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Estudo Dirigido Bioquímica e Genética

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Estudo Dirigido 
 
Bioquímica 
Aula 1 
1. Descreva o processo de digestão e absorção dos seguintes carboidratos: Glicogênio e/ou 
amido, sacarose, maltose, trealose e lactose. 
Os principais carboidratos da dieta são: o amido, a sacarose e a lactose. O glicogênio, a maltose, a 
glicose livre e a frutose livre constituem frações relativamente menores de carboidratos ingeridos. A 
absorção dos carboidratos pelas células do intestino delgado é realizada após hidrólise dos 
dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos em seus componentes monossacarídeos. As 
quebras ocorrem seqüencialmente em diferentes segmentos do trato gastrointestinal por reações 
enzimáticas: 
α​-Amilase salivar. ​A digestão do amido inicia durante a mastigação pela ação α-​amilase salivar 
(ptialina) que hidrolisa as ligações glicosídicas α(1→4), com a liberação de maltose e 
oligossacarídeos. Contudo, a α-amilase salivar não contribui significativamente para a hidrólise dos 
polissacarídeos, devido ao breve contato entre a enzima e o substrato. Ao atingir o estômago, a 
enzima é inativada pelo baixo pH gástrico. 
α​-Amilase pancreática​. O amido e o glicogênio são hidrolisados no duodeno em presença da 
α-​amilase pancreática ​que produz maltose como produto principal e oligossacarídeos chamados 
dextrinas – contendo em média oito unidades de glicose com uma ou mais ligações glicosídicas 
α(1→6). Certa quantidade de isomaltose (dissacarídeo) também é formada. 
Enzimas da superfície intestinal. ​A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada pela ​maltase ​e a 
dextrinase, ​presentes na superfície das células epiteliais do intestino delgado​. ​Outras enzimas 
também atuam na superfície das células intestinais: a ​isomaltase, ​que hidrolisa as ligações α(1→6) 
da isomaltose, a ​sacarase, ​que hidrolisa as ligações α,β(1→2) da sacarose em glicose e frutose, a 
lactase ​que fornece glicose e galactose pela hidrolise das ligações β(1→4) da lactose. 
 
A captação de monossacarídeos do lúmen para a célula intestinal é efetuada por dois mecanismos: 
• ​Transporte passivo (difusão facilitada).​O movimento da glicose está “a favor” do gradiente de 
concentração (de um compartimento de maior concentração de glicose para um compartimento de 
menor concentração). A difusão facilitada é mediada por um ​sistema de transporte de 
monossacarídeos ​do tipo ​Na+​− ​independente​. O mecanismo tem alta especificidade para D−frutose. 
• ​Transporte ativo​. ​A glicose é captada do lúmen para a célula epitelial do intestino por um ​co​− 
transportador​ ​Na+​−​monossacarídeo ​(SGLT). É um processo ativo indireto cujo mecanismo é envolve 
a ​(Na+​−​K+)​−​ATPase ​(bomba de (Na+−K+), que remove o Na+ da célula, em troca de K+, com a 
hidrólise concomitante de ATP (​ver ​Capítulo 9: seção 9.4.D). O mecanismo em alta especificidade por 
D−glicose e D−galactose. 
Após a absorção, a glicose no sangue aumenta e as células β das ilhotas pancreáticas secretam 
insulina que estimula a captação de glicose principalmente pelos tecidos adiposo e muscular. O 
fígado, o cérebro e os eritrócitos, não necessitam de insulina para captação de glicose por suas 
células (tecidos insulino−independentes). Outros hormônios e enzimas, além de vários mecanismos 
de controle, são importantes na regulação da glicemia 
2. Quais os transportadores de glicose presentes nos enterócitos? 
GLUT 1: Os transportadores de glicose tipo 1 estão amplamente difundidos por todo o corpo, sendo 
responsáveis pelo nível basal de glicose celular. Largamente difusos nos tecidos fetais, tendo 
diminuída sua expressão nos tecidos adultos. Possuem alta capacidade de transporte e alta afinidade 
pela molécula de glicose, mantendo rapidamente o nível de glicose dentro da célula. Não tem 
atividade alterada pela presença da insulina. 
GLUT 2: O transportador de glicose tipo 2 possui a maior cinética entre os GLUT, esta presente nos 
hepatócitos, células β pancreáticas, mucosa intestinal e rins. A alta afinidade do transportador 
coma glicose promove que o transporte ás essas células seja proporcional à glicemia.Este 
transportador, pó suas funções não tem sua atividade modulada pela insulina. Na célula intestinal 
após a absorção e reabsorção de glicose no rim é via GLUT2 que a molécula de glicose entra na 
circulação. Toda variação de glicemia é detectadas pelas células β, iniciando automaticamente o 
controle da secreção de insulina e captação ou liberação de glicose hepática. Alterações na 
expressão de GLUT2 esta associada a um defeito de estimulação da insulina em diabéticos, o que 
não permite a baixa na glicemia. Há variações na expressão em células β pancreáticas desses 
transportadores, o que explicaria em parte a baixa ou nenhuma liberação de insulina nos diabéticos 
com a doença tipo I. Expressão de GLUT2 é estimulada pela hiperglicemia 
GLUT 4: são os transportadores insulina-dependente, mais abundante nas membranas celulares do 
músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. No fígado: a insulina inibe glicogenólise e 
gliconeogênese e estimula síntese de glicogênio, na musculatura esquelética estimula a: captação de 
glicose e síntese de glicogênio, no tecido adiposo estimula a captação de glicose e redução da 
liberação de ácidos graxos e síntese de triglicerídeos. Também estimula a entrada de aminoácidos 
nas células para promover a síntese protéica. O transportador possui a menor cinética da família dos 
GLUT, mas grande afinidade. 
3. Diferencie intolerância à lactose de alergia ao leite. 
Deficiência à lactose: 
Sintomas:​ dor abdominal (normalmente, cólica na área periumbilical), distensão abdominal, 
"barulho na barriga", flatulência (que pode ajudar a aliviar os sintomas em alguns casos) e diarreia 
(normalmente explosiva, volumosa, espumosa e aquosa) depois de consumir produtos lácteos 
Fisiopatologia​: A lactose é um açúcar dissacarídeo encontrado no leite e em alimentos processados. 
A lactose é digerida por hidrólise, que é considerada uma etapa limitadora do processo global de sua 
absorção. A lactose é dividida pela enzima lactase em glicose e galactose na membrana microvilosa 
das células de absorção do intestino delgado. Em pacientes com hipolactasia, a lactose não é 
absorvida pelo intestino delgado porque a hidrólise efetiva não é realizada e passa rapidamente ao 
cólon como consequência da alta osmolalidade do dissacarídeo intraluminal. No cólon, a lactose é 
convertida em ácidos graxos de cadeia curta e gás pela flora bacteriana de ácido lático, produzindo 
acetato, butirato e propionato. 
Alergia ao Leite: 
Sintomas: ​podem acontecer em diversos sistemas do corpo, como:digestivo, que inclui sintomas 
como vômitos, cólicas, diarreias, dores abdominais, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes e 
refluxo; cutâneo, que pode cursar com sintomas como: urticária e dermatite atópica de moderada à 
grave (podem surgir até mesmo feridas na pele); respiratório, que pode se apresentar como: asma, 
chiado e rinite. Podem ocorrer um ou mais desses sintomas na mesma hora ou dias após a pessoa 
ter bebido o leite de vaca. 
Fisiopatologia: ​A alergia ao leite de vaca é a reação do organismo à caseína, uma proteína presente 
no leite e em todas as proteínas de origem animal. Quando uma pessoa alérgica ingere o leite da 
vaca, o sistema imunológico reage como se estivesse sendo atacado por algum micro-organismo 
estranho. Essa é uma reação de hipersensibilidade do sistema imune, ou seja, o organismo torna-se 
sensível a essa proteína. 
4. Dentre os diferentes transportadores de glicose, qual é dependente de insulina? 
GLUT 4: são os transportadores insulina-dependente, mais abundante nas membranas celulares do 
músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. No fígado: a insulina inibe glicogenólise e 
gliconeogênese e estimula síntese de glicogênio, na musculatura esquelética estimula a: captação de 
glicose e síntese de glicogênio, no tecido adiposo estimulaa captação de glicose e redução da 
liberação de ácidos graxos e síntese de triglicerídeos. Também estimula a entrada de aminoácidos 
nas células para promover a síntese protéica. O transportador possui a menor cinética da família dos 
GLUT, mas grande afinidade. 
● Caso Clínico: Intolerância à lactose, Diarreia hiperosmótica, TBL 
 
