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caderno processo do trab I

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Aula 1
A justiça do trabalho tem a seguinte formação  
Varas trabalhistas 
TRT's 
TST 
 
O STF não é órgão da jurisdição trabalhista, mas naturalmente pode chegar até ele. A justiça do trabalho era originalmente colegiada no 1o grau, não havia um único juiz togado julgando no 1o grau. Havia um juiz togado e dois classistas. A representação classista era formanda pelo juiz concursado ao centro, um representante patronal e um dos trabalhadores. Os três, juntos, formavam a junta. Foi extinta a representação classista por EC. Desde 1998 é um julgamento monocrático. Nos tribunais que continuam colegiados, não há mais a representação classista.  
Presidente da junta = juiz da vara.  
 
Todos os processos nascem no 1o grau?  
Processos de competência de foro especial por prerrogativa de função. 
Mandado de segurança (possui sessão específica para julgar mandado de segurança) 
Ações rescisórias  
Dissídios coletivos 
 
Localidade que não tem vara do trabalho, o que acontece? 
Em geral, o juízo cível abarca a competência trabalhista. Pode também acontecer de uma vara de outra comarca assuma o processo trabalhista.  
Começando em vara da justiça comum, ele seguirá na justiça comum até terminar? Ainda quando nasce em 1o grau na justiça comum, em recurso ordinário será direcionado ao TRT que abrange aquela comarca. 
No Rio de Janeiro, é 1a região.  
 
Qual o número mínimo de quórum para julgar em nível recursal (ou originário em 2o grau). 
Três (no mínimo). 
 
O que é julgado na justiça do trabalho? 
Ações oriundas das relações de trabalho. 
O que é a relação de trabalho? Serviço prestado com ou sem característica de emprego.  
Só pode estar no polo autor de ação de trabalho pessoa FÍSICA. Não existe pessoa jurídica que preste um trabalho. Relação entre duas PJs não será julgado na justiça do trabalho. Pejotização da PF. Quem presta o serviço é uma PF, mas se faz de PJ para ou não ter a carteira assinada, ou o contratante não quer dar os direitos trabalhistas. Muitos profissionais podem ser coagidos a montar pessoa jurídica. Em outros casos não, são feitos para benefício próprio (emissão de nota fiscal). O posicionamento atual é de que se não houve coação para formação de PJ, se houver interesse para ganho fiscal, os juízes não consideram mais. Se houver de fato o vínculo do art. 3o, dá-se os direitos, mas também se recalculam os impostos. O imposto também foi errado e se paga como empregado, além de receber o fundo de garantia. Se o juiz percebe que realmente houve coação, é diferente. A data de abertura da PJ é muito importante nesses processos.  
Obs: nesse caso, quem abre a ação trabalhista será a PF. NUNCA a PJ.  (Fraude de PJ). 
Processo de servidor estatutário concursado não é julgado no direito trabalhista.  
Art. 114 - CF 
 
O Tribunal do RJ diz que não é necessário ir ao bem do sócio do devedor principal antes de passar para o devedor subsidiário.  
Se a terceirização for ilícita, e se busque apenas o vínculo com o tomador, nesta hipótese, há uma corrente que entende que essa ação pode ser ajuizada diretamente contra o tomador, sem sequer se ter a empresa prestadora de serviço (re). 
Tomador 
/                               \ 
Empregado              ---                Prestador 
 
Que tipo de ações envolvem o exercício do direito de greve? 
Problemas trabalhistas típicos; 
 
Que outros problemas podem decorrer do direito de greve? 
Movimentos agressivos 
Abusos de greve 
Todas essas ações são de competência do direito trabalhista.  
 
III - as ações sobre representação sindical - brigas sindicais gerais (sindicato x sindicato / sindicato x empresa / sindicato x trabalhador) são julgadas no processo trabalhistas. 
 
Entre sindicatos: briga pela defesa de determinada categoria 
Exceção de duas PJs no direito trabalhistas - não discutem relação empregatícia.  
HC trabalhista - não é o mesmo penal. - justa causa do patrão (??).  
 
Hipóteses que proíbem a dispensa? 
Estabilidade: gravidez, acidentário, dirigente sindical, decenal - mais de 10 anos antes de 88, não tendo optado pelo fundo de garantia de 77(raro), cipeiro (membro da CIPA - comissão interna de prevenção de acidentes - desde a inscrição até 1 ano pós mandato, como estabilidade residual)  
 
Conflitos de competência internos são julgados dentro do direito trabalhista 
 
Indenização de danos morais e materiais são julgados dentro do direito trabalhista 
Assédio moral, etc. 
Só ganha dano moral por não pagamento de ação rescisória se comprovado dano de fato.   
 
Aula 2
Hoje, há diversos tipos de indenização oriundos da relação de trabalho.  
Dano existencial (ex: estresse absurdo, perda de projeto de vida), doença ocupacional, acidentes de trabalho, etc. 
A maior parte dos danos existenciais envolvem jornada excessiva. Nem sempre o nexo causal é facilmente estabelecido. Não se pode atribuir o fim de um casamento facilmente ao trabalho, por exemplo.  
Não há poder de barganha paritário nas relações de trabalho. O contrato de trabalho exige subordinação jurídica. É um contrato de adesão.  
 
Perda real de uma chance ≠ da expectativa. Se a empresa contrata e volta atrás, há procedência dos pedidos mediante prova.  
 
Ações relativas às penalidades administrativas impostas pelos administradores pelos órgãos fiscais. Auditores fiscais do trabalho - vão às empresas fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista. Se o empregador não estiver cumprindo lavra-se auto de infração para o administrador. Cada auto de infração terá um tipo de penalidade é um valor de multa (podendo ser per capita ou não). Essas penalidades, se a empresa não concordar com elas, comprovar arbitrariedade do fiscal, ou qualquer nulidade ou reforma de mérito do auto de infração poderão ser alvos de ajuização anulatória. Essa ação é de competência da justiça do trabalho desde 2004 (mudança do 114).  
 
O dispositivo da CF fala das penalidades impostas pelos auditores fiscais do TRABALHO.  
 
Art. 114, VIII -  
 
Exemplo: inicial com pedidos: - horas extras e reflexos, FGTS + 40%, multa do 477, dano moral e comissões não pagas 
 
Há pedidos com natureza remuneratória e indenizatória. Desses pedidos, quais são de natureza remuneratória? Hora extra e comissão não paga. São contraprestação típica do trabalho. 
Os demais itens são indenizatórios. Não geram reflexos em outras verbas trabalhistas.  
Quando há uma sentença trabalhista, há pagamento do principal (devido ao trabalhador) e INSS incidente sobre aquilo e do imposto de renda incidente sobre aquilo.  
O advogado ganha 30% do êxito e a união recebe no imposto de renda. Esses dois ganham junto com o trabalhador. 
O 112 diz que o juiz de ofício já dá ofício às contribuições. 
 
Supondo que os valores, na fase de liquidação deram 40000 + 20000 +1500 + 10000 + 35000 = 106500  
A empresa ainda vai pagar o INSS e o IR. Vai descontar parte do trabalhador e parte de responsabilidade dela, acrescendo ao seu pagamento.  
 
Chega-se a acordo de 50000 reais.  
 
Se o acordo de 50k for homologado, terão que ser recalculados os valores de INSS e IR através de regra de três ou medindo porcentagem (ex: 40k equivale a quantos por cento de 106500?). O INSS e o IR terão que receber a sua quota-parte.  
 
