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Educação Ambiental e mudança no clima para gestores - As cidades e a mudança do clima: desafios e oportunidades

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2 
Módulo 02 - As cidades e a mudança do clima: desafios e oportunidades 
 
Aula 01: As cidades no século XXI .................................................................................................................................................... 4 
Uma breve análise dos municípios brasileiros ............................................................................................................................. 5 
Aula 02: Articulação dos municípios ............................................................................................................................................... 7 
Gases de Efeito Estufa (GEE) nas cidades ....................................................................................................................................... 7 
Aula 03: Algumas iniciativas: plataformas e redes conhecimento ................................................................................ 10 
O engajamento das cidades brasileiras ........................................................................................................................................ 11 
Aula 04: Plano Diretor Ambiental (PDA) ..................................................................................................................................... 14 
Planos Setoriais ...................................................................................................................................................................................... 14 
O que é um Plano Diretor (PD)? ...................................................................................................................................................... 15 
O que tem em um Plano Diretor (PD)? ......................................................................................................................................... 15 
Plano Diretor Ambiental (PDA)......................................................................................................................................................... 16 
Aula 05: Gestão de risco: vulnerabilidades ................................................................................................................................ 18 
Vamos saber como prevenir e detectar os sinais ...................................................................................................................... 19 
Algumas dicas para se prevenir das chuvas nas áreas de risco ........................................................................................... 20 
Aula 06: Mobilidade ............................................................................................................................................................................... 22 
Transporte público de baixo carbono como o metrô ainda é incipiente no Brasil ...................................................... 24 
Aula 07: Resíduos Sólidos e Saneamento ................................................................................................................................... 26 
Tipos de Resíduos ................................................................................................................................................................................. 27 
Duas importantes leis que mitigam as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) ...................................................... 28 
 
 
 
3 
Olá! Que bom ter você aqui no Módulo 02 desta jornada. Agora que você já sabe um pouco sobre 
mudança do clima, vamos ver a importância das cidades nesse contexto. Serão sete aulas, as quais mostraremos 
os principais instrumentos existentes para uma gestão de baixo carbono. Alguns desses instrumentos já estão 
sendo implementados e você verá porque a contribuição de cada um é importante na descarbonização do 
território. 
 
Para tanto, estruturamos a aprendizagem da seguinte forma: 
 
Aula 01: As cidades no século XXI 
Aula 02: Articulação dos municípios 
Aula 03: Algumas iniciativas: plataformas e redes conhecimento 
Aula 04: Plano Diretor Ambiental (PDA) 
Aula 05: Gestão de risco: vulnerabilidades 
Aula 06: Mobilidade 
Aula 07: Resíduos Sólidos e Saneamento 
 
Muito bem! Agora já podemos dar início a primeira aula, do Módulo 02, As cidades no século XXI. 
 
Pronto(a) para começar? 
Boa aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Aula 01: As cidades no século XXI 
 
Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a América Latina e o Caribe (ALC) é a 
região em desenvolvimento que registrou a mais rápida urbanização no mundo. A população urbana passou de 
41% em 1950 para 80% em 2010. Ao mesmo tempo, a região mostra uma importante concentração de atividade 
econômica nas zonas urbanas. Atualmente, entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) regional é produzido 
nos centros urbanos. As cidades são sistemas complexos e interdependentes de vários setores, cuja dinâmica 
influencia a qualidade de vida de milhões de pessoas e boa parte da economia regional. 
 
 
 
Os centros urbanos são responsáveis pela maior parte das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) 
devido ao uso de combustíveis fósseis, tanto de forma direta (principalmente na indústria e no transporte 
urbano) quanto indireta (geração de eletricidade ou transporte de mercadorias). Os desequilíbrios ambientais, 
econômicos e sociais das cidades podem gerar barreiras intransponíveis para o desenvolvimento sustentável 
dos países, pois segundo levantamento realizado pelo BID, duas em cada três pessoas que vivem nas cidades 
latino-americanas estão em condições de pobreza. 
Apesar de gerar riquezas e oportunidades, o impacto das cidades sobre o meio ambiente e a alta 
vulnerabilidade das cidades latino-americanas em relação à mudança do clima, aos desastres naturais e às 
limitações financeiras nos obriga a refletir sobre o conceito de sustentabilidade no desenvolvimento urbano. 
Muitas cidades desenvolveram inventários e estabeleceram planos de ação climáticos e legislação 
específica. Os métodos padronizados para delimitar, calcular e reportar essas emissões são fundamentais para 
avaliar o desempenho das cidades ao longo do tempo e desenvolver planos de ação para uma economia de 
baixo carbono. 
A existência de diversas tipologias de cidades no Brasil requer a utilização de estratégias e métodos 
baseados em referências nacionais, locais ou próprias para políticas de mitigação e adaptação. As intervenções 
necessárias para isso passam necessariamente pela gestão de risco de desastres baseada no reconhecimento da 
vulnerabilidade socioambiental do município - que implica na expansão da mancha urbana em áreas de 
preservação ambiental e a gestão das águas e dos resíduos. 
 
 
Assista ao vídeo do Canal Futura que tem como título: O crescimento das cidades e a 
periferização. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=puIh8Hr8tX4. 
 
 
5 
 
 
Muito bem! Tendo ciência do impacto das cidades sobre o meio ambiente e a vulnerabilidade das 
cidades em relação à mudança do clima, vamos fazer uma análise dos municípios brasileiros neste próximo 
tópico. 
 
Uma breve análise dos municípios brasileiros 
 
É impossível implantar um padrão único de política pública de enfrentamento da mudança do clima no 
país. O Governo Federal emana as diretrizes gerais para orientar os estados e os municípios a elaborarem seus 
planos regionais e locais, por exemplo, o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA). 
Temos que considerar que as diversidades produtivas, sociais, culturais e espaciais (regionais, urbanas 
e rurais) com suas assimetrias e obstáculos se configuram como um desafio na promoção do desenvolvimentosustentável em um país continental como o nosso. Um dos aspectos que evidencia essas dissemelhanças é a 
quantidade de pequenos municípios existentes e sua relação com o tamanho do território que faz parte da sua 
administração. 
Na pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (MUNIC, 2013), vemos 
que 88,5% (4932 municípios) possuem população de até 50 mil habitantes como mostra o gráfico abaixo: 
 
Legenda: Distribuição dos municípios segundo faixa populacional em números absolutos. 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informações Básicas Municipais 
2013. 
 Metade da população mundial vive em cidades. 
 80% do PIB mundial é gerado nas cidades. 
 2/3 de energia do mundo é consumida pelas cidades. 
 