Aula 2 
1. Quais as principais diferenças entre a glicólise hepática e a glicólise de tecidos 
extra-hepáticos? 
A glicose no fígado possui 3 destinos: oxidação completa (o fígado oxida completamente a glicose, 
forma piruvato -> Acetil-CoA -> TCA, gerando ATP), estoque (estocada na forma de glicogênio 
hepático -> glicogênese) e transformação em gordura (triacilglicerol que será empacotado e 
transportado para fora do fígado, direccionando-o para corrente sanguínea que o depositará no 
tecido adiposo). 
A glicose no músculo possui 2 destinos: oxidação completa e estoque (existe também a oxidação 
parcial - exatamente o que acontece no eritrócito - que é a transformação do piruvato em lactato 
para gerar ATP em estado anaeróbio) 
2. Qual a importância da fermentação láctica? Em que situações esta via ocorre? 
A fermentação Lática ocorre a partir do piruvato produzido pela via glicolítica, o piruvato através da 
enzima Lactato Desidrogenase forma lactato. Essa enzima utiliza os elétrons do NADH da via 
glicolítica e o transforma em NAD+. Essa reação ocorre na ausência do O2 e produz baixa quantidade 
de ATP. (Ciclo de Cori - conversão da glicose em lactato, produzido em tecidos musculares durante 
um período de privação de oxigênio, seguida da conversão do lactato em glicose, no fígado). 
Ocorrendo nos músculos em situação de exercício físico intenso. 
3. Qual deficiência enzimática da via glicolítica pode causar hemólise? 
Deficiência de Piruvato Cinase. Sendo a última enzima da glicólise impede a formação de piruvato. 
“A deficiência de PK nos eritrócitos é uma doença autossómica recessiva causada por mutações no 
gene ​PKLR​ (1q22). Até à data foram descritas mais de 190 mutações no gene ​PKLR​. A PK é uma 
enzima chave regulatória de glicólise e duas anomalias metabólicas importantes resultam da 
deficiência de PK: depleção de ATP e aumento do conteúdo de 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG). Os 
mecanismos exactos que causam hemólise extravascular são, até ao momento, desconhecidos, mas 
uma característica importante envolve o sequestro selectivo de glóbulos vermelhos jovens 
deficientes em PK, particularmente os reticulócitos, pelo baço. O aumento dos níveis de 2,3-DPG 
melhora a anemia diminuindo a afinidade da hemoglobina para o oxigênio.” 
● Caso Clínico: G6PD 
 
Aula 3 
1. Quais as regulações hormonais sobre o metabolismo de glicogênio? 
A insulina estimula a glicogênese: ativa glicogênio-sintase que faz a síntese e armazenamento de 
glicogênio (modo alimentado) 
Glucagon estimula a glicogenólise: ativa a fosforilase e inibe a glicogênio sintase (modo de jejum 
prolongado). 
2. Quais modificações covalentes ocorrem na regulação do metabolismo de glicogênio? 
As enzimas glicogênio fosforilase e glicogênio sintase sofrem regulações por moduladores alostéricos 
(favorece ou não as enzimas a trabalharem). As enzimas são sensíveis à esses fatores: glicogênio 
fosforilase sensível a glicose (quando tem muita glicose a fosforilase para de agir) e a glicogênio 
sintase é sensível a glicose-6-fosfato (quando tem muita glicose-6-fosfato a sintase ativa) 
3. Qual a consequência da ausência de Glicose-6-Fosfatase em células musculares? 
A consequência é a não saída de glicose para corrente sanguínea igual no fígado, ou seja, no músculo 
não ocorre a gliconeogênese. E a glicose gerada pela glicogenólise é direcionada pra via glicolítica 
muscular para formação de ATP ou para a fermentação Láctica. 
4. Por que glicose 6-fosfatase se encontra com seu sítio ativo voltado para a luz do RE? 
Pois se ela estivesse voltada para a parte externa do RE ela causaria um distúrbio, impedindo o 
funcionamento da hexoquinase, desfilando a glicose e, assim, impedindo a via glicolítica. 
● Casos clínicos: Doença de Von Gierke e Doença de Hers 
Doença de Von Gierke 
As glicogenoses são doenças de armazenamento de glicogênio e a doença de von Gierke é a mais 
comum delas, sendo que as complicações metabólicas da doença incluem hipoglicemia, acidose 
láctica, hiperuricemia, hipofosfatemia e adenoma hepático 
Sintomas: Retardo de crescimento, convulsões, cãibras musculares e fraqueza, intolerância ao 
exercício causando fadiga. 
Fisiopatologia: A glicose 6-fosfatase está localizada no lado da luz da membrana do retículo 
endoplasmático liso para onde a glicose 6-fosfato é transportada e então hidrolisada à ortofosfato e 
glicose livre pela unidade catalítica da glicose-6-fosfatase. A doença de von Gierke se apresenta 
quando a atividade da unidade catalítica da glicose 6-fosfatase está ausente ou com atividade 
reduzida no fígado, rim e intestino. 
Tratamento: é feito principalmente através da dieta. Os objetivos da dietoterapia são manter a 
homeostase da glicose para prevenir as reações hipoglicêmicas e fornecer proteínas e calorias 
suficientes para o balanço positivo de nitrogênio e para o crescimento normal evitando déficit de 
crescimento e as demais alterações metabólicas. 
 
