pressupostos recursais
PROVER = ACOLHER A PRETENSÃO RECURSAL – Mérito recursal
Os requisitos para a admissibilidade dos recursos podem ser divididos em dois grupos:
Intrinsecos
Cabimento =>>p/ cada ação, há um recurso específico relacionado (art 1009 e 996)
Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Interesse =>> relacionado a sucumbência, mas sempre ao benefício p/ recorrente
Legitimidade =>> do recorrente para interpor o recurso (art. 999, CPC).
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Inexistência de Fato Extintivo ou Impeditivo do dir de recorrer=>> relaciona-se ao modo de recorrer
Extrínsecos
Tempestividade =>> no prazo (art. 1003, §5º c/c 1023)
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
(...)
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Regularidade Formal =>> estabelecida em lei as formalidades p/ cada recurso (se houver conflito aparente, uso a especial)
Preparo =>> pagamento das custas, recurso deserto é o s/ pagamento. É a exigência de recolhimento de custas recursais que condiciona a admissibilidade do recurso. No q diz respeito ao estudo é necessário ressaltar que sua exigência sofre algumas exceções, algumas de caráter subjetivo (art. 1007) e outras de caráter objetivo (art. 1023)
Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
Não confundir insuficiência de preparo c/ ausência de preparo – na primeira (insuficiência) houve pagamento do preparo, porém, nem valor abaixo do devido. No outro (ausência), houve a interposição de recurso sem que valor algum tivesse sido pago a título de preparo 
OBS. Os recursos devem estar pautados na inicial, podendo o 3º interessado, comparecer em qq fase do processo ou seja, não necessariamente deve estar vinculado desde a inicial.
Não confundir desistência do recurso c/ renunciaao direito de recorrer. Enquanto a desistência deve ocorrer após a interposição do recurso, a renúncia lhe é anterior (pretérita)
.
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos
Classificação dos recursos
Recurso adesivo
Dentro da tempestividade abre-se um parêntese p/ este recurso. Trata-se de um instituto processual, cuja função é desestimular, a interposição de recursos (principalmente se a sentença for sucumbente recíproca).
Adesivo não é em verdade uma espécie de recurso (art. 994 e incisos). É um instituto processual que se refere a uma forma específica e possível de interposição de determinados recursos. Qdo é usado, não é recurso, é apelação adesiva-contrarrazão. Este recurso esta disciplinado no art. 997.
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
(...)
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado 
inadmissível.
A interposição de recurso na forma adesiva, pressupõe a existência de sucumbência recíproca e o fato de que só houve interposição de recurso tempestivo, por uma das partes. Sendo assim, a parte que deixou de interpor recurso, terá nova oportunidade de realizar sua interposição no prazo p/ as contrarrazões.
Em razão de todo acima exposto, o recurso interposto na forma adesiva, terá assessoriedade como característica, de modo que, não sendo admitido recurso principal, tb não será admitido o recurso interposto na forma adesiva.
Exercícios
Questão Objetiva) Quando a demanda aforada pela Fazenda Pública tiver sido julgada improcedente:
a) Não haverá re-exame necessário, eis que este somente ocorre quando a Fazenda Pública for condenada;
b) Haverá re-exame necessário;
c) Poderá ter re-exame necessário, dependendo se o valor for superior a sessenta salários mínimos;
d) Nenhuma das alternativas é correta.
Questão Objetiva) Assinale a alternativa correta quanto ao princípio que veda a reforma para pior:
a) pode ser aplicado também em sede de re-exame necessário;
b) não pode ser aplicado em sede de re-exame necessário;
c) somente se aplica a recursos;
d) nenhuma das alternativas está correta.
Aula 2: Teoria Geral dos Recursos. Recurso de admissibilidade. Efeito dos Recursos.
ETAPAS NO PROCESSAMENTO DOS RECURSOS.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: analisa se estão presentes os requisitos para análise do mérito recursal. Trata-se de verificação de certas formalidades. O recurso precisa ser admitido, conhecido ou recebido antes de que seja visto o seu objetivo.
JUÍZO DE MÉRITO: uma vez admitido o recurso, o Tribunal irá julgar o seu mérito, dando ou negando provimento ao recurso. 
EFEITOS DOS RECURSOS
A interposição de recursos gera efeitos...
EFEITO OBSTATIVO: Impede a formação da coisa-transito em julgado
EFEITO DEVOLUTIVO: Eficácia que a interposição de um recurso possui de permitir o reexame da questão impugnada pelo órgão competente. A interposição do recurso transfere ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. ( art. 515 caput.). O efeito devolutivo é submetido ao princípio da inércia, a apreciação se dará nos limites da impugnação recursal. Obs: para a maioria da doutrina, todo recurso possui efeito devolutivo, não importando qual o órgão que irá apreciar.  
Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
EFEITO SUSPENSIVO: Eficácia que inibe de imediato a efetividade da decisão proferida. A interposição impede o trânsito em julgado da decisão, os efeitos ficam contidos aguardando nova decisão do tribunal. É um prolongamento da ineficácia em que se encontrava a decisão pelo simples fato de estar sujeita a impugnação através do recurso. Este efeito é resultante da recorribilidade.
EFEITO SUSPENSIVO ATIVO: Eficácia que a interposição de um recurso possui de inverter a eficácia da decisão negativa proferida.
EFEITO TRANSLATIVO: Eficácia que a interposição do recurso possui de permitir o reexame de ofício pelo órgão ad quem de determinadas questões especificadas em lei. Quando o sistema autoriza o tribunal a julgar fora do que consta das razões ou contra razões do recurso, o exame das questões de ordem pública, ainda que não decididas pelo juízo a quo, fica transferido ao tribunal destinatário do recurso. 
