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Fundamentos de Comércio Exterior

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FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR 
 
Aula 1: Panorama Econômico Atual 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Conhecer o cenário econômico atual em que o Brasil está inserido. 
 
Introdução 
Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão 
abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário. 
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em comparação a 
do principal país emergente, a China. 
 
Fenômenos no processo de transformação 
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos. 
Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio 
exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como 
fenômenos importantes nesse processo de transformação. 
 
Líderes políticos 
 Deng Xiaoping 
A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e 
fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a 
partir de Deng Xiaoping, em 1978. 
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Deng Xiaoping teve oportunidade de conhecer as 
faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas 
político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976. 
 Mao Tsé-Tung 
De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas 
foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde 
entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos 
estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer 
exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente 
o mercado internacional. 
 
O fenômeno China 
Campos agrícolas que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor 
e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, 
colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de 
produtos baratos vindos de lá. 
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem 
assim. Há China pra todos os gostos. 
O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, 
há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos 
Estados Unidos. 
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação 
na pauta das exportações chinesas. 
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria 
China, daremos adeus aos preços baratos em breve. 
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo 
Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, 
escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a 
crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para 
a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano. 
 
Reflexo negativo do crescimento econômico 
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar 
problemas antes inexistentes, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão 
de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para 
previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila. 
De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a 
cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. 
“A China vai ficar velha antes de ficar rica”. 
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de 
que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os 
salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, 
como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um 
país de dimensões continentais e muito populoso. 
 
O desenvolvimento do Brasil 
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento chinês. 
Como foi comentado sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das commodities acabou com o 
nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a queda dos juros e alavancou a nossa economia, 
que vem crescendo desordenadamente sem investimento em infraestrutura, o que não aconteceu com a 
China, que aproveitou décadas de crescimento para investir pesado em infraestrutura. 
Com portos, aeroportos e estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do crescimento 
econômico por não termos meios modernos para escoar a produção. 
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia aquecida e maior poder de 
compra, o brasileiro está comprando e provocando aumento inesperado de preços, que devem ser 
controlados para manter adormecido o mostro da inflação que assolava a nossa economia nos anos 
oitenta. 
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do cenário econômico 
brasileiro por mais alguns anos. 
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, incluímos no mercado de 
consumo cidadãos que viviam abaixo da linha de pobreza. Uma nova classe média emergente impulsiona 
um consumo mais exigente, tudo como consequência da forte demanda do nosso minério de ferro pelas 
indústrias chinesas. 
 
Riquezas de um país 
O que difere um país rico de um país podre? 
 A credibilidade. 
 O lastro histórico de crescimento. 
 Uma justa distribuição da riqueza. 
 O respeito inviolável à propriedade material e intelectual. 
 Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos. 
 A ampliação de oportunidade a todos. 
 A justiça social e empresarial. 
 A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos. 
 
Tudo isso em parceria da sociedade com o governo. 
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver 
imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria 
e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil. 
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação 
dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na 
passada categoria de eterno país do futuro. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Conheceu o panorama econômico do comércio internacional e suas perspectivas. 
 
Aula 2: Doutrina do Comércio Internacional e Processos de Integração 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Compreender de uma perspectiva histórica, a formação do atual sistema internacional do comércio 
(SIC).Introdução 
Esta aula irá apresentar à você um conhecimento doutrinário do funcionamento dos processos de 
integração comercial no contexto internacional e a estrutura do sistema internacional do comércio do 
ponto de vista público e privado. 
 
Relações internacionais 
As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional capaz de fomentar o maior 
número de trocas de produtos oriundos de importação e exportação, porém, a necessidade soberana de 
cada país de limitar as importações e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança 
comercial superavitária, dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com atitudes 
protecionistas propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano. 
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelo comércio internacional materializado em 
acordos internacionais assinados por países, por outro temos o protecionismo promovido pelo comércio 
exterior de cada país materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada 
empresa importadora. 
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir cláusulas dos acordos 
internacionais dos quais esses países são signatários, historicamente há inúmeros exemplos de barreiras 
tarifárias e não tarifárias que emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por 
barreira tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as restrições às 
importações promovidas administrativamente por regulamentos e normas técnicas que enriquecem a 
burocracia do setor. 
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo imposto de importação já 
ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos internacionais assinados por esse país ou, no caso 
de Blocos Econômicos, a majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países 
pertencentes a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para restringir as 
indesejáveis importações. 
 