Aula 4 
1. Descreva o mecanismo de secreção de insulina pelas células β-pancreáticas. 
Após uma refeição, um aumento rápido na quantidade de glicose sanguínea estimula a secreção de 
insulina, resultando em um aumento temporário de sua concentração no sangue, conhecido como 
hiperinsulinemia. O aumento das concentrações de insulina e glicose sanguíneas coordenadamente 
inibe a produção de glicose pelo fígado e facilita a captação de glicose pelos tecidos sensíveis à 
insulina. Nos hepatócitos e célulasβ–pancreáticas a glicose é transportada para o compartimento 
intracelular através do transportador de glicose 2 (GLUT2) obedecendo um gradiente de 
concentração (do meio mais concentrado para o menos concentrado). Os tecidos muscular e 
adiposo utilizam o transportador de glicose 4 (GLUT-4) para translocar a glicose para o meio 
intracelular em resposta ao estímulo da insulina 
● Casos Clínicos: Exercícios físicos de alta intensidade ou de longa duração 
 
Aula 5 
1. Diferencie diabetes mellitus tipo 1, tipo 2, gestacional e MODY. 
Diabetes do tipo 1 
Sintomas:​ Poliúria, polidipsia, perda de peso, fraqueza generalizada e visão turva. Alguns pacientes 
apresentam cetoacidose diabética, a complicação aguda do diabetes do tipo 1. Esses pacientes têm 
sintomas de desidratação e acidose como náuseas, vômitos, dor abdominal, taquipneia, taquicardia 
e letargia. 
Fisiopatologia: ​O diabetes do tipo 1 se desenvolve geralmente como resultado da destruição 
autoimune das células beta pancreáticas nos indivíduos geneticamente suscetíveis. A destruição das 
células beta acontece de forma subclínica durante meses a anos como resultado de um processo 
denominado insulite (inflamação das células beta). Quando 80% a 90% das células beta foram 
destruídas, a hiperglicemia se desenvolve. Os pacientes com deficiência de insulina não conseguem 
utilizar a glicose sérica no músculo periférico e nos tecidos adiposos. Isso estimula a secreção de 
hormônios contra reguladores como glucagon, adrenalina, cortisol. 
 
 
 
 
Diabetes do tipo 2: 
Sintomas: ​fadiga; poliúria, polidipsia, polifagia ou perda de peso (geralmente quando a hiperglicemia 
é mais intensa [por exemplo, >16.6 mmol/L, >300 mg/dL]); visão turva; parestesia; perda de peso 
não intencional; noctúria; infecções cutâneas (por bactéria ou cândida); infecções urinárias. 
Fisiopatologia: ​O mecanismopreciso pelo qual o estado metabólico diabético causa complicações 
micro e macrovasculares é apenas parcialmente compreendido, mas provavelmente envolve pressão 
arterial (PA) e glicose não controladas, aumentando o risco de complicações microvasculares, como 
retinopatia e nefropatia. Os mecanismos podem envolver defeitos na aldose redutase e em outras 
vias metabólicas, dano a tecidos decorrente do acúmulo de produtos finais glicados e outros 
mecanismos. Com respeito a complicações macrovasculares, PA e glicose elevadas aumentam o 
risco, assim como anormalidades lipídicas e o uso de tabaco. 
 
Diabetes Gestacional: 
Sintomas: ​A disglicemia na gestante é indicativo de DG. A glicemia materna na DG em jejum é 15-20 
mg/dL menor, geralmente a partir no 2º trimestre da gestação. 
Fisiopatologia: ​produtos da placenta, como o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e o lactogênio 
placentário humano (também conhecido como somatomamotropina coriônica humana), exerçam 
papéis fundamentais na indução da resistência insulínica materna. A resistência insulínica é mais 
acentuada no terceiro trimestre – o motivo é que o rastreamento tem sido realizado 
tradicionalmente nessa fase. Mulheres que desenvolvem diabetes mellitus gestacional (DMG) têm 
déficits na função das células beta, de forma que elas sejam incapazes de se adaptar à gestação. No 
DMG, assim como na diabetes do tipo 2, o déficit na função das células beta geralmente é 
multifatorial e poligênico. A hiperglicemia na fase final da gestação está associada com macrossomia, 
hipoglicemia, hiperbilirrubinemia e hipocalcemia neonatais, assim como desfechos maternos 
adversos, incluindo hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e parto cesáreo. 
 
Diabetes MODY: 
A diabetes tipo MODY (​M​aturity-​O​nset ​D​iabetes of the ​Y​oung) é um subtipo da diabetes Mellitus, 
caracterizado por manifestação precoce (em geral abaixo dos 25 anos de idade) e com transmissão 
autossómica dominante (determinada em pelo menos três gerações). Corresponde a um defeito 
primário na secreção da insulina, associada a disfunção na célula β pancreática. 
 
Assim, as premissas necessárias para o diagnóstico de diabetes tipo MODY são: 
1. Diagnóstico efectuado antes dos 25 anos de idade em, pelo menos, um membro da 
família 
2. Transmissão autossómica dominante com, pelo menos, 3 gerações atingidas pela 
diabetes 
3. Capacidade de controlo da diabetes sem recurso à insulinoterapia (e sem 
desenvolver cetose) durante um período de, pelo menos, 2 anos ou níveis 
significativos de péptido C 
2. Qual a etiologia do diabetes MODY-2? 
Esta forma de MODY é secundária a mutações no gene codificador para a enzima glicoquinase, que 
catalisa a primeira etapa do metabolismo da glicose em glicose-6-fosfato. As mutações neste gene 
promovem uma redução da atividade enzimática da proteína, reduzindo sua afinidade pela glicose. 
Como resultado ocorre uma redução do fluxo glicolítico nas células b-pancreáticas, etapa inicial 
básica para o desencadeamento da secreção da insulina. 
3. Por que RN nascidos de mães diabéticas podem desenvolver hipoglicemia neonatal? 
Relaciona à existência de diabetes materna durante a gestação, devido à hiperinsulinemia transitória 
do bebê, que dura por volta de uma semana. No caso de mães diabéticas é comum que o bebê nasça 
também com excesso de peso (pesando quatro quilos ou mais). 
 
