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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA UNICARIOCA CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Atualização de Conhecimentos Pedagógicos MATERIAL DE APOIO MÓDULO 5 DIDÁTICA 2011 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA Curso de Extensão Universitária - Atualização de Conhecimentos Pedagógicos Módulo 3 DIDÁTICA PLANEJAMENTO EDUCACIONAL PLANEJAMENTO As idéias sobre planejamento são discutidas amplamente em nossos dias. Constituindo-se, hoje, numa necessidade de todos os campos da atividade humana face à complexidade das sociedades . Pode ser conceituado como previsão metódica de uma ação a ser desencadeada e a racionalização dos meios para atingir os fins.Consiste em processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. No processo de planejamento, procura-se responder às seguintes perguntas: O que pretendo alcançar? Em quanto tempo pretendo alcançar? Como posso alcançar isto que pretendo? O que fazer e como fazer? Quais os recursos necessários? O que e como analisar a situação a fim de verificar se o que pretendo foi alcançado? PLANEJAMENTO DA AÇÃO DIDÁTICA “Os dois males que debilitam o ensino e restingem o deu rendimento são: a rotina sem inspiração nem objetivo; a improvisação dispersiva, confusa e sem ordem. O melhor remédio contra esses dois grandes males é o planejamento.`` A educação é hoje concebida como fator de mudança, renovação e progresso. Por tais circunstâncias o planejamento se impõe, nesta área com recurso de organização. É o fundamento de toda ação educacional. O planejamento na esfera da educação e do ensino se realiza em varios níveis que variam em abrangência e complexidade. 2.1 TIPOS DE PLANEJAMENTO Planejamento Educacional ou de um Sistema Educacional Planejamento Escolar ou geral das atividades de uma escola Planejamento Curricular ou de currículo Planejamento de Ensino ou didático O planejamento de ensino ou didático é desdobrável em três tipos diferenciados por seu grau crescente de especificidade: Planejamento de Curso Planejamento de Unidade Didática ou Unidade de Ensino Planejamento de Aula Planejamento Educacional ou de um Sistema Educacional - Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da educação. - É feito a nível sistêmico isto é, a nível nacional, estadual, municipal. Consiste no processo de análise reflexão das várias facetas de um sistema educacional para delimitar suas dificuldades e prever alternativas de solução. Envolve a definição de prioridades e metas para o aperfeiçoamento do sistema educacional, o estabelecimento de formas de atuação e cálculos dos custos necessários à realização das metas. O planejamento de um sistema educacional reflete a política de educação adotada. - Tem como pressupostos básicos o delineamento da filosofia da educação do país, evidenciando o valor da pessoa e da escola na sociedade e a aplicação da análise – sistemática e racional ao processo de desenvolvimento da educação, buscando torná-lo mais eficiente e passível de responder com maior precisão às necessidades e objetivos da sociedade. Planejamento Escolar ou Geral das Atividades da Escola - É o processo de tomada de decisões quanto aos objetivos a serem atingidos e a previsão de todas as ações, tanto pedagógicas como administrativas que devem ser executadas por toda equipe escolar, para o bom funcionamento da escola. Explicita a concepção pedagógica da escola. 3 Planejamento Curricular ou de currículo - Considerando que o currículo é a soma de experiências vividas pelos alunos de uma escola, é fácil concluir que o planejamento do currículo é o planejamento dessas experiências. - É a previsão dos diversos componentes curriculares que serão desenvolvidos ao longo do curso, com a definição dos objetivos gerais e a previsão dos conteúdos programáticos de cada componente, a partir das diretrizes fixadas pelos CFE e CEE. - Consiste na previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir os fins da educação. Planejamento de Ensino ou didático - Indica a atividade direcional, metódica e sistemática que será empreendida pelo professor junto a seus alunos, em busca de propósitos definidos. - Previsão das situações específicas do professor com a classe. - É a previsão das ações e procedimentos que o professor vai realizar junto a seus alunos, e a organização das atividades discentes e das experiências de aprendizagem, visando atingir os objetivos educacionais estabelecidos. - É a especificação do planejamento curricular. - Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Durante o período letivo, o professor pode organizar três tipos de planejamento de ensino , por ordem de abrangência: Planejamento de Curso - É a previsão do trabalho docente e discente durante um certo período de tempo, geralmente durante um ano ou semestre letivo. - Delineamento, global, de toda a ação a ser empreendida - é a previsão de um determinado conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a ser alcançado por uma turma, num certo período de tempo. Planejamento de Unidade - Disciplina partes da ação pretendida no plano de curso. - Consiste na reunião de várias aulas sobre uma porção significativa da matéria, que deve ser dominada em suas inter-relações. - é uma especificação maior do plano de curso. Uma Unidade de Ensino é formada de assuntos inter-relacionados. Em princípio, cada unidade deve ser planejada ao final da que a antecede, pois esta lhe servirá de base ou apoio. Planejamento de Aula - Especifica as realizações diárias para a concretização dos planos de Curso e de Unidade. - Especifica e operacionaliza os procedimentos diários para a concretização dos planos de Curso e de Unidade. - É a sistematização de todas as atividades que serão desenvolvidas em um dia letivo. - É a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem. - As unidades e subunidades que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. 