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Patologias do Tórax (3)

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Patologias do Tórax
Classificação das toracotomias
Simples
Unilaterais ou hemitorácicas – são as mais executadas na rotina
Medianas – esternotomias 
Transversais Bilaterais – cruza o tórax de um lado ao outro
Combinadas 
Toracoabdominais
Toracocervicais – punção no sentido cervical
Anatomia 
Os planos anatômicos seccionados na toracotomia são: pele, subcutâneo, musculatura em três planos: grande dorsal, serrato ventral e escaleno médio; e músculos intercostais. Se o acesso é intercostal, há uma limitação na visualização. 
Técnica operatória
Um acesso transcostal é definido como a retirada ou luxação de uma das costelas, ampliando o acesso. Chegando ao plano muscular, deve-se ressecar o periósteo para permitir o deslocamento caudal da costela. Um plano anatômico a mais é acessado nessa técnica: periósteo anterior, periósteo posterior e pleura parietal – aderida ao periósteo posterior. Para o fechamento: rafiar no sentido contrário do acesso. Um derrame pleural (ou sangue e outros fluidos) pode ocorrer com essa técnica operatória, então é sempre necessário realizar uma drenagem do tórax com a abertura da cavidade. Pode haver dificuldade em seccionar a costela na articulação costocondral – costuma estar mais calcificada em animais mais velhos. Um afastador autoestático é utilizado durante o acesso intercostal.
O silencio ventilatório é momento ideal para a rafia da cavidade torácica, pois evita perfurações. É obtida através de uma expiração forçada, sem movimento respiratório. Uma inspiração forçada com máxima expansão é necessária para ser feito o ultimo ponto de sutura na incisão – evita o acúmulo de ar na cavidade torácica.
Colocação de dreno
O dreno faz trajeto no subcutâneo antes de ser inserido no tórax, com 2 a 3 centímetros de distancia entre a incisão da pele com a incisão na musculatura torácica para evitar a entrada e ar na cavidade. Drenos ativos possuem ‘sanfonas’ produtoras de vácuo, que puxa o conteúdo liquido da cavidade torácica por conta da diferença de pressão, já os drenos passivos não puxam o liquido do tórax de forma ativa, eles agem por gravidade. A permanência do dreno é compatível com a extensão e complexidade do procedimento cirúrgico. Mais dorsal: presença de ar; mais ventral: presença de liquido. 
Indicações de toracotomia
Traumatismo na parede torácica – evitar amplitude respiratória. 
Ferimentos penetrantes – ao colocar soro dentro da cavidade, podemos observar o liquido drenando pelo orifício perfurante. 
Neoplasias da parede torácica, órgãos intrapleurais ou mediastino; 
Empiema; 
Quilotórax;
Hemotórax; 
Pneumotórax; 
Hérnia diafragmática; 
Torção de lobo pulmonar. 
Pneumotórax
Hipertensivo ou de tensão – acúmulo de ar fora dos pulmões, dentro da cavidade pleural que é capaz de comprimir o pulmão, que se torna incapaz de se expandir e colaba. Exemplo: taquipinéia com curta extensão, ruptura alveolar que leva ao extravazamento de ar inspirado para a cavidade pleural. Morte rápida.
Não hipertensivo ou sem tensão – tórax aberto, e por isso não há compressão pulmonar que impede sua expansão. O pulmão também colaba, mas de forma mais lenta.
Ruptura (hérnia) diafragmática
Uma hérnia possui: anel, saco e conteúdo. Rompimento do diafragma com extravazamento de conteúdo abdominal para a cavidade torácica. O pulmão perde capacidade expansiva e o animal apresenta desconforto, cianose que se agravada, leva a parada cardíaca. As causas incluem: ruptura no músculo, desinserção diafragmática.
Diagnostico: histórico de trauma, som maciço na ausculta, diminuição da amplitude respiratória. Teste do carrinho de mão: aumento do desconforto respiratório se houver hérnia e compressão pulmonar por vísceras abdominais. A correção cirúrgica pode ser por via abdominal ou por via torácica. A rafia pode ser feita por fio absorvível ou inabsorvível, com sutura continua ou interrompida. 
Lesões pulmonares
Cistos congênitos
Ferimentos penetrantes
Abscessos
Corpo estranho
Tumores primários e metastáticos
Torção de lobo pulmonar
Torção de lobo pulmonar
O mais frequentemente rotacionado é o lobo médio direito, por ser mais curto, estar mais solto e livre – forma de pedículo. O fio de sutura pode levar a abscessos, granulomas e outras reações.
Lesões no mediastino
Linfossarcoma
Carcinoma invasivo da tireoide
Timoma
Ferimentos penetrantes
Lesões no esôfago 
Ferimentos penetrantes
Corpo estranho
Divertículo
Megaesôfago
Lesões no coração e vasos
Anomalias vasculares
Ferimentos penetrantes
Complicações da toracotomia
Atelectasia
Falta de reexpansão pulmonar
Reexpansão pulmonar exagerada
Fistula brônquica – comum em ressecção de lobo pulmonar 
Pneumotórax
Empiema
Hemorragia
Abscesso de parede
Vícios mediastinicos – aderências que podem ocorrer após manipulação 
Deiscência de sutura
Aderências

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