 
● Caso clínico: Doença de Pompe 
Paciente sexo masculino, com idade de 4 meses, foi admitido no Serviço de Pediatria da Uninove. 
Na ocasião da internação apresentava quadro clínico de dispnéia e cianose há 5 dias com anorexia 
e vômitos. Paciente nascido de parto normal, a termo, pesando 3.200 grs. Evolução normal até os 
2 meses. Aos 3 meses, após processo infeccioso, tornou-se hipotônico e não mais sustentou a 
cabeça. Apresentava dificuldade para deglutição. Ao exame clínico: Criança desnutrida, 
desidratada, taquicardia e taquipnéia. Hepatomegalia discreta. Colocada em decúbito dorsal a 
criança não muda espontaneamente de posição; não sustenta a cabeça. Hipotonia muscular 
generalizada, com discreta movimentação. Reflexos profundos não obtidos. Preensão palmar e 
plantar ausentes. Exames laboratoriais foram realizados, glicemia de jejum, pós-prandial, teste de 
tolerância à glicose e eletrocardiograma foram normais. Hemograma completo: eritrograma 
normal, 19300 leucócitos. AST, ALT, CPK, DHL elevadas. Radiografia tórax: broncopneumonia e 
discreto aumento da área cardíaca. 
1- Com base na aula, que explicações você sugeriria para os sintomas apresentados? 
Deficiência ou ausência da enzima deα-1,4-glicosidase ácida (GAA) ou maltase ácida→ uma parte 
da glicogenólise normal não será realizada, causando acúmulo de glicogênio no citosol da célula. 
Classificada como uma doença de depósito lisossômico (DDL). Então o glicogênio em vez de ser 
utilizado como “fonte de energia”, passa a acumular-se nos lisossomos, levando à destruição das 
células do tecido muscular. 
2- Qual a patologia em questão? 
Doença de Pompe 
3- Qual o padrão de herança dessa doença? 
Herança autossômica recessiva (substituição de uma G por A na posição 171) 
4- Qual organela celular está envolvida nessa doença? Explique. 
Citoplasma, pois o metabolismo do glicogênio é realizado no citosol. 
 
Aula 6 
1. De que maneira o metabolismo de etanol interfere na neoglicogênese? 
Em cada reação de oxidação no metabolismo do etanol, elétrons são transferidos ao NAD+, 
resultando e um aumento maciço na concentração de NADH citosólico. A abundância de NADH 
favorece a redução de piruvato em lactato e oxalacetato em malato, ambos são intermediários na 
síntese de glicose pela gliconeogênese, como mostra a figura a cima. Assim, o aumento no NADH 
mediado pelo etanol faz com que os intermediários da gliconeogênese sejam desviados para rotas 
alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose. Isto pode acarretar hipoglicemia, 
particularmente em indivíduos com baixas reservas de glicogênio hepático. 
A mobilização de glicogênio hepático é a primeira defesa do corpo contra a hipoglicemia, assim, os 
indivíduos em jejum ou desnutridas apresentam depósitos de glicogênio exauridos, e devem 
basear-se na gliconeogênese para manter sua glicemia. 
2. Quais os principais compostos gliconeogênicos? 
Os principais compostos gliconeogênicos são aminoácidos, lactato e glicerol. 
 
Caso clínico: hipoglicemia por etilismo 
O consumo de álcool (etanol), especialmente por indivíduos subalimentados, pode causar 
hipoglicemia. Essa condição resulta dos efeitos inibidores do álcool sobre a gliconeogênese 
hepática causado pelo NADH produzido durante o metabolismo do álcool. O etanol é convertido 
em acetaldeído (CH3CHO).O excesso de NADH no citosol reduz a gliconeogênese, pois desloca o 
equilíbrio das reações catalisadas pela lactato desidrogenase e malato desidrogenase, nas direções 
de formação do lactato e malato, respectivamente:Os NADH deveriam ser transportados para a 
mitocôndria pelo circuito malato aspartato, mas o fígado não consegue fazê-lo na velocidade 
suficiente para evitar distúrbios metabólitos. O NADH excedente bloqueia a conversão do lactato 
a glicose provocando hipoglicemia e também promove a conversão da alanina em lactato, 
resultando em acúmulo desse último no sangue (acidose láctica). A substância que ocasiona lesões 
ao nível do hepatócito, não é o álcool e sim o produto de sua degradação, o acetaldeído 
 
Aula 7 
1. Quais as consequências de uma hipergalactosemia?Há 3 tipos, o que as diferenciam é a ausência de enzimas específicas. 
tipo 1 (mais comum/grave): deficiência de GALT, causa o acúmulo de galactose-1-fosfato 
tipo 2: defeito na GALK, causa o acúmulo direto de galactose, a galactose pode tomar vias 
alternativas. Pode ser transformada em galactose ( aumento da toxicidade) ou galactonato, 
causando problemas como catarata pelo acúmulo de galactitol. 
tipo 3 (rara) : deficiência de GALE, ausente apenas em eritrócitos - assintomática/ausente em 
eritrócitos e fibroblastos - severa. 
2. De que maneira o consumo excessivo de frutose favorece a lipogênese? 
A primeira via da frutose “escapa” das etapas de regulação da via glicolítica (hexoquinase, PFK-1 e 
piruvato quinase), isso resulta em um excesso de piruvato, ocasionando um acúmulo de ácidos 
graxos. 
● obesidade pelo consumo excessivo de frutose. 
 
Aula 8 
1. Qual a importância da via das pentoses fosfato para os seguintes tipos celulares: 
hepatócitos, eritrócitos e células com alta atividade mitótica. 
Geração de NADPH (evita estresse oxidativo) durante a fase oxidativa. 
OBS: ​Oxidativa​: é irreversível, principais produtos ribose-5P e NADPH, ocorre em todos os tecidos, 
mas predomina em células que sintetizam lipídeos, como por exemplo, fígado, tecido adiposo, 
glândulas mamárias, gônadas e córtex adrenal.​ Não oxidativa​: é reversível, seus produtos e 
precursores são glicose-6P E RIBOSE-5P, ocorre em células que sintetizam lipídeos, com objetivo de 
reciclar a ribose-5P, e em células que estão em proliferação (ex: medula óssea, mucosa intestinal), 
para fornecer o precursor da síntese de nucleotídeos (ribose-5P). 
2. Explique a patogenia do favismo. 
Ocorre uma redução na produção de NADPH, causando uma instabilidade na membrana das 
hemácias, conduzindo à lise dessas células (anemia hemólitica). Agente oxidante: H2O2 ( com a 
deficiência o H2O2 não é reduzido à H2O. 
 