4 2.2 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO Conhecimento da realidade – é preciso antes de mais nada, saber para quem se vai planejar, como primeira etapa, deve-se conhecer o aluno e o seu ambiente. Deve ser feita uma sondagem (saber as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos). A conclusão que chegamos após o estudo dos dados coletados, constitui o Diagnóstico. Conhecimento da realidade Determinação dos objetivos Seleção e organização dos conteúdos Seleção e organização dos procedimentos de ensino Seleção dos recursos Seleção de procedimentos de avaliação Estruturação do plano de ensino Desenvolvimento do plano Avaliação Feedback Replanejamento Avaliação e aperfeiçoamento do plano Execução do plano Elaboração / Preparação do plano Conhecimento da realidade Aluno Aspirações Frustrações Necessidades Possibilidade s Ambiente Escolar Comunitário SondagemDiagnóstico 5 Elaboração do plano – passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos: Determinação dos objetivos Seleção e organização dos conteúdos Seleção e organização dos procedimentos de ensino Seleção de recursos Seleção de procedimentos de avaliação Estruturação do plano de ensino Execução do plano – consiste no desenvolvimento das atividades previstas, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. A reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente exigirão adaptações e alterações no planejamento. Isto é normal e não dispensa o planejamento, pois, uma das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade. Avaliação e aperfeiçoamento do plano – ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento. A avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem e um significado mais amplo. Porque além de avaliar os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar. 2.3 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PLANEJAMENTO DE ENSINO - COERÊNCIA E UNIDADE - CONTINUIDADE E SEQUÊNCIA - FLEXIBILIDADE - OBJETIVIDADE E FUNCIONALIDADE - PRECISÃO E CLAREZA a) Coerência e Unidade É a conexão entre objetivos e meios, pois os meios devem ser adequados para atingir os objetivos propostos. No que se refere ao plano didático, trata-se da convergência, da correlação entre os objetivos, os conteúdos, os procedimentos de ensino e aprendizagem e as formas de avaliação. As atividades planejadas devem manter perfeita coesão entre si, de modo que não se dispersem em distintas direções; de sua unidade e correlação dependerá o alcance dos objetivos propostos. b) Continuidade e Seqüência É a previsão do trabalho de forma integrada do começo ao fim, garantindo a relação existente entre as várias atividades. Deve existir uma linha ininterrupta que integre, gradualmente, as distintas atividades, desde a primeira até a última, de modo que nada fique jogado ao acaso. c) Flexibilidade É a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às situações não previstas. O plano deve satisfazer os interesses e as necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos. Isto quer dizer que o plano “deve permitir a inserção sobre a marcha, de temas ocasionais, subtemas não previstos e questões que enriqueçam os conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração – restrição ou supressão – dos elementos previstos de acordo com as necessidades e/ou interesses dos alunos”. Deve permitir a inserção sobre a marcha, de temas ocasionais, subtemas não previstos e questões que enriqueçam os conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração – restrição ou supressão – dos elementos previstos, de acordo com as necessidades e/ou interesses dos alunos. d) Objetividade e Funcionalidade Consiste em levar em conta a análise das condições da realidade, adequando o plano ao tempo, aos recursos disponíveis e às características da clientela (possibilidades, necessidades e interesses dos alunos). Assim, os conhecimentos a serem trabalhados e assimilados devem atender aos interesses e necessidades dos alunos de forma funcional, efetiva e prática. Os enunciados devem ser claros, precisos, objetivos e sintaticamente impecáveis. As indicações não podem ser objeto de dupla interpretação; as sugestões devem ser inequívocas. 6 e) Precisão e Clareza O plano deve apresentar uma linguagem simples e clara: os enunciados devem ser exatos e as indicações precisas, pois podem ser objeto de dupla interpretação. Os enunciados devem ser claros, precisos, objetivos e sintaticamente impecáveis. As indicações não podem ser objeto de dupla interpretação; as sugestões devem ser inequívocas. 2.4 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO ENSINO Objetivos - é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa atividade. Eles são sempre do aluno e para o aluno. Conteúdos - refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas suas próprias regras. Abrange as experiências educativas no campo do conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola. É um instrumento básico para poder atingir os objetivos precisa ir do mais simples ao mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato. Procedimentos de ensino - são ações, processos ou comportamento planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos. Recursos de ensino - são os componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno. - Avaliação - é o processo pelo qual se determinam o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido. 7 QUADROS RESUMOS TIPOS DE PLANEJAMENTO PILETTI BORDENAVE HAYDIT TURRA Planejamento educacional Planejamento de currículo Planejamento de ensino Planejamento de curso Planejamento de unidade Planejamento de aula Planejamento do currículo de um curso ou carreira Planejamento da disciplina específica Planejamento de uma aula teórica Planejamento de uma aula prática Planejamento de um sistema educacional; Planejamento geral das atividades de uma escola; Planejamento de currículo; Planejamento didático ou de ensino: Planejamento de curso; Planejamento de unidade didática ou de ensino; Planejamento de aula. Planejamento educacional Planejamento curricular Planejamento de ensino Plano de curso Plano de unidade ou unidade de ensino Plano de aula CARACTERÍSTICAS DO PLANO DE ENSINO Coerência e unidade Coerência HAYDIT PILETTI TURRA Conexão entre Objetivos e meios Correlação: Correlação entre os objetivos conteúdos procedimento de ensino- aprendizagem Formas de avaliação Ser elaborado em íntima correlação com os objetivos visados. As atividades devem manter coesão sem dispersarem-se. O alcanço dos objetivos depende da sua unidade. Coerência apenas. Seqüência e continuidade Seqüência HAYDIT PILETTI TURRA Previsão do trabalho de forma integrada das várias atividades do começo ao fim Ser elaborado em função das necessidades e das realidades apresentadas pelos alunos. Integração das atividades, ininterruptamente Flexibilidade Flexibilidade HAYDIT PILETTI TURRA Reajusta no plano (este deve satisfazer os interesses dos alunos) sem afastar- se dos pontos a serem desenvolvidos. Pode-se colocar temas ocasionais, questões e também retirar, de acordo com os interesses dos alunos. Ser flexível. O plano pode ser alterado. Trata dos temas que poderão ser inseridos ao retirados, de acordo com os interesses dos alunos Objetividade e Funcionalidade HAYDIT PILETTI TURRA Análise das condições da realidade, adequando o plano ao tempo,recursos e as características dos clientes (interesses dos alunos). Os conhecimentos devem atender as necessidades e interesses dos alunos de forma funcional, efetiva e prática Ser elaborado, tendo em vistas as condições reais de tempo, local e recursos disponíveis. Não possui Precisão e Clareza Precisão e objetividade HAYDIT PILETTI TURRA Linguagem clara e simples. Enunciados exatos e indicações precisas, sem dupla interpretação Ser claro e preciso, os enunciados devem apresentar indicações bem exatas e sugestões concretas. Enunciados claros, precisos, objetivos e sintaticamente impossíveis indicações sem dupla interpretação e sugestões sem equívocos. 