Fonte: CDP. 
 
 
6 
A pesquisa mostra também que 75% do total das prefeituras brasileiras não possuem corpo técnico 
suficiente para implementar políticas socioambientais, principalmente se for em um território de grandes 
dimensões como o caso das regiões Norte e Centro-Oeste. 
Quanto à distribuição territorial, 45% do território do Brasil contêm 8% do total dos munícipios (Região 
Norte) enquanto 11% do território abrigam 29% dos munícipios (Região Sudeste). Cerca de 60% dos municípios 
brasileiros estão localizados nas regiões Sudeste e Nordeste, regiões com atividade econômica, renda per capita 
e atuação políticos bastante diferenciados e 83% dos municípios com menos de 50 mil habitantes se concentram 
nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul (MUNIC, 2013). Vejamos o gráfico a seguir: 
 
Legenda: Relação entre a dimensão das regiões e a quantidade de municípios. 
Fonte: Gráfico adaptado do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de 
Informações Básicas Municipais 2013. 
 
Esses gráficos retratam que as diferenças das regiões em relação à faixa populacional, dimensão 
territorial, estrutura administrativa, acesso à comunicação e mobilidade são determinantes para implementar 
uma política de adaptação à mudança do clima. 
 
 
Caro(a) participante, vimos nessa Aula 01 que os centros urbanos são responsáveis pela maior parte 
das emissões de GEE e que há tipos de cidades que necessitam de estratégias diferentes para a redução da 
emissão de poluentes. Na Aula 02, falaremos sobre a Articulação dos Municípios quanto à emissão de poluentes 
e a sustentabilidade. 
 
Conheça melhor o Perfil dos Municípios Brasileiros – 2013. 
Acesse o link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
7 
Aula 02: Articulação dos municípios 
 
Na aula passada, fizemos uma breve análise dos municípios brasileiros para você entender que as 
políticas de mitigação e adaptação à mudança do clima devem ser diferenciadas e implementadas conforme o 
grau de vulnerabilidade socioambiental a que o município está exposto – tendo como base as diretrizes dos 
governos federal e estadual. 
Agora, na Aula 02, Articulação dos Municípios, vamos estudar o que os municípios brasileiros têm feito 
e o que podem fazer para promover uma gestão mais sustentável. 
 
Gases de Efeito Estufa (GEE) nas cidades 
 
As cidades são responsáveis por aproximadamente 70% das emissões relacionadas à energia, de acordo 
com o 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC/2014). A grande 
quantidade de emissões nessas áreas deve-se, não somente à energia necessária para abastecimento dos 
centros urbanos, mas porque se localizam ali a maioria das indústrias e mercados consumidores. 
Em 2014, prefeitos das maiores metrópoles do mundo renovaram durante a Cúpula do Clima, na sede 
da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, o compromisso de expandir os seus esforços para 
criar cidades resilientes, programas de eficiência energética e mecanismos de financiamento para combater a 
mudança climática, incluindo uma iniciativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa para 454 
megatoneladas até 2020. 
Conhecido como Pacto Global de Prefeitos (Compact of Mayors), o acordo é uma coalizão global de 
prefeitos e autoridades locais comprometidas com a ação climática. Foi resultado do comprometimento e 
engajamento de membros do Grupo C40 de Grandes Cidades para Liderança do Clima, da Organização Mundial 
de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) e da rede Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI) com apoio 
do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos - ONU Habitat. 
 
 
 
A rede C40, que teve grande destaque na Conferência das Partes (COP) – COP 21 – foi fundada em 2005 
pelos prefeitos de aproximadamente 20 das maiores e mais influentes cidades do mundo com o objetivo de 
combater os problemas relacionados à mudança do clima pela implementação de políticas e programas que 
gerem reduções mensuráveis em emissões de GEE e riscos relacionados ao clima. 
 Que alguns prefeitos brasileiros elaboraram uma carta pedindo recursos para combater as 
mudanças do clima? Se você quiser conhecer a carta dos prefeitos brasileiros acesse o link 
disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
 
8 
Outra rede importante é o ICLEI que fornece assistência técnica aos municípios promovendo a troca de 
experiências em plataformas virtuais, a formulação de projetos e pesquisas, organização de conferências e a 
elaboração de documentos de referência para ações. 
 
 
No Brasil, podemos citar a Rede de Secretários de Meio Ambiente - CB27 das 27 capitais brasileiras, e 
a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), que inclui Secretarias de Meio 
Ambiente e a Confederação Nacional dos Munícipios (CNM), como grandes articuladores para impulsionar a 
implementação da gestão urbana para enfrentamento da mudança do clima após a COP 21. 
Apesar disso, as abordagens sobre cidades e mudanças do clima no Brasil são incipientes. Não existem 
estudos sistemáticos para entender os impactos locais das mudanças ambientais globais nas cidades, com 
poucos exemplos na literatura nacional e, geralmente, restritos a grupos emergentes de pesquisa. 
Porém, um estudo realizado por Reis et al. (2015) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha 
e Mucuri (UFVJM) sobre a governança local e mudança do clima nas sedes das maiores Região Metropolitana da 
Baixada Santista (RMBS) (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, 
Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória) demonstrou que, em boa parte dos 
casos, os municípios sedes de RMs tratam as mudanças climáticas como algo secundário nas administrações 
públicas locais. 
Estamos vendo que os novos desafios ambientais contemporâneos exigem a superação do atraso 
funcional, técnico e financeiro das cidades brasileiras, a qual, a agenda ambiental local esteja alinhada às 
questões climáticas globais. A pesquisa investigou a existência de arranjos institucionais (comitê local, fóruns, 
entre outros), iniciativas de planejamento e gestão (inventários de emissões de gases estufa, planos de 
adaptação e mitigação, leis específicas municipais, associação a redes de conhecimento (destaque para o ICLEI) 
e concluiu que a adaptação das cidades às mudanças climáticas requerem ações no nível local. 
 