Aula 9 
1. Como a célula converte a energia proveniente das oxidações dos substratos em energia 
útil (ATP)? 
A fosforilação oxidativa é um processo no qual ocorre a síntese de ATP, fenômeno que pode ser 
interpretado como a fosforilação de uma molécula de ADP, que ocorre na mitocôndria ou mais 
especificamente na ATPsintase, enzima que existe na membrana mitocondrial interna e que se utiliza 
do gradiente eletroquímico de H+ existente nessa membrana para obter a energia necessária à 
síntese do ATP. No que diz respeito a sua importância, devemos lembrar que é o principal processo 
de obtenção de energia na maioria das células humanas e tem um papel regulador em relação a 
cadeia transportadora de elétrons e consequentemente sobre o ciclo de Krebs, sendo portanto um 
grande regulador do metabolismo celular. 
2. Qual o mecanismo de toxicidade de 2,4-DNP? Por que esta molécula foi utilizada para 
emagrecimento? 
Desacoplamento do transporte de elétrons da síntese de ATP. O acoplamento rígido do transporte 
de elétrons com a fosforilação nas mitocôndrias pode ser rompido por 2,4-dinitrofenol (DNP) e por 
determinados compostos ácidos aromáticos. Essas substâncias carreiam prótons através da 
membrana mitocondrial interna, a favor de seu gradiente de concentração. Quando existem esses 
agentes desacopladores, o transporte de elétrons do NADH para O2 procede da forma normal, mas 
ATP não é formado pela ATP sintase mitocondrial porque a força próton-motriz através da 
membrana mitocondrial interna é continuamente dissipada. Essa perda do controle respiratório 
resulta em aumento do consumo de oxigênio e da oxidação de NADH. Na verdade, quando ocorre a 
ingestão acidental de agentes desacopladores, uma grande quantidade de substratos metabólicos é 
consumida, mas não é capturada energia na forma de ATP. Em vez disso, energia é liberada na forma 
de calor. O DNP é o ingrediente ativo em alguns herbicidas e fungicidas. É digno de nota que algumas 
pessoas consomem DNP com o propósito de perder peso apesar do fato de a FDA ter banido seu uso 
em 1938. Existem também relatos de que soldados soviéticos receberam DNP para mantê-los 
aquecidos durante os longos invernos russos. Os desacopladores químicos são contrapartes não 
fisiológicas e não reguladas das proteínas desacopladoras. 
3. Qual o mecanismo de toxicidade do cianeto? 
Bloqueia o fluxo de elétrons no citocromo-C oxidase. A inibição da cadeira de transporte de 
elétrons inibe a síntese de ATP porque a força próton-motriz não pode ser mais gerada. 
● ·​Associação Clínica: ​Interferentes da cadeia respiratória: CO, Cianeto, barbitúricos, 
antimicina A, rotenona. Interferentes da fosforilação oxidativa: oligomicina. 
Qual a relação entre beribéri e de envenenamento por mercúrio e arsênico?​ As relação deles é que 
eles são desacopladores do ciclo de krebs e da fosforilação oxidativa. O transporte de elétrons pode 
ocorrer sem a síntese de ATP, pois esses desacopladores dissociam a CTE (apenas geram calor). 
Mulher de 68 anos com crise hipertensiva esteve em tratamento em uma unidade de tratamento 
intensivo com administração intravenosa de nitroprussiato por 48 horas. A pressão sanguínea da 
paciente retornou aos níveis normais, mas ela se queixou de uma sensação de queimação na boca 
e na garganta, seguida de náuseas e vômitos, sudorese, agitação e dispneia. A enfermeira notou 
um hálito de amêndoa doce na respiração. Uma gasometria arterial mostrou acidose metabólica 
significativa e testes no sangue revelaram níveis tóxicos de tiocianato, um metabólito do 
nitroprussiato. 
Qual é causa mais provável dos sintomas?​ Intoxicação por cianeto. 
Qual é o mecanismo bioquímico do problema? ​Há bloqueio do fluxo de elétrons no citocromo-C 
oxidase. A inibição da cadeira de transporte de elétrons inibe a síntese d ATP porque a força 
próton-motriz não pode ser mais gerada. 
Qual é o tratamento para essa condição? ​O tratamento é a administração de antídotos para o 
cianeto 
Aula 10 
1. Descreva o processo de digestão e absorção de lipídeos. 
A digestão começa no estômago, catalisada pela lípase estável em meio ácido que degradam os 
triacilglicerídeos da dieta. Essas lípases ácidas desempenham um papel importante em neonatos 
(recém nascidos), para os quais a gordura do leite é a principal fonte de calorias.A emulsificação dos 
lipídeos ocorre no duodeno. A emulsificação aumenta a área da superfície das gotículas de lipídeos 
hidrofóbicos, de modo que as enzimas digestivas podem agir. A emulsificação tem dois mecanismos 
complementares. O uso dos ácidos biliares (também conhecidos como sais biliares) são moléculas 
anfipáticas do tipo detergente que atuam na solubilização dos glóbulos de gordura. 
Os ácidos biliares são derivados do colesterol, sintetizados pelo fígado e secretados para a vesícula 
biliar para serem armazenados. Quando ingerimos TG, os ácidos biliares armazenados na vesícula 
biliar, são secretados para o intestino delgado, onde ocorre a digestão e absorção dos lipídeos. 
A enzima lipase pancreática catalisa a hidrólise do triacilglicerol (TG) liberando ácido graxo livre e 
glicerol. 
O glicerol e ácidos graxos serão absorvido pelas células do intestino voltando a formar TG. Estes se 
unem a proteínas formando os quilomícrons que serão transportados pelos vasos sanguíneos. 
2. Diferencie as lipoproteínas abaixo: Quilomícrons, VLDL, LDL e HDL. 
Quilomícrons (QM): ​Apresentam densidade inferior a O,95g/mL .São formados nas células mucosas 
do duodeno e jejuno durante a ab​sorção de gorduras. Tem como função o transporte de colesterol e 
triacilgliceróis exógenos, vitaminas lipossolúveis absorvidos da dieta (alimentação) para os tecidos 
periféricos. 
Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL):: ​Apresentam densidade entre O,95 a 1,006 g/mL . 
A VLDL é produzida no fígado e sua função primordial é transportar os lipídios (TGendógenos) do 
fígado para os tecidos periféricos. São sintetizadas e excretadas pelo fígado e pelo intestino. As VLDV 
são gradualmente degradados (metabolizadas) no plasma pela ação da lípase lipoprotéica 
transformando-se em VLDL remanescentes que liberam os TG, perdendo assim algumas de suas 
apoproteínas, sendo transformadas em IDL (lipoproteína de densidade intermediária). Estas caem na 
circulação e logo são captadas pelo fígado onde ocorre a degradação das IDL. 
OBS: O fígado graxo ou fígado gordo (esteatose hepática) ocorre quando existe um descontrole 
entre a síntese hepática de triacilglicerol e a secreção de VLDL. Tais condições incluem obesidade, 
diabetes melito não controlado e ingestão crônica de etanol. 
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL): ​Apresentam densidade entre 1,019 e 1,063 g/mL. 
Origina-se principalmente no metabolismo da VLDL, sendo os hepatócitos e células do intestino 
delgado os locais de sua biossíntese. As LDL são as principais fontes de colesterol para os tecidos, 
exceto para o fígado e intestino. Chama-se popularmente a LDL de colesterol “ruim”. 
Lipoproteínas de alta densidade (HDL): ​Apresentam densidade entre 1,019 e 1,21 g/mL. A HDL 
forma-se essencialmente no plasma, estando sua biossíntese diretamente ligada à hidrólise dos 
quilomícrons. 
3. Qual a importância dos corpos cetônicos? 
No momento em que o Acetil-CoA é transformado em corpos cetonicos ocorre a liberação de 
coenzima A (CoA). A coenzima A é essencial para a β-oxidação de Acidos graxos em Acetil-CoA. 
OBS: Corpos cetonicos são compostos derivados do Acetil-Coa no momento em que este ultimo 
deixa de entrar no ciclo do ácido cítrico para formar corpos cetonicos. Tipos de corpos cetonicos: 
Acetona: é exalada; Acetoacetato: dissolvido no sangue e transportado para tecidos extra-hepáticos 
onde será oxidado pela via do ciclo do ácido cítrico para formar a maior parte da energia requerida 
por esses tecidos; D-β-hidroxibutirato: tem o mesmo destino do acetoacetato. 
4. Quais as regulações envolvidas na lipogênese hepática? 
A insulina estimula a síntese de ácidos graxos ao ativar a carboxilase, enquanto o glucagon e a 
epinefrina têm o efeito inverso. 
Por conseguinte, as moléculas de sinalização de glucagon, epinefrina e insulina atuam em conjunto 
sobre o metabolismo dos triacilgliceróis e sobre a acetil-CoA carboxilase, regulando cuidadosamente 
a utilização e o armazenamento de ácidos graxos. 
● Casos clínicos: Orlistat (não sei) 
● Esteatorreia: 
Causas: Falha no processo digestivo, como por exemplo, uma pancreatite ou uma ressecção 
gástrica; falta de sais biliares, como nos casos de problemas hepáticos, síndrome da alça cega e 
ressecção ileal; dano na mucosa, como nos casos de doença celíaca e enterite. 
 