8 OBJETIVOS 1.CONCEITO O objetivo consiste na formulação de um resultado de aprendizagem que possa ser observável e portanto mensurável para a avaliação de ensino. Todo educador precisa conhecer a meta que dará sentido aos seus esforços, pois não é possível selecionar o itinerário mais adequado quando não se sabe onde se quer chegar. Em torno da formulação de objetivos gira, portanto, todo o trabalho do professor/instrutor. A seleção dos conteúdos, dos procedimentos e dos recursos instrucionais decorrerá da determinação dos objetivos, e não poderá ser avaliado o que os alunos aprenderam se não se fixar o que se pretende obter. A elaboração do objetivo é uma das etapas mais importante no processo de planejamento. É feita logo no início do planejamento, antes de se pensar em conteúdo, técnicas, recursos etc. PORQUE O PROFESSOR DEVE FORMULAR OBJETIVOS Ralph Tyler e Robert Gagné, já citados, dão as seguintes razões convincentes para que os objetivos de ensino sejam formulados explicitamente: ( ) capacitar o professor a planejar as etapas que o estudante deve vencer para atingir o desempenho final ( ) auxiliar na avaliação do desempenho, facilitando a construção de testes ( ) permitir ao estudante dirigir melhor a atenção e o esforço, pois sabe com antecedência o que ele deve aprender RELAÇÕES ENTRE OBJETIVOS E CONTEÚDOS Um conteúdo é tanto mais útil quanto melhor percebido como um meio para atingir um fim, e não um fim em si mesmo. RELAÇÃO ENTRE OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS As ações que constituem o processo de aprendizagem têm relação com o produto. Portanto, o processo de aprendizagem deve ter uma direção previamente determinada pelos objetivos. RELAÇÕES ENTRE OBJETIVOS E AVALIAÇÃO Um dos aspectos mais importantes do papel do professor é avaliar os progressos do aluno no sentido de atingir os objetivos do ensino, previamente estabelecidos. As razões para que esta relação nem sempre se evidencie são as dificuldades que o professor tem: ( ) em definir com precisão o que está procurando ensinar ( ) em preparar instrumentos apropriados para avaliar as respostas dos alunos FATORES QUE INFLUEM NA DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS Maturidade: ( ) trata-se de detectar as capacidades e necessidades relacionadas com que o aluno pode aprender Aprendizagem atual dos alunos: ( ) é preciso comprovar o nível do aluno em relação aos objetivos que o professor pretende alcançar Motivação: 9 ( ) talvez seja a motivação o mais desconcertante fenômeno da aprendizagem, daí ser objeto de extensa literatura. Cabe ao professor considerar e analisar os aspectos mais significativos Tempo disponível do aluno em relação à quantidade de objetivos: ( ) o professor deve considerar que tratará problemas para os alunos e para os colegas, se for demasiadamente ambiciosos em relação ao número de objetivos que pretende alcançar ao final do curso. È preciso realidade, no planejamento, quanto ao número de objetivos em relação ao tempo disponível. Recursos disponíveis: ( ) este fator diz respeito aos meios concretos à disposição do professor, que lhe permitem melhor observar o desempenho do aluno. Por exemplo, se há possibilidade de usar um mimeógrafo, o laboratório, etc. Situações de ensino: ( ) além de criar uma atmosfera favorável, cabe ao professor determinar o tipo de atividade que o aluno poderá ter para atingir o objetivo proposto Competência para ensinar: ( ) se os objetivos de ensino se referem às aprendizagens dos alunos, representam também decisões que o professor tomou, considerando ou não os fatores acima relacionados. Determinar, portanto, melhores objetivos expressos em termos dos alunos é uma tarefa profissional que requer competência. 2. FUNÇÕES DOS OBJETIVOS Os objetivos são a base de todo o trabalho, pois são eles que permitem: orientar a seleção e organização dos conteúdos; orientar a seleção e a organização das atividades de fixação e técnicas de ensino; guiar a seleção de recursos instrucionais; permitir maior precisão na avaliação dos resultados; conduzir a avaliação e a recuperação; orientar a direção da aprendizagem uma vez que os alunos conhecem o que se espera deles; e possibilitar o enfoque comum do assunto aos professores/ instrutores. 3. TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO 3.1 - Quanto à especificação: a) Geral ou Educacional; e b) Específico ou de Ensino ou Instrucionais. O objetivo geral ou educacional indica um conjunto de ações ou resultados de aprendizagem que o aluno deverá obter ou alcançar referente a uma disciplina, módulo ou curso. É um resultado complexo, alcançável em período mais amplo. O objetivo específico ou de ensino indica uma ação única ou único resultado da aprendizagem do aluno e se refere ao assunto ou tópico de uma aula. É mais simples, concreto e alcançável em menos tempo. 10 Os objetivos educacionais e instrucionais relacionam entre si da seguinte maneira: 3.2 Quantos aos Domínios: a ) Cognitivo; b ) Afetivo; e c ) Psicomotor. Os objetivos indicam modificações no comportamento do aluno. Essas modificações se realizam, no aluno, a nível de pensamento, sentimento e ações, ocorrendo em três grandes áreas do comportamento humano: cognitiva (pensamento), afetiva (sentimento) e psicomotora (ações). Os objetivos relacionam-se a uma dessas áreas. Os objetivos da área cognitiva abrangem conhecimentos, conceitos, idéias, princípios e habilidades mentais, enfatizando resultados intelectuais. -conhecer os princípios essenciais envolvidos na aprendizagem -conhecer as razões pelas quais o imperialismo e o militarismo são considerados como causas de guerras mundiais Os objetivos da área afetiva são associados à atitudes, valores e apreciações, enfatizando sentimentos e emoções. -cooperar para a manutenção da ordem, da conservação, da limpeza e do embelezamento da comunidade -valorizar os produtos do município, usando-os. Os objetivos da área psicomotora são associados à habilidades motoras, enfatizando resultados em atividades práticas. - desenhar o mapa do Brasil -construir um barco de madeira -dirigir uma motocicleta 4. CUIDADOS NA REDAÇÃO DE OBJETIVOS utilizar um verbo que determine a conduta do aluno ; começar com o verbo; No plano de currículo Objetivos educacionais Resultados finais que a escola procura atingir E X E M P L O Adquirir conceitos e generalizações E X E M P L O Adquirir conceito de comunidade (Estudos Sociais) E X E M P L O Identificar grupo social Identificar os diferentes tipos de grupos sociais Relacionar grupo sociale comunidade Comportamentos amplos a serem atingidos numa área de estudos Mudanças específicas e gradativas do comportamento No plano de ensino Objetivos instrucionais 11 redigir o verbo no infinitivo, indicando a ação do aluno e não do instrutor; indicar um comportamento observável, ou seja, uma ação que o aluno apresentará no final da aula; apresentar uma única ação em cada objetivo; evitar o uso de palavras inúteis e verbos ambíguos, pois um objetivo deve ser claro e preciso; e estar coerente com o tempo e recursos disponíveis. A pergunta-chave que o professor/instrutor deve fazer a si mesmo, ao redigir um objetivo, é: “O que fará o aluno para demonstrar o que aprendeu?” Verbos que permitem muitas interpretações Verbos que admitem poucas interpretações Compreender Saber Entender Desenvolver Aprender Melhorar Aperfeiçoar Julgar Conhecer Adquirir Familiarizar-se Identificar Diferenciar Escrever Resolver Enumerar Comparar Contrastar Justificar Escolher Criticar Verbalizar Distinguir Construir Selecionar Localizar 5. FORMULAÇÃO OPERACIONAL DE OBJETIVOS: A formulação de objetivos, em termos operacionais, diz respeito a um modo de explicitar objetivos em termos de: Comportamento: ( ) identificar o comportamento final, isto é, o comportamento que será aceito como prova de que o estudante alcançou o objetivo Condições: ( ) descrever as condições importantes nas quais ocorrerá o comportamento desejado Critérios: ( ) especificar o critério de realização aceitável do desempenho do aluno. 1º REQUISITO – COMPORTAMENTO OBSERVÁVEL O comportamento deve: ( ) Referir-se ao comportamento final. Ex.: o aluno deve ser capaz de nomear seis autores brasileiros e suas obras ( ) Ser observável. Ex.: a aluna deve ser capaz de costurar um avental ( ) Ser definido com clareza e precisão. Verbos que admitem Menos interpretações Muitas interpretações Aplicar Apontar Classificar Comparar Contrastar Distinguir Enumerar Escrever Exemplificar Listar Marcar Numerar Relacionar Traduzir Adquirir Apreciar Aperfeiçoar Aprender Compreender Conhecer Desenvolver Dominar Entender Julgar Melhorar Raciocinar Saber Verificar 12 2º REQUISITO – CONDIÇÃO Vejamos outros exemplos relativos a estes requisitos: ( ) dada uma lista de conceitos da filosofia grega... ( ) consultando dicionário... ( ) com uma calculadora... ( ) dispondo de uma hora... ( ) dada uma bola e duas chuteiras... ( ) dentro da sala de aula e durante o período de aula... 3º REQUISITO – CRITÉRIO ou PADRÃO DE RENDIMENTO ACEITÁVEL ( ) em números que especifiquem o menor número de respostas corretas. Ex.: o aluno assinalará diretamente numa lista de nomes, pelo menos cinco que sejam de presidentes do Brasil. ( ) em números que especifiquem o número de palavras, nomes, princípios que serão aceitos. Ex.: o aluno escreverá o nome de cinco presidentes do Brasil, sem consulta. ( ) em percentagens. Ex.: o aluno traduzirá, sem auxílio do dicionário, 80% das palavras de uma lista dada. ( ) em definições de qualidade. Ex.: utilizando as instalações e o material da oficina, o aluno será capaz de construir uma mesa de madeira; o trabalho será considerado satisfatório... ( ) o rendimento poderia ainda estar implícito, como por exemplo: “O aluno traduzirá sem erro todas as palavras dadas.” TAXIONOMIA DOS OBJETIVOS Serão apresentados 3 sistemas de classificação criados por: - Bloom e seus colaboradores - Hilda Taba - Robert Gagné TAXIONOMIA DE BLOOM DOMÍNIO COGNITIVO DOMÍNIO AFETIVO DOMÍNIO PSICOMOTOR 1.0 Conhecimento 1.10 conhecimento de específicos 1.20 conhecimento de maneiras e meios de tratar com específicos 1.30 conhecimento dos universais e abstração num certo campo 1.0 Receptividade 1.1 tomada de consciência 1.2 desejo de receber o estímulo 1.3 atenção seletiva ou controlada 1. Percepção 2.0 Compreensão 2.10 translação 2.20 interpretação 2.30 extrapolação 2.0 Reação 2.1 aceitação 2.2 disposição para responder 2.3 satisfação proporcionada pela resposta 2. Predisposição 3.0 Aplicação 3.0 Valorização 3.1 aceitação de um valor 3.2 preferência por um valor 3.3 realização pessoal em função de um valor 3. Resposta orientada 4.0 Análise 4.10 análise de elementos 4.20 análise de relações 4.30 análise dos princípios organizacionais 4.0 Organização 4.1 conceituação de um valor 4.2 organização de um sistema de valores 4. Resposta mecânica 5.0 Síntese 5.10 produção de uma comunicação singular 5.20 produção de um plano ou esquema de operações 5.30 derivação de um esquema de relações abstratas 5.0 Caracterização em função de um valor ou de um conjunto de valores. 5.1 generalização 5.2 caracterização 5. Resposta complexa evidente 6.0 Avaliação 6.10 julgamento em termos de evidência interna 6.20 julgamento em termos de critérios externos 13 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: HILDA TABA 1. Conhecimentos: fatos, idéias e conceitos. Fatos – os fatos específicos têm só uma utilidade temporária como meio para adquirir idéias. Por conseguinte, sua aquisição e retenção provavelmente devem Ter a mínima prioridade. Idéias – o segundo nível do conhecimento, ou de princípios e idéias básicas, é representado por objetivos como compreensão do princípio da gravidade ou das leis biológicas da hereditariedade e reprodução... Conceitos – o terceiro nível do conhecimento – os conceitos que relacionam grupos de generalizações com os princípios – geralmente é produto de numerosas experiências ao longo de prolongados períodos e em muitos contextos diferentes. 2. Pensamento reflexivo Inclui a interpretação de dados, a aplicação de fatos e princípios, e o raciocínio lógico. É o quarto nível do conhecimento, ainda que esteja destacado. 3. Valores e atitudes Para a autora, “móvel principal da cultura, da motivação e da atividade humanas se encontra na esfera dos valores e dos sentimentos”. 4. Sensibilidade “É a capacidade para responder ao meio ambiente social e cultural e como uma qualidade única e pessoal única e pessoal quanto à percepção, significado e reação” Inclui a capacidade de empatia, isto é, colocar-se no lugar do outro. 