Ex 2: Supondo que o trabalhador trabalhou 15 anos nessa empresa. Se ganhava 1500 reais. Se tivesse recebido as comissões na época própria, ainda assim ficaria abaixo do valor de incidência do IR. Se a empresa pagasse a ele as HE e as comissões, teria recebido 2000 e ainda assim abaixo da faixa de retenção do IR mensal. Como a empresa não o fez, há juros de 1% ao mês, correção monetária, virando 40000 de HE. O que a receita fazia era pegar o RIR (regulamento de IR) e dava 27,5 para a receita, 30% pro advogado, 18% de INSS (?). O empregado não ganharia nada. Não poderia ser punido agora por conduta do empregador. A receita dizia que o valor seria cobrado no momento de pagamento, não importando. Hoje, a receita mudou o entendimento. O cálculo do IR é refeitomês a mês, não sobre o total pago.  
Há uma instrução normativa que faz com que se analise cada mês para ver se teria ou não a retensão do IR. 
Não há a questão da punição, mas não retira mais do trabalhador. Quem perde é a receita.  
 
Art. 114, IX - se o caput diz que julga todas as controvérsias decorrentes das relações de trabalho e o ultimo inciso restringe. Só seriam aquelas que alguma lei estabelecesse como justiça do trabalho. Esse inciso é ignorado na jurisprudência. 
 
Tudo isso foi competência material. Que matérias são julgados na justiça do trabalho. É absoluta, improrrogável, de competência absoluta. O juiz pode, de ofício, declinar competência.  
 
INICIAL  
 
O processo do trabalho se aplica ao CPC? Subsidiariamente. Quando a CLT for omissa e é requisito cumulativo com a compatibilidade da regra do CPC com os princípios do direito do trabalho (CLT, Art.769). 
Na execução, a fonte subsidiária é a lei dos executivos fiscais (6380), salvo quando a própria CLT remete ao CPC (ex: execução da penhora). 
Pelo CPC, os requisitos da inicial estão no Art. 319. Quais são compatíveis no processo trabalhista? 
I - hoje o processo é eletrônico (PJE). Se dirige à "Exmo. Sr. Juiz do trabalho da _ vara da cidade do Rio de Janeiro - se aplica  
II -  qualificação das partes - além desses itens do CPC, é obrigatório postar o número de PIS e o número da carteira de trabalho (CTPS) e série. Se não houver CTPS, é preciso informar isso na inicial. - aplica 
III - aplica  
IV - o rol de pedidos é essencial, não há pedido implícito. A lide no processo trabalhista só é fixada com a contestação, não com a citação, como ocorre no CPC. Até a contestação, o autor é livre para dispor como quiser no processo trabalhista. Só quando o réu contesta que a lide está fixada. No PJE, não há a possibilidade de emenda. No entanto, é possível excluir aquela e botar uma nova. Vai cair na mesma vara por prevenção. - aplica 
 V - valor da causa - importante apenas para definir o rito a ser litigado.  
Rito sumaríssimo -  ações que envolvem até 40 salários mínimos. - cada um dos itens do rol de pedidos tem que vir liquidados na inicial.   
Rito ordinário - acima de 40 salários mínimos.  
Valor de alçada - em desuso - ações trabalhistas de valor de até um salário mínimo - lei 5584 - há uma série de limitações Processuais.  
Aula 3
Art. 319, IV  
Não há necessidade no processo trabalhista de se indicar as provas que serão produzidas, visto que serão requeridas na audiência. A lide só é definida na audiência  
 
Princípio da oralidade - tudo será requerido, deferido ou indeferido em audiência. Se não falar em audiência, há preclusão  
 
Não cabearão agravos de instrumento diante de decisão interlocutória no processo trabalhista. Apenas registra-se o inconformismo/protesto para evitar a preclusão e aguarda-se o momento portanto para recorrer. O recurso ordinário equivale à apelação. 
 
As testemunhas não precisam de rol, comparecem espontaneamente à audiência. Toda ata terá as testemunhas, segundo o Art. 825 CLT. A surpresa é importante no processo trabalhista, para que a outra parte não saiba quem são as testemunha atuando contra ela.  
 
Se há preocupação de uma testemunha não aparecer, pede-se que o juízo intime a testemunha. Se o juiz disser que na cara dele não íntima, pode protestar, constando na ata. O convite é da parte e serve apenas para provar que chamou a testemunha. Assim, o juiz pode adiar a audiência quando nenhuma testemunha compareceu. Mas se não adiar com a prova do convite, será anulada a audiência no tribunal. 
Se a testemunha não aparecer novamente, será intimada. Se não aparecer com a intimação, será levada à juízo através de condução coercitiva. A questão é se vale a pena ou não insistir nesse tipo de testemunha. Isso é algo a ser ponderado entre advogado e cliente. 
 
Provas?  Vale a pena sempre apresentar na inicial quais provas serão produzidas? 
 
 
Audiência de conciliação e mediação? (319, VII) - não. 
Toda audiência trabalhista tende a forçar o acordo. Por isso, não é preciso uma audiência prévia como no CPC.  
 
O antigo CPC tinha como um dos elementos da inicial o requerimento para citação do réu, que deixou de existir no novo CPC. Isso nunca houve no processo trabalhista. A ação trabalhista não passa pelo juiz ante da audiência, a não ser que haja uma intercorrência. Tutela de urgência, etc. Há poucos juízes que leem a inicial antes da audiência. A citação sempre foi automática, não passa pelo juiz um crivo de deixar ser citado ou não. O CPC novo apenas copiou o processo do trabalho, aqui nunca houve requerimento para citação do réu. Será feito pelo serventuário da vara. 
 
A ação trabalhista pode ser verbal. Art. 840 da CLT 
O processo que nasce verbal será traduzido à termo. O autor se dirige ao distribuidor, lá fazia sua reclamação verbal. O distribuidor então gerava o número de processo. De posse com o número de processo da vara, o reclamante tem 5d para se dirigir até a vara e passar aquilo à termo, passando o processo para físico. Se não comparece nesse prazo de 5d, há pena de perempção (perda do direito de litigar por 6 meses).    
 
Pelo CPC, qualquer tipo de extinção sem mérito gera prevenção.  
No processo trabalhista, a prevenção nao é automática, só se for publicado no diário oficial a extinção sem resolução de mérito que poderá ser suscitada na prevenção.  
Mencionada a existência do primeiro processo, haverá prevenção. A publicação no diário oficial se dá para que haja publicidade, a fim de que o réu possa ter acesso à informação de que houve uma ação contra ele, mas o autor desistiu e houve extinção sem resolução de mérito. A prevenção existe sempre, o que não há sempre é a ciência dela para suscitar.  
 
O ius postulandi existe só para o autor da ação ou também ao réu do processo? 
É uma faculdade que vale para ambos. 
 
840 CLT vs 319 CPC 
Pq presidente da junta ou juiz de direito? Quando não tinha vara trabalhista, era o juiz de direito que fazia.  
Tem algumas coisas que não estão no 840 e estão no 319. O valor da causa não está presente no 840, por exemplo. Isso não significa que não é necessário, pois é preciso para definir o rito.  
Perempção - dois arquivamentos por ausência do reclamante em audiência. Se houver justificativa para a ausência, peticiona. O atestado apresentado precisa ter que a pessoa estava impossibilitada de ir à audiência. 
 