Aula 11 
1. O que são zimogênios e qual a relação com a pancreatite? 
O pâncreas é uma glândula mista constituída pelos ácinos pancreáticos (pâncreas exócrino) e ilhotas 
de Langerhans (pâncreas endócrino).² Dentro dos ácinos pancreáticos são produzidos diversos tipos 
de zimogênios, enzimas na forma inativa, como o tripsinogênio, quimiotripsinogênio, proelastase, 
procarboxipeptidase A e B e fosfolipase A2.² Em um estado normal, tais enzimas são encaminhadas 
até o intestino delgado e lá o tripsinogênio, através da enzima enteroquinase presente na borda em 
escova do intestino, é ativado em tripsina.² A tripsina ativa, então, catalisa a conversão de todos os 
seus precursores inativos em enzima ativas, até mesmo o tripsinogênio remanescente, por um 
processo conhecido como autocatálise. No caso da pancreatite aguda esse processo não é diferente, 
porém ao invés de ocorrer no intestino delgado ocorre no interior do tecido pancreático 
2. Como a amônia extra-hepática é transportada pela circulação até o fígado? 
A amônia é bastante tóxica para os tecidos animais e seus níveis no sangue são regulados. A maior 
parte da amônia livre é convertida em um composto não tóxico antes de ser exportada dos tecidos 
extra-hepáticos para o sangue e transportada até o fígado ou rins. Para essa função de transporte 
utilizamos a L-glutamina. A amônia livre produzida nos tecidos combina-se com o glutamato, 
produzindo glutamina, pela ação da glutamina-sintetase. Essa reação requer ATP e ocorre em duas 
etapas. 
A glutamina que excede as necessidades de biossíntese é transportada pelo sangue para o intestino, 
o fígado e os rins, para ser processada. Nesses tecidos, o nitrogênio amídico é liberado como íon 
amônio na mitocôndria, onde a enzima glutaminase converte glutamina em glutamato e NH4+. O 
NH4+ do intestino e dos rins é transportado no sangue para o fígado. No fígado, a amônia d e todas 
essas fontes é utilizada na síntese de ureia. 
3. Quais micronutrientes são importantes para o metabolismo de aminoácidos? 
Os ​micronutrientes​ são necessários em pequenas quantidades, mas são essenciais para o bom 
funcionamento do organismo. São divididos em vitaminas e sais minerais. 
As vitaminas não são estocadas em níveis consideráveis, por isso, devem ser supridas continuamente 
pela dieta. São classificadas em dois grandes grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis. 
As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas do complexo B e vitamina C. São componentes de 
coenzimas, participando de diversas reações enzimáticas no organismo. O excesso dessas vitaminas 
não é danoso, pois elas podem ser eliminadas por meio da urina. 
As vitaminas lipossolúveis incluem as vitaminas A, D, E e K. O seu excesso pode ser mais danoso, pois 
estas vitaminas são eliminadas mais lentamente. São derivadas do isopreno e ocorrem em alimentos 
ricos em gorduras, sendo transportadas por lipoproteínas no plasma. Assim como as hidrossolúveis, 
as vitaminas lipossolúveis também têm um papel de grande importância como coenzimas. A 
vitamina A está relacionada às reações da visão e diferenciação epitelial; a vitamina D apresenta 
ação hormonal na absorção de cálcio pelos ossos quando passa à forma ativa por radiação UV; a 
vitamina K atua na coagulação sanguínea, e a vitamina E, juntamente com as vitaminas A. C e D, tem 
função antioxidante, limitando o estresse oxidativo e a ação dos radicais livres sobre as estruturas 
celulares. As substâncias antioxidantes, presentes principalmente nos vegetais, atuam na prevenção 
do câncer e de doenças cardiovasculares. 
Os minerais são íons inorgânicos - Ca2+, Na+, Mg2+, K+, Fe2+, fosfato - que atuam como cofatores 
enzimáticos, como nos centros Fe-S da cadeia transportadora de elétrons, e antioxidantes, além de 
participarem da composição de certas estruturas, como o cálcio depositado nos ossos. Os sais 
minerais são necessários diariamente na ordem de miligramas ou microgramas. 
4. Qual a razão de Aspartato de Ornitina ser receitado para pacientes com sério 
comprometimento hepático? 
 