Os impostos de importação 
O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele também tem função 
promotora de competitividade que, com uma simples redução da alíquota, provoca a entrada de produtos 
importados com menores preços e melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se 
adequar à nova realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são 
selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto importado, creditando 
alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa economia e aumentando a alíquota de produtos 
supérfluos potencializando a função arrecadadora do tributo. 
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o protecionismo promovido pelo 
comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” 
inglesas, contestadas, na época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência. 
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido pelos produtores de 
algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. Devido a aumento de preços, retração do 
desenvolvimento ou, até mesmo, devido a retaliações comerciais, são uma dosagem exata para medidas 
protecionistas ou não. 
A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário econômico que se 
apresenta. 
Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar criteriosamente a melhor 
política a adotar. 
O Comércio Internacional 
O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e 
privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo 
os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global. 
Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais* de comércio para 
harmonizar as relações comerciais entre diferentes países. 
*Os tratados internacionais podem ser bilaterais, quando envolvem apenas dois países, enquanto os multilaterais envolvem mais 
de dois países com a mesma finalidade de desenvolver suas relações comerciais promovendo uma tendência atual de integração 
mundial. 
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global enquanto os organismos 
de natureza supranacional promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países 
signatários dos respectivos acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas 
principais de um tratado internacional, que são: 
1. Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição serão alterados 
mediante acordo entre os países signatários do tratado. 
2. Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser aplicados igualmente a 
produtos similares. 
3. Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões oferecidos a um 
país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente oferecido aos demais países também 
signatários do respectivo tratado. Sob o ponto de vista comercial, todo país deve respeitar as 
concessões bilaterais e passar do bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política 
interna, os pequenos países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo. 
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, administrativas e 
aduaneiras brasileiras é a OMC (Organização Mundial do Comércio) desde 1995 e a UNCTAD* desde 1964. 
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de maior amplitude global 
e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da Arbitragem Internacional. 
*“United Conference on Trade and Development” (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o desenvolvimento). 
 
Organização Mundial do Comércio – OMC 
A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimento que têm nesse organismo 
um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às relações comerciais entre países desenvolvidos e 
em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para 
promoverem os seus respectivos desenvolvimentos. 
Estrutura do OMC 
Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, por consenso, a estrutura 
da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas: 
 Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução de subsídios 
para a o setor agrícola rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de confecções. 
 Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos. 
 Acordo sobre o comércio de serviços (GATS). 
 O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de investimentos). 
 Do TRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual). 
 A regulamentação das compras governamentais. 
 O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) para regular 
avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e diretrizes acordadas na OMC. 
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas unilaterais teriam que 
dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante pela globalização que já se mostrava 
irreversível. 
Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais musculosos devido a 
personalidade jurídica da OMC. Para os países em desenvolvimento houve uma redução das margens de 
manobra para o uso de instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos 
domésticos. 
 
Síntese da AulaNesta aula, você: 
 Conheceu o funcionamento dos processos de integração comercial do ponto de vista público e 
privado, GATT, OMC, CCI, entre outros organismos internacionais. 
 
Aula 3: Histórico e Estrutura do Comércio Exterior Brasileiro 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Conhecer o processo de formação do comércio exterior brasileiro. 
2. Entender as funções dos órgãos intervenientes, públicos e privados, no comércio exterior brasileiro. 
 
Introdução 
Nessa aula será apresentado à você um histórico da formação organizacional do nosso atual comércio 
exterior com a complexidade de sua estrutura vinculada a influência de diversos órgãos intervenientes 
com suas respectivas hierarquias e procedimentos. 
 
As diversas fases históricas da política de exportação e de importação 
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento. 
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos 
etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras 
mercadorias (Escambo). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, 
tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação. 
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em 
conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios. 
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel 
primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, 
estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação. 
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América. 
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas 
explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior 
expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas 
a oeste da Ilha de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceriam à 
Espanha e a leste, à Portugal. 
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. A partir daí, o 
Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios. 
 1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) 
Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela 
realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência. 
 2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: 
Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de 
africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro. 
O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós. 
 3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO: 
A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento 
do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açúcar no litoral brasileiro, o gado que 
era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram 
empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais áreas 
maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura. 
Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional) o gado 
desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação 
também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Piauí e 
Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão. 
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o 
reino de Portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS. 
 4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS: 
Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais. 
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de 
expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, 
busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos. 
Ainda de maneira geral, considera-se que: 
As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos 
e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas 
pelo governo de Portugal. 
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos próprios, buscavam 
obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por bandeirantes. 
Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas 
do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o 
urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio indígena. 
 
A revolução industrial e o avanço napoleônico 
A Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram 
significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão 
tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra. 
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base 
militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. João VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar 
no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL. 
*DICA: De 1500 a 1808 – No Brasil não houve COMEX. 
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de 
Cairu, abriu os portos às nações amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro). 
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto 
Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil 
todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências 
que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, 
pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”. 
Com base neste texto da Carta Régia, podemos identificar: 
A 1ª. BARREIRA ADUANEIRA: Tarifária: 24%. 
O 1º. TRIBUTO ADUANEIRO: 20% de direitos grossos (para administração do governo); 4% a títulos de 
donativos (para sustento da Família Real e a Corte com vistas a manter o luxo europeu). 
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam 
exportar* para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércio e da agricultura que tanto 
deseja promover”. 
*Podemos identificar nesse trecho o PRIMEIRO ATO DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES: OS VASSALOS PODEM EXPORTAR 
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro. 
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia brasileira, decreta que todas as espécies de indústrias 
e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior 
que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA 
BRASILEIRO. 
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou 
papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Essefoi o 
primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA. 
 
Os efeitos da vinda da família real para o Brasil 
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas gráficas o que deu origem à 
nossa atual Imprensa Nacional. 
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas de pólvora, Hospital 
Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. 
Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. Cia de Seguros. 
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base territorial do Brasil. 
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-se da alíquota de 24%, 
fez com que D. João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 16% às mercadorias* transportadas por 
embarcações portuguesas. 
No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE COMÉRCIO COM A 
INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que 
estabelecia que as mercadorias transportadas pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 
15% de direitos aduaneiros. Este tratado vigorou até 1827. 
*Mercadorias desembarcadas nas alfândegas brasileiras transportadas por navios/embarcações portuguesas. 
 