Rito sumaríssimo: 
 Rito, em tese, mais célere 
Teto de até 40 salários mínimos - Art. 7o CF - por que a CF previu que o salário mínimo tem que ser federal? A ideia é evitar a guerra de mão-de-obra entre os Estados.  Na data do ajuizamento da ação se avalia o valor do salário mínimo, pois pode ter havido reajuste no decorrer do processo. 
Pisos salariais - o RJ foi o primeiro a ter um piso salarial. Não havia divisão de categorias. Foi dividido em 9 categorias e aceito. Todo ano há a renovação das leis estaduais que definem o piso.  
Além do requisito objetivo (valor), há requisito subjetivo. Que tipo de parte não pode figurar o sumarissimo? Estão excluídas as demandas em que a parte é administração pública direta, autárquica e fundacional. Se for parte no processo algum desses, mesmo que valha pouco, tem que ser ajudado pelo rito ordinário.  
Art. 852 - B. O advogado foge do sumarissimo para evitar fazer cálculos. Além disso, há menos recursos processuais. 
O pedido tem que ser liquidado. Tem que ser líquido ele todo. Tem que indicar quanto vale o que e o valor final.  
O endereço tem que ser certíssimo. Não se admite citação por edital no procedimento sumarissimo. É incumbido ao autor a correta indicação do réu. É um ônus do autor evitar o sumarissimo quando, por exemplo, a empresa está sendo fechada. 
Aula 4
Sumarissimo - continuação  
A citação por edital ocorre quando não se consegue localizar o réu, os endereços voltando todos negativos do correio. É uma ficção e, por não ser rápida, não é comportada pelo procedimento sumaríssimo. Nesse caso, não se opta pelosumaríssimo quando não se sabe o paradeiro do sócio, quando a empresa fechou as portas, etc.  
Prova testemunhal > comportada no sumaríssimo. Na ação trabalhista os pedidos são muito fáticos. É um ramo em que o processo envolve produção de provas muito intensa. Há restrições quanto ao número de testemunhas, no entanto. 
No ordinário, há até 3 testemunhas pra cada parte e, no sumaríssimo, há até 2 para cada parte. No inquérito judicial para apurar falta grave, podem-se ter até 6 testemunhas para cada parte. Esse inquérito tem como autor sempre o empregador. Por que o patrão precisa ajuizar inquérito na justiça? Não pode analisar internamente e mandar embora por justa causa? Há determinados empregados que a lei limita a dispensa por inquérito judicial. É o caso do empregado com estabilidade decenal e o dirigente sindical. É prazo decadencial de 30 dias. Esse empregado primeiro será suspenso para que se possa apurar os fatos sem a sua presença. Da data de suspensão, há 30 dias para ajuizar o inquérito judicial.  
Prova pericial > comporta. A própria CLT autoriza.  
Em que tipo de processo há necessidade de prova pericial: acidente (perícia médica e técnica da dinâmica do acidente). Avalia se é culpa exclusiva da vítima, do trabalhador, e para isso é necessário perícia. A perícia médica para ver a extensão da perda de capacidade laboraria, se há dano estético ou não. 852 - A em diante.  
Perícia é uma das maiores causas de atraso no processo. Nada do que está na CLT acontece na prática.  
Testemunhas > é preciso fazer rol? Não. É possível e se deve levar as testemunhas no momento da audiência.  
Se os requisitos do sumaríssimo não forem preenchidos? Qual será o desfecho desse processo? Extinção sem resolução do mérito ou prazo para sanar o vício.  
Além de conceder o prazo para sanar o vício, o juiz pode convolar o rito para o ordinário, embora não seja comum.  
 
CCP - Art. 625 em diante - lei de comissão de conciliação previa. É uma ideia parecida com esses movimentos de mediação, arbitragem, etc. O objetivo era desafogar o judiciário. A maneira como o rompimento contratual é feito tem ligação direta com a ação trabalhista. 
Podia ser sindical ou  
interna (a própria empresa criava sua CCP) - membros eleitos pelos próprios trabalhadores e membros indicados por ela para defender os interesses patronais. A empresa recebia aquele requerimento e fazer uma conciliação quando a empresa julgasse haver pretensão. 
O que os advogados entenderam como falha na lei foi exigir que os trabalhadores tivessem necessariamente que passar pela CCP antes de ajuizar ação. 
625, d - "Qualquer demanda trabalhista será submetida à CCP se..."- era obrigação se submeter à CCP antes de ir ao judiciário. Os advogados entenderam que era inconstitucional, que afrontava o livre acesso ao judiciário. Hoje, foi acolhida essa tese e passar ou não pelo CCP é faculdade, e por isso é raro que exista. 
Qual o efeito do acordo da CCP? Título executivo extrajudicial. Se não honrar, entra com ação de execução.  
O acordo judicial não gera coisa julgada, e portanto não há segurança jurídica. Ex: se um funcionário faz acordo recebendo valor referente a X horas extras e depois entra com ação judicial pedindo mais horas extras. A eficácia liberatória desse termo é quanto ao valor pago e não quanto ao título da parcela. Se a empresa pagou R$ 2000,00 de HE e a pessoa pede de novo, só se deduz o valor anteriormente pago. Nada impede que peça de novo aquelas horas extras já pedidas. O título não tem diferença, só o valor.  
Honorários advocaticios - é um pleito a ser inserido na inicial trabalhista? 
Não comporta em razão devido à ausência de obrigatoriedade de advogado. Teoricamente, como é uma justiça que permite o ius postulandi, não ha necessidade de pagamento de honorários advocatícios. A parte não precisa constituir advogado. 
Exceção: quando for advogado de sindicado, ganha-se honorários advocatícios.  
No RS, foram emitidos credenciamentos para advogados particulares pelos sindicatos. - malandramente  
 
Súmula 219 e 329 TST. 
Dois requisitos: merecedor da gratuidade e assistido pelo corpo jurídico do sindicato.  
Causas que não derivam da relação de emprego:  
>pejotização. 
>O sindicato entra com ação em nome de trabalhadores.  
>ação rescisória.    
Aula 5
Competência territorial  
 
Primeiro incidente que pode ser invocado pelo réu é impugnar o foto de eleição. 
Tem que ser suscitada pelo réu.  
Qual deverá ser o foro? A CLT, no artigo 651, trata de competência territorial. O foro deverá ser o local da prestação de serviços, a fim de facilitar acesso à testemunhas, perícia, coleta de provas, inspeção sindical, etc. Os sindicatos têm base local. Há normas e costumes locais.  
No entanto, o artigo 651 vem sendo flexibilizado, especialmente quando se trata de empregado hipossuficiente. Ex: um homem vai do Nordeste trabalhar em SP e volta ao local de origem e lá ajuíza ação. Isso vem sendo permitido.  
E quando há vários locais de prestação de serviços? Ex: gerente do banco do Brasil, que precisa visitar diversas agências. Um juiz flexível costuma aceitar qualquer foro. No entanto, um inflexível segue o 651 à risca. Dentro desse critério não flexível, quando os fatos ocorrem em locais diversos, se a empresa sabe que o local de foro será necessariamente o último local trabalhado, há espaço para manobras, como a transferência de um empregado para um local distante para dificultar seu acesso. Portanto não será o último local trabalhado.  
Supondo que um trabalhador trabalhou: 
De 2000 a 2011 em BH 
De 2012 a jun/2016 em SP 
De Julia ago/2016 no RJ 
E agora mora em vitória, ES. 
 
Nesse caso, há prescrição. O réu suscitará o prazo quinquenal e com isso, os fatos  que poderão ser objeto de demanda somente poderão ter ocorrido a partir de 2011. Nesse sentido, a fim de facilitar o acesso à coleta de provas, o processo deveria correr em SP, onde o autor passou a maior parte do tempo trabalhando nos limites temporais que podem ser abordados no processo. 
 
Prescrição trabalhista - não pode ser suscitada de ofício.  
Quinquenal: só fatos dos últimos 5 anos poderão ser objeto de demanda 
Bienal: o autor terá dois anos para ajuizar ação, a serem contados da data de rescisão.  
 