5. Habilidades São muito numerosas e variadas, incluindo leitura, resolução de problemas e trabalhos em grupos. GAGNÉ informação verbal ou conhecimento habilidades intelectuais estratégias cognitivas atitudes habilidades motoras Para Habilidades motoras o verbo é executar Informação o verbo é dizer (repetir) Atitudes o verbo é escolher, decidir Estratégias cognitivas o verbo é originar. Informação verbal ou conhecimento – este tipo de capacidade é aprendido quando o indivíduo pode expressar, em forma proposicional, os nomes, fatos e generalizações. Habilidades intelectuais – habilidades intelectuais são as capacidades que o estudante adquire e que o capacitam a tratar simbolicamente com seu ambiente. Por exemplo, um estudante de química aprende a habilidade de encontrar a normalidade de soluções; um estudante de língua nacional aprende a habilidade de construir parágrafos descritivos; um estudante de ciência social aprende a habilidade de tabular dados. 14 Estratégias cognitivas – uma terceira classe de resultados de aprendizagem é chamada de estratégias cognitivas. São estas as habilidades de auto-organização que o aluno adquire. Como objetivo da educação, às estratégiascognitivas são muitas vezes dadas altas prioridades por filósofos educacionais. Atitudes – atitudes e valores são uma Quarta categoria de resultados educacionais, referidos às vezes como “domínio afetivo”, elas modificam o comportamento do indivíduo em relação a classes de objetos, pessoas ou eventos. Habilidades motoras – a aquisição e o aperfeiçoamento de habilidades motoras é também uma parte do que é aprendido pelo estudante de educação superior. Exemplos são a manipulação de instrumentos em ciência e engenharia e a pronunciação de sons em línguas estrangeiras. 15 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS Conteúdo: TURRA Refere-se à organização do conhecimento em si, com base nas suas próprias regras. Abrange as experiências educativas no campo do conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas pela escola. É um instrumento básico para poder atingir os objetivos Precisa ir do mais simples ao mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato. PILETTI Tradicionalmente era objeto de programas minuciosos. Atualmente é um dos meios de favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Seleção dos Conteúdos TURRA Atenção que devemos ter ao escolher os conteúdos: ( ) os mais significativos da disciplina (campo de conhecimento) ( ) ao mais interessantes aos estudantes ( ) os mais adequados à maturidade dos alunos ( ) ao mais utilizados pelos alunos na vida diária ( ) os que podem ser aprendidos dentro do tempo determinado São válidas 4 justificativas para favorecerem a assimilação mais consistente: ( ) abrangência das idéias fundamentais, torna a disciplina mais compreensível ( ) dar significância ao conteúdo para que não haja esquecimento ( ) a sistematização das idéias principais favorece a aprendizagem ( ) a relação do conhecimento anterior, com as novas aquisições A conseqüência da assimilação mais consistente ( ) o aluno vai tomar gosto pela disciplina ( ) assimilação das novas aquisições com facilidade Outros aspectos que possibilitam a apreensão de uma disciplina ( ) visão globalizada da disciplina ( ) acesso às idéias mais importantes da disciplina ( ) sistematização das idéias principais (organização da hierarquia) ( ) a fácil atualização dos conhecimentos ( ) aplicação da aprendizagem em outras disciplinas (interdisciplinaridade) 16 As mudanças que podem acorrer na estrutura de uma disciplina; estão sujeitas a: ( ) incorporação de novas descobertas ( ) reformulação de itens que não deram certo ( ) retirar as idéias ultrapassadas devido os avanços do conhecimento * Em outras palavras: insere, reformula e retira O que é Estrutura? Um sistema de relações. (parte técnica) (parte prática) Segundo Turra as disciplinas manifestam o modelo de desenvolvimento cognitivo já descobertos. As disciplinas quanto à sua natureza Estabelece os princípios gerais ex.: física, disciplina teórica Outras relacionam-se com a aplicação ex: disciplinas pedagógicas, disciplina prática Obs.: As práticas surgem da disciplina teórica. Quais são as 2 recomendações pedagógicas importantes na seleção de conteúdos? 1 – Oportunizar aos alunos a aprendizagem das idéias fundamentais da disciplina 2 – O professor deve considerar a estrutura da disciplina ao solucionar os conteúdos Além de considerar a Estrutura da disciplina outros fatores importantes influem no processo de aprendizagem: - Aptidões - Maturidade - Motivação Os 5 critérios para a seleção de conteúdos são: (Turra) Os 6 critérios para a seleção de conteúdos são: (Piletti) - VALIDADE - FLEXIBILIDADE - SIGNIFICAÇÃO - POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO PESSOAL - UTILIDADE - VALIDADE - FLEXIBILIDADE - SIGNIFICAÇÃO - POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO PESSOAL - UTILIDADE - VIABILIDADE Montar um currículo Estrutura Realidade Relação entre as disciplinas Essencial a aprendizagem = Currículo 17 Validade:(Turra) ( ) requer que os conteúdos sejam dignos de confiança e representativo (Turra e Piletti) ( ) atualização dos conteúdos ( ) conteúdos vinculados aos objetivos que propomos alcançar Flexibilidade:(Turra e Piletti) ( ) alterações dos conteúdos já selecionados (adaptações e renovações para dificuldades e imprevistos) Significação: (Turra) ( ) relacionado ao campo experimental do aluno (Turra e Piletti) ( ) vinculado à realidade do aluno ( ) favorece a assimilação rápida e rica dos estudos ( ) desperta o interesse no aluno, aprofundando o seu conhecimento (Turra e Piletti) Possibilidade de Elaboração Pessoal (do aluno): (Turra) ( ) recepção, assimilação e transformação da informação pelo aluno (Turra e Piletti) ( ) favorece experiências pessoais ( ) o aluno deve associar, compreender, organizar, criticar e avaliar idéias (Turra e Piletti) Utilidade: (Turra e Piletti) ( ) características do meio em que vivem os alunos Viabilidade: (Piletti) ( ) deve-se selecionar conteúdos que possam ser aprendidos dentro das limitações de tempo e recursos disponíveis. Organização dos Conteúdos Turra ( ) caracteriza-se por inter-relações ( ) tem como função principal simplificar a compreensão dos conteúdos ( ) economiza esforço intelectual ( ) favorece o progresso da aprendizagem no menor espaço de tempo possível A organização seqüencial se resume em Ordenação, de 2 formas: na seqüência – ordenação vertical no relacionamento – ordenação horizontal vertical – leva de um nível de complexidade a outro mais elevado horizontal – relaciona os diferentes campos de conhecimento humano devem estar intimamente vinculados a critérios lógicos e psicológicos. Lógicos dinamicidade do conteúdo, favorecendo a determinação de normas indicadores. Psicológicos focalizam o alunado, concerne a aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores 18 Logicidade: ( ) seqüência lógica de organização dos conteúdos ( ) deve ser coerente com a estrutura e objetivos da disciplina ( ) estabelece