 
 
 
Até 2015, estavam integrados na rede do ICLEI, os governos estaduais de Minas Gerais, do 
Amazonas e de São Paulo e os seguintes municípios: Alta Floresta/MT, Apuí/SP, Bauru/SP, Belo 
Horizonte/MG, Betim/MG, Contagem/MG, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Guarulhos/SP, 
Itu/SP, Lucas do Rio Verde/MT, Manaus/AM, Mariana/MG, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santa 
Maria/RS, Santo André/SP, SãoCarlos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tailândia/PA e Volta 
Redonda/RJ. 
O que é uma Urban LEDS? Veja este vídeo produzido pelo ICLEI: 
https://www.youtube.com/watch?v=ExiqoiLmEt8. 
A sua cidade é sustentável? Reflita... 
 
 
 
9 
Apenas um grupo de cidades possuem legislações específicas sobre este assunto e estão longe de 
estarem amplamente disseminadas entre os municípios de porte médio e grande no Brasil (REIS et al. 2015). A 
criação de comitês ou fóruns locais dedicados a discutir e promover ações de mitigação e adaptação é uma 
possibilidade que pode ser instituída em todos os municípios independentemente de seu tamanho. 
Os comitês, geralmente, são capazes de integrar todas as partes interessadas da administração pública 
aos diversos atores locais e conseguem melhorar a interlocução da secretaria de meio ambiente com outras 
secretarias consideradas mais estratégicas dentro do município. Além disso, facilita a articulação com os fóruns 
estaduais para buscarem soluções compartilhadas entre diferentes níveis de governança. 
 
 
Caro(a) participante, chegamos ao final dessa aula e esperamos que você tenha refletido sobre a 
importância de se promover uma gestão mais sustentável nos municípios. Na Aula 03, que tem como título: 
Algumas iniciativas: plataformas e redes de conhecimento, falaremos sobre o planejamento urbano e territorial 
para o desenvolvimento socioambiental do município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REIS, D.S; SILVA, J.C; BRANT. T: Cidades e mudanças climáticas: planejamento urbano e 
governança local no Brasil. Artigo da Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Murici 
– UFVMJ, enviado à XV Enampur - Espaço, Planejamento e Insurgências, Belo Horizonte/MG, 
2015. Acesse o link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
MARTINS R., FERREIRA L.C. Uma revisão crítica sobre cidades e mudança climática: vinho velho 
em garrafa nova ou um novo paradigma de ação para a governança local? Acesse o link 
disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
 
10 
Aula 03: Algumas iniciativas: plataformas e redes conhecimento 
 
Na aula passada, vimos a existência de articulação de prefeitos para fortalecer e impulsionar políticas 
contra efeitos da mudança do clima. Na Aula 03, teremos como assunto: Algumas iniciativas: plataformas e 
redes conhecimento. Vamos falar da adesão de alguns municípios às iniciativas de algumas organizações na 
elaboração de metodologias e assistência técnica para mensurar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). 
Antes de entrarmos no conteúdo propriamente dito, que tal testar seu conhecimento sobre como 
preservar o meio ambiente por meio de um QUIZ? 
 
 
 
 
Nos últimos cinco anos, as abordagens sobre Cidades e mudanças do clima evoluíram ao redor do 
mundo, com o surgimento de iniciativas inovadoras na academia, no planejamento urbano e na gestão pública, 
tais como: financiamento de grandes instituições internacionais de estudos sobre cidades e mudanças do clima 
(Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento etc.); eventos das Organizações das Nações Unidas 
(UN-HABITAT, 2013), a incorporação definitiva do tema pelo IPCC no quinto relatório (IPCC, 2014) e o 
desenvolvimento de novas metodologias de regionalização de cenários climáticos. 
Em escala regional, o surgimento de novos arranjos institucionais tais como: a criação de comitês locais 
sobre mudanças do clima; novas legislações municipais que levam em consideração metas de mitigação e 
iniciativas de adaptação; o fortalecimento de redes de conhecimento intermunicipais (como ICLEI) entre outras, 
evidenciam a preocupação dos governos municipais em introduzir uma gestão de baixo carbono nos seus 
territórios (REIS et. al, 2015). 
Vejamos a seguir, algumas iniciativas que estimulam ações locais, incentivando a agenda de mitigação 
e adaptação às mudanças climáticas nos municípios. 
 
 
 
Uma cidade limpa é uma cidade com pessoas felizes e que produza baixa emissão de GEE. 
Vamos jogar? Clique no link abaixo: http://www.eupensomeioambiente.com.br/educacao-
ambiental/quiz-meio-ambiente/. 
 
 Quando surgiu sua cidade? 
 Quais os principais problemas identificados neste processo? 
 Quais arranjos e articulações políticas e sociais estão sendo realizadas para resolver o 
problema da urbanização? 
 
11 
O engajamento das cidades brasileiras 
 
Pacto de Prefeitos 
 
Em 2015 no evento Cúpula do Clima em Nova York foi criado o Pacto Global de Prefeitos, a maior 
iniciativa do mundo envolvendo cidades na luta contra as mudanças climáticas. Os Prefeitos signatários se 
comprometem a atuar para a mitigação e adaptação à mudança do clima, e reportar publicamente e de forma 
transparente sua evolução. O instrumento utilizado para avaliar emissões de GEE foi a plataforma Carbonn, que 
é o repositório central de informações da iniciativa e a pesquisa do CDP Cities. 
Com isso, cidades de todos os tamanhos podem compartilhar seus compromissos publicamente e 
reportar com consistência suas metas, atividades e impacto. Se comprometeram ao Pacto 23 munícipios 
brasileiros: Fortaleza, Natal, Jaboatão dos Guararapes, Aracaju, Salvador, Palmas, Cuiabá, Aparecida de Goiânia, 
Brasília, Curitiba, Londrina, Joinville, Florianópolis, Porto Alegre, Betim, Vitória, Rio de Janeiro, Campinas, 
Sorocaba, Rio Grande da Serra, Itu, Piracicaba, Maringá. 
 