Supondo agora que o fato objeto de demanda ocorreu em apenas um local, a exemplo do RJ. O autor requererá que o processo corra no RJ a fim de facilitar o colhimento de provas. No entanto, o autor elege o foro que for mais interessante para ele, seja ele qual for. Quem deverá suscitar a incompetência, portanto, é o réu.  
 
O ajuizamento da ação que gerou extinção sem resolução de mérito? Ex: o advogado ajuizou ação em foro diferente daquele pretendido por falta de atenção. Nesse caso, na data do ajuizamento há interrupção, ou seja, o prazo para e começa do zero, a fim de não prejudicar o autor pela negligência do advogado.  
 
Além da situação de sucessivos locais de trabalho, há aqueles casos de trabalho em vários locais simultaneamente. Nessa situação, o 651 tem a resposta. O agente ou viajante comercial será na localidade da agência/ filial à qual o trabalhador está subordinado. Na falta, o autor ajuíza no seu domicílio ou qualquer dessas localidades próximas. Provas documentais e testemunhas provam que há submissão ao poder diretivo. Tudo que for controvertido no processo demanda produção de provas.  
 
Art. 651 - quando a empresa exerce função em diversos locais. Ex: circo, feira. A própria natureza da empresa nesse caso é itinerante.  
 
Incompetência territorial é relativa, devendo ser arguida pela peça chamada de exceção de competência. Excipiente da exceção é sempre o réu. O excepto é o autor. 
 
Como a lide é fixada na entrega da defesa, se o autor ajuizar a ação no local errado, pode desistir desta antes de fixada a lide sem necessidade de concordância do réu. O risco é que haja prevenção. Por isso, é importante desistir da primeira ação, explicitando as razões, assim como colocá-las na segunda ação, a fimde demonstrar não haver tentativa de fraude à prevenção natural.  
 
Ajuizamento da RT (reclamação trabalhista), citação do réu, audiência (prazo mínimo de 5 dias corridos entre o ajuizamento da ação e a audiência, a fim de garantir a celeridade no processo trabalhista)  
 
A contestação tem que ser inserida no PJE até 1 hora antes da audiência. A exceção de competência segue a mesma regra.  
 
Respostas do réu: 
Exceção (competência ou suspeição) 
Contestação 
Reconvenção  
A primeira coisa é se o juiz for incompetente deve apresentar-se a exceção de incompetência. Pela CLT, o excepto teria então 24h de prazo para manifestar-se sobre a exceção. O juiz então acolhe ou não. Se acolher, vai declinar a competência para o juízo adequado. Se rejeitar, prosseguirá o processo sob sua competência. Se demandar prova, o réu deve levar as provas na audiência ou há preclusão. O autor, que será surpreendido, pode ter as 24h para responder a exceção.   
Quando acontece um incidente no decorrer do processo, pode ser produzida prova para aquilo, que poderá ter testemunhas diversas daquelas utilizadas no mérito (que se limitam a 3 pessoas). 
 
Imaginando que o juiz rejeite, o réu precisa registrar protestos e depois sua contestação. É preciso apresentar a exceção e a contestação no PJE.  
 
Qual recurso que o autor pode usar quando for acolhida a rejeição? 
 
Aula 6
Exceção de incompetência  
Acolhimento à rejeição - termos recursais 
1o cenário:  
14: VT/RJ 
Exceção -> Niterói/RJ 
Acolhe a exceção - quem está insatisfeito é o excepto (o autor da ação). Deve protestar.  
Não cabe recurso contra decisão interlocutória no processo de trabalho. É mais célere. Nao existe agravo de instrumento no processo trabalhista? Destrancar recurso (o recurso pode ser provido no seu mérito) é uma função do agravo de instrumento também. Um recurso pode ter falhas nos seus pressupostos de admissibilidade, quando isso acontece, o recurso é trancado. Não é conhecido. Nessas hipóteses, também há o agravo de instrumento. É um recurso que se presta a mostrar que houve falha nesse exame. Toda vez que o juízo erra no trancamento de um processo, o recurso cabível é o agravo de instrumento.  
Qualquer nulidade tem que ser manifestada no primeiro momento. Se ocorre na audiência, o momento de registrar o protesto é a própria audiência. 
Se é acolhida a exceção, o excepto recorre. 
Se o recorrente ganha tudo, perde o interesse de recorrer ao acolhimento da exceção de competência. Se ele perde, vai entrar com recurso ordinário.  
Quando se permite que tudo seja protestado no decorrer do processo, o processo nao anda. Quando se renova o protesto no momento adequado (quando a sentença for desfavorável), economiza-se tempo processual, pois muitas vezes o interesse recursal se perde. Renova-se no RO matéria protestada previamente. Se não se protestar no primeiro momento, há preclusão.  
Se a exceção foi rejeitada, o insatisfeito é o réu. Deve também protestar, a diferença é que protesta contra a rejeição. Se quando a sentença sair estiver insatisfeito, recorre e no RO vai questionar a reforma do mérito. Nesse caso, o tribunal é o tribunal do rio. O tribunal da 1a região tem competência regimental, funcional para rever as decisões dos juizes da 1a região.  
Decisao interlocutoria extintivo naquele tribunal regional. É extintivo no âmbito do regional  
 
2o cenário:  
25: VT/RJ 
Exceção - Belém/PA 
Se trabalhou no RJ e voltou pra Belém e nao tem condições de litigar no RJ. O juízo rejeita a exceção de competência por priorizar o acesso à justiça.  Aqui entra com o RO direto (8 dias), nao da pra esperar sair a sentença.  
Aqui, se esperar, nao da pra no Pará, rever decisão de um juiz de outro tribunal   
Quando há declínio de competência de um TRT para outro TRT, não ha como rever decisao de outro tribunal. 
O processo permanece em Belém, a natureza dessa decisão acaba sendo parecida como de extinção na primeira região. No entanto, nao é extinção. Na primeira região nao se discute mais.  
Qualquer vara fora da comarca da região tem esse efeito. 
Se não ha acolhimento, nao faz diferença do 1o caso, pois o caso continua correndo na mesma região. Se houver o acolhimento é que ha essa questão.  
 
799, §2o 
Súmula 214 e 414 do TST 
 
Contestação trabalhista 
Contestação trabalhista: prazo: nao tem prazo pra contestar. A contestação é entregue em audiência. Entre a citação entre a data de audiência é que ha o prazo de 5d. (art. 841 CLT) 
Numa defesa, a estrutura lógica começa pelas preliminares (se houver) 
Estrutura: - preliminares (art. 337 CLT) 
Prejudiciais 
Mérito  
Conclusão  
 
Pode fazer negativa geral? No ius postulandi e no caso de advogado dativo isso é possível, visto que é designado na hora.   
O réu muitas vezes é hipossuficiente e nao consegue advogado. 
Ate que momento processual é permitido litigar sozinho? O TST admite ate instância ordinária - ate o RO e contrarrazões.  
Ônus da impugnação especificada - so ha a possibilidade de negativa geral nesses casos específicos.  
 
Princípio da eventualidade - enquadramento jurídico distinto sobre os mesmos fatos. Nao é mudar os fatos. É simplesmente o enquadramento jurídico diverso sobre os mesmos fatos. Se mudar os fatos, de cara a tese ja esta derrotada.  
Ex: pedido de vínculo - vinculo de emprego. Qual a única linha de defesa que deixa o ônus da prova com o autor? Trabalho voluntário, eventualidade, etc.  
Presunção de continuidade da relação de trabalho - se essa presunção nao é verdadeira pq era eventual, autônomo, voluntário, o réu é quem tem que provar. A única tese de defesa que deixa esse ônus da prova pro autor é se o réu alegar que desconhece a pessoa do reclamante. Se a empresa desconhece a pessoa, o ônus da prova é do autor. 
Nesse caso, se o réu alega não conhecer o autor e chegar na audiência e mostrar que conhece, essa tese esta perdida.  
 