EFEITO SUBSTITUTIVO: eficácia que o julgamento do recurso possui de substituir a decisão recorrida por aquela proferida pelo órgão ad quem, ainda que de igual teor da decisão recorrida. Esse efeito não se verifica em caso de desconhecimento do recurso ou por seu provimento para anular a decisão impugnada. ( ART. 512 CPC).
Art. 512.  A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
EFEITO EXPANSIVO: o julgamento do recurso pode ensejar decisão mais abrangente do que a finalidade precípua do recurso. Pode ser “objetivo” e “subjetivo”.
Juízo ADQuem – o q julga o recurso
 ADQuo – o q prolata a sentença 
O julgamento do recurso será restrito a matéria impugnada. “TANTUM DEVOLUNTUM QUANTUM APELANTUM” – O tribunal não pode julgar além da apelação. 
Exercícios
Caso Concreto) Alan, que já havia sido condenado a prestar alimentos a seu filho e vinha cumprindo regularmente o comando contido na sentença, formulou, através de simples petição nos autos, pedido de exoneração da obrigação de prestar alimentos. Fundamentou seu pedido no fato de que o seu filho, alimentando, atingiu a maioridade e exerce estágio remunerado, razão pela qual a pensão a que havia sido condenado a pagar deveria cessar. Alan, no entanto, teve o pedido negado por decisão interlocutória proferida pelo magistrado e, com fundamento na segunda parte do artigo 522 do Código de Processo Civil, interpôs agravo de instrumento dessa decisão, recurso este que foi provido pelo Tribunal. Ocorre que, o Ministério Público que oficiava nos autos como custos legis, interpôs recurso especial contra o acórdão do Tribunal, com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c" da CRFB c.c. artigo 499 do Código de Processo Civil. Alegou ser incabível a extinção automática dos alimentos porque atingida a maioridade pelo alimentando. Destacou ainda, em suas razões, que a extinção de obrigação alimentar reclama prova da desnecessidade do alimentando ou prova da impossibilidade absoluta do alimentante. Intimado, Alan apresentou contra-razões ao recurso especial interposto pelo Ministério Público, alegando a ausência de legitimidade do Ministério Público para recorrer. Indaga-se: A quem assiste razão? O recurso do Ministério Público deverá ser ou não recebido? Respostas justificadas.
R: Ainda que de acordo com o art. 499, § 2º, CPC, o Ministério Público tenha legitimidade para recorrer, quando atua como fiscal da lei, nesse caso concreto, tendo em vista que o alimentando atingiu a maioridade, cessa o interesse de agir do MP, deixando este d éter legitimidade.
2ª questão. A sentença que rejeitar liminarmente os embargos a execução comporta recurso de apelação que deve ser recebido em quais efeitos?
a) Apenas devolutivo;
b) Devolutivo e suspensivo;c) Apenas suspensivo;
d) Apenas translativo.
Aula 3: Recursos em Espécie. Apelação.
RECURSO DE APELAÇÃO
CONCEITO: é o recurso cabível para reformar ou anular (impugnar) sentenças, sejam elas terminativas ou definitivas (art.1009 CPC). Segundo A. CAMARA: “Sentença é o ato que põe fim ao ato do juiz como julgador.”
indeferimento parcial da petição inicial;
sentença proferida em processo envolvendo Estado Estrangeiro e Município Brasileiro;
decisão que decide o incidente de impugnação a gratuidade de justiça.
Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
O recurso de apelação deve conter os requisitos do art. 514 do CPC, valendo ressalvar que é dispensável a qualificação das partes se elas já tiverem sido qualificadas em outra peça processual (usualmente na própria petição inicial). 
Art. 514. A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - os fundamentos de fato e de direito;
III - o pedido de nova decisão.
Parágrafo único. Revogado
Existem, porém, alguns casos duvidosos, há certas disposições em legislações extravagantes que dizem q p/ sentença cabe outro recurso. Alguns exemplos:
Ex1: Lei 11.101/2005 – Lei de Falências (1ª fase-cognitiva: sentença (decisão) decreta falência) Art. 100 =>> cabe recurso agravo – sentença é qdo o pedido do autor é acolhido c/ resolução do mérito
Ex2: Lei 9099/95 – Lei do Juizado Especial, art. 41 =>> recurso inominado, prevalece o entendimento que não é apelação
Ex3: Lei 6930/80 – Lei de Execução Fiscal, art 34 =>> embargos declaratórios e infringentes.
Há uma sistemática no CPC onde algumas decisões que embora possuam conteúdo de sentença possuem, na verdade natureza de decisão interlocutória, e o caso por exemplo, da decisão de julgamento antecipado parcial do mérito, comumente chamado pela doutrina de sentença parcial (art 356). Nesses casos, que na verdade tem natureza de decisão interlocutória, dela não caberá o recurso de apelação. Mas sim de agravo de instrumento (art. 1015, II)
Ex. Uma ação c/ 2 pedidos, onde o Réu só contesta sobre 1 dos pedidos, em relação ao pedido incontroverso, cade agravo de instrumento (Art. 1009, § 1º)
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
(...)
II - mérito do processo;
Na prática forense, o que se constata é que o recurso de apelação é apresentado através de duas peças: uma de interposição e outra com as razões. Contudo, estas duas peças poderiam vir condensadas em apenas uma. É que não se aplica no CPC a regra existente no CPP, que admite que primeiro seja protocolizada a petição de interposição de recurso (5 dias – art. 593 do CPP) e que, posteriormente, seja dada entrada a peça com as razões recursais (8 dias - art. 600, CPP).
