Trabalho Desafio Profissional

Prévia do material em texto

Faculdade Anhanguera
Desafio Profissional
Unidade: Jundiaí.
Curso: Pedagogia.
Disciplinas: Atividades Complementares; Psicologia Da Educação e Teorias Da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Educação a Distância; Didática; Língua Brasileira De Sinais; Responsabilidade Social e Meio Ambiente.
Nome: Deyse Marcelino Nunes
RA: 2500541055
Tutora a distância: Nelly carla Reis Barros 
Campo Limpo Paulista, 23 de novembro de 2017
Metodologia e tecnologia.
Uma ferramenta a mais para o ensino ou mais um desafio para com o aluno?
Se tirarmos da escola as ferramentas multimídia, teremos um ambiente de 20, 30 ou até mesmo 40 anos atras. Jovens e crianças estão cada vez mais interessados no novo e em todas as suas atualizações. Crianças muito pequenas já absorvem rapidamente a forma de manusear um celular ou tablet. A facilidade com quem conseguimos tudo através de um aparelho chega a ser assustadora para algumas pessoas.
Este processo educacional sem acesso as tecnologias atuais, é atrativo para o aluno do século 21? 
Nos dias de hoje vemos a maioria das tecnologias que imaginávamos e/ou gostaríamos de ter na infância. Se quisermos uma música, existem sites que disponibilizam, se queremos ver o clipe da música também existe outro site em que podemos vê-lo. O mesmo acontece com filmes, séries, documentários e etc. Aplicativos em celulares auxiliam no aprendizado de outras línguas e diversas outras coisas também são encontradas facilmente em apenas alguns toques na tela ou cliques. O que a televisão, rádio entre outras formas de comunicação nos proporcionava, hoje vemos na palma de nossa mão e na hora que quisermos.
Mas a tecnologia não se resume somente a internet, celulares, tablets, notebooks... Tudo o que utilizamos para facilitar nosso dia a dia é tecnologia. Desde uma batedeira ao mais sofisticado celular do mercado. 
Isso possibilitou e facilitou a vida de quem necessita e quer buscar informações numa aprendizagem a distância, para quem tem uma vida corrida e passa o maior tempo ‘’livre’’em transportes públicos por exemplo.
Mas para o aluno que ainda não trabalha e cursa a escola regular, o acesso fácil a tanta informação útil e inútil se torna, na maioria das vezes, uma distração em sala de aula.
O maior desafio do professor é usar todo esse acesso e ferramentas multimídias ao seu favor, se adaptar e despertar o interesse dos alunos em sala de aula para coisas além de redes sociais em seus celulares e tablets.
Essa adaptação e atualização constante do professor tem que ser vivida dia após dia pois, a cada ano surgem novos aplicativos ou vídeo aulas, disponibilizadas gratuitamente na maioria das vezes, onde eles podem ter acesso as mesmas informações que é passado em sala e causa o desinteresse nas aulas presenciais. 
Mario Sérgio Cortella (filósofo, educador e também ex Secretário Municipal de educação de São Paulo) em sua palestra Paradigmas da Tecnologia na Educação diz:
“A mente pedagógica moderna não recusa a tecnologia mas, ela não é absolutamente imprescindível para que a gente conduza a convivência, a capacidade, os processos vitais. Seria tolo não usar a tecnologia a nossa disposição para fazermos melhor o que fazemos.” 
Nos últimos anos o Governo Federal vem criando programas para promover o uso de tecnologias no desenvolvimento de novos modelos de ensino e aprendizagem como o Programa nacional de tecnologia educacional (2007), Um computador por aluno (2010) e o banda larga nas escolas de 2008. 
Mesmo assim fica difícil imaginar quando poderemos usar de forma efetiva para a produção de conhecimento em sala de aula pois, segundo a pesquisa TIC Educação, feita em 2014 pelo Comitê Gestor da Internet, apenas 6% das escolas tem computador em sala de aula, 85% possuem laboratórios de informática e só 57% das escolas tem conexão de até dois mega por segundo, velocidade mínima prevista pelo programa Banda Larga nas escolas.