Preliminares:  
Ação de inexistência ou nulidade de citação. Numa contestação, quando se alega vicio de citação, como isso será tratado pelo juiz? 
 
Incompetência absoluta e relativa - objeto de preliminar de contestação? Se é exceção nao é preliminar. Essa regra do CPC nao se aplica ao processo trabalhista. No CPC a lide foi fixada com a citação valida. No processo do trabalho nao. Acabaria com a surpresa se fosse importada. 
 
Incorreção do valor da causa: o réu no processo de trabalho pode fazer isso? Sim.  
  
Aula 7
Preliminares – art. 337 CPC. O juiz pode suscitar todas as preliminares de ofício. 
I) Ação de inexistência ou nulidade de citação.  
Ex: homônimos. Quando alega esse vício, como isso deve ser tratado pelo juiz?  
II) Incompetência absoluta.  
Enquanto a incompetência relativa é suscitada por peça separada, a incompetência absoluta deve ser suscitada como preliminar na contestação.  
 
 Aula 07 – 21/10/2016 
III) Inépcia da petição inicial. Art. 330 CPC.  
Uma petição inicial será inepta quando lhe faltar causa de pedir ou pedido. Aplica-se ao direito do trabalho, mas só é inteligente para o advogado do réu suscitar inépcia por falta de causa de pedir. Não por falta de pedido! Isso porque se suscitar a inépcia por falta de pedido, o autor poderá emendar a inicial com um pedido a mais, uma vez que a defesa ainda não terá sido apresentada (estamos falando ainda das preliminares).  
Mas, se você alega inépcia por falta de causa de pedir, isso significa que você não conseguiu sequer contestar aquela inicial, ela é ininteligível. Como o juiz pode suscitar de ofício a preliminar de inépcia, esbarramos em um problema: O juiz lê a inicial. Nesse momento, ele ainda não conhece a contestação, logo, a lide não foi fixada. Então, se ele suscitar a inépcia, o autor pode emendar a inicial. Entretanto, como saber se o juiz não leu a contestação (no upload) e a partir dela, notou inépcias na inicial? Isso não pode. Ele não pode ler a contestação (sem as partes saberem) e, para ajudar ok autor, alega a inépcia. Resumindo: inépcia é falha grave na inicial, pedidocontraditório (sem ser sucessivo), etc.  
Ex inépcia: A inicial diz que o autor trabalhou aos sábados e domingos, mas sem falar o horário. Não há como fazer uma defesa direita sem que possa contestar exatamente a questão apontada, o réu precisa que o autor aponte o horário em que alega ter trabalhado nos finais de semana. Assim, deve haver uma preliminar de inépcia exigindo que se aponte a jornada. Se isso não acontecer, a única defesa do réu é dizer que ele não trabalhou sábado ou domingo. Mas se ele comprovar que trabalhou, não há como rebater. Assim, concordando com a preliminar suscitada, o juiz dará ao autor prazo para emendar" sua inicial (até porque não daria para liquidar o pedido dessa forma).  
Às vezes, a inépcia é por falta de pedido. Por exemplo: Trabalhador entrou com ação contra a tomadora de serviços pública e não colocou no polo passivo a empresa terceirizadora. Como a empresa pública responde subsidiariamente, se ele não colocou a outra empresa como ré principal, não há como existir responsabilidade subsidiária. Dessa forma, se depois ele decide entrar com ação contra a empresa terceirizadora, nao poderá colocar a empresa pública como responsável subsidiária, pois o pedido de subsidiariedade já transitou em julgado.  
Entretanto, se na primeira ação, o trabalhador tivesse pedido vínculo empregatício com a empresa pública e o juiz tivesse julgado improcedente o pedido sob o argumento de que ele era empregado da terceirizadora e não do estado, caso o trabalhador decidisse ajuizar nova ação pedindo verbas trabalhistas a terceirizadora, poderia colocar o Estado como responsável subsidiário. Isso porque a primeira sentença teria sido quanto ao vínculo e não quanto à subsidiariedade.  
A súmula 363 aplica-se quando há contratação indevida de pessoas. A súmula 331 aplica-se a terceirização. A empresa terceirizadora e a pública não respondem da mesma forma. O Estado só responde subsidiariamente se houver culpa na fiscalização, enquanto a empresa privada responde além disso, pois foi ela quem elegeu aquele trabalhador para trabalhar la. O STF entende que em um processo licitatório, o licitante não escolhe quem trabalhará. Para o Estado responder é preciso provar a sua culpa na fiscalização.  Há julgados que dizem que quem tem que provar a culpa é o trabalhador, e não o Estado provar que não teve culpa. Entretanto, o entendimento hoje é pacífico no sentido de que é o Estado que tem que provar que não houve falha em sua fiscalização. Obs: não adiantaria, por exemplo, ficar enviando notificação à empresa para que ela pague, tem que ser medida efetiva.  
Ilegitimidade da parte. Ilegitimidade passiva: Quando você narra fatos contra A e postula contra B. É um descompasso. Alegar que o autor está “Demandando contra a pessoa errada” não é a mesma coisa que suscitar a preliminar de ilegitimidade. O juiz acolhe ou não em audiência. Se acolher, ele extingue sem resolução do mérito. Mas, se for demandar de pessoa errada, mas os fatos e pedidos estão relacionados a ela, é caso de prova. Não é preliminar, precisa produzir provas. A Teoria da Asserção significa que você vai analisar as partes de forma abstrata naquilo que eles narram. Agora, se o que eles narram é verdade ou não, isso é questão de mérito. O direito brasileiro de ação é abstrato: não posso entrar com ação somente contra quem me deve, posso entrar contra qualquer um. A improcedência é do pedido e não da ação. A preliminar de ilegitimidade passiva independe de provas.   
Obs: Mandado tácito no direito do trabalho: o advogado estar presente na audiência sem estar na petição inicial. Se não estiver presente em audiência, mesmo que tenha assinado todas as peças não é mandado tácito. Isso porque é na audiência que se sana vícios, então se a pessoa não quiser o advogado mais é naquela hora que ela fala isso.  S. 383 TST – NÃO Permite a regularização do mandato em fase recursal.  
Aula 8
Preliminares – art. 337 CPC. O juiz pode suscitar todas as preliminares de ofício. 
I) Ação de inexistência ou nulidade de citação.  
Ex: homônimos. Quando alega esse vício, como isso deve ser tratado pelo juiz?  
II) Incompetência absoluta.  
Enquanto a incompetência relativa é suscitada por peça separada, a incompetência absoluta deve ser suscitada como preliminar na contestação.  
 