uma ordenação e seqüência de idéias (do simples ao complexo) ( ) os comportamentos separados terão o crescimento cumulativo do aluno em relação a conhecimentos, atitudes e habilidades Gradualidade: ( ) processo das pequenas etapas ( ) diz respeito à distribuição adequada em quantidade e qualidade dos conhecimentos ( ) atende as possibilidades de realização dos envolvidos no trabalho ( ) relaciona a noção nova com a anterior Continuidade: ( ) intimamente relacionada a logicidade e gradualidade ( ) propicia articulação entre conteúdos completando e integrando o desenvolvimento do trabalho ( ) atende o crescimento, maturidade e interesse do aluno Obs.: A organização dos conteúdos deve obedecer a etapas contínuas e sistemáticas. Aspectos básicos na organização seqüencial de conteúdos: Logicidade Gradualidade Continuidade PILETTI Segundo Piletti a Estrutura está na organização dos conteúdos Bruner a organização dos conteúdos de cada disciplina deve ser determinada pela compreensão dos princípios que dão estrutura a esta disciplina. Piletti O critério de organização do conteúdobaseado na estrutura da própria matéria denomina-se:Critério Lógico a organização lógica é de função do especialista. Em contraposição há a organização psicológica baseia-se no nível de desenvolvimento intelectual ou cognitivo do aluno. Organização dos conteúdos no critério psicológico; Atividades – séries iniciais do 1º grau Menos específicas e sistematizadas / experiências concretas e vivências de situação Áreas de estudo – séries finais do 1º grau Mais ou menos específicas e sistematizadas / conteúdos afins Disciplinas – segundo grau Mais específicas e sistematizadas / individuais, mais isoladas, maior grau de abstração 19 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO Método – Roteiro geral para a atividade, indica grandes linhas de ação sem operacionalizá-las. Técnica – Operacionalização do método. Métodos Técnicas Individualizadas Grupais / Socializadas Montessori Estudo Dirigido Aula expositiva / Exposição oral Centros de Interesse Fichas Didáticas Perguntas Diretas Unidades Didáticas Instrução Programada Dinâmica de grupo Solução de Problemas (Piletti ) Projetos - Unidades de Trabalho - Unidades de Experiências Observação Estudo do Meio (visitas/entrevistas/excursões) Estudo de Textos Laboratório Psicogenético Leitura Descoberta Redação Pesquisa Bibliográfica Entrevista Solução de Problemas ( Turra ) MÉTODOS MONTESSORI Princípios da auto educação do Método Montessori (VILA) vitalidade individualidade liberdade atividade Material didático: O material didático tem uma característica peculiar de ser auto corretor. “a professora é substituída pelo material didático que corrige por si mesmo os erros e permite que as crianças se eduquem por si mesma” . A maior parte do material é utilizada com base em conversa com o professor e sua utilização se desenvolve em 3 tempos: 1º tempo – associação do nome com a percepção sensorial. Ex.: esta cor é azul. 2º tempo – reconhecimento do nome após a percepção sensorial. Ex.: apresenta-se o azul e pergunta que cor é. 3º tempo – lembrança do nome correspondente ao objeto. Ex.: o que é isto? Além do material didático o método recomenda exercícios físicos e rítmicos Neste método os alunos recebem um reforço como muito bem e parabéns. CENTROS DE INTERESSE Parte das fases dos interesses da criança: por sua vida e suas coisas; sua família e sua casa; progride até chegar aos problemas da humanidade. Os conhecimentos dos fatos abrangem: a criança e sua necessidades; a criança e seu meio. Apresenta-se em 3 fases: 20 observação: relacionado ao tema, através de slides, observação das plantas associação: apresentação de teoria sobre o assunto, como crescem as plantas expressão: expressa algo a respeito do tema, desenhe uma planta, cultiva uma planta Vantagem dos métodos: estabelece associações do meio natural em que a criança vive com a parte teórica favorece o desenvolvimento da observação e do raciocínio da criança favorece a adaptação da criança ao meio natural e social Desvantagem do Método: tem necessidade de um professor qualificado e criativo falta de espaço nas escolas para o cultivo de jardins, etc. dificuldade de locomoção a museus, etc. UNIDADES DIDÁTICAS ) o ensino deve ser desenvolvido através de: unidades amplas, significativas e coesas. Fases: atividades iniciais planejamento das atividades e subunidades execução atividades conclusivas verificação da aprendizagem SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Características de um bom problema: ter valor funcional estar de acordo com o nível intelectual do educando e relacionado com a sua experiência ser motivador apresentar-se de maneira clara e precisa ser bem orientado pelo professor Princípios do Método: os hábitos só se resolvem as situações rotineiras; por isso a escola deve desenvolver o pensamento reflexivo pois só este resolve as situações novas explicando a criança o porque das coisas e de seu comportamento para desenvolver o pensamento reflexivo o professor deve apresentar ao aluno problemas que exijam solução reflexiva PROJETOS O método de projetos surgiu dos mesmos princípios dos métodos de solução de problema O método de solução de problemas tem principalmente o caráter intelectual enquanto o método de projeto é mais amplo e vital por prever todo tipo de atividade (manuais, intelectuais, estéticas, etc.) todo projeto é um problema mas nem todo problema é um projeto - objetivos: 1. proporcionar o aluno uma situação autêntica de vivência e experiência 2. estimular o pensamento criativo 3. desenvolver a capacidade de observação para melhor utilizar informações e instrumentos 4. valorizar a necessidade de cooperação 5. dar oportunidade ao aluno para que se comprove as suas idéias por meio de aplicação das mesmas estimular a iniciativa, a auto-confiança e o senso de responsabilidade 21 - procedimentos para o desenvolvimento 1. seleção ou elaboração de um projeto somente pelo professor, somente pelo aluno e entre professor e alunos 2. planejamento de todos os detalhes do projeto 3. coleta de informações e seleção do material necessário para a execução das diversas fases do projeto 4. a execução das tarefas previstas para a efetivação do projeto 5. a apresentação do projeto em classe para ser discutido por todos 6. apreciação do professor do trabalho realizado Unidades de trabalho O ensino se realiza em torno de um tema central de forma interdisciplinar, abrangendo o estudo individual e atividade de grupo. Unidades de experiência Enfatizam o valor da experiência direta no ensino e utilizam o meio físico e social que o aluno vive como um centro do trabalho escolar PSICOGENÉTICO Etapas do pensamento e a