Desafios das Cidades (WWF e ICLEI) 
 
Organizado pelo WWF Global em parceria com o ICLEI, a iniciativa dos Desafios das Cidades, reafirma 
pelo terceiro ano o seu valor como ferramenta para estimular ações locais, incentivando a agenda de mitigação 
e adaptação às mudanças do clima nos municípios. 
Na edição 2015/2016, nove municípios brasileiros formalizaram suas inscrições: Belo Horizonte, Betim, 
Campinas, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Sorocaba. As medidas rumo a uma 
economia de baixo carbono tomadas por cada cidade foram reportadas na plataforma de registro climático 
administrada pelo ICLEI ao lado do C40 e do CGLU - carbonn® (cCR). 
 
CPD Cities 
 
A Carbon Disclosure Program (CDP) é uma organização internacional com o maior e mais completo 
sistema global de divulgação ambiental realizado por meio de pesquisas. Uma das suas áreas é CDP Cities que 
faz uma pesquisa global que permite que os governos de cidades divulguem publicamente os seus dados sobre 
emissões de GEE, a análise de riscos das alterações climáticas, oportunidades e planos de adaptação. 
 
Metodologia ICIS – BID 
 
Trata-se de um programa de assistência técnica aos governos de cidades médias da ALC, cujo objetivo 
é elaborar um plano de ação que inclui a sustentabilidade ambiental, urbana, fiscal e a governança das cidades 
da região. A metodologia abrange três dimensões: 
 A primeira trata do meio ambiente e da mudança do clima e inclui temas como: água, esgotamento 
sanitário, energia, mitigação de gases de efeito estufa e outras áreas similares. 
 
 
12 
 A segunda é a de desenvolvimento urbano, que inclui temas como: o uso do solo, habitação, transporte 
e competitividade da economia. 
 A terceira dimensão se chama fiscal e governança, incluindo temas como: impostos, gastos e aspectos 
da gestão. 
 
As cidades são selecionadas de acordo com critérios como crescimento econômico acima da média 
nacional, população entre 100 mil e 2 milhões de habitantes, além do potencial de integração regional. O Termo 
de Compromisso no âmbito do ICES foi firmado entre a CAIXA e o BID em 2013, como consequência da parceria 
iniciada entre as duas instituições durante a Conferência Rio+20. Até o momento cinco cidades estãodesenvolvendo a metodologia: Goiânia, João Pessoa, Vitória, Florianópolis e Palmas. 
Na tabela a seguir, mostraremos os municípios que se comprometeram, em 2016, ao Pacto dos 
Prefeitos, que aderiram ao Programa Desafio das Cidades e estão utilizando a metodologia do ICES e 
responderam à pesquisa do CPD Cities. As cidades inseridas no campo com cor mais escura são aquelas que 
aderiram a mais de uma iniciativa. 
 
Legenda: Relação das cidades brasileiras mais engajadas no enfrentamento à mudança do clima, iniciativa do Pacto dos 
Prefeitos, ICLEI, WWF, CPD e Desafios das Cidades, 2016. 
Fonte: o conteudista. 
 
13 
 
 
Muito bem! Chegamos ao final dessa aula e vimos o quão importante são essas inciativas e programas 
para o meio ambiente. Já na próxima aula, Aula 04, falaremos do Plano Diretor Ambiental (PDA). Veremos alguns 
instrumentos de planejamento urbano e territorial para o desenvolvimento socioambiental do município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Guia metodológico: Iniciativa Cidades 
Emergentes e Sustentáveis, 2014. Acesse o link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
CPD CITIES. Guia de Orientação às cidades respondentes, 2015. Acesse o link disponível no curso 
digital, dentro da Plataforma. 
ICLEI. Compacto de Prefeitos: definição de conformidade. Acesse o link disponível no curso 
digital, dentro da Plataforma. 
 
 
14 
Aula 04: Plano Diretor Ambiental (PDA) 
 
Antes de iniciarmos nossa quarta aula, retomaremos a aula passada. Lá, nós falamos da participação de 
algumas cidades às iniciativas de algumas organizações na preparação de metodologias e assistência técnica 
para calcular emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). 
Já na Aula 04, falaremos do Plano Diretor Ambiental (PDA). Bom, além das legislações, comitês, 
capacitações, temos também vários instrumentos de planejamento urbano e territorial para o desenvolvimento 
socioambiental do município. Quando implementado de forma eficiente, por si só já são eficazes para mitigar e 
adaptar o município contra os efeitos da mudança do clima, por exemplo, o PDA que vamos mostrar nesta aula. 
 
 
 
Planos Setoriais 
 
No âmbito do meio ambiente urbano, os principais instrumentos de planejamento ambiental são o 
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o Plano Diretor Municipal, o Plano de Bacia Hidrográfica, o Plano 
Diretor Ambiental Municipal, a Agenda 21 Local, e o Plano de Gestão Integrada da Orla. No entanto, todos os 
planos setoriais ligados à qualidade de vida no processo de urbanização, como saneamento básico, moradia, 
transporte e mobilidade, também constituem instrumentos de planejamento ambiental (MMA, [2017]). 
 
 
 “A vida de uma cidade deve-se, normalmente, à presença de um rio nas proximidades; a morte 
de um rio deve-se, principalmente, ao fato de existir uma cidade nas imediações”. 
(Paulo Cesar Paschoalini) 
 
Legenda: Vista aérea de Parnaíba/PI. 
Foto: Morais Brito. 
 
15 
O que é um Plano Diretor (PD)? 
 
O Plano Diretor (PD) é um instrumento da política urbana, previsto pelo Estatuto da Cidade (EC) exigido 
para cidades com mais de vinte mil habitantes. Deve ser aprovado pela Câmara Municipal tornando-se uma lei 
municipal onde fixa critérios jurídico-urbanísticos para a ocupação racional do solo e proteção ambiental. O PD 
estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base das decisões dos atores envolvidos no 
processo de desenvolvimento urbano. 
Como precisam ser discutidos democraticamente e consensuados pelos munícipes, é normal a 
existência de objetivos conflitantes, mas o processo de negociação deve ter como finalidade, o interesse público 
das decisões, ou seja, onde o bem-estar atinja a maior parcela da sociedade. 
O EC determinou que a lei que institui o PD deve ser revista, pelo menos, a cada dez anos e o Prefeito 
que não cumprir a determinação legal incorre em improbidade administrativa. É importante que os prefeitos 
eleitos em 2016 atentem a esses prazos e na revisão, procurem inserir propostas de mitigação e adaptação à 
mudança do clima. 
Os problemas mais comuns encontrados nos Planos Diretores são: baixa aplicabilidade direta onde há 
uma dependência constante à legislação complementar; pouco rebatimento territorial com diretrizes genéricas 
que são desvinculadas do território (zoneamento); incompatibilidade com o Plano Plurianual (PPA) e com os 
orçamentos municipais que, muitas vezes, não avança na definição de investimentos prioritários/estratégicos. 
 