 Aula 07 – 21/10/2016 
III) Inépcia da petição inicial. Art. 330 CPC.  
Uma petição inicial será inepta quando lhe faltar causa de pedir ou pedido. Aplica-se ao direito do trabalho, mas só é inteligente para o advogado do réu suscitar inépcia por falta de causa de pedir. Não por falta de pedido! Isso porque se suscitar a inépcia por falta de pedido, o autor poderá emendar a inicial com um pedido a mais, uma vez que a defesa ainda não terá sido apresentada (estamos falando ainda das preliminares).  
Mas, se você alega inépcia por falta de causa de pedir, isso significa que você não conseguiu sequer contestar aquela inicial, ela é ininteligível. Como o juiz pode suscitar de ofício a preliminar de inépcia, esbarramos em um problema: O juiz lê a inicial. Nesse momento, ele ainda não conhece a contestação, logo, a lide não foi fixada. Então, se ele suscitar a inépcia, o autor pode emendar a inicial. Entretanto, como saber se o juiz não leu a contestação (no upload) e a partir dela, notou inépcias na inicial? Isso não pode. Ele não pode ler a contestação (sem as partes saberem) e, para ajudar ok autor, alega a inépcia. Resumindo: inépcia é falha grave na inicial, pedido contraditório (sem ser sucessivo), etc.  
Ex inépcia: A inicial diz que o autor trabalhou aos sábados e domingos, mas sem falar o horário. Não há como fazer uma defesa direita sem que possa contestar exatamente a questão apontada, o réu precisa que o autor aponte o horário em que alega ter trabalhado nos finais de semana. Assim, deve haver uma preliminar de inépcia exigindo que se aponte a jornada. Se isso não acontecer, a única defesa do réu é dizer que ele não trabalhou sábado ou domingo. Mas se ele comprovar que trabalhou, não há como rebater. Assim, concordando com a preliminar suscitada, o juiz dará ao autor prazo para emendar" sua inicial (até porque não daria para liquidar o pedido dessa forma).  
Às vezes, a inépcia é por falta de pedido. Por exemplo: Trabalhador entrou com ação contra a tomadora de serviços pública e não colocou no polo passivo a empresa terceirizadora. Como a empresa pública responde subsidiariamente, se ele não colocou a outra empresa como ré principal, não há como existir responsabilidade subsidiária. Dessa forma, se depois ele decide entrar com ação contra a empresa terceirizadora, nao poderá colocar a empresa pública como responsável subsidiária, pois o pedido de subsidiariedade já transitou em julgado.  
Entretanto, se na primeira ação, o trabalhador tivesse pedido vínculo empregatício com a empresa pública e o juiz tivesse julgado improcedente o pedido sob o argumento de que ele era empregado da terceirizadora e não do estado, caso o trabalhador decidisse ajuizar nova ação pedindo verbas trabalhistas a terceirizadora, poderia colocar o Estado como responsável subsidiário. Isso porque a primeira sentença teria sido quanto ao vínculo e não quanto à subsidiariedade.  
A súmula 363 aplica-se quando há contratação indevida de pessoas. A súmula 331 aplica-se a terceirização. A empresa terceirizadora e a pública não respondem da mesma forma. O Estado só responde subsidiariamente se houver culpa na fiscalização, enquanto a empresa privada responde além disso, pois foi ela quem elegeu aquele trabalhador para trabalhar la. O STF entende que em um processo licitatório, o licitante não escolhe quem trabalhará. Para o Estado responder é preciso provar a sua culpa na fiscalização.  Há julgados que dizem que quem tem que provar a culpa é o trabalhador, e não o Estado provar que não teve culpa. Entretanto, o entendimento hoje é pacífico no sentido de que é o Estado que tem que provar que não houve falha em sua fiscalização. Obs: não adiantaria, por exemplo, ficar enviando notificaçãoà empresa para que ela pague, tem que ser medida efetiva.  
Ilegitimidade da parte. Ilegitimidade passiva: Quando você narra fatos contra A e postula contra B. É um descompasso. Alegar que o autor está “Demandando contra a pessoa errada” não é a mesma coisa que suscitar a preliminar de ilegitimidade. O juiz acolhe ou não em audiência. Se acolher, ele extingue sem resolução do mérito. Mas, se for demandar de pessoa errada, mas os fatos e pedidos estão relacionados a ela, é caso de prova. Não é preliminar, precisa produzir provas. A Teoria da Asserção significa que você vai analisar as partes de forma abstrata naquilo que eles narram. Agora, se o que eles narram é verdade ou não, isso é questão de mérito. O direito brasileiro de ação é abstrato: não posso entrar com ação somente contra quem me deve, posso entrar contra qualquer um. A improcedência é do pedido e não da ação. A preliminar de ilegitimidade passiva independe de provas.   
Obs: Mandado tácito no direito do trabalho: o advogado estar presente na audiência sem estar na petição inicial. Se não estiver presente em audiência, mesmo que tenha assinado todas as peças não é mandado tácito. Isso porque é na audiência que se sana vícios, então se a pessoa não quiser o advogado mais é naquela hora que ela fala isso.  S. 383 TST – NÃO Permite a regularização do mandato em fase recursal.  
Aula 9
Audiências e provas 
 
A audiência trabalhista é una, em regra. A ideia é que tudo aconteça em uma única audiência. No entanto, fica sujeito a discricionariamente do juiz se será una ou fracionada. Se não se souber se a audiência é una ou fracionada, é preciso ir na vara descobrir, se a notificação não for clara. Se o serventuário não souber informar, é preciso preparar-se para a audiência una. Quando for fracionada, se dividirá em audiência inicial e de instrução (ou prosseguimento, desdobramento, etc). 
Ausência na audiência 
Audiência una: tanto autor quanto o réu (ou preposto) precisam estar presentes para prestar o depoimento pessoal.  O único objetivo do depoimento pessoal é a confissão. Quem pede depoimento pessoal quer tentar arrancar uma confissão. O advogado não pode pedir o depoimento do seu cliente. O depoimento pessoal é imprescindível quando se deseja obter confissão. Se o autor (ou preposto)alegar que não sabe alguma resposta, configura confissão. 
O reclamante pode-se fazer substituir por alguém? Pode. Pode se substituir por um colega de profissão ou membro do sindicato. Nesse sentido, a CLT autoriza que se faça isso, pois o autor é quem tem que se preocupar consigo mesmo. Isso não é usual, pois o advogado do autor muito provavelmente não o deixará fazer isso, pois se prejudica.  
Se o reclamante não comparece à audiência una, há extinção sem resolução de mérito. 
Réu: pessoa física - não podem se fazer substituir! O empregador doméstico configura exceção. É qualquer pessoa que resida naquela casa e tenha capacidade postulatória. Tanto para se fazer representar quanto na execução, qualquer um dos moradores da casa podem ser atingidos.   
Réu: pessoa jurídica -  preposto. O TST tem sumula 377, que afirma que para ser preposto, é preciso ser empregado da empresa. A CLT, por outro lado, alega que o preposto tem que ter conhecimento dos fatos. (Art. 843 §1o.) a CLT não exige que o preposto seja empregado da empresa. O réu é que assume o risco de levar alguém que não conhece os fatos direito. No entanto, o TST se irritou com o preposto "profissional", por considerar isso antiético. Há alguma exceção? Já que estão flexibilizando o 651, o entendimento da bracks é que ele poderia contratar um preposto no local. No entanto, o TST entende de forma diversa. A própria súmula 377 diz que empresas de pequeno porte não se enquadram.  
Se o réu não comparece (seja PF ou preposto), há a revelia, que gera a confissão contra toda a a matéria fática. 
 
O que acontece se o advogado do réu não comparece? Primeiro pede-se para adiar. Para isso, o preposto precisa ter algum jogo de cintura. Pode também exercer o ius postulandi e fazer defesa oral.  
 
Se o preposto não for, mas o advogado estiver lá? Há a mera confissão. É diferente da pena de revelia. O diferente é que a defesa pode apresentar uma série de documentos que por si só acabem com a pretensão do autor. Numa revelia, não há essa possibilidade. Na mera pena de confissão, os documentos podem ser juntados.  
Mesmo na revelia, em que todos os fatos são presumidos verdadeiros, o juiz pode entender como sendo improcedente algum pedido que não considere ser crível. 
 