linguagem da criança: desenvolvimento do pensamento sensório-motriz (do nascimento aos 2 anos, aproximadamente) capacidade congênita de sugar, agarrar e chorar. Ex.: colocar recipientes menores dentro de recipientes maiores. o pensamento intuitivo (de quatro a sete ou oito anos) a interação social proporcionada pela linguagem ajuda a superar a falta inicial de acomodação. aparecimento do pensamento operatório: operações concretas (dos 7 aos 14 anos) liberta-se do domínio da percepção e começa a ser capaz de criar conceitos gerais. Nessa fase foi superada a intuição, chegou ao nível operatório mas não pensa se não em termos concretos. aparecimento e desenvolvimento das operações formais (dos 11 aos 12 anos em diante) nesta etapa ela pode formar classes complexas e fazer raciocínios em cadeias. algumas conseqüências didático-pedagógicas das descobertas de Jean Piaget, ou método psicogenético. DESCOBERTA propõe aos alunos uma situação de experiência e observação, para que eles formulem conceitos e princípios utilizando o raciocínio indutivo. surgiu com o movimento denominado educação progressiva o professor cria situações de ensino nas quais o aluno observa, coleta dados, para depois sistematizá-los também chamado de método da redescoberta constitui uma forma de aprender conteúdos específicos ajudar o aluno a desenvolver habilidades cognitivas e comprovar hipóteses Vantagens: desenvolve a capacidade de observação, reflexão e solução de problemas incentiva o gosto pela pesquisa e experimentação contribui para aumentar a autoconfiança do aluno traz satisfação e recompensa que são intrínsecasao ato da descoberta Cuidados: não é recomendado quando se dispõe de pouco tempo o professor não deve confundir o método da descoberta com a filosofia do laissez-faire (deixar o aluno a vontade) Características do método da descoberta: usa o procedimento indutivo (de casos particulares para uma fórmula geral) oferece ao aluno a possibilidade de uma participação ativa, manipular, pesquisar, colher informações. encara o erro como sendo educativo é a partir do erro que o professor fornecerá novos dados aos alunos 22 TÉCNICAS AULA EXPOSITIVA / EXPOSIÇÃO ORAL consiste na apresentação de um tema logicamente estruturado é a técnica mais antiga, assim como a cópia, o ditado e a leitura pode ter duas posições: dogmática e de diálogo Deve observar os seguintes procedimentos: estabelecer os objetivos da exposição, com clareza; planejar a seqüência da exposição; manter os alunos em atitude reflexiva com questões que exijam o raciocínio, relacionadas com o tema; dar emoção a exposição; utilizar gravuras, gráficos do tema; promover exercícios rápidos e objetivos; efetuar recapitulação; explorar as vivências dos alunos, na exposição; observar se os alunos estão cansados na sala; ficar visível na aula e movimentar-se TÉCNICA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS professor dirige pergunta aos alunos sobre algo estudado ou suas experiências. Os alunos também podem perguntar ao professor (Quem não sabe interroga a quem sabe) o professor não deve ter objetivo de julgar ou atribuir notas o professor deve estimular a participação Objetivo da Técnica de perguntas e respostas: fazer com que o aluno estude por conta própria facilitar o desenvolvimento da capacidade de expressão do aluno possibilitar o melhor conhecimento do aluno: personalidade, instrução e formação Procedimentos da Técnica de perguntas e respostas: o professor indica a fonte de estudo o professor determina que os alunos estudem individualmente ou em grupo um tema, enquanto isso o professor elabora questões o professor faz pergunta e espera que um voluntário se apresente. Caso isso não ocorra, ele indicará um aluno o professor faz uma apreciação dos trabalhos ESTUDO DIRIGIDO o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender. consiste na solicitação de uma tarefa ao aluno mediante o fornecimento de instruções (clara e simples) de como realizá-lo. a aplicação parte de um estímulo comum: a utilização do texto. Objetivos do estudo dirigido: criar, corrigir e aperfeiçoar hábitos de estudo. servir como técnica de fixação, integração e ampliação da aprendizagem proporcionar condições para o aluno aprender através de sua própria atividade, dando-lhe condições de progredir em seu próprio ritmo favorecer o atendimento das diferenças individuais favorecer o sentimento de independência e de segurança Procedimentos para a elaboração e aplicação da técnica de estudo dirigido: 23 o texto a ser utilizado para o estudo dirigido deve ser simples, porém abrangente, enfocando todos os aspectos de relevância da unidade; a extensão do texto deve ser proporcional ao nível da classe, com questões que não exijam a mera repetição do texto. o estudo dirigido pode ser realizado em classe ou em casa. Em qualquer um dos casos é indispensável a assistência do professor nas fases de execução, correção e avaliação. as questões apresentadas devem dar oportunidade para que o aluno desenvolva sua capacidade de análise, síntese, interpretação, ordenação, avaliação, etc. FICHAS DIDÁTICAS Consiste em colocar à disposição do aluno, na sala de aula, as fichas didáticas necessárias ao estudo de um determinado conteúdo. A técnica inclui as seguintes fichas: ficha de noções, ficha de exercícios e ficha de correção. INSTRUÇÃO PROGRAMADA Teoria do reforço de Skinner Os 5 fatores que estão presentes na situação ensino-aprendizagem: objetivos (do professor e do aluno) conteúdos (científicos, filosóficos ou empíricos) métodos e técnicas de ensino-aprendizagem (atividade do aluno, do professor ou de ambos) ambiente de trabalho (facilidades físicas, atmosfera de relações humanas) avaliação (sistemas de controle da aprendizagem como testes, observações, etc.) SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Consiste em apresentar um problema ao aluno estimulando o pensamento reflexivo para alcançar uma solução satisfatória. Passos e etapas essenciais: formulação do problema levantamento de possíveis alternativas de solução avaliação crítica das soluções sugeridas Procedimentos do professor na técnica de solução de problemas: selecionar um problema satisfatório explicar o funcionamento da técnica orientar e controlar a atividade do aluno Procedimento do aluno na técnica de solução de problemas: solucionar os problemas segundo os passos enunciados anteriormente TRABALHO EM GRUPO O estudo de grupo tem sido feito sobretudo pelos psicólogos sociais a partir do fim da década de 30, inspirados na psicologia de Gestalt e na teoria topológica de Kurt Lewin, criaram um novo ramo conhecido por dinâmica de grupo. Objetivos do trabalho de equipe em termos didáticos: facilitar a construção do conhecimento