Normas Administrativas do COMEX 
Você sabe o que é o MDIC? 
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro. 
 
 DECEX 
Departamento de Comércio Exterior: é o departamento que defere o Licenciamento de Importação (LI), 
efetiva o Registro de Exportação (RE), controla os preços máximos e mínimos e as cotas quando há 
contingenciamentos. Emite o ato concessório do Drawback e controla o regime, controla os registros de 
venda (RV) para exportação de commodities. 
Mantém contato direto com exportadores e importadores como o órgão anuente mais importante do 
COMEX. 
 DECOM 
Departamento de Defesa Comercial: é o departamento que notifica, apura, investiga e quantifica as 
práticas desleais de comércio internacional. 
 DEINT 
Departamento Internacional: é o departamento que acompanha a instituição e o desenvolvimento de 
acordos comerciais internacionais. 
 DEPLA 
Departamento de Planejamento e Estatística: é o departamento responsável pela conclusão das 
estatísticas ligadas ao COMEX e à balança comercial. 
ATENÇÃO: No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de 
fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 
Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade (DENOC). 
Normas Administrativas do COMEX 
1 - De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex 
responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o DENOC vai coordenar 
ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de 
importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, 
ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio 
exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras 
constituídas nos termos da legislação específica. 
2 - Cabe também ao DENOC a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção 
(SISPROM). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com 
redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de 
comissões e despesas com logística. Os técnicos do DENOC vão, ainda, planejar ações orientadas para a 
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as 
normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante 
para o COMEX é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), 
que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, DEINT e 
DEPLA. 
logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de 
produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico. 
3 - Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, 
desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maior 
harmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das 
operações de comércio exterior. 
Você sabe o que é o CAMEX? 
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a 
formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio 
exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. 
A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; que a preside, 
pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento; e do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você: 
 Conheceu o processo de formação do comércio exterior brasileiro. 
 Entendeu as funções dos órgãos intervenientes, públicos e privados, no comércio exterior 
brasileiro. 
 
Aula 4: Normas Administrativas, Fiscais e Cambiais 
do Comércio Exterior Brasileiro 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Reconhecer as normas administrativas, fiscais e cambiais do comércio exterior brasileiro. 
2. Conhecer os principais conjuntos de normas do comércio exterior brasileiro e conhecer, também, 
a estrutura e o funcionamento do SISCOMEX. 
 
Introdução 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno o ordenamento legal do comércio exterior brasileiro, a 
hierarquia das normas, os impactos administrativos nas decisões operacionais e no SISCOMEX. 
 
A Hierarquia dos Instrumentos Legais 
 Constituição Federal de 1988. 
Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e 
Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, 
a soberana. 
Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já 
sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova 
Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte. 
 Lei Complementar 
Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, 
complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do 
executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o 
povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial. 
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite: 
• Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação. 
• Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-
lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, 
inclusive, derrubar o veto do Executivo). 
• Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial. 
 Medida Provisória 
A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida 
Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de 
urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional. 
Atualmente, por modificações, a medidaprovisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por 
mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai. 
 Decreto 
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos 
poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). 
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações 
de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. 
Decreto é a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder 
Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto 
individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação. 
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel 
execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela. 
 Outros Normativos Legais 
Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis. 
 
Legislação Cambial 
O CMN (Conselho Monetário Nacional) é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo 
Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados. 
O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio. 
Exemplo: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio 
autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (Sistema de Operações e Controle do 
Banco Central). 
 
Legislação securitária 
As deliberações do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) são normatizadas pela SUSEP 
(Superintendência de Seguros Privados) por meio de Portarias e Circulares. 
 
Legislação aduaneira 
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos 
sistemas aduaneiros (alfandegários) vigentes no país. 
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS 
(Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à 
correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela 
Administração e para com os administrados.) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, 
Aviso, Portarias que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta 
funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos 
servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições. 
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos: 
• Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de 
entrosamento entre eles. 
• Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses 
decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo 
Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro. 
• Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de 
considerações subjetivas. 
• Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, 
o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. 
(Regulamento Aduaneiro). 
• Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para facilitar o trabalho da própria 
fiscalização aduaneira. 
A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, 
mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal: 
• Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda. 
• Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – 
SRFB. 
• Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA. 
• Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias. 
 
Terminais alfandegados 
O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição aduaneira abrange todo esse 
território e divide-se em zona primária e secundária. 
 A Zona Primária Compreende: 
Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou 
aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas. 
Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada pela autoridade 
aduaneira local por eles ocupados. 
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira 
competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país. 
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos. 
OBS.: As pessoas que não entram pela Zona Primária são denominadas clandestinas. Se, no caso, essa 
entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de comercialização proibida 
ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento aduaneiro, porém de comercialização 
permitida). 
Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do governo brasileiro, isto é, a 
autoridade aduaneira é mais importante que qualquer outra autoridade do governo brasileiro. 
 A Zona Secundária compreende: 
O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, 
águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima. 
 
Recinto Alfandegado 
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o 
controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes 
do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas 
postais internacionais. 
Exemplos de Recintos Alfandegados: 
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, 
lojas e zonas francas. 
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa 
Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos (os Portos Secos são recintos alfandegados de 
uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro 
de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro). 
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros 
dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais. 
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à 
exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de 
empresas. 
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem 
das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por 
prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados 
TECON. 
 