É necessário pensar na formação e na atualização de aprendizado dos professores para de fato incorporar no dia a dia dos alunos a tecnologia disponível e torná-los usuários criativos das tecnologias em sala de aula.
Finalmente a maioria das crianças está na escola, pelo menos no ensino primário como é chamado mundialmente, porém elas não estão aprendendo. É necessário despertar o interesse e “aprender a prender” junto com as crianças.
O processo de ensino tem que ser adaptado para garantir que cada criança aprenda, pois as possibilidades e o potencial de aprendizado delas são ilimitados, porém cada uma em seu ritmo, dificuldades e facilidades de absorver conteúdos. 
Tem que se pensar também no professor e em toda a sua adaptação para com a era digital. No livro Tecnologias Digitais na Educação (Eduepb, 2011, pg 19) diz:
“É essencial que o professor se aproprie de gama de saberes advindos com a presença das tecnologias digitais da informação e da comunicação para que estes possam ser sistematizadas em sua prática pedagógica. A aplicação e mediação que o docente faz em sua prática pedagógica do computador e das ferramentas multimídia em sala de aula, dependem, em parte, de como ele entende esse processo de transformação e de como ele se sente em relação a isso, se ele vê todo esse processo como algo benéfico que pode ser favorável ao seu trabalho, ou se ele se sente ameaçado e acuado por essas mudanças.” 
Existem recursos para essa atualização do professor, um exemplo é o livro que a UNESCO em 2008 lançou direcionada aos interessados. Padrões de competência em TIC para Professores é uma ferramenta tanto para a busca quanto para transmitir informações aos alunos. 
“Os professores na ativa precisam adquirir a competência que lhes permitirá proporcionara seus alunos oportunidades de aprendizagem com apoio da tecnologia. Estar preparado para utilizar a tecnologia e saber como ela pode dar suporte ao aprendizado são habilidades necessárias no repertório de qualquer profissional docente. Os professores precisam estar preparados para ofertar autonomia a seus alunos com as vantagens que a tecnologia pode trazer. As escolas e as salas de aula, tanto presenciais quanto virtuais, devem ter professores equipados com recursos e habilidades em tecnologia que permitam realmente transmitir o conhecimento ao mesmo tempo que se incorporam conceitos e competências em TIC. As simulações interativas em computação, os recursos educacionais digitais e abertos e as sofisticadas ferramentas de levantamento de dados e análise são apenas alguns dos recursos que permitem aos professores oportunidades antes inimagináveis para o entendimento conceitual. As práticas educacionais tradicionais já não oferecem aos futuros professores todas as habilidades necessárias para capacitar os alunos a sobreviverem no atual mercado de trabalho.” (Padrões de competência em TIC para professores, 2008, pg 1)
O professor é o ponto chave para a melhoria da qualidade da educação e para a implementação de uma educação que acompanha a tecnologia. Não se pode ignorar que cada dia que passa é necessário se adaptar ao aluno e transformar a aula em algo que instigue cada vez mais a vontade de aprender tanto em sala de aula quanto fora dela.
 
REFERÊNCIAS
Sousa, Robson Pequeno, Moita, Filomena M. C. da S. C., Carvalho Ana Beatriz Gomes: Tecnologias Digitais na Educação. (EDUEPB, 2011).
Sala debate – Canal Futura: O uso das tecnologias nos processos de ensino aprendizagem. (https://www.youtube.com/watch?v=6Rv0IlDAGI8)
 Cortella, Mario Sérgio, palestra: Paradigmas da tecnologia na educação. (https://www.youtube.com/watch?v=1Lvl_pG72Vk&t=21s)
Título original: ICT competency standards for teachers: implementation guidelines, version 1.0. Paris: UNESCO, 2008.: Padrões de Competência em TIC para Professores.
Moran, José Manuel, 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: Novas metodologias para aprendizagem com tecnologias móveis. (https://www.youtube.com/watch?v=KoBz7vs_QLc&t=9s)