Súmula 74 - o juiz não é obrigado a produzir nenhuma prova quando há ausência da parte que tinha que produzir o depoimento pessoal.  
Confissão ficta ≠ confissão real - a confissão real é quando se assume a veracidade de algum fato. Na confissão real, se o preposto disse que houve assédio, e a testemunha diz que não houve, o que faz o juiz? Não se ouve a testemunha nesse caso, o juiz não vai deferir. Na confissão real, é evidente que o juiz não ouvirá mais ninguém. Sobre aquilo que já está confessado, não se ouve mais testemunhas.  
Se há uma confissão ficta, devido à ausência da parte. Há testemunhas do lado de fora e a outra parte presente. Nesse caso, há presunção de veracidade dos fatos alegados pela outra parte, que podem ser elididos através de prova real. Quem defende que mesmo na hipótese de ausência da parte, se há testemunhas, elas devem ser ouvidas, acredita na busca da verdade real. O TST não disse nem que sim nem que não, apenas que não é caso de cerceio de defesa se o juiz indeferir qualquer outra prova na ausência da parte. O juiz não deve se preocupar com a verdade real. A prova pré-constituída nos autos. Se o juiz decretar a revelia, não tem prova pré-constituída pelo réu. O juiz decide se vai liberar a defesa ou não. Fica a critério do juiz decretar a revelia ou a confissão, podendo ainda assim receber a defesa, por entender que há o ânimo de defesa.  
Se o preposto não aparece e tem uma testemunha do lado de fora que é empregado da empresa, o advogado deve catar uma dessas testemunhas para falar que é preposto e depois juntar carta nomeando aquela pessoa como preposto.  
SP é o único tribunal que adotou tese expressa sobre o assunto. O precedente de uniformização de jurisprudência diz que o juiz tem que receber a defesa e os documentos. Quanto à colher outras provas, fica a seu critério pela súmula 74. 
E se o advogado nomeado também é um advogado da empresa, com carteira assinada? Se declara como preposto, deixando de ser advogado. Não pode cumular as funções. Sai da função de advogado e se utiliza do ius postulandi. 
Grupo econômico no polo passivo? O autor alega existência de grupo econômico entre 3 empresas que coloca como réus. Se elas forem confessar o grupo econômico, podem usar um único preposto. Caso contrário, não, terão que ter 3 prepostos distintos.  
Súmula 377, se o preposto tem que ser empregado da empresa, confirma-se com a carteira de trabalho.  
 
Audiência: primeira coisa a ser feita depois do pregão é a primeira proposta conciliatória.  
Pregão 
Primeira proposta conciliatória 
Respostas do réu (exceção, reconvenção ou defesa) 
Manifestação do autor às respostas do réu - se for impossível ler tudo na audiência, pede-se para adiar ou inverter a audiência, chamando de volta no final da pauta.  
Se for caso de perícia, entra aqui.  
Depoimentos pessoais.  
Depoimentos de testemunhas.  
 
 
 
COMPLEMENTO: 
A audiência trabalhista, em regra, é una: tudo (respostas do réu, réplica oral, depoimentos pessoais, outiva de testemunhas, razões finais e sentença) acontece ali. Entretanto, dependendo da discricionariedade de cada juiz, ele pode fracionar a audiência, afinal, ele é o condutor do processo. Quando a audiência é fracionada há uma inicial (entrega de defesa – contestação, exceção, reconvenção) e posteriormente a de instrução (de prosseguimento, de continuação, de desdobramento).  
 
Como saber se a audiência será una ou não? A notificação dirá. Se houver dúvidas,é importante ir até a vara para se informar. Mas, de qualquer forma, na dúvida, deve-se ir preparado com se una fosse.  
 
O reclamante (parte autora) precisa comparecer para sustentar seus requerimentos. Não basta o advogado estar presente, pois é preciso do autor para prestar o depoimento pessoal. Esse depoimento pessoal prestado pelo autor tem que estar em conformidade com o que foi escrito na petição inicial, pois a outra parte irá procurar incongruências. Afinal, o objetivo do depoimento pessoal é a busca pela confissão. Quem pede o depoimento pessoal é porque está tentando arrancar alguma coisa daquela pessoa. Tanto é assim que o advogado não pode pedir o depoimento pessoal do seu próprio cliente.  
 
Quando fracionada, na audiência inicial não há depoimento pessoal, somente irá marcar a data da audiência de instrução. Entretanto, um bom advogado e um bom juiz podem pedir algumas explicações do reclamante, mas não em forma de depoimento pessoal. Qualquer confissão ou esclarecimento feito, se importante, será registrado. O juiz pode dizer que não será registrado e aí cabe ao advogado argumentar.  
 
O reclamante (pessoa física) pode ser substituído? Sim. Entretanto, tudo que o advogado do réu perguntar e o substituto não souber responder, será tido como confissão. Saídas: tentar responder ou dizer que a pergunta feita não tem a ver com o processo. Quem pode substitui-lo? Colega de profissão ou membro do sindicato (art. 843, §2 CLT). Além disso, essa substituição só terá cabimento quando houver razão imperiosa que impossibilite o trabalhador de comparecer (exterior, doente, etc). Como isso é bom para o réu e ruim para o autor, isso não é comum de acontecer.  
 
Se na audiência una, o reclamante ou substituto não aparecerem, há o arquivamento e extinção sem resolução de mérito. Pode entrar com outros processos se estiver dentro da bienal (lembrando que o ajuizamento da primeira ação interrompe o prazo prescricional). Na audiência fracionada, quando o reclamante comparece à primeira 
, mas não comparece à segunda, como já está fixada a lide, o reclamante é tido como confesso. Não é inteligente o advogado do réu aceitar a extinção do processo sem resolução de mérito, tendo a confissão ficta como fato que pode levá-lo a uma vitória.  
 
No caso do réu ser pessoa jurídica, ele se faz representada por um preposto. Tem que haver nos autos a carta de preposto (dar poder a uma pessoa para representar, transigir etc em juízo). O TST entende que para ser preposto da empresa, tem que ser empregado, tem que ter vínculo jurídico com a empresa – súmula 377. A CLT diz que pode ser qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos - art. 843, §1 e §2. O TST acha a figura do preposto profissional antiético. A professora não concorda com a súmula. A própria súmula ressalva as hipóteses de microempresas e empresas de pequeno porte. Entretanto, muitas pessoas contornam o entendimento do TST contratando pessoas só para ir à audiência ou então advogado do jurídico interno, etc.  
 
O empregador pessoa física não pode se fazer substituir por terceiro. Exceção: O empregador doméstico é qualquer pessoa que resida na casa e que tenha capacidade postulatória, independentemente de ter assinado a carteira. Isso vale também para a fase de execução. Se a mulher faz um cheque e não tem patrimônio, o marido responde independentemente de estar ou não no título executivo. A entidade familiar responde, é caracterizada como “empregador”.  
 
Se o réu ou representante não estiverem presentes, há a revelia. O efeito da revelia é a confissão quanto a toda a matéria fática.  
 
Se o advogado do réu não aparecer? 1) tentar pedir ao juiz um adiamento da audiência. Ele provavelmente não fará isso, mas tudo que puder ajudar é válido. 2) se não deixar, o réu deve exercer o ius postulandi para evitar a revelia (não entrar na audiência porque o advogado não veio).  
 
E se o preposto não for, mas o advogado for? Há pena de confissão (ficta). É diferente da revelia. O diferente é que a defesa pode apresentar uma série de documentos que por si só acabem com a pretensão do autor. Numa revelia, não há essa possibilidade. Na pena de confissão, os documentos juntados previamente podem, se o juiz quiser, ser analisados. O posicionamento majoritário está na S. 74 que diz que o juiz não é obrigado a produzir nenhuma prova quando a parte não está lá para dar o depoimento pessoal. O TST entendeu (súmula 74) que não é cerceio de defesa quando a parte não está presente e o juiz indefere as demais provas. A prova pré-constituída nos autos pode ser utilizada. Não deve o juiz ficar preocupado com a verdade real. O juiz é livre para estabelecer o seu entendimento e produzir prova se ele quiser.  
 