As principais funções do Imposto de Importação (II): 
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona 
como um benefício à indústria e não ao consumidor. 
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os 
produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão 
alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, 
automóveis etc. 
3ª) Função Arrecadadora.Arrecada fundos para o Tesouro Nacional. 
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade 
da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos 
nacionais. 
As características do Imposto de Exportação (IE): 
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar 
os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de 
exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar. 
 
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações 
• Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir 
do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política exterior. 
• Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas 
ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da 
mercadoria. 
• Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 
1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu 
desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao 
produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. 
Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a finalidade de 
desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos países afetados pela Segunda Guerra 
Mundial), surgindo o Mercado Comum Europeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-
Americana de Integração, 1980). 
• Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo 
disciplina os preços quando necessário. 
 
SISCOMEX 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro. 
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados) 
finalizou a implantação do SISCOMEX ao disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática 
administrativa do comércio exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio 
Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e 
controle das diferentes etapas das operações de COMEX. 
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo 
único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de 
conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento 
administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução 
do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES. 
SISCOMEX – Órgãos regulatórios 
Órgão Administradores/Gestores - O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de 
Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: 
 SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos 
produtos 
 SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal 
 BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial. 
Órgãos Intervenientes/Anuentes - Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por 
fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como 
exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte Aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de 
Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, Agropecuário, 
Aeronáutica etc. 
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB 
Conceitos: 
• Assinatura Digital - É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, 
que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser 
entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo. 
• Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF) - É a entidade integrante da ICP-
Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das 
Autoridades Certificadoras Habilitadas. 
• Autoridade Certificadora Habilitada - É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente 
subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação 
– Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-
CNPJ. 
• Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF) - É a entidade operacionalmente 
vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e 
habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente 
subsequente ao da AC-SRF. 
• Autoridades de Registro - São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade 
Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-
CPF e e-CNPJ. 
• Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ - É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade 
Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela 
Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos 
documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a 
inviolabilidade destes. 
Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja situação cadastral 
perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas jurídicas cuja situação cadastral 
perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta, suspensa ou cancelada. 
• Documento Eletrônico - É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio 
eletrônico. 
• ICP–Brasil - É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas 
organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a 
integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das 
aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas 
seguras. 
• Usuário - Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem 
assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF 
e credenciada pela ICP Brasil. 
Cadastramento no SISCOMEX 
 
 
Tratamento administrativo 
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na 
importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, 
portanto, de LI antes do embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A 
SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO. 
 LI Substitutiva 
Até o registro da Declaração de Importação, o importador poderá solicitar alteração do LI, inclusive 
prorrogação de validade (se a validade de 60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no 
Sistema, sujeito a novo exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas 
não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original. 
A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo número de registro, 
porém é um outro documentovinculado ao anterior que está sendo corrigido. 
 Cancelamento e Consultas LI 
O prazo de validade de um LI é de 90 dias a contar do seu deferimento. 
O Siscomex cancelará automaticamente as licenças deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data 
de validade, quando se tratar de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 
(noventa) dias da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque. 
 
Declaração 
Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da operação, possibilitando ao 
REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho aduaneiro. 
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada 
operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da 
Importação e RE na exportação. 
É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador. 
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende: 
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, 
inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação. 
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM 
CHAMADO ADIÇÃO na importação. 
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, indicação do número 
da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele documento. 
Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram automaticamente para a Declaração de 
Importação. 
OBS.: a LI é a adição referente ao licenciamento não automático, cabendo, portanto, numa mesma DI, 
adições referentes a licenciamentos automáticos e não automáticos. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você conheceu a intervenção da legislação nos procedimentos operacionais do comércio 
exterior brasileiro. 
 
Aula 5: Os Organismos Internacionais e Nacionais: os Sítios na Internet 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Conhecer as principais entidades do comércio internacional e do comércio exterior brasileiro 
através dos seus sítios oficiais como fontes de consulta e atualização sobre a legislação e os 
procedimentos aplicáveis ao comércio exterior brasileiro e ao comércio internacional. 
 