O que tem em um Plano Diretor (PD)? 
 
A grosso modo, um Plano Diretor (PD) deve conter: 
 A) Definição de princípios e/ou diretrizes; 
 
 B) Definição de objetivos gerais; 
 
 C) Definição de objetivos setoriais – cujos conteúdos obrigatórios são: 
 Plano de Transporte Urbano: integrado para cidades com mais de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes; 
 Plano de Mobilidade Urbana: para cidades acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e 
em todos os demais obrigados (até Jan/2015). 
 
 D) Definição de parâmetros de ordenamento territorial: 
 Macrozoneamento: fixa as regras fundamentais de ordenamento do território; 
 Zoneamento: institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada uma das 
Zonas em que se subdividem as Macrozonas; 
 
 
16 
 Definição de Zonas Especiais: áreas do território que exigem tratamento especial na 
definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo se ao 
zoneamento. 
 E) Definição de parâmetros para o uso, a ocupação e o parcelamento do solo para cada zona (residencial, 
comercial, misto, industrial, institucional etc.) e definição de parâmetros urbanísticos de ocupação do 
solo: coeficiente de aproveitamento (básico e máximo), taxa de ocupação, taxa de permeabilidade do 
solo, recuo e gabarito etc; 
 
 F) Definição e regulamentação de instrumentos da política urbana; 
 
 G) Definição e regulamentação de instrumentos de gestão da política urbana: 
 Conselho Municipal das Cidades ou de Desenvolvimento Urbano; 
 Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano; 
 Sistemas de Monitoramento (indicadores, controle da ocupação do solo). 
 
 H) Definição de investimentos estratégicos: listagem dos principais investimentos previstos para o 
cumprimento dos objetivos e diretrizes do plano; 
 
 I) Anexos: mapas, fotos aéreas, tabelas, descrição dos perímetros das zonas, listagem de logradouros, 
entre outros (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2013). 
 
Plano Diretor Ambiental (PDA) 
 
O Plano Diretor Ambiental (PDA) conjuga ações de mitigação e adaptação à mudança do clima e pode 
ser acoplado ou não ao PD. Por exemplo, em 2012, o município de Sorocaba fez a revisão de seu Plano Diretor 
Ambiental. Como o próprio nome diz, trata-se do desenvolvimento sustentável do município que além de incluir 
os pilares da sustentabilidade socioambiental, serve de ferramenta de gestão para equilibrar receitas, gastos e 
direcionar investimentos públicos e privados. 
O PDA de Sorocaba procurou compartilhar os planos setoriais como: saneamento, sistema de 
abastecimento de água, desenvolvimento físico-territorial bem como ações resultantes da adesão ao programa 
do governo estadual de incentivo e apoio à gestão ambiental dos munícipios paulistas – Programa Município 
Verde Azul com os planos de arborização, recuperação de mata ciliar, plano cicloviário entre outros. 
 
 
 
 Sobre a revisão do PD, vamos pensar na adaptação da cidade aos efeitos da mudança do 
clima? 
 
17 
 
 
 
 
 
 
Muito bem!Nesta aula, vimos as características do PD Ambiental e a sua importância na gestão 
municipal. Na Aula 05, Gestão de risco: vulnerabilidades, apresentaremos as características e vulnerabilidades 
de uma gestão de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura de Sorocaba. Plano Diretor Ambiental. Acesse o link disponível no curso digital, 
dentro da Plataforma. 
Ministério das Cidades - Planejamento Urbano. Workshop de Financiamento de Municípios - Rio 
de Janeiro, 2013. Acesse o link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
 
18 
 
 
 
Aula 05: Gestão de risco: vulnerabilidades 
 
Na aula passada, vimos que o Plano Diretor (PD) é um instrumento obrigatório para o ordenamento 
territorial e geração de receitas dos munícipios, mas o Plano Diretor Ambiental (PDA) agrega além dos objetivos 
e funções intrínsecas do PD, a variável ambiental que contribui para uma gestão de baixo carbono. 
Agora, na Aula 05, Gestão de risco: vulnerabilidades, vamos ver alguns exemplos de como as cidades 
podem se proteger dos efeitos devastadores de eventos climáticos extremos. 
 
 
Já vimos que o Brasil possui uma diversidade de configurações urbanas, que além de refletir patamares 
heterogêneos de inclusão social e econômica, também respondem de forma diferente às vulnerabilidades 
climáticas. O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), no seu eixo de cidades, apresentou uma 
síntese das principais vulnerabilidades dos municípios brasileiros que servem para traçar as diretrizes de 
adaptação no contexto da mudança do clima cabendo aos gestores municipais e ao setor privado o 
protagonismo em escala local. 
 
“Um homem caminha cabisbaixo e só: perdeu o que não tinha”. 
(Eugénia Tabosa) 
 
Legenda: Corte irregular de terreno provoca deslizamento de terra no bairro Bethânia, em Ipatinga/MG. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipatinga. 
 
19 
 
 
 
Quais as características dos municípios brasileiros quanto aos aspectos demográficos e de riscos 
urbanos? Veja a tabela a seguir: 
 
Tabela: Aspectos demográficos e de riscos urbanos dos municípios do Brasil. 
Fonte: Fonte: adaptado do PNA – população baseada na Munic (2013). 
 
Um dos instrumentos utilizados para prevenção de ocupação em área de risco é o mapeamento. Em 
São Paulo o Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT) contratado pela prefeitura fez um mapeamento das áreas 
de risco onde identificou 407 áreas de encostas e margens de córrego sujeitas a escorregamentos e a processos 
de solapamento de margens, o que corresponde a 0,9% da área total do município – lugares que não podem 
ser ocupados em nenhuma hipótese. 
 