A petição de interposição do recurso de apelação deve ser dirigida ao juízo a quo, que verificará a admissibilidade deste recurso. Esta decisão do recebimento do recurso não preclui, isto é, não se torna imutável, sendo possível que posteriormente o próprio juiz a reveja ou mesmo o Tribunal. 
Se o juiz receber/conhecer o recurso de apelação, ele deverá indicar os efeitos em que o recurso é recebido (art. 518, CPC). 
Art. 518. Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder.
A regra é que o recurso deve ser recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo, exceto nas hipóteses do art.1012 do CPC/2015, onde será recebido somente no efeito devolutivo. 
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - Revogado
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;
Ao receber o recurso, o juiz também deve intimar a parte contrária para contra-arrazoar no prazo de 15 dias (art. 518 CPC). Após a resposta do recorrido, o magistrado novamente fará outro juízo de admissibilidade.
IMPORTANTE: atualmente o juiz pode deixar de receber o recurso se a sentença estiver em conformidade com súmula do STJ ou STF (art. 518, par. 1º, CPC).
Art. 518.(...) 
§ 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.
Como interpor uma apelação??? No juízo ADquo, onde a sentença foi proferida. 
*** Juízo de Retratação
Existem situações em que, no caso de interposição de apelação o juízo ADquo atuará excepcionalmente tb como juízo ADquem, podendo voltar atrás na sua própria decisão É o que se chama de juízo de retratação. È o instituto típico do recurso de agravo, mas excepcionalmente, faz-se presente tb na apelação. O NCPC prevê 3 hipóteses:
1º) Apelação contra sentença q indefere a petição inicial (sentença sem resolução do mérito- art. 331); 
Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houverretratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
2º) Apelação interposta contra sentença de improcedência liminar do pedido (art. 332, §3º)
Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
(...)
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
Pelo CPC de 73, o recurso deverá ser endereçado ao juízo ADquo, no qual vai verificar a presença dos pressupostos recursais e intimar a parte contrária p/ apresentar as contrarrazões, em seguida remete ao juízo ADquem, este não é obrigado a acolher o pedido, pois pode entender diferente.
Qdo o juízo ADquo não aceira a interposição de recurso, deverá fazer agravo (direto p/ tribunal – p/ o juízo ADquo o recurso é apelação).
No CPC de 2015, o juiz não faz análise, não faz nada, apenas intima a contra parte e encaminha p/ o juízo ADquem. O juízo ADquo não realiza nenhuma verificação acerca dos pressupostos, se limita em intimar as partes contrárias p/ contrarrazões.
Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; (reforma ou invalidação da decisão recorrida – relacionado a interposição doe recurso)
- Reforma = relacionado ao error in judicando se o juiz reconhece o erro ao julgar é o caso de se pedir o recurso a reforma da decisão. A nova decisão irá substituir a outra, o juiz julgou errado, não está correto
- Invalidação = error in procedendo. A decisão se dá diante de uma situação em que viola o processo. Ex proferir sentença sem uma das partes ser intimada. É o caso se um juiz proferir uma sentença sem fundamento ou sem relatório – devolve os autos – ao juízo ADquo p/ que nova decisão seja proferida e corrigida o vício.
error in sudicando = efeito substitutivo = reforma
error in procedendo = efeito devolutivo = invalidação
IV - o pedido de nova decisão.
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
3º) Apelação contra sentença q não resolve o mérito (sem resolução do mérito- art. 485, §7º);
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando: (...)
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
Art. 1.011.  Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; 
(Art. 932.  Incumbe ao relator: (...)
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;)
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
Art.1011 => Relator = Ministro = em caso de decisão interlocutória c/ agravo decidido, se a sentença for favorável e se a parte quiser recorrer, deverá ser feito ao mesmo órgão fracionário, já prevento (art. 930).
Art. 930.  Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade.
Parágrafo único.  O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo.
Ex. Decisão interlocutória julgada na 19ª vara cível, julgado por João das couves, se houver recurso na sentença tb deverá ser julgada por ele. 
Como o CPC/ 2015 desaparecerá a figura do revisor no julgamento de recursos, conforme podem concluir da análise comparativa entre os art 931, CPC/2015 e 549 e 551, CPC/73.
Art. 931, CPC/2015.  Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.
Art. 549, CPC/73. Distribuídos, os autos subirão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, à conclusão do relator, que, depois de estudá-los, os restituirá à secretaria com o seu "visto" .
Parágrafo único. O relator fará nos autos uma exposição dos pontos controvertidos sobre que versar o recurso.
Art. 551, CPC/73. Tratando-se de apelação, de embargos infringentes e de ação rescisória, os autos serão conclusos ao revisor.
§ 1o Será revisor o juiz que se seguir ao relator na ordem descendente de antigüidade.
§ 2o O revisor aporá nos autos o seu "visto", cabendo-lhe pedir dia para julgamento.
§ 3o   Nos recursos interpostos nas causas de procedimentos sumários, de despejo e nos casos de indeferimento liminar da petição inicial, não haverá revisor.
Mais do que isso o relator, no CPC 2015, irá elaborar seu voto de maneira antecipada, antes das mesmas retornarem a secretaria.
Art. 932, CPC/2015.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco)dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Art. 1012 – Efeito Suspensivo em que é recebido a apelação pela leitura do caput observa-se que em regra a apelação será recebida com efeito suspensivo, o que quer significar que essas situações não serão possível a realização de execução provisória da sentença. (art.520, CPC2015)
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo
Art. 1.012, CPC/2015.  .  A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Mesmo nos casos em que a lei preveja o recebimento da apelação sem efeito suspensivo, é possível que esse efeito seja concebido p/ evitar circunstancias do caso a ocorrência de um dano de difícil reparação (§3º).