Introdução 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as entidades do comércio internacional e do comércio exterior 
brasileiro, bem como os procedimentos operacionais a serem aplicados através dos sítios institucionais 
públicos e privados e da legislação vigente. 
Fase comercial na exportação 
Continuando com a divisão do comércio exterior em fases, verificaremos em cada uma das fases 
apresentadas quais os sítios institucionais a serem visitados, a importância de cada um, quais as suas 
orientações e como navegar de forma eficaz em cada um deles. 
Nesta fase o exportador deverá preocupar-se com a divulgação do seu produto e procurar os possíveis 
compradores desse produto lá fora. Nesse sentido o exportador brasileiro se sentirá bastante amparado 
em consultar os seguintes sítios especializados em promoção comercial: 
www.brasilglobalnet.gov.br Este sítio foi desenvolvido pelo MRE – Ministério das Relações Exteriores, 
através da Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial e executado pelo 
Departamento de Promoção Comercial e Investimento. 
O Brasilglobalnet substituiu o site Braziltradenet.gov.br e manteve o mesmo objetivo de revelar ao 
exportador brasileiro possíveis compradores de produtos brasileiros no exterior. 
Para isso, o sítio conta com as seguintes ferramentas: 
2. Cadastro gratuito para o exportador consultar possíveis compradores e oferecer o seu produto 
amplamente no mercado internacional. 
3. A partir do cadastro o exportador poderá ter acesso a informações sobre demandas de 
importação de produtos brasileiros no exterior, que oferecerão ao exportador brasileiro uma 
real amostragem do comportamento das vendas dos produtos brasileiros lá fora e o cadastro das 
empresas importadoras para contato comercial. 
4. O sítio não informará somente o comportamento da demanda, mas também o comportamento 
das ofertas de exportação brasileiras no exterior, onde os exportadores poderão conferir a 
presença da concorrência de outras empresas, brasileiras e estrangeiras, nesse mesmo mercado 
com relação cadastral dessas empresas comerciais e trading companies incluindo o nome da 
pessoa de contato. Simples assim. 
5. Projetos de obras públicas internacionais e concorrências públicas internacionais, onde o 
exportador encontrará oportunidades de investimentos públicos no exterior enquadrado por 
NCM. 
6. Programas especiais, como o PSCI- Programa de Substituição Competitiva de Importações 
voltado para a comercialização entre países sul-americanos, com dicas sobre como investir 
melhor nesses países. Outro programa especial oferecido nesse sítio é o PPE-ONU/MRE, com 
informações especiais sobre oportunidades comerciais no mercado da ONU. 
7. Internacionalização de empresas brasileiras, onde o exportador encontrará informações 
essenciais para o seu projeto de internacionalização empresarial, o que é bom para o exportador 
e excelente para o Brasil. 
8. O exportador terá neste sítio a TEC – Tarifa Externa Comum do MERCOSUL para conhecer a NCM 
– Nomenclatura Comum do Mercosul - do produto que deseja comercializar. 
9. Para aumentar a visibilidade do exportador brasileiro no mercado internacional, esse site 
oferece, como serviço, um “showroom” onde gratuitamente o exportador poderá hospedar uma 
página de sua empresa com fotos, produtos e serviços oferecidos. 
10. No sítio há um relatório das principais feiras internacionais no Brasil e no exterior com pesquisa 
por área de negócio, nome do país, da feira, etc. 
www.wto.com No sítio da OMC (WTO em inglês) poderemos achar diversas informações sobre esta 
organização internacional e o seu comportamento nas diretrizes do comércio mundial. Poderemos 
também encontrar notícias atualizadas sobre o comércio internacional, bem como informações quanto 
ao comportamento entre parceiros comerciais internacionais, processos sobre práticas desleais de 
comércio e histórico sobre a OMC. 
www.global21.com.br Este sítio é um portal brasileiro de informação e apoio ao exportador. Criado em 
maio de 2000, publica entrevistas, artigos, informes setoriais, disponibiliza um guia do exportador e 
diariamente vão ao ar as últimas notícias relacionadas ao comércio exterior brasileiro. 
Além disso, transmite newsletter eletrônica às terças e sextas-feiras, para cerca de 15.000 executivos da 
área de comércio exterior e relações econômicas internacionais. 
O Global 21 foi criado para atender à necessidade do comércio exterior brasileiro e funciona como um 
veículo ágil de comunicação virtual, através do qual, eletronicamente, são oferecidas informações 
econômicas atualizadas, notícias internacionais, dados para projetos e pesquisas, endereços, contatos e 
outros benefícios essenciais para o fechamento de negócios. 
Lá você encontrará cotações, textos completos sobre blocos econômicos, um panorama geral dos diversos 
segmentos exportadores, entrevistas com personalidades, além de documentos que orientam as 
importações e exportações. 
Priorizando a credibilidade e atualidade, todas as notícias e destaques apresentados têm como 
fundamento o chamado jornalismo operacional, ou seja, a informação como ferramenta-mestra para o 
planejamento estratégico, tomada de decisões, realização de negócios e dinamismo empresarial. 
www.exportnews.com.br Neste sítio, em sua página inicial, o exportador as últimas notícias sobre o 
comércio internacional que sejam de interesse direto aos exportadores brasileiros. 
Os exportadoresencontrarão também empresas anunciantes divulgando serviços diversos ao exportador 
brasileiro, que também poderá ser um dos anunciantes no portal. 
www.apexbrasil.com.br A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) 
atende empresas de todos os portes, com foco nas pequenas e médias, e em todos os estágios de 
maturidade exportadora. A Agência atua estrategicamente para inserir mais empresas no mercado 
internacional, diversificar e agregar valor à pauta de produtos exportados, aumentar o volume 
comercializado, consolidar a presença do país em mercados tradicionais e abrir outros mercados para os 
produtos e serviços brasileiros. 
Para isso, oferece soluções nas áreas de Informação, Qualificação para Exportação, Promoção Comercial, 
Posicionamento e Imagem e Apoio à Internacionalização. 
A Apex-Brasil organiza amplas ações de promoção comercial, em parceria com entidades setoriais, por 
meio dos Projetos Setoriais (PS). São missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à 
participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais e visitas de compradores 
estrangeiros e de formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras 
ações e projetos especiais. 
A Agência apoia vários setores da economia brasileira, divididos em grandes complexos produtivos: 
alimentos e bebidas; moda; tecnologia e saúde; casa e construção civil; entretenimento e serviços; e 
máquinas e equipamentos. 
Além disso, a Apex-Brasil trabalha a imagem desses setores por meio de ações de marketing abrangentes 
e da divulgação para empresários e consumidores de mercados com forte potencial comprador. 
 