 
 
 
 
 
● Caso Clínico: Cirrose hepática e desnutrição Proteico-calórica (não vimos) 
 
Genética 
Aula 1 
1. Como o DNA é duplicado? Quais enzimas participam? 
O DNA é duplicado através da replicação. As enzimas que participam são: 
DNA-Helicase​: Auxilia na abertura da dupla-hélice para permitir que as fita sejam copiadas 
DNA-Topoisomerases: aliviam a tensão causada pelo enrolamento helicoidal e os problemas de 
emaranhamento do DNA. 
DNA-Polimerase: ​são responsáveis pela síntese do DNA: elas adicionam nucleotídeos, um por um, à 
fita crescente de DNA, incorporando somente aqueles que são complementares à fita molde. 
DNA-Primase: participa do mecanismo que produz uma fita iniciadora complementar a 
DNA-Polimerase, utilizando trifosfato de ribonucleosídeos para sintetizar pequenos iniciadores de 
RNA na fita descontínua. 
DNA-Ligase: Liga a extremidade 3’ do novo fragmento de DNA à extremidade 5’ do fragmento 
anterior (para produzir uma cadeia contínua de DNA a partir de vários fragmentosna fita 
descontínua, um sistema especial de reparo atua rapidamente para retirar o iniciador de RNA e 
substituí-lo por DNA) 
2. O que é PCR? Quais relações existem entre este método in vitro e o processo invivo? 
Técnica para amplificar milhares de vezes uma região específica da molécula de DNA. 
 
Aula 2 
1. Como ocorre o fluxo da informação genética? 
O fluxo da informação genética segue o dogma central da biologia molecular: 
DNA (replicação) ---Transcrição---> RNAm ---Tradução---> Proteína 
2. Quais enzimas estão envolvidas? 
Replicação: DNA-primase, ligase, polimerase, helicase, topoisomerases. 
Transcrição: RNA-polimerase 
3. Como um gene é codificado gerando uma proteína? 
O Gene é codificado gerando uma proteína através do processo de tradução. A transcrição do gene 
possibilita a síntese proteica, gerando um RNAm. 
4. Como é formada a sequência de aminoácidos que dará origem a uma nova proteína? 
A partir do RNAm é formada a sequência de aminoácidos que dará origem a proteína. Fases da 
tradução: Iniciação (a subunidade menor se liga à extremidade 5’ do RNAm, códon de iniciação - 
AUG, O RNAt iniciador, transportando a metionina se associa a subunidade menor do ribossomo 
formando um complexo de iniciação), Elongação (adição de aminoácidos) e Terminação (stop códon: 
UAA, UGA ou UAG, não possuem RNAt com anticódon capaz de formar o emparelhamento sendo 
reconhecidos como fatores de liberação). 
5. Quais moléculas estão relacionadas com o processo de tradução? 
As moléculas são: ribossomos e RNAs. RNAr: forma o ribossomo; RNAm: determina a sequência dos 
aminoácidos na proteína e RNAt: carrega e entrega o aminoácido correto para o ribossomo. 
● Caso Clínico: Diabetes – Produção de Insulina 
 
Aula 3 
1. Quais os principais Tipos de sinalização? 
Sinalização Autócrina: sinalização da célula para ela mesma, ocorre com fatores de crescimento 
(“espécie” de feedback); 
Sinalização Parácrina: sinalização da célula para as células próximas (vizinhas), ocorre nas fendas 
sinápticas; 
Sinalização Endócrina: sinalização da células a longas distâncias, utilizando o sangue como 
transporte do estímulo, ocorre com hormônios 
2. Quais os principais Tipos de receptores celulares? 
Canal Iônico: necessita de um ativador gerado pela sinalização de uma proteína para sua abertura, 
gerando o influxo de íons (mexe em potenciais elétricos); 
Acoplado à proteína G: ​o estímulo chega a proteína G que se desloca pela membrana e, assim, ativa 
a segunda proteína, responsável por desempenhar a função determinada pelo estímulo 
tipos de proteína G:​ S- estimulante o AMPc ,I- inibidor o AMPc, Q- libera Cálcio) 
Atuam por segundos mensageiros 
ex.: Adrenalina (receptor alfa-1 adrenérgico -> Gq -> Fosfolipase que degrada fosfolípidos 
específicos, gerando diacilglicerol e IP3, o IP3 libera Cálcio que se liga à PKC)/(receptor beta 
adrenérgico -> Gs -> Adenilato Ciclase, responsável pela conversão de ATP em AMPc, que vai ativar a 
enzima PKA que faz fosforilação) e Glucagon (receptor de glucagon também se liga a Gs). 
Ligado à Enzima (Tirosina Quinase): ​A partir do ligante as proteínas se deslocam pela membrana, 
até se juntarem, para se tornar ativas, podendo reconhecer o substrato que está fora e desempenha 
sua função e, assim, gerar um produto celular. ex.: Receptores de insulina 
3. O que são segundos mensageiros? 
Segundos mensageiros intracelulares são moléculas de sinalização liberadas pela célula para 
provocar alterações fisiológicas tais como a proliferação, diferenciação, translocação de vesículas, 
produção de enzimas e a apoptose. 
● Casos clínicos: Diabetes mellitus tipo 1 e 2. 
 