Art. 1013 – Efeito Devolutivo =>> Qto Extensão – devolutividade restrita, limita a medida em que a matéria foi impugnada no recurso.
Ex: Uma ação A x B causa de pedir = atropelamento, B, reu trafegava em alta velocidade e ultrapassou sinal vermelho pedido = reparação de danos em R$100.00,00. Juiz profere sentença, julgando parcialomente o reu a pagar R$ 50.000,00 A, autor apela pq deseja reformar da decisão. O tribunal não poderá condenar o réu a pagar os R$ 100.000,00, pois fica limitado a extinção do pedido no recurso
 =>> Qto Profundidade – devolutividade ampla
Ex. Mesma situação acima, o juiz profere sentença, julgando parcialmente o reu a pagar R$ 50.000,00, na fundamentação diz que o reu ultrapassou o sinal vermelho, sendo culpado. O reu apela dizendo que de acordo com as provas nos autos não ultrapassou o sinal vermelho, seu recurso pode não ser acolhido, entendendo que ele tb estava em alta velocidade, mesmo que isso não esteja na fundamentação da sentença. Não fica restrito aos fundamentos da sentença, qto as razões p/ se decidir, são amplas, o tribunal é libre p/ decidir.
Princípio da Causa Madura
Quando a causa versar somente sobre questão de direito e estiver em condições de julgamento imediato, ou seja, não necessitar de produção de outras provas além das que já constam nos autos, o juiz poderá julgar o meritum causae de imediato sem sequer a necessidade da citação da parte contrária. Ao permitir o julgamento de mérito de determinadas causas em via recursa, reduz consideravelmente o tempo do processo e configura importante ferramenta a ser utilizada pelo profissional operador do Direito.
A teoria da causa madura prestigia os princípios da celeridade e da instrumentalidade sem que nenhuma das partes saia prejudicada. A aplicação desse princípio em sede recursal, autoriza o tribunal a julgar desde logo a causa qdo ordinariamente o processo deveria ser devolvido a 1ª instancia p/ proferimento de nova sentença, nesses casos o próprio tribunal que proferira a sentença ao invés de devolve-la.
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.(...)
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
Se o juiz indederir a inicial
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
Se o juiz indeferir a inicial sem resolução do mérito e o autor apelar, não é caso p/ o tribunal julgar pois senão vincularia o contraditório. Neste caso a causa não esta madura, pois o procedimento não foi completo, a parte contraria nem foi citada, p/ formação da relação processual triangular.
Se p Autor pede R$ 100.00,00, o juiz profere sentença condenando ao pagamento de R$150.000,00. Fere o princípio da congruência. Caso de imediato julgamento, desde já, profere decisão. O juiz julga só um dos pedidos, o tribunal pode julgar omissão qto ao pedido. A fundamentação é um dos requisitos fundamentais da decisão, conforme art. 93, II, CF/88.
Exercícios
Caso Concreto) Cesar ajuíza ação de conhecimento em face de um determinado Estado Estrangeiro, processo este que tramita perante a Justiça Federal de 1a instância. A sentença proferida julgou o pedido inteiramente procedente. O demandado, diante deste revés, interpõe recurso de apelação direcionado ao juízo monocrático, que não foi recebido pelo magistrado com o único fundamento de que já existe súmula de Tribunal Superior nos exatos termos da sentença proferida. Indaga-se: agiu corretamente o demandado ao se valer da apelação? Justifique a resposta.
R: A apelação do direito processual civil brasileiro é o recurso interposto contra a sentença proferida por juiz de primeiro grau que encerra processo com ou sem solução de mérito (art. 513 do Código de Processo Civil – CPC Brasileiro). Busca a reforma ou a invalidação da sentença.
2ª questão, Objetiva) Sobre o recurso de apelação, assinale a assertiva incorreta:
a) indeferida a petição inicial e interposto um recurso de apelação, poderá o magistrado exercitar juízo de retratação, alterando o teor de sua decisão anterior;
b) extinto o feito sem análise de mérito, poderá o tribunal, dando provimento à apelação, julgar o mérito recursal, desde que a causa esteja madura para julgamento;
c) o recurso de apelação será recebido nos seus efeitos devolutivo e suspensivo, salvo exceções expressas em lei;
d) o recurso de apelação é cabível contra sentença terminativa (art. 267, CPC) ou definitiva (art. 269, CPC).
Aula 4: Recursos em Espécie. Agravo de Instrumento. Agravo Interno.
RECURSO DE AGRAVO
 Petição redigida ao juízo ADquem, onde será remetido p/ uma das varas cíveis na qual terá competência p/ julgar essa ação. É o recurso específico para impugnar decisões interlocutórias. Tem como modalidades:
agravo retido; 
agravo de instrumento;
agravo interno/inominado/agravinho;
agravo regimental (previsto no Regimento do Tribunal, normalmente nas hipóteses que o CPC prevê agravo interno).
Antes da reforma implementada pela Lei nº 11.187/05, o interessado podia escolher entre o agravo retido e o de instrumento. Agora não há mais escolha: deve ser usado o agravo retido. Mas há exceções.
Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo deinstrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Incumbe ao agravante comunicar ao juiz que proferiu a sentença que houve recurso, é feita ao ADquo qto a interposição de recurso perante o tribunal. Isso acontece pq sem tal, não seria possível o juiz ter conhecimento da interposição do agravo de instrumento e realizar o juízo de retratação.
Perda do Objeto =>> perda do interesse, no entanto se o juiz se retrata, ocorre a perda do objeto, e o agravo não será julgado, contido, a parte contrária poderá agravar contra essa nova decisão. O interesse deixa de ser de uma parte e passa p/ outra. A parte que era vencedora, passa ser perdedora e poderá desta forma interpor recurso de agravo.