Vamos saber como prevenir e detectar os sinais 
 
A capacidade adaptativa do município está relacionada com a variável populacional e com os aspectos 
de governança e de gestão democrática, ou seja, os governos lidam de forma diferente em função da 
infraestrutura e serviços públicos essenciais para o bem-estar da população. A coordenação institucional dentro 
do município deve ser realizada com diferentes níveis do governo de maneira integrada. Uma estratégia de 
mudança do clima ou de proteção civil não pode se desenvolver simplesmente dentro da secretaria de meio 
ambiente da prefeitura. 
 
 
20 
Para financiar as intervenções de adaptação (seja baseado nos serviços ecossistêmicos ou obras de 
infraestrutura) existem fundos especificamente dedicados à mudança do clima, por exemplo, o Fundo Nacional 
sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). Geralmente, os recursos tanto da prefeitura quanto do governo federal, 
não são suficientes para cobrir todas os gastos das intervenções. 
O objetivo de uma gestão ambiental eficaz é implementar medidas que trazem benefícios para reduzir 
emissões de GEE ou aumentar a resiliência da cidade. Uma ação possível e viável a qualquer município é a 
recuperação de áreas verdes urbanas que servem como sumidouros de CO2, para drenar águas pluviais, 
prevenção de deslizamentos de terra e ainda cumpre a função de lazer da população. 
 
 
 
Algumas dicas para se prevenir das chuvas nas áreas de risco 
 
Veja algumas iniciativas simples de executar para evitar problemas nos períodos das chuvas 
(MAPEAMENTO... ([2017], on-line): 
 Evitar os cortes verticais do talude (terra); 
 Evitar a plantação de bananeiras, que é uma planta que aumenta a quantidade de água no solo, dando 
preferência às plantas mais leves e de raízes profundas, como o bambu; 
 Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas de lobo; 
 Construir calhas nos telhados, conservando-os limpos; 
 Construir canaletas no chão para direcionar a água; 
 Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas etc.; 
 Aterrar buracos que acumulam água; 
 Reforçar muros e paredes mal construídos; 
 Providenciar a poda ou corte de árvores com risco de queda; 
 Incentivar a criação de mecanismos de alertas e cooperação entre os moradores de locais de risco para 
acionar a Defesa Civil; 
 Não construir moradias às margens de cursos d’água, sobre aterros ou próximos de brejos; 
 Construir a casa sempre em nível mais elevado que o curso d’água mais próximo; 
 Observar se as árvores estão ficando inclinadas, se há trincas novas nas paredes das casas ou no chão e 
se há movimentação do terreno; 
Vídeo educativo sobre deslizamentos de terra - Poli / UFRJ. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=K9i3JyXocgI. 
 
Vídeo educativo sobre deslizamentos e defesa civil – IPT-SP. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=bhKWHx08jFA. 
 
 
21 
 Observar se a água da chuva está barrenta e contendo plantas e troncos, pois poderá ser um sinal de 
inundação. 
 
 
 
 
 
Muito bem! Chegamos ao final desta aula e vimos até aqui as características dos municípios brasileiros 
quanto aos aspectos demográficos e de riscos urbanos e algumas dicas para se prevenir das chuvas nas áreas 
de risco. Na Aula 06, trataremos sobre Mobilidade, mais precisamente a mobilidade urbana e a emissão de CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério da Integração Nacional. Projeto Mapeamento: Dados e Análise da Vulnerabilidade a 
Desastres Naturais para Elaboração de Mapas de Risco e Apresentação de Proposta de 
Intervenções para Prevenção de Desastres. Acesse ao site: http://www.mi.gov.br/projeto-
mapeamento. 
Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Gestão de Desastres e Ações de 
Recuperação. CEPED UFSC, 2014. Acesse o link disponível no curso digital, dentro da 
Plataforma. 
ONU. Como construir cidades mais resilientes: um Guia para Gestores Públicos Locais, 2012. 
Acesse o link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
 
22 
 
 
 
 
 
Aula 06: Mobilidade 
 
Na aula passada, vimos que as vulnerabilidades dos municípios demandam uma gestão integrada, 
principalmente de zoneamento, plano de drenagem, plano de saneamento, entre outras. Vimos também que as 
cidades são sistemas complexos, crescem de maneira descontrolada onde a falta de planejamento gera efeitos 
negativos como o surgimento ou crescimento de bairros desprovidos de infraestrutura e assentamentos 
precários instalados em áreas de risco ou de preservação ambiental. 
E também, mostramos que a ausência ou deficiência de serviços urbanos e sociais gera pobreza tanto 
nas cidades isoladas quanto nas regiões metropolitanas. Por outro lado, mostramos algumas ações para conter 
os efeitos adversos dos eventos extremos. 
Nesta aula que tem como assunto: Mobilidade. Abordaremos a mobilidade urbana e as características 
quea tangem em relação a sustentabilidade. Em função dos acordos da COP 15 (2009), o Brasil começou a 
elaborar vários planos setoriais de mitigação e adaptação à mudança do clima. Já foram realizados planos dos 
seguintes setores: indústria; mineração; transporte e mobilidade urbana e saúde. 
 
 
 
 
Vamos abordar então sobre a mobilidade urbana, por ser um grande emissor de CO2 decorrente do 
excesso de carros e da falta de infraestrutura de transporte público que suporte o crescimento demográfico e o 
espraiamento das cidades. A opção pelo automóvel - que parecia ser a resposta eficiente do século XX à 
necessidade de circulação - levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos 
 
 Entre os Censos de 2000 e 2010, a população brasileira aumentou 20,9 milhões (12,3%), 
enquanto a frota no país cresceu 41,8 milhões (122%) entre 2002 e 2012. Isto significa que 
circulam nas ruas dois novos veículos para cada bebê nascido (MOTTA, 2013). 
 
 Este curta mostra, de forma simbólica, o que acontece quando um sujeito tenta 
atravessar uma rua: A Ilha (2008) Brasil [Animação] Curta Metragem. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=7C3Ug43Xzaw. 
 