permitir a troca de idéias e opiniões possibilitar a prática da cooperação para conseguir um fim comum completar, fixar e enriquecer conhecimentos enriquecer experiências atender as diferenças individuais desenvolver o senso de responsabilidade treinar a capacidade de liderança e aceitação do grupo desenvolver o senso crítico e a criatividade 24 Na dinâmica do trabalho em grupo o aluno fala, ouve os companheiros, analisa, sintetiza e expõe idéias e opiniões, questiona, argumenta, justifica, avalia. O trabalho de grupo contribui para o desenvolvimento das estruturas mentais Hábitos e atitudes do trabalho em equipe: cooperar e unir esforços para que o objetivo comum seja atingido planejar, em conjunto, as etapas do trabalho dividir tarefas e atribuições, tendo em vista a participação de todos expor idéias e opiniões sucinta e objetivamente, de forma a serem compreendidas aceitar e fazer críticas construtivas ouvir com atenção os colegas e esperar a vez de falar respeitar a opinião alheia acatar a decisão quando ficar resolvido que prevalecerá a opinião da maioria ESTUDO DO MEIO é uma técnica que permite o aluno estudar de forma direta o meio natural e social que o circunda e do qual ele participa. consiste o estudo por meio de observação e pesquisas realizadas pelos alunos Utiliza-se de: entrevistas, excursões e visitas Obs.: não o deve confundir com uma simples excursão, visita ou viagem. Seu início e término é na sala de aula, embora se desenvolva grande parte fora dela. Objetivos básicos: criar condições para que o aluno entre em contato com a realidade circundante propicia aquisição de conhecimentos geográficos, históricos, sociais, de forma direta por meio da experiência vivida. desenvolve as habilidades de observar, pesquisar, descobrir, sintetizar, tirar conclusões e utilizar diferentes formas de expressão para descrever o que observou Favorece a integração e coordenação dos vários componentes circulares (disciplina e área de estudo) Apresenta as seguintes fases: planejamento (delimita a problemática e define os aspectos da realidade) execução (alunos fazem as visitas e entrevistas programadas) exploração e apresentação dos resultados (alunos organizam, sistematizam e interpretam os dados coletados) avaliação (é avaliado pelos professorese alunos conjuntamente a fim de verificar se realmente foram atingidos) Objetivo educacional Técnicas mais adequadas Transmitir informações Aula expositiva Instrução programada Conseguir que os alunos expressem suas opiniões Perguntas e respostas Trabalho em grupo Aprender a trabalhar em equipe na solução de problemas Técnica de solução de problemas Técnica de projetos Desenvolver a capacidade analítica Estudo dirigido Trabalho em grupo Desenvolver a capacidade de verbalização Perguntas e respostas Trabalho em grupo Formar conceitos Instrução programada Fichas didáticas Desenvolver a capacidade de compreensão de textos Estudo dirigido 25 AVALIAÇÃO - Não é uma arma. AVALIAÇÃO - È um meio e não um fim - Permite verificar o alcance dos objetivos. - É um processo gradual, freqüente, periódico e constante. CONCEITO DE AVALIAÇÃO A avaliação é um processo cuja finalidade é verificar até que ponto as experiências de aprendizagem, tal como foram desenvolvidas e organizadas, estão realmente produzindo os resultados desejados. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO As funções da avaliação variam de acordo com a instrução que se tenha em vista naquela exata oportunidade. Função Diagnóstica Verifica o grau de domínio do objetivos. Avaliação diagnóstica Função Controladora Verifica o rendimento dos alunos, bem como localiza possíveis deficiências. Avaliação Formativa Função Classificadora Classifica os componentes do grupo com base no rendimento individual. Avaliação Somativa. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA É aquela que acontece no início do processo educativo para verificar os pré-requisitos dos alunos. AVALIAÇÃO FORMATIVA É aquela que acontece durante o processo educativo, fornecendo feedback imediato tanto para o instrutor quanto para os alunos. AVALIAÇÃO SOMATIVA É aquela que acontece ao final do processo educativo. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO A avaliação começa pelos objetivos educacionais; A seleção das técnicas de avaliação está ligada aos objetivos educacionais; A avaliação requer aplicação de uma variedade de técnicas; As técnicas devem ser utilizadas cuidadosamente, observando suas limitações e vantagens; e A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si mesma. MEDIDA X AVALIAÇÃO MEDIDA Diz respeito a quantidade. É a descrição quantitativa do desempenho do aluno. AVALIAÇÃO Diz respeito a qualidade, julgamento de valor, comparações, através da análise das medidas efetuadas. É a descrição qualitativa do desempenho do aluno. 26 MEDIDA AVALIAÇÃO Ponto de partida da avaliação Apreciações pessoais, julgamento de valo Conjunto de meios e instrumentos utilizados para verificação dos objetivos Análise das medidas efetuadas Resultados = números impessoais e frios Atribui significados à quantificação Descreve quantificando. ASPECTO QUANTITATIVO ASPECTO QUALITATIVO AÇÃO EDUCATIVA ETAPAS DA AVALIAÇÃO 1º Determinar o que vai ser avaliado; 2º Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação; 3º Selecionar as técnicas e instrumentos de avaliação; 4º Realizar a aferição dos resultados. ANÁLISE DE RESULTADOS DA AVALIAÇÃO • Proporciona elementos para que o professor possa diagnosticar problemas de aprendizagem. • Fornece elementos para o aprimoramento das questões. • A análise de questões permite identificar : 1. Índice de dificuldade = diferenciar as questões fáceis e difíceis 2. Poder discriminante = discriminar os bons alunos dos fracos. • Para ter confiabilidade as questões devem ser analisadas com base em respostas de várias turmas. ÍNDICE DE DIFICULDADE • A porcentagem do grupo total que errou a questão é o seu índice de dificuldade. • Um índice alto revela uma questão difícil e um índice baixo uma questão fácil. • A dificuldade de uma questão é sempre relativa ao grupo de alunos. • A dificuldade é inicialmente estimada e nem sempre corresponde à dificuldade real, que somente é determinada após a aplicação da prova. PODER DISCRIMINANTE • Uma questão com alto poder discriminante é aquela que foi respondida corretamente por todos os alunos do grupo superior e por nenhum do grupo inferior. • Uma questão em que a mesma porcentagem de alunos nos grupos extremos( superior e inferior ) respondeu corretamente possui discriminação nula. • Uma questão com maior porcentagem de respostas certas no grupo inferior possui discriminação negativa.
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