A Apex-Brasil produz estudos de inteligência comercial e competitiva com o objetivo de orientar as 
decisões das empresas nacionais sobre o ingresso em mercados internacionais. 
Em seu esforço para internacionalizar as empresas nacionais, a Apex-Brasil conta com Centros de 
Negócios espalhados pelo mundo, que são plataformas destinadas a auxiliar as empresas brasileiras nos 
principais mercados globais. 
As Unidades de Atendimento em dez estados brasileiros têm o objetivo de atender mais de perto as 
empresas nacionais. O trabalho de capacitação para exportação é desenvolvido em núcleos operacionais 
espalhados pelo Brasil. 
Para atrair investimentos diretos para o país, a área de Investimentos da Apex-Brasil trabalha com foco 
na identificação de oportunidades e na promoção de eventos estratégicos, além de dar apoio ao 
investidor estrangeiro durante todo o processo de prospecção e instalação no Brasil. 
Na cooperação internacional, a Apex-Brasil coordena importantes fóruns mundiais, como o Fórum de 
CEOs Brasil-EUA, o Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Brasil-Reino Unido (Jetco), o Fórum Brasil-
México, o Fórum Brasil-Índia, entre outros. A agência brasileira preside ainda, desde 2008, a Associação 
Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (Waipa) e, desde 2009, a Rede Ibero-Americana de 
Organismos de Promoção Comercial (RedIbero). Em 2009, a Apex-Brasil foi eleita pelo Banco Mundial a 
segunda melhor agência em atendimento ao investidor entre 181 instituições de todo o mundo, e a 
primeira da América Latina e do Caribe. 
A Apex-Brasil investe em inovadoras plataformas de negócios para fomentar o comércio exterior. 
Carnaval, Expo Xangai, Casa Brasil 2014, Fórmula Indy e Tradings são projetos estratégicos que 
contemplam ações diversificadas de promoção comercial, abrem novas oportunidades e geram 
significativos resultados de negócios. 
Feiras internacionais 
As feiras internacionais vêm a ser a principal vitrine para o exportador brasileiro para apresentar os seus 
produtos a potenciais compradores internacionais, bem como uma vasta oportunidade de encontrar o 
produto ideal e adequado para os nossos importadores. 
Segue abaixo o endereço eletrônico das principais feiras internacionais de diversos setores da economia 
mundial: 
www.expofairs.com Neste portal o importador/exportador poderá buscar feiras internacionais por 
continente, país, região, nome e categoria de produtos entre outras buscas que selecionarão exatamente 
o que se quer comprar ou vender. 
Este mesmo portal apresenta, também, uma relação de fornecedores por países e tipo de produto 
procurado. 
www.auma.de Neste sítio você irá encontrar informações sobre as principais feiras internacionais 
voltadas para a indústria da Alemanha. 
www.messe.de A alemã Messe oferece neste sítio uma ampla gama de serviços que vão desde o 
planejamento da participação na feira até a organização de sua viagem. 
www.feiramilano.com Este sítio vai ajudá-lo a programar a sua participação nas feiras de Milão, na Itália. 
www.bolognafiere.it Este sítio irá ajudá-lo a programar a sua participação em feiras na Itália, em Bolonha. 
www.franchiseexpo.com 
Neste sítio você estará em uma feira virtual de franquias, onde são listadas e oferecidas uma série de 
oportunidades comerciais de importação de franquias americanas. 
www.expocomer.com Neste sítio você encontrará o caminho para estar em contato com Missões 
Empresariais de comércio na América, Ásia, Europa e Caribe o que lhe permitirá atingir mais de 2.500 
empresas com reais oportunidade de negócio. 
Durante a exposição, o Centro de Negócios organiza compromissos entre expositores e compradores de 
acordo com o perfil das empresas participantes através de um livro virtual disponível no sítio. 
Demais sítios de órgãos de comércios nacionais e internacionais: 
Ministério das Relações Exteriores 
Neste sítio o Ministério das Relações Exteriores disponibiliza: 
• Informações sobre a Política Externa nacional. 
• Relações de integração regional na América do Sul. 
• Formação profissional inter-regional. 
• Mecanismos culturais de promoção internacional. 
• Atos das Embaixadas e Consulados brasileiros pelo mundo todo. 
• Acesso à assistência para brasileiros lá fora, entre outras informações e serviços. 
Câmaras de comércio 
As diversas Câmaras de Comércio são associações civis com fins não lucrativos que, por prazo 
indeterminado podem constituir filiais e escritórios no território nacional e no exterior e cooperar com 
outras organizações interessadas na promoção do relacionamento econômico, cultural e técnico-
educacional com o Brasil. 
As Câmaras de Comércio têm por objetivo principal fomentar as relações econômicas entre o Brasil e 
outros países, atuando também de maneira pública, facilitando principalmente o acesso ao mercado e a 
sua ampliação para pequenas e médias empresas. 
Entre seus objetivos se incluem a representação de seus associados e de outros interessados no 
relacionamento econômico entre o Brasil e os demais países, bem como o assessoramento e a sua 
orientação, segundo critérios de qualidade. 
Associação de Comércio Exterior do Brasil 
A Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB é uma entidade privada sem fins lucrativos, que 
congrega as empresas exportadoras e importadoras de mercadorias e serviços, bem como as de 
atividades de apoio ao comércio exterior. 
A AEB tem como finalidades principais: 
• Estudar os assuntos relacionados com o comércio exterior do Brasil e propor soluções para os seus 
problemas. 
• Realizar levantamentos estatísticos da importação e exportação do país, que sirvam de base orientadora 