23 
problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público. No Brasil, a frota de 
automóveis e motocicletas teve crescimento de até 400% nos últimos dez anos. 
Para se ter uma ideia, do total de viagens realizadas no país, cerca de 35% não são motorizadas, ou 
seja, são feitas a pé ou de bicicleta. Os pedestres e ciclistas sofrem com a ausência de políticas públicas nestas 
áreas. No entanto, nas cidades com mais de um milhão de habitantes, o transporte público é responsável por 
uma parcela maior do deslocamento, entre 36 a 40% onde as viagens são mais demoradas. Mas infelizmente é 
no transporte público que as viagens são mais demoradas – pois não há mais espaço. 
Sabemos que a facilidade de acesso ao crédito, juros baixos e redução de Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) dos automóveis vem aumentando o número de veículos nas ruas. Esse fenômeno se repete 
não apenas em grandes cidades, mas nas médias e pequenas. O carro é um dos sonhos do brasileiro e como 
consequência a sociedade acaba enfrentando enormes dificuldades de locomoção. 
Segundo o Instituto Avante Brasil (IAB), o inventário de emissões veiculares no estado do Rio de Janeiro 
fez uma série histórica das emissões e concluiu que os automóveis emitiram, em 2002, 23.798.082 toneladas de 
dióxido de carbono (CO2) em 2012, houve um aumento de 86,1%, chegando a 44.286.294 toneladas de CO2. Só 
em 10 anos! Em São Paulo, a emissão de CO2 dos carros corresponde a quase 60% do total de veículos, conforme 
gráfico abaixo: 
 
Legenda: Contribuição das categorias de veículos na emissão de CO2 no estado de São Paulo em 2014. 
Fonte: Fonte: CETESB - Emissões veiculares no estado de São Paulo 2014 . 
 
Estamos mostrando para você, com alguns exemplos, que a questão da mobilidade urbana é muito 
séria e precisa de políticas radicais para diminuir emissões de GEE, além de proporcionar maior mobilidade das 
pessoas. Existe uma lei sobre este assunto. Em janeiro de 2012 foi promulgada a Lei nº 12.587, que instituiu a 
Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). A lei em seu artigo 24 definiu o Plano de Mobilidade Urbana 
como o instrumento e efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e os municípios com população 
superior a 20 mil habitantes devem elaborar seus planos no prazo de três anos (até 2015). 
 
 
 
24 
 
 
A implantação pelos Municípios dos princípios, diretrizes e objetivos da PNMU nas suas políticas locais 
de mobilidade urbana representa uma excelente oportunidade de se promover os objetivos da Política Nacional 
sobre Mudança do Clima, ao se combinar os instrumentos de promoção da acessibilidade à cidade com objetivos 
de redução do consumo de energia, emissão de GEE e locais. Neste plano foi incorporada nova medida, 
relacionada ao apoio aos municípios e fomento para elaboração dos planos de mobilidade urbana. 
 
 
 
Transporte público de baixo carbono como o metrô ainda é incipiente no Brasil 
 
O metrô é um transporte presente em apenas 20 cidades do Brasil (0,3%), conforme dados da pesquisa 
IBGE/Munic (2012). Já o transporte coletivo via barco está presente em 641 dos municípios (11,5%). Na região 
Norte, 55,2% das cidades têm este tipo de serviço. O metrô é encontrado só nas cidades com mais de 50 mil 
habitantes – sendo que 26,3% das cidades com mais de 500 mil habitantes têm esse tipo de transporte. 
 
Veja abaixo o percentual de meios de transporte no Brasil: 
 
 Leia mais sobre a Lei nº 12.587 que fala das diretrizes da Política Nacional de Mobilidade 
Urbana. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12587.htm. 
 
 Sobre o Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob). Acesse o link disponível no 
curso digital, dentro da Plataforma. 
 
25 
 
Legenda: Os meios de transporte do Brasil. 
Fonte: IBGE/ Munic-2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A integração entre o transporte coletivo e as bicicletas propõe uma nova atitude frente aos rumos do 
trânsito nas cidades e envolve um desafio social e ambiental, que só poderá ser superado mediante a 
sensibilização do Poder Público e da própria sociedade quanto à importância de se priorizar o desempenho dos 
sistemas de transporte público, de maneira a propiciar alternativas de qualidade para toda a população. 
 
 Caro(a)s Gestore(a)s por que não priorizar o transporte público e as bicicletas? 
 
Assista ao vídeo: O que é mobilidade urbana sustentável? Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=CX6Krvv7ss8. 
 
 
 
26 
 
 
 
 
Muito bem! Chegamos ao final desta aula e conhecemos alguns dados sobre a mobilidade urbana em 
relação a emissão de CO2 e mobilidade sustentável. Já na Aula 07, Resíduos Sólidos e Saneamento, abordaremos 
algumas políticas municipais essenciais para estabilizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). 
 
 
 
Aula 07: Resíduos Sólidos e Saneamento 
 
Na aula passada, falamos sobre mobilidade urbana – os problemas e desafios para implementar um 
transporte de baixo carbono. Agora, na Aula 07, falaremos de mais duas políticas municipais essenciais para 
estabilizar as emissões de GEE. 
 Ministérios dos Transportes e das Cidades. Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade 
Urbana para Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima (PSTM), 2012. Acesse o link 
disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
Ministério das Cidades. Sete passos: como construir um plano de Mobilidade Urbana. Acesse o 
link disponível no curso digital, dentro da Plataforma. 
 
 Conheça o Plano de Mobilidade Urbana do município de Santos/SP. Disponível em: 
http://www.santos.sp.gov.br/mobilidade/#oquee. 
 
 
27 
 
A preocupação com os resíduos vem sendo discutida há algumas décadas nas esferas nacional e 
internacional. Enquanto o setor de resíduos representa a menor parcela de contribuição de emissões com 
relação aos demais setores (mudança de uso da terra, energia, agropecuária e processos industriais), cerca de 
3,7% do total verificado em 2014 possui grande impacto na atmosfera, devido à geração de gases com maior 
potencial de aquecimento global, como o Metano (CH4), 21 vezes mais potente que o Dióxido de carbono (CO2), 
e o Óxido Nitroso (N2O), 310 vezes mais potente. 
 