§3º desde que arguido e provado pelo agravado tem que ser provado pela parte contrária que não houve a comunicação – matéria que não pode ser reconhecida de ofício, depende de arguição e comprovação do agravado.
A ausência de comunicação não permite ao tribunal julgar de ofício essa questão.
Art. 1.019.  Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Dar provimento monocraticamente ao recurso, pode inadmitir ou negar provimento. 
O agravo de instrumento de instrumento será recebido somente no efeito devolutivo, salvo se o relator entender cabível a aplicação do efeito suspensivo
Efeito suspensivo =>> Negativo – não produzira até q o processo seja julgado. Ex. não pagará o reu se condenado
 =>> Ativo – produz efeito antes mesmo que seja julgado. Ex. Antecipação de Tutela no recurso (em base recursal).
O juiz julga improcedente o pedido do autor, a parte apela, será recebido c/ efeito devolutivo e suspensivo (em regra). Neste caso, o juiz julgar improcedente não há utilidade do efeito suspensivo, pois ele não tem o que suspender (efeito suspensivo ativo)
O efeito suspensivo ativo é o inverso do negativo
Art. 932, CPC/2015.  Incumbe ao relator: (...)
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
 Nem sempre terá aplicabilidade; só qdo houver manifestação do MP
Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único.  A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
O CPC 2015 suprimiu das atribuições, dos relatos a determinação de pedido de informação ao juízo ADquo.
Ele admite a possibilidade excepcional de haver sustentação oral na sessão de julgamento no agravo de instrumento
Art. 1.020.  O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.
Art. 937.  Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021:
(...)
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
Nestes casos em que não cabe sustentação oral, o julgamento pode ser realizar por meio eletrônico, dispensando a realização de sessão de julgamento p/ esse fim
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
O §1º do artigo 1009, nos mostra que na nova sistemática recursal único recurso cabível contra decisões interlocutórias é o agravo de instrumento, desaparecendo assim, o recurso de agravo retido. Dessa forma, p/ se saber se determinada decisão interlocutória desafia o recurso de agravo da instrumento , basta recorrer a leitura do art. 1015, p/ todos demais casos em que a decisão interlocutória não caiba agravo de instrumento, caberá a parte na apelação ou nas contrarrazões à apelação fazer a manifestação sobre ela.
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
AGRAVO RETIDO
A intenção do agravo retido é evitar a preclusão de determinada decisão. O agravo retido é exclusivo do processo em primeiro grau de jurisdição. A petição do recurso deve ser protocolizada no próprio juízo prolator da decisão. Após, o juiz deverá intimar o agravado para contra-arrazoar, na esteira do que prevê o art. 523, § 2º, CPC. Ressalva-se que o agravo retido não se sujeita a preparo (art. 1015, par. único do CPC). Após a resposta do agravado deve o juiz decidir o recurso.
 
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...)
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
Se a decisão for mantida, a mesma não irá precluir e poderá ser novamente enfrentada pelo Tribunal. O conhecimento do agravo retido deve ser requerido em preliminar de eventual recurso de apelação ou das contra-razões (523, CPC – efeito devolutivo diferido). Se não houver requerimento, o entendimento é de que esta situação caracteriza desistência do recorrente.
AGRAVO INTERNO
Também chamado de agravo regimental, tem previsão no regimento de alguns Tribunais.
O gravo inominado/interno/”agravinho” serve basicamente para as mesmas situações (impugnar decisões monocráticas de Desembargador ou Ministro), permite quea decisão proferida monocraticamente possa ser revista pelos demais julgadores do colegiado, mas tem previsão no CPC ou em outra lei. Seu prazo é menor. Trata-se de um recurso cabível em todas aquelas hipóteses de decisão monocrática proferida oelo relator 
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
No CPC/73, o julgamento desse recurso não era colocado em pauta, e sim colocado em mesa = na próxima sessão já seria julgado, não designa uma data p/ julgamento.
Com inclusão em pauta (art.1021, §2º) quer dizer que será designado uma data específica e dar publicidade aos interessados, os julgamentos que irão realizar naquele dia.
Exercícios
Caso Concreto) Cláudio, residente de interior do Estado, promove demanda em face do INSS (autarquia federal) em um juízo integrante da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, uma vez que, na sua cidade, não há juízo federal instalado. Ao se deparar com a petição inicial, o magistrado determina a citação do demandando indeferindo, contudo, o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, que tinha sido formulado com o objetivo de determinar o imediato pagamento de benefício previdenciário. O juiz fundamentou a sua decisão no sentido da impossibilidade da concessão de tutelas de urgência contra a fazenda pública, mormente em virtude do que restou decidido no bojo da ação declaratória de constitucionalidade número 4, que tramitou perante o Supremo Tribunal Federal. 
Desta decisão, Caio interpôs recurso de agravo, na modalidade de instrumento. Indaga-se:
a) Qual o tribunal competente para o julgamento deste recurso de agravo de instrumento, considerando que a hipótese em questão retrata um juízo estadual no exercício de competência federal delegada? Justifique.
	R: Deverá ser interposto no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, malgrado tenha sido uma decisão proferida por juízo estadual. Art. 109, par. 3 e par. 4, ambos da CRFB-88
Errou o magistrado ao negar a antecipação dos efeitos da tutela em um caso como o presente, que versa sobre matéria previdenciária? Justifique a resposta.
	R: Sim, eis que há a ressalva decorrente do verbete numero 729, da Súmula do Supremo Tribunal Federal.
