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ANAMNESE ilha do medo

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ANAMNESE
FILME: ILHA DO MEDO
Paciente: Andrew Laeddis 
IDADE: SEXO: Masculino Nacionalidade:
Grau de instrução: cor: Branca Profissão: Delegado
Estado Civil: Viúvo Religião:
II. QUEIXA PRINCIPAL (QP)
Luto, fantasias: ¨lutei na guerra e matei muitas pessoas, não quero matar mais¨
III. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA)
Paciente iniciou a doença após retorno da guerra, onde deparou se com os filhos mortos pela esposa, o que o levou ao surto e fazendo com que ele a matasse. A 02 anos internado no Hospital Psiquiátrico para criminosos. Vem sendo tratado, teve uma melhora espontânea por 06 meses saindo do hospital, mas teve uma outra recaída retornando ao hospital.
Paciente tem momentos de delírio paranoide, vive uma história particular e fantasiosa para se esconder da realidade. Tratamento realizado atual para que ele retome a consciência e enxergue o que vem acontecendo.
Faz uso de remédios: onde o psiquiatra alega ser para as dores de enxaqueca que o paciente apresenta.
Vertigem, tonteiras, dores incessantes de cabeça. Todas as vezes que começa a se lembrar da sua história verdadeira que o leva a delirar e relembrar da esposa com as costas queimadas dizendo a ele o que fazer.
IV. HISTÓRIA PESSOAL (HP)
Teddy Daniels, que na verdade se chama Andrew Laeddis é um paciente considerado muito inteligente, um veterano de guerra condecorado que esteve presente na libertação de Dachau. É ex delegado federal e tem forte tendência à violência. Não mostra remorso porque nega que tenha cometido qualquer crime. É altamente desenvolvido e com narrativas fantásticas, o que impede que veja a verdade de suas ações. Andrew era casado, tinha três filhos, e residia em uma casa próxima a um lago. Certo dia, ao chegar do trabalho e começar a contar à esposa como teria sido seu dia, ele nota que ela está sentada de frente para o lago, sozinha e toda molhada. Ele vai até ela e pergunta o motivo de ela estar molhada, e onde estariam as crianças, ela diz que as crianças estão na escola. Ao olhar para o lago, Andrew se depara com seus três filhos mortos, tendo sido afogados pela mãe. Numa tentativa inútil de reanimar os filhos e diante da insanidade da esposa, Andrew acaba matando-a. Andrew não consegue lidar com o trauma da morte da esposa e dos filhos, portanto ele vai para um manicômio de pacientes altamente perigosos numa ilha, e mesmo em tratamento, ele cria outra personalidade, pois não consegue lidar com o trauma. Andrew apresenta diversos sintomas como enxaqueca, dificuldade em distinguir sonho e realidade, alucinações áudio-visuais e delírios. Ele é convicto de que á uma conspiração contra ele no sanatório, e que lá acontecem experiências cirúrgicas. Andrew já conseguiu lembrar duas vezes do que ocorrido, da morte dos filhos e da esposa, mas nessas duas vezes...
Dados sobre a infância: “não tenho dados relevantes do paciente para preenchimento”
Sintomas neuróticos da infância:
Lembrança significativa: Passa em Boston, 1954.
Puberdade: não tenho dados relevantes do paciente para preenchimento”
História sexual: Teve vida conjugal satisfatória, foi casado e teve 03 filhos. Todos os membros da família vieram a óbito.
Trabalho: paciente esteve na guerra e também tornou se delegado.
Hábitos: paciente Fumante, mas não faz uso de álcool e nem drogas apenas tabaco. 
V. HISTÓRIA FAMILIAR (HF)
Pais: não tenho informações
Irmãos: não tenho informações
Conjugê: parecia em sonhos do paciente ser, carinhosa, amorosa, aproximadamente uns 30 e poucos anos, compatível ao paciente pois ainda o orienta em sonhos.
Filhos: Tiveram 03 filhos
VI. HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA (HPP)
Andrew Laeddis é esperto, imaginativo e totalmente paranóico. Seu transtorno esquizo-paranóide o faz delirar, criando histórias totalmente mirabolantes reforçadas por alucinações que sempre vem a confirmar as suas suspeitas. Seu comportamento é agressivo sempre que qualquer um tente trazer a verdade à tona, o que o levou a agredir diversos membros da equipe de enfermagem, seguranças e pacientes. O mesmo possui treinamento militar e uma mente astuta, o que o torna o paciente mais perigoso da ilha. Quanto ao seu distúrbio podemos atribuir a causa como um transtorno de stress pós traumático (TEPT) da guerra, seguido de alcoolismo. A paranóia e a esquizofrenia aparecerão somente após a morte de seus filhos e esposa.
Ao final do psicodrama o mesmo acaba retornando a realidade, tendo plena consciência de seus atos. Sua história de vida o atormenta mais do que nunca. Caso o tratamento não fosse efetivo o mesmo seria submetido à uma lobotomia, ou seja, os médicos fariam uma cirurgia para retirar uma parte do cérebro de Andrew para que o mesmo deixasse de ser tão agressivo. Após o procedimento ele provavelmente ficaria totalmente passivo, vegetando para o resto da vida sem consciência de sí.