Tipos de Resíduos 
 
 Domiciliar: originado nas atividades diárias das residências, constituído por restos de alimentos, 
produtos deteriorados, jornais e revistas,embalagens, papel higiênico, fraldas descartáveis e diversos 
outros itens. 
 Dos serviços de saúde hospitalar: são resíduos sépticos constituídos basicamente de agulhas, seringas, 
gazes, bandagens, algodões órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, 
luvas descartáveis, remédios, filmes de raio X etc. Os resíduos assépticos desses locais, desde que 
coletados segregadamente e que não entrem em contato direto com pacientes ou resíduos sépticos, são 
semelhantes aos domiciliares. 
 Industrial: é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou 
ácidos, fibras, metais, escórias etc. 
 Comercial: originado nos estabelecimentos comerciais e de serviços, constituído de grande quantidade 
de papel, plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio de funcionários. 
“Nem toda mudança é crescimento; nem todo movimento é para frente”. 
(Ellen Glasgow) 
 
Legenda: Ruas da Estrutural, a dez quilômetros do centro de Brasília. 
Crédito: Wikipedia/Valter Campanato/ABr. 
 
 
28 
 Agrícola: originados nas atividades agrícolas e da pecuária, incluem embalagens de fertilizantes e 
defensivos agrícolas, rações, restos de colheita, excremento de animais etc. 
 Público: originado dos serviços de limpeza pública urbana e de áreas de feiras livres. 
 Entulho: resíduo da construção civil, composto por materiais de demolições, restos de obras, solos de 
escavações etc. 
 
As emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes do setor de resíduos sólidos continuam sua 
trajetória de crescimento no Brasil e atingiram, em 2014, seu maior número absoluto nos últimos 44 anos, 
segundo as estimativas divulgadas pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG). 
Foram lançadas 68,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera em 2014, o que representa um 
crescimento de 80% entre 2000 e 2014 e de 500% desde 1970 (OBSERVATÓRIO DO CLIMA, [2017], on-line). 
No entanto, o tratamento e disposição de resíduos podem ter tanto impactos climáticos positivos como 
negativos, por exemplo: as emissões de metano de aterros representam a maior fonte de emissões de GEE no 
setor dos resíduos, mas podem ser transformados em energia. 
O aterro continua a ser o método de destinação de resíduos predominante na maioria das partes do 
mundo, e como a gestão do aterro melhora nos países em desenvolvimento as emissões de metano estão 
previstas para aumentar. A captura de Landfill Gas (LFG) – geração de biogás em aterro sanitário –, já é uma 
reconhecida fonte energética renovável e pode reduzir consideravelmente as emissões de metano. Por outro 
lado, quando reciclamos os resíduos, reduzimos as emissões e o desperdício de energia industrial, além de 
diminuir a quantidade de resíduos levados para os aterros. 
 
Duas importantes leis que mitigam as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) 
 
A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), após 20 anos de discussões no Congresso 
Nacional, marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes federados – União, 
Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral - na busca de soluções para os problemas na 
gestão resíduos sólidos que comprometem a qualidade de vida dos brasileiros. 
 
 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) obriga o município a elaborar o Plano Municipal 
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), como condição necessária para ter acesso aos recursos da 
União, destinados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. 
Vamos ver este vídeo? 
Resíduos Sólidos - Coleta Seletiva - Logística Reversa. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=jYFQGF4dMrs. 
 
 
29 
A gestão de resíduos sólidos é uma ferramenta poderosa para reduzir as emissões de GEE no Brasil e 
no mundo, onde a responsabilidade compartilhada é fundamental para as mudanças necessárias no modo como 
fazemos as coisas hoje, seja do ponto de vista de produtos seja de serviços. 
O PGIRS pode estar inserido no Plano de Saneamento Básico com a publicação da Lei nº 11.445/2007, 
a Lei de Saneamento Básico, todas as prefeituras têm obrigação de elaborar seu Plano Municipal de Saneamento 
Básico (PMSB). Tal como PGIRS, sem o PMSB, a Prefeitura não poderá receber recursos federais para projetos de 
saneamento básico. O Plano compõe um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relativo 
aos processos de: 
 Abastecimento de água potável; 
 Esgotamento sanitário; 
 Manejo de resíduos sólidos; 
 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 
 
 
 
Você percebeu que os dois planos têm objetivos comuns para diminuir a emissão de GEE e podem ser 
implementados conjuntamente num documento único respeitando o conteúdo mínimo definido em ambos. Os 
municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para gestão dos resíduos sólidos estão 
dispensados da elaboração do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, desde que, o plano 
intermunicipal atenda ao conteúdo mínimo previsto no art. 19 da Lei nº 12.305/2010. 
Em 2015, o Ministério do Meio Ambiente fez um levantamento de quantos municípios já haviam feito 
o PGIRS. Apenas 41% do total dos municípios afirmaram ter elaborado o plano. Desse universo, 40% ainda tem 
lixão e isto atinge mais de 90% dos municípios de até 50 mil habitantes. Vemos que após 5 anos da aprovação 
do PNRS, menos da metade dos municípios conseguiram fazer “sua lição de casa”. 
 
 
 
 
 
 Para saber mais sobre Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – 
CREAMG,2014, vamos ver mais um vídeo disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=RnW4ed0fr3w. 
 
 Na Muni (2013), apenas 6% dos municípios brasileiros afirmaram implementar Educação 
Ambiental para Resíduos Sólidos com o PGIR associado ao Plano de Saneamento. 
 
 
30 
 
 
Muito bem caro(a) participante! Chegamos ao final deste módulo e esperamos que esta jornada esteja 
lhe proporcionando conhecimento e grandes reflexões em relação a importância de uma gestão de baixo 
carbono. Vimos nesta última aula, se consequências da emissão do metano pelos lixôes e como os municípios 
do nosso país vêm se “comportando” em relação às leis. Abordamos brevemente sobre as opções de transformar 
as emissões em energia e o Plano de Saneamento Básico. 
No Módulo 03, estudaremos sobre as regiões do Brasil e os efeitos da mudança do clima em cada uma 
delas. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quiz com curiosidades e perguntas de conhecimentos básicos sobre reciclagem. Disponível 
em: https://rachacuca.com.br/quiz/67283/reciclagem-i/.

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