	2a questão, Objetiva) De acordo com o sistema recursal do CPC, o agravo de instrumento pode ser interposto contra o seguinte ato judicial:  
a) Determinar a juntada de documento produzido pela parte;  
b) Decide embargos à execução, fundado em título executivo extrajudicial;  
c) Ordena a anotação, no registro de distribuição, do oferecimento de reconvenção;  
d) Julga a liquidação de sentença. 
Aula 5: Recursos em Espécie. Embargos de Declaração. Recurso Ordinário Constitucional.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração possuem previsão entre o art. 1022 e art. 1026 e se constituem em um recurso que tem como objetivo sanar eventual omissão, contradição ou obscuridade no julgado.  Trata-se de recurso que tem tanto o seu juízo de admissibilidade, quanto o de mérito, realizado no mesmo órgão jurisdicional que prolatou a decisão embargada. Existe controvérsia, no entanto, se o mesmo também vincularia o magistrado que proferiu a decisão.
A finalidade, em regra, não é obter a modificação ou invalidação. Os embargos de declaração, portanto, não tem por fim a obtenção da reforma ou invalidação da decisão recorrida, por outro lado essa não quer significar que os embargos de declaração não possam acarretar, caso acolhidos, a modificação da decisão recorrida.
Nestes casos em que os embargos de declaração tem o cndão de modificar a decisão prpferida, embora não seja essa a finalidade desse recurso, diz-se que esses embargos são de declaração c/ efeitos inflingentes = modificativos ( art. 1023)
Art. 1.022.  Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único.  Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Art. 1.024.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Art. 1.025.  Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisãofundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
Os embargos de declaração não se sujeitam a preparo e o prazo para a sua interposição é o de (5) cinco dias (art. 1023). Este prazo, porém, pode ser ampliado naquelas hipóteses mais tradicionais (v.g. recurso interposto pela Fazenda Pública ou por litisconsortes com diferentes procuradores), assim como também pode ser reduzido, tal como ocorre no processo penal, que prevê prazo de dois dias (art. 619, CPP).
Via de regra a decisão que desafia embargos de declaração, tb desafia algum outro recurso.
Ex. sentença obscura – desafia embargos de declaração e apelação; 
 decisão interlocutória contraditória – desafia embargos de declaração e agravo, etc
Sendo assim, o legislador prevê que a interposição dos embargos de declaração acarreta a interrupção do prazo p/ interposição de recurso tb cabível p/ aquela decisão 
O CPC/73 já previa que os embargos de declaração suspendiam o prazo. Em 1994, uma lei complementar alterava p/ interrupção alterando o caput do art. 538, CPC/73. Porém, em 1995 com a Lei 9099 dos JECs, o legislador uniformiza a matéria, impondo alteração / redação do art. 50 da lei 9099/95, impondo que os embargos de declaração passam a interromper (art. 1026 e 1065, CPC/2015).
Não custa lembrar que com a entrada em vigor do CPC/2015, os prazos fixados são em dias úteis!
MODIFICAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO ÓRGÃO FRACIONÁRIO
Trata-se de instituto previsto no art 942, CPC/2015 que veio p/ ocupar o espaço no lugar dos embargos infringentes. Esses embargos eram uma espécie de recurso que desapareceram na sistemática do CPC/2015 (ver art 530 a 534, CPC/73) 
EMBARGOS INFRINGENTES
Trata-se de um recurso de fundamentação livre, já que permite a abordagem de matéria fática. O embargos infringentes desapareceram do CPC/ 2015, contudo, o que não significa que os embargos infringentes tenham sumido do ordenamento jurídico brasileiro. Assim, é possível ainda afirmar o cabimento de embargos infringentes na execução fiscal, conforme art 34 da lei 6830/80, vele porém, destacar que esses embargos infringentes nada tem haver c/ os embargos infringentes do CPC/73. Pos uma lei geral (CPC) não revoga uma lei especial (lei de execução).
RECURSO ORDINÁRIO
Trata-se de um recurso cujo mérito é analisado exclusivamente pelo STF ou pelo STJ e que, em alguns aspectos (por exemplo, permite reapreciação de fatos e provas), se assemelha ao de apelação. Suas hipóteses de cabimento estão na CRFB-88 e no CPC (art. 539 e art. 540). 
- Art. 102, CF/88 =>> compete ao STF: I) competência originária;
 II) rec. Originário;
 III) rec. Extraordinário competência recursal
O art. 102, II “a” “se denegatória”, o mandato segurança de injunção e hbbeas data... “em única instância”
- Art. 105, CF/88 =>> compete ao STJ: : I) competência originária;
 II) rec. Originário;
 III) rec. Especial
***O art. 105, II “a” , “b” “qdo denegatória”, “c” exceção do recurso orginário***
O recurso ordinário, em regra, funcionara como uma apelação em determinadas causas de competência originária dos tribunais (segue tds ritos e efeitos da apelação, sendo a competência dos tribunais).
Exercícios
Caso Concreto) João, irresignado com o acórdão proferido pela 14ª Câmara Cível, interpôs embargos de declaração alegando existirem omissões. Examinado o recurso, verificou-se que o acórdão embargado não padecia de qualquer contradição, obscuridade ou omissão. Insatisfeito João interpôs embargos de declaração dos embargos de declaração. Indaga-se:
É cabível embargos de declaração de embargos de declaração? Justifique a resposta. 
	R: Sim, excepcionalmente, desde que não sejam protelatórios. 
Verificado o objetivo protelatório dos embargos de declaração e sendo aplicada a multa prevista no parágrafo único do art. 538 do CPC, o seu pagamento constitui requisito de admissibilidade para outros recursos no mesmo processo? Justifique. 
	R: Sim, embora não haja previsão legal. 