para a política de comércio exterior e para as atividades dos associados. 
• Cooperar para o aprimoramento técnico dos métodos de produção, visando alcançar maior 
produtividade e melhores padrões, com as consequentes reduções de custos e melhoria da qualidade dos 
produtos, que assegurem posição mais competitiva nos mercados mundiais, participando, quando 
indicada, de órgãosa esse fim destinados. 
• Colaborar no constante aperfeiçoamento dos sistemas de crédito e de seguro de crédito à exportação. 
• Contribuir para que seja adotada, sempre que possível, legislação que facilite as atividades do comércio 
exterior. 
• Estudar e propor, aos órgãos oficiais competentes, providências que facilitem a implantação de novas 
empresas dedicadas ao comércio internacional e a ampliação das existentes. 
• Colocar à disposição dos seus associados, assistência técnica legal, em nível de consultoria. 
• Estabelecer relações com entidades semelhantes em outros países, bem como com organismos 
internacionais, cujos princípios e atividades coincidam com os da AEB, aos quais poderá filiar-se. 
• Tomar quaisquer outras iniciativas que beneficiem os interesses do comércio exterior e assegurem o 
desenvolvimento e o progresso da economia nacional. 
Curiosidade: A Associação de Exportadores Brasileiros - AEB foi criada em janeiro de 1971, e, em agosto 
de 1985 mudou o nome para Associação de Comércio exterior do Brasil- AEB. 
Alibaba.com 
Fundada em 1999, em Hangzhou, China ,o sítio Alibaba.com torna mais fácil para milhões de compradores 
e fornecedores em todo o mundo fazer negócios online, principalmente através de três links: um para o 
comércio global ( www.alibaba.com ), direto entre importadores e exportadores do mundo todo; um link 
( www.1688.com ) para o comércio interno na China e um link de transação baseado no atacado do site 
global ( www.aliexpress.com ) voltadas para pequenos compradores que procuram envio rápido de 
pequenas quantidades de mercadorias. 
Juntos, esses mercados formam uma comunidade de cerca de 72,8 milhões de usuários registrados em 
mais de 240 países e regiões. 
Como parte de sua estratégia o Alibaba.com oferece também uma ampla gama de software de gestão 
empresarial, serviços de infraestrutura de Internet e exportação de serviços. O Alibaba.com tem 
escritórios em mais de 70 cidades por toda a Grande China, Índia, Japão, Coréia, Europa e Estados Unidos. 
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior - Mdic 
Neste sítio o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior disponibiliza: 
• Estatísticas do comércio exterior, emitida pelo DEPLA (Departamento de Planejamento e 
Desenvolvimento do Comércio Exterior) com resultados da Balança Comercial Brasileira semanal, mensal 
e anual por estados e municípios também. 
• Relação de empresas brasileiras exportadoras e importadoras por faixa de valor também. 
• Informações comerciais no link do Radar Comercial. 
• Informações sobre a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) com seus respectivos códigos e 
unidades de medida estatística. 
• Informações sobre a estrutura do comércio exterior brasileiro. 
• Exportação Simplificada e uma série de procedimentos específicos para determinados tipos de 
exportação é o que se pode achar na série: Aprendendo a Exporta neste mesmo sítio. 
• Além dessas, diversas outras funções como o agendamento de Encontros de Comércio Exterior 
(Encomex) na sua cidade, orientações diversas aos exportadores, legislação aduaneira poderão ser 
encontradas no sítio do MDIC que precisa ser consultado. 
Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet - ALICE Web 
O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado ALICE-Web, da 
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(MDIC), foi desenvolvido com vistas a modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação 
dos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras. 
O ALICE-Web é atualizado mensalmente, quando da divulgação da balança comercial, e tem por base os 
dados obtidos a partir do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), sistema que administra o 
comércio exterior brasileiro. 
No momento, o acesso ao ALICE-Web é gratuito. Para proceder à consulta, basta clicar no módulo de 
pesquisa desejado. 
COMEXbrasil.gov.br 
O Portal Brasileiro do Comércio Exterior (PBCE) foi desenvolvido com base no Projeto de Apoio à Inserção 
Internacional das Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME), parte do Acordo de Cooperação 
entre o Brasil e a União Europeia. 
O Portal oferece a você, de forma clara, simples e direta as informações básicas sobre os temas 
exportação, importação, legislação, acordos, promoção comercial, estatísticas, entre outros de grande 
relevância. A ideia é apresentar os principais termos, procedimentos, eventos e atividades que possam 
ajudá-lo a alcançar novos mercados mundo afora. 
O PBCE é um produto do governo federal, e antes de tudo, atua como prestador de serviços à comunidade 
brasileira. Por isso, o Portal demonstra quais são as atribuições e responsabilidades de cada órgão ou 
entidade relacionados ao processo de exportação e importação no Brasil. 
O Portal disponibiliza, também, um serviço de fundamental importância, denominado "Comex 
Responde", canal direto com o público de comércio exterior, que é destinado a esclarecer dúvidas e acatar 
sugestões do usuário atuante em comércio exterior. 
A proposta deste Portal é ser fonte importante de informações do tema importação e exportação. Ele 
contribui com um serviço eficiente e eficaz para ampliar as exportações e facilitar o comércio entre os 
países. 
 