VII. EXAME PSÍQUICO (EP)
Paciente apresenta-se inquieto, demonstrando desassossego, mas podendo ainda controlar sua agitação. Relatando ser delegado, vivendo sua fantasia, dificuldades para dormir, frequentes dores de cabeça e vertigens.
Aparência: Paciente é alto, atlético e apresenta-se no filme sempre em boas condições de higiene pessoal, com vestes adequadas, roupas limpas.
b. Atividade psicomotora e comportamento: capacidade motora expressiva, sempre preocupado, tenso, desconfiado, tentando articular e descobrir algo. Gesticulação normal.
Inquieto, deambulação elástica.
c. Atitude para com o entrevistador: mostra se arrogante, desconfiado, quando fala se algo que não é do agrado passa a ficar totalmente irritado.
d. Atividade verbal : “É normalmente responsivo às deixas do entrevistador, mas torna-se hostil quando algo é fora do esperado por ele...”.
2. Consciência
Paciente lúcido, sem alteração da consciência
3. Orientação : Desorientação por desagregação
Atenção: normal
5. Memória
preservada
6. Inteligência
Preservada
7. Sensopercepção
Alucinação : áudio, visuais a delirio
8. Pensamento
Curso: interceptação ou bloqueio
Paciente apresenta um discurso com curso regular, porém não mantém uma coerência entre as ideias, que se apresentam frouxas e desconexas.
Conteúdo: delírio e alucinação
9. Linguagem
Sem alteração da linguagem
10. Afetividade
É sensível frente à frustração, apresentando ligações afetivas fortes com a esposa, tem momentos de angústia, saudade onde o luto se apresenta.
11. Humor
“O paciente apresenta uma quebra súbita de humor, passando de um estado de normal para a exaltação”.
12. Psicomotricidade
normal
13. Vontade
normobúlico (vontade normal)
14. Pragmatismo
“Exerce suas tarefas diárias e consegue realizar aquilo a que se propõe...”
15. Consciência da doença atual
Paciente não se percebe doente.
VIII. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Esquizofrenia paranoide
IX. HIPÓTESE PSICODINÂMICA
Pela construção apresentada pelo paciente, ele apresenta um quadro de :
Esquizofrenia paranóide : A característica essencial da Esquizofrenia, Tipo Paranóide, é a presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes no contexto de uma relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios ou grandiosos, ou ambos, mas delírios envolvendo outros temas (por ex.: ciúme, religiosidade ou somatização) também podem ocorrer. As alucinações também são tipicamente relacionadas ao conteúdo do tema delirante, principalmente auditivas. (Dalgalarromo)
E para tratamento teríamos a opção além do psicodrama utilizado no filme a TCC propondo Três Técnicas: Técnica de Normalização (Kingdon e Turkington, 1991), Técnica do Reforço das Estratégias de Enfrentamento (Tarrier, 1987) e Técnica dos Módulos (Fowler et al., 1995).
Normalização (Kingdon e Turkington, 1991)
O ponto-chave desta teoria é entender o que forma e o que mantém o fenômeno psicótico. Esta técnica propõe um elo entre o conteúdo delirante ea história real de vida do paciente. Entendendo e identificando a vulnerabilidade do paciente, torna-se possível promover mudanças ou desenvolver um processo de adaptação. Compreendendo melhor o contexto em que o fenômeno psicótico aparece, o manejo dos sintomas pode ser facilitado. 
Módulos (Fowler et al., 1995)
• Primeira parte: estabelecimento da aliança terapêutica e avaliação; 
• Segunda parte: uso de estratégias comportamentais para manejar sintomas, reações emocionais e atitudes impulsivas; 
• Terceira parte: discutir novas perspectivas sobre a natureza das experiências psicóticas vividas pelo paciente. 
• Quarta parte: estratégias para o manejo das alucinações; 
• Quinta parte: avaliação de pressuposições disfuncionais a respeito de si próprio e dos outros; 
• Sexta parte: estabelecimento de novas perspectivas para os problemas individuais e auto-regulação dos sintomas psicóticos.
 
Técnica do reforço das estratégias de enfrentamento (Tarrier et al., 1990)
Esta técnica baseia-se na premissa de que alucinações e delírios ocorrem em um contexto social e subjetivo e estes sintomas assumem significado somente se forem acompanhados por uma reação emocional. Tarrier et al. propõem que se resgate o modo já utilizado pelo paciente para lidar com seus sintomas e se aperfeiçoe estes mecanismos. Eles abordam a maneira como os componentes emocionais desencadeados pelo meio e/ou pelos sintomas interagem. As reações emocionais podem, então, ser manipuladas com métodos de reestruturação cognitiva, experimentos comportamentais e testes de realidade.

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