E o pagamento da multa por litigância de má-fé em razão de interposição de recurso protelatório (art. 17, VII, do CPC)? Justifique.
	R: Deve ser aplica havendo caráter protelatório manifesto. 
2ª questão Objetiva) Assinale a alternativa correta.
a) os embargos de declaração devem ser oferecidos em quinze dias;
b) os embargos de declaração dependem de prévio preparo;
c) os embargos de declaração tem como objetivo sanar uma omissão, contradição ou obscuridade na decisão impugnada;
d) nenhuma das alternativas é correta.
Aula 6: Recursos em Excepcionais. Recurso Especial. Recurso Extraordinário.
 Apelação
 Agravo de Instrumento e Interno 
 ORDINÁRIOS
 Embargos de Declaração e Infringentes
 Rec. Ordinário Constitucional
 RECURSOS
 Especial (REsp)
 EXCEPCIONAIS Extraordinário (RE)
 Embargos de Diverdência
Obs. Qto aos Rec. Excepcionais: - Cabíveis em último caso
 - Qdo. Esgotarem as outras possibilidades 
 - Só admitem debates sobre a matéria de direito, não a fática
 - Tem hipóteses de cabimento restritas 
RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ambos são recursos de fundamentação vinculada, eis que somente podem ser utilizados pelo recorrente nas hipóteses indicadas nos artigos referidos, ambos da CRFB-88. 
Não permitem nova análise de provas, o que torna bastante comum a afirmativa de que neles somente podem ser ventiladas questões de direito, aplicáveis em todo território nacional.
São usados para impugnar acórdãos, exceto em poucas hipóteses como, por exemplo, a decisão da Turma Recursal e aquela proferida em execução fiscal de alçada (Verbete nº 640 da Súmula do STF).
1ª Diferença) O recurso extraordinário =>> compete ao STF (art. 102, III, CF/88)
 O recurso especial =>> compete ao STJ (art. 105, III, CF/88).
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
2ª Diferença) O recurso extraordinário =>> reclama violação da constituição federal
 O recurso especial =>> reclama violação de lei federal
3ª Diferença) O recurso extraordinário =>> julga em única e última instância
 O recurso especial=>> julga em única e última instância decisão de “tribunal” 
Além de estarem sujeitos aos pressupostos gerais: “ CILITReP”, também possuem alguns pressupostos que são específicos para ambos, ESP e EXTR, tais como:
o esgotamento das vias recursais =>> julgam “única e última instância”
SUM 281/STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.
SUM 207/STJ: É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra acórdão proferido no tribunal de origem.
De acórdão proferido por TURMA RECURSAL, em tese, é cabível o rec. Extraordinário (RE), mas não é cabível o rec. Especial (REsp). Isto se dá, pelo fato, de que a constituição em seu art. 105, III, ao tratar do o rec. Especial (REsp), condiciona sua admissibilidade ao fato de ser interposto contra decisão proferida de tribunal (SUM 640/STF, c/c art. 40, lei 6830 e SUM 203/STJ)
SUM 640/STF: É CABÍVEL RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NAS CAUSAS DE ALÇADA, OU POR TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL.
Art. 40, lei 6830 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
Sum 203/STJ: Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.
pré-questionamento =>> diz respeito a necessidade de que na decisão impugnada tenha sido ventilada a questão federal ou constitucional a que se refere o recurso (SUM 356/STF e 221/STJ)
SUM 356/STF: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
Sum 221/STJ: Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo.
repercussão geral =>> somente p/ o rec. Extraordinário, criado pela EC nº 45, art. 102, §3º, CF/88. E Art. 1035, caput, § 1º ao 3º, I ao III, CPC/2015.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe (...)
II - julgar, em recurso ordinário: (...)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
Art. 1.035.  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos;
II – (Revogado);   
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
 
Os REsp e RE não podem servir como mero veículo p/ reapreciação de provas. Ambos, são recursos de fundamentação vinculada, já que são cabíveis estritamente nas hipóteses das art. 102, III e 105, III, ambos da CF/88. Todas essas hipóteses estão relacionadas a matéria de direito e não de fato, razão pela qual foram editadas as Sum 279, STF e 07, STJ
Sum. 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
Sum 07/STJ: A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL.
Em nenhuma hipótese, em razão do julgamento de Resp e RE, pode ser recepcionada prova constante nos autos (matéria fática)???
R: Existem 2 correntes:
1ª Corrente =>> A resposta deve ser negativa, já que como as hipóteses de cabimento referem-se exclusivamente a matéria de direito. Em nenhuma hipótese através desses recursos, ser apreciada matéria fática.
2ª Corrente =>> As hipóteses de cabimento desses recursos, referem-se realmente a matéria de direito, mas uma vez admitido o recurso, pela presença de uma das hipóteses de cabimento; poderá o STF ou STJ apreciar matéria fática a ele relacionada com vistas ao julgamento do próprio recurso.
Ambos os recursos são interpostos perante o Tribunal inferior. Nele são colhidas as contra-razões e somente após será realizado o juízo de admissibilidade. Se o exame for negativo, ainda caberá recurso de agravo nos próprios autos, que será interposto no mesmo Tribunal inferior (art. 1042, CPC/2015). 
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
Se ambos forem admitidos, inicialmente os autos deverão ser enviados ao STJ. No entanto, prevê o art. 1036, CPC/2015, que os autos possam eventualmente ser encaminhados inicialmente ao STF. De qualquer maneira, a decisão final a respeito da existência ou não de prejudicialidade entre os recursos competirá a um dos Ministros do STF.