Síntese da Aula 
Nesta aula, você Conheceu a intervenção das instituições públicas e privadas no Comércio Exterior 
Brasileiro e no Comércio Internacional. 
 
Aula 6: Os Incentivos e Barreiras ao Comércio Internacional 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Entender os conceitos básicos do comércio exterior relacionando as regulamentações públicas e 
privadas à prática do comércio exterior, bem como a atuação e o funcionamento dos órgãos 
intervenientes e operadores do comércio exterior brasileiro. 
 
Introdução 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as práticas administrativas do Comércio Exterior, os incentivos 
às exportações e as barreiras às importações. 
O pontapé inicial para conhecermos o tratamento administrativo das importações e exportações 
brasileiras é a uniformização desses procedimentos aplicados aos produtos objetos das compras e vendas 
internacionais. 
Para promover essa padronização, o comércio internacional adotou a classificação fiscal de mercadorias. 
 
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica 
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre estatística, onde estiveram 29 
participantes. Como resultado dessa conferência, as mercadorias foram divididas em 5 grupos: 
 
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com finalidade estatística e 
aduaneira. 
 
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado 
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras: 
1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a 
classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que 
não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes. 
2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, mesmo incompleto ou 
inacabado, desde que apresentem, no estado em que se encontram, as características essenciais do artigo 
completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos 
termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
2.b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em 
estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.Da mesma forma, qualquer referência a 
obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas, inteira ou parcialmente, dessa matéria. 
A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios 
enunciados na Regra 3. 
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 
2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte: 
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições 
se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado 
ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a 
retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente 
específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria. 
b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou constituídas pela reunião de 
artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja 
classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo 
que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação. 
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se 
na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente serem 
tomadas em consideração. 
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas 
classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes. 
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras 
seguintes: 
Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de 
desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo 
determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a 
que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com 
tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua 
característica essencial. 
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas 
últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição 
não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida. 
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos 
legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, "mutatis 
mutandis", pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do 
mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, 
salvo disposições em contrário. 
 
Nomenclaturas 
 Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM 
O Brasil aderiu, em 31.10.86, à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e 
de Codificação de Mercadorias, comprometendo-se, por conseguinte, a adotar o referido Sistema em 
substituição à Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira então vigente. 
Não obstante a Convenção facultar aos países em desenvolvimento, que sejam Partes Contratantes, o 
diferimento da aplicação de parte ou da totalidade das subposições do Sistema Harmonizado pelo tempo 
que considerem necessário, o Brasil optou por implementar o referido Sistema na sua totalidade, já a 
partir do ano de 1989. 
A partir de 01.01.97, a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM passou a constituir a Nomenclatura 
Brasileira de Mercadorias – NBM. 
 Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM 
O processo de integração para a consolidação do MERCOSUL e a necessidade de uma nomenclatura 
unificada para atender o fluxo de comércio, estatísticas e tarifas para o comércio intra e extra Mercosul 
levaram à criação da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, tendo como base o Sistema 
Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias. 
Esta nomenclatura foi utilizada na elaboração da Tarifa Externa Comum – TEC, que passou a vigorar em 
01 de janeiro de 1996, em substituição à Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB). 
Mantendo a mesma estrutura do Sistema Harmonizado com 96 capítulos, ordenados em 21 seções, foram 
realizadas as adaptações necessárias introduzindo-se subdivisões em nível de itens e subitens. 
Desta forma foram utilizados 8 dígitos, sendo os 6 primeiros idênticos aos do Sistema Harmonizado. 
Os itens da NCM são representados pelo sétimo dígito, e os subitens pelo oitavo. Quando não existirem 
as subdivisões nestes níveis, serão representados pelo número zero (0). 
 Nomenclatura da Associação Latino Americana de Integração – NALADI 
Com a aceitação sistemática do Sistema Harmonizado em nível internacional, a Associação Latino-
Americana de Integração (ALADI) promoveu a elaboração de uma nomenclatura adaptada àquele novo 
sistema de designação e codificação de mercadorias, para uso dos países-membros nas negociações de 
preferências tarifárias dentro dos instrumentos de negociação da Associação e para a formulação das suas 
estatísticas de comércio exterior. 
Com a adoção efetiva da nomenclatura, a partir de julho de 1991, todas as negociações realizadas no 
âmbito da ALADI passaram a observar os novos códigos, devendo os Acordos e Protocolos Adicionais 
negociados consignar as descrições e classificações da NALADI/SH. Também os documentos da 
Associação – Certificados de Origem, Certificados de Utilização de Cotas, etc. – e, necessariamente, os dos 
países-membros têm que indicar a nova codificação. 
A NALADI/SH mantém a mesma estrutura do Sistema Harmonizado, com suas 21 Seções e 96 Capítulos, 
além das Regras Gerais para Interpretação da Nomenclatura, sendo que seus códigos constam de 
oito dígitos. 
 
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades 
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de COMEX. 
Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, como vemos a seguir: 
 Barreiras Aduaneiras 
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a mercadoria tem que 
pagar para entrar em outro país. Ex.: Imposto de Importação. 
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de comércio internacional na 
qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio concedido pelo governo à mercadoria importada. 
3ª.) Direitos Anti-Dumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de comércio internacional na 
qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que o custo de sua fabricação. 
4ª.) Impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de mercadorias em circulação 
entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse mecanismo. 
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 1974 a 1979 (período 
restritivo às importações). Tratava-se de um depósito compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que 
a CACEX exigia para a emissão da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por 
um período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou correção monetária. 
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de Valoração Aduaneira, 
que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que uma mercadoria tem quando