Aula 4 
1. Quais as principais estruturas envolvidas nas vias de apoptose. 
Células Natural Killers, linfócitos, mitocôndrias 
2. Quais alterações moleculares ocorrem em uma célula programada para morrer​? 
Ocorre a ativação das caspases que são capazes de degradar o próprio conteúdo nuclear e proteínas 
do citoplasma. Após a ativação das caspases, a célula se desprende da matriz extracelular pois as 
caspases degradam o citoesqueleto gerando uma retração celular, também ocorre a degradação de 
proteínas e condensação das organelas citoplasmáticas. Além disso, ocorre a ativação de enzimas 
que degradam o DNA quebrando-o em nucleossomos. Posteriormente essa cromatina, começa ficar 
organizada perifericamente na membrana da célula, gerando corpos apoptóticos que serão 
degradados por macrofágos. 
OBS: Via de ativação das caspases: mitocondrial (acúmulo de proteínas mal dobradas, privação de 
fatores de crescimento e agentes que danificam o DNA) e de receptor de morte (eliminação de 
linfócitos autorreativos e apoptose mediada por linfócito citotóxico). 
3. Como relacionar o conhecimento da apoptose com o tratamento do câncer? 
Câncer -> pode ocorrer o aumento da proliferação ou a redução da apoptose em células de um 
tecido específico 
● Caso clínico: Síndrome Apert 
Aula 5 
1. Como dois tipos celulares distintos de um mesmo indivíduo mantém o mesmo genoma e 
são tão diferentes? 
Bem, isso acontece, porque existe um controle sobre a expressão dos genes. Mesmo que todas as 
células de um mesmo organismo possuam todos os genes iguais, alguns grupos celulares irão formar 
tecidos e órgãos diferentes, pois terão certos genes expressos, enquanto outros não terão 
expressão. A esse processo dá-se o nome de diferenciação celular. 
2. Quais são os níveis de regulação gênica? 
1. controlando quando e como um determinado gene é transcrito; 
2. controlando o processamento de seus RNAs já transcritos; 
3. controlando a saída dos RNAs do núcleo para o citoplasma; 
4. controlando quais mRNAs, presentes no citoplasma, serão traduzidos; 
5. controlando a degradação dos mRNAs; 
6. controlando a atividade, a estrutura e a degradação de proteínas formadas ou em formação 
3. Que enzimas participam do remodelamento da cromatina? 
O remodelamento da cromatina é feito por modificações covalentes nas histonas que são feitas em 
vários sítios ao mesmo tempo. As enzimas envolvidas são as acetiltransferases, responsável pela 
desacetilação das histonas e as metiltransferases que são responsáveis pela metilação das histonas. 
4. Quais consequências médicas podemos observar com estes níveis alterados? 
Mutações epigenéticas. 
● Caso clínico: Cornelia de Lange (Coesinopatia) 
Causas genéticas são as mutações do gene do complexo de coesinas 
Esses genes apresentam dois tipos de 
herança: autossômica e ligada ao cromossomo X 
Consequência celular da síndrome: erros no controle de expressão genica em nível 
de estrutura da cromatina 
Alças de dna ficam estáveis pelo complexo de coesinas, mas quando tem a doença 
essa alça fica instável e se desfaz e isso prejudica a expressão dos genes que dependem desse 
mecanismo (se não tem a alça, a proteína não chega nos fatores de transcrição e não tem a 
transcrição). 
 
 
Aula 6 
1. Como a expressão é regulada após a transcrição e a síntese proteica? 
 
 
 
 
 
 
2. Quais consequências médicas podemos observar com estes níveis alterados? 
 
 
 
 
● Caso clínico: atrofia muscular espinhal (splicing alternativo) 
Atrofia muscular espinhal- autossômica recessiva 
Erros no processamento do rna no momento do splicing 
Deleção do exon 7 durante o splicing, e faz com que a proteína final não seja funcional 
Smn1 produz 100% dasproteínas funcionais, nessa doença não tem esse gene, então tem só o 
Smn2, que produz 10% das proteínas funcionais 
 
Aula 7 
1. Qual a importância do dobramento de proteínas? 
A importância do dobramento de proteínas se dá uma vez que se a proteína não for corretamente 
dobrada, ela não será funcional e logo, o gene não será expresso. Esse processo relaciona-se 
diretamente com as proteínas chaperonas em que: 
Chaperona 70 - ​atua durante a tradução, iniciando o processo de dobramento da proteína. 
Chaperona 60 - ​realiza a correção do dobramento após o término da tradução. 
Ainda assim, se a proteína não for corretamente dobrada, acionam-se as proteínas ​ubiquitinadas​, 
que ativará os proteossomos, que degradam de fato a proteína com erro. 
2. Quais as etapas finais da expressão gênica na síntese proteica? 
Dobramento e splicing. 
● Caso clínico: Doença de Alzheimer (estabilidade da proteína): ocorrerá uma mutação dos 
genes mieloides causando um mau dobramento dessas proteínas, ocorrendo a formação 
de placas senis, impedindo as sinapses. 
 
Aula 8 
1. Porque as células se dividem? 
A divisão celular serve como base para produzir células, substituir as células antigas e para a 
regeneração. 
2. Quais os Mecanismos moleculares responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento 
celular? 
 
 
 
 
 
 
3. Quais os eventos celulares e moleculares que preparam, controlam e realizam a divisão 
celular? 
 
 
 
 
 
 
4. Proteínas envolvidas no controle do ciclo celular 
As proteínas envolvidas no controle do ciclo celular são: 
CDKs -​ adicionam grupamento fosfato e estão presentes em todas as etapas do ciclo celular. 
Ciclinas -​ têm por função ativar as CDKs. 
G1CDK - ​fosforila e inativa a proteína Rb (ver função em questão 6). 
E2F - ​fator de transcrição que induz a transcrição de G1S ciclina e S ciclina. 
G1CDK ativa - ​começa a sair da fase G1 para a S, fosforilando e inativando a proteína Rb. 
G1SCDK e SCDK ativas ​- promovem a transcrição de genes que levam a síntese de DNA, sendo eles, 
genes que produzem RNA polimerase, primase e toda a maquinaria de replicação. 
MCDK - é formada durante a G2 e também no final da fase, porém é mantida em estado inativo uma 
vez que fosforila todas as proteínas responsáveis pela mitose. 
5. Função e regulação da p53, p21 e p27 
p53:​ fator de transcrição que ativa a transcrição da p21. Bloqueia CDKs que deveriam estar ativas. 
p21: ​inibe as CDKs diretamente em resposta aos danos do DNA. 
p27:​ bloqueia as CDKs ativas (G1S CDKs e SCCDK) 
6. Função e regulação da Rb. 
A proteína Rb tem como função inativar a proteína E2F durante toda a fase G1. 
 
● Caso clínico: Câncer – Vírus oncogênicos – HPV 
 
Aula 9 
1. Quais os principais mecanismos moleculares envolvidos na formação de células 
neoplásicas? 
 
 
 
 
 
 
2. Quais os genes e proteínas que desempenham função crucial no desenvolvimento de 
tumores? 
 
 
 
 
 
 
3. O que são genes supressores de tumor e oncogenes?

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