Art. 1.036.  Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
Não custa lembrar que, em caso de admissão, não será conferido efeito suspensivo a tais recursos, diante da vedação indicada no art. 1030, §2º, CPC/2015. A jurisprudência vem permitindo o manejo de ação cautelar em procedimento inominado com esta finalidade diretamente no Tribunal Superior se já tiver sido admitido o recurso no Tribunal aquo. Entendimento constante nos verbetes nº 634 e 635, ambos da Súmula do STF. Porém, nem sem estes verbetes são realmente observados. 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (...)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
Sum 634/STF: NÃO COMPETE AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONCEDER MEDIDA CAUTELAR PARA DAR EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE AINDA NÃO FOI OBJETO DE JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE NA ORIGEM.
 Sum 635/STF: CABE AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE ORIGEM DECIDIR O PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO AINDA PENDENTE DO SEU JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
O CPC/2015, na sua redação originária passou prever que o juízo AQuo não faria verificação de admissibilidade dos RE e REsp, deveria tão somente intimar o recorrido p/ apresentar as contrarrazões e após o prazo. Remete-lo ao juízo ADquem. Em razão disso, o CPC/2015 tinha acabado com o Agravo cabível contra decisão denegatória no juízo AQuo, de cabimet dos referidos recursos.
Ocorre porém, que antes da entrada em vigor do CPC//2015, o mesmo foi revogado, ressuscitando assim a disciplina do CPC/73 (ver lei 13.256, de 04/02/2016). Sendo assim, o juízo AQuo volta a fazer a verificação da admissibilidade desses recursos excepcionais e da decisão denegatória possa ser cabível o recurso de agravo, a exemplo do que dispunha o art. 544, CPC/73.
O CPC/2015 acabou com a modalidade retida de REsp e RE, que no CPC/73 deveria ser seguida qdo tais recursos eram utilizados emdesdobramento de julgamento de recursos contra decisão interlocutória.
Existe atualmente RE e REsp. retido???
R: não
Art. 1.031.  Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2o Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial.
MULTIPLICAÇÃO DE RECURSOS IDÊNTICOS/JULGAMENTO DE RE e REsp REPETITIVOS
Aplicável em ambos os recursos. Previsão no art. 1.036 CPC/2015. Um ou mais recursos representativos da controvérsia serão selecionados (“recursos paradigmas” ou “recursos afetados”) e encaminhados aos Tribunais Superiores. Após, caberá ao Tribunal inferior proferir uma nova decisão em cada recurso sobrestado, de modo a adequá-los ao que ficou decidido. Se isso não for feito, esta decisão poderá ser cassada ou reformada liminarmente.
Art. 1.036.  Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia.
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Nos casos de REsp ou RE repetitivos, serão selecionados 2 ou mais representativos da controvérsia p/ serem julgados pelo STF ou STJ, conforme o caso, ficando todos os demais sobrestados (suspensos) no juízo de origem. Sendo assim, teremos as seguintes situações:
1) Se for negado o provimento aos recursos representativos da controvérsia =>> todos os demais recursos sobrestados serão negados;
2) Caso seja dado provimento aos recursos representativos da controvérsia =>>o tribunal que teve a decisão recorrida, reexaminará o processo podendo modificar sua decisão. Caso isso não ocorra, os recursos que estavam sobrestados, deverão ser encaminhados p/ STF ou STJ, conforme o recurso interposto.
Exercícios
Caso Concreto) Cássio ajuíza ação de conhecimento em face de Túlio, perante um Juizado Especial. A sentença de procedência proferida pelo magistrado foi mantida pela Turma Recursal. Desta última decisão, o interessado interpõe, simultaneamente, tanto o recurso especial como o recurso extraordinário. Indaga-se: Ambos poderão, em tese, ser admitidos? Justifique a resposta.
R: Não, em tese, somente poderá ser admitido o Recurso Extraordinário pois o art. 102, III da CF não limita o cabimento quanto ao órgão prolator da sentença (Súm. 640, STF). Já o Resp é limitado quanto ao órgão prolator, fazendo com que somente admita-se o RE (Súm 203, STJ).
2ª questão Objetiva) No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, inovação criada pela EC 45/2004 e regulamentada pela Lei n.º 11.418/2006, assinale a opção correta.
a) A competência para a verificação da existência de repercussão geral, por decisão irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF;
b) A decisão que nega a existência de repercussão geral permite impugnação por meio de outro recurso extraordinário;
c) Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que devem ser apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais breve possível;
d) Para a rejeição da repercussão geral, são necessários votos de 2/3 dos membros do Pleno do STF.
Aula 7: Recursos em Excepcionais. Recursos Repetitivos. Julgamento por amostragem. Embargos de Divergência.
Embargos de Divergência
	São uma espécie de recurso excepcional junto com o RE e o REsp e assim como eles tb é julgado pelo STJ e STF. Só cabe contra decisões do próprio STJ e STF
	
Tem por fundamento a existência de julgados diferentes no STJ ou STF, objetivando uniformizar as decisões, resolver as divergências de julgados de um mesmo tribunal.
O CPC/2015, ampliou as hipóteses de cabimento desses embargos, no CPC/73 eles so eram cabíveis em sede de julgamento de REsp e RE. OCPC/2015 passa tb a admitir, nos casos em que o STF e o STJ proferem decisão em processo de competência originária. (Art. 1043 e segs)
Art. 1.043.  É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
II - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade;  (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
IV - nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal.  (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 1o Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária.
§ 2o A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual.
E se forem divergências de decisões do mesmo órgão fracionário???
R: Em regra, não cabe. Salvo, se o órgão fracionário teve mudança em sua composição (§ 3º) 
§ 3o Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.
Como comprovar a divergência (§4º)
§ 4o O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
Como As decisões devem ser fundamentadas (§5º)
§ 5o É vedado ao tribunal inadmitir