Se no depoimento pessoal o preposto diz que o seu empregador (que ele está representando) é grosseiro, assediou o autor etc. Aí o advogado pede deferimento para a testemunha falar para tentar mudar o que o preposto falou. O juiz deve deferir? Não. Se a juíza defere e a testemunha fala “y”, quem deverá ter a razão? O juiz não tem que deferir a oitiva de testemunha. O réu confessou a pretensão do autor. Até porque, se a testemunha falar algo diferente de quem ela está ao lado, ela sairá da audiência presa por falso testemunho. Aquilo que já está confessado, não será ouvido.  
 
A confissão ficta é diferente da confissão real. Na primeira, há a presunção de veracidade que pode ser derrubada por documentos, etc. Quando há a verdade real, não há provas contra. A pessoa confessou.  
 
Mesmo na revelia, em que todos os fatos da inicial são presumidos verdadeiros, o juiz pode entender pela improcedência de algum pedido que não pareça crível. Até porque, muitas vezes, não há qualquer prova do autor que indique a possibilidade de ser verossímil.  
 
O advogado do empregador pode transformar uma testemunha em preposto caso este não esteja presente. Assim, evita a revelia e a confissão ficta. A carta de preposto pode ser juntada posteriormente em 48h por ser mera formalidade. Mesmo que já tenha carta nos autos, pode trocar.  
 
O TJSP tem um precedente de uniformização de jurisprudência que saiu esse ano que diz que a defesa tem que receber os documentos. O juiz é obrigado a receber a defesa e os documentos. Outras provas estão a critério dele, aplica-se a súmula.  
 
No caso da audiência fracionada em que o preposto do réu compareceu à audiência inicial, mas não foi na segunda, o juiz deverá receber a defesa (pois já foi entregue), mas ficará a seu critério ouvir testemunhas, etc. Na audiência una, ele decide se vai sequer receber a defesa etc.  
 
Se o advogado da parte for do jurídico interno, portanto carteira assinada, e o preposto falta, ele pode ser preposto? Ele deve sair dos autos como advogado e exercer o ius postulandi como preposto. É um empregado como outro qualquer se defendendo  
 
Se o autor disser que as empresas do polo passivo são um grupo econômico. Elas podem contratar um advogado e um preposto só? Depende. Se elas quiserem confessar que são um grupo econômico, sim.  
 
Você confirma que o preposto é empregado através da carteira de trabalho. Algumas varas permitem que seja juntada a carteira aos autos até 48h após a audiência. Mas, se ninguém perguntar ou pedir a carteira, valeu.  
 
Após o pregão, a primeira pergunta é se há proposta conciliatória (acordo). Não havendo, passamos às respostas (exceção, reconvenção e defesa) do réu. Dependendo de qual dessas hipóteses, os desfechos poderão ser diferentes. Se for exceção, ela poderá ser acolhida e os autos remetidos para outro lugar ou rejeitada e passa-se para a defesa. Se houver alegação de inépcia na defesa e esta for acolhida, haverá adiamento da audiência. Ou então pode ter reconvenção muito extensa e haver o adiamento também. Se não houve motivo para adiamento, em seguida vem a réplica (oral). Se a contestação trouxer muitos documentos, o autor pode pedir para adiar a audiência, sob pena de cerceio de defesa. Se o juiz não deixar, pede inversão de pauta, tambémsob pena de cerceio de defesa. Se também não deixar tem que ler na hora e sempre registrar esse cerceio de defesa. Após, depoimento pessoal e, em seguida, prova testemunhal. Se tiver perícia, ela vem antes do depoimento pessoal.  
 
 
Aula 10
O juiz em cada processo deve analisar o ônus da prova e começar ouvindo as testemunhas de quem tem o ônus da prova. Muitas vezes o juiz nao analisa a distribuição do ônus da prova, o tradicional nesse caso é começar pelo autor. Quem postula fala primeiro, de modo geral. O certo, no entanto, do ponto de vista processual, é analisar quem tem o ônus da prova. Quando uma testemunha está sendo ouvida, as outras devem esperar do lado de fora, para que não ouça a outra testemunha e viciar seu depoimento. Assim, o juiz é capaz de perceber as diferenças. Depois que prestar o depoimento, fica dentro da sala de audiência, pois pode haver acareação.  
Todas as pessoas podem ser testemunhas? Quem tem interesse no processo não pode ser. Toda testemunha antes de começar a depor, presta o compromisso de dizer a verdade, diferente de preposto e parte autora. A testemunha é alguém que vivenciou os fatos. A testemunha tem que ter vivido aqueles fatos. O preposto nao precisa ter presenciado os fatos, pode ter sido apenas instruído sobre eles.  
Contradita: o advogado que nao quer que a testemunha seja ouvido, tem que arguir a contradita dessa testemunha, alegando que tem interesse no processo, é parente, tem amizade intima, inimizade, etc. Tem que demonstrar a falta de isenção de ânimo. 
Há juizes totalmente flexíveis e outros totalmente rígidos. A prova testemunhal é muito importante, mas alguns juizes nao a levam a sério.  
Pode ser considerada com interesse aquela testemunha que tem ação contra a empresa?  
O TST tem uma súmula (357) em que expressamente estabelece que não há qualquer problema se a testemunha tiver processo contra a empresa. O fato de a testemunha ter ação na justiça nao a torna suspeita, salvo se comprovar inimizade contra a empresa. A ação pode denotar a inimizade.  
E se alguém for minha testemunha no processo contra a empresa, posso ser testemunha dessa pessoa em ação contra a mesma empresa? É chamado "troca de favores". Isso não é admitido.  
Se o juiz não concordar com a contradita, o advogado que suscitou deve registrar o protesto. O contrário também, se a contradita for acolhida e a testemunha nao for ouvida, não se pode produzir a prova. É preciso registrar o protesto. O recurso pedirá a nulidade da sentença por cerceamento de defesa.  
Amizade intima quer dizer um relacionamento extra profissional.  
Provas: pericial, testemunhal, etc 
 
No parentesco, testemunha que é parente do reclamante. Ela não pode ser ouvida em hipótese alguma ou como testemunha do réu? A preocupação da lei é nao levar alguém que possa te favorecer, no entanto, se quem esta protegido com essa questão legal, não esta preocupado com isso, então não deve haver impedimento. Os impeditivos legais não são gerais, seguem uma lógica processual de evitar que uma parte nao se favoreça de uma testemunha que foi para ajudar. É presumível que um marido, mãe, etc tenha o interesse de te ajudar quando convocado por você. Quanto à outra parte, ela pode chamar. O prejuízo será dela, pois nao se pode presumir que um parente é inimigo de outro. 
 
A contradita pode ter instrução própria em audiência. Podem ser chamadas testemunhas para demonstrar a falta de ânimo. 
 
Ordem da Oitiva das testemunhas e distribuição do ônus da prova  
 
O reclamante quer ouvir a testemunha do réu, que está lá fora. O ônus da prova é dele. O réu inclusive ja desistiu da sua prova, pois o reclamante nao levou ninguém e o ônus da prova era dele. Não há qualquer impedimento legal para isso. A testemunha é para ser ouvida pelo juiz. Não é usual por causa da celeridade processual, mas a testemunha é para o juízo, podendo ser ouvida.  
 
Testemunha referida/referenciada - o juiz adia a audiência para ouvir uma testemunha especifica.  
 
As provas vem depois da réplica. Em regra, toda vez que surge o interesse da perícia, essa é a hora. No entanto, a prof discorda desse procedimento. Para ela, em alguns casos deve ocorrer depois do depoimento pessoal, pois pode haver confissão e a perícia tornar-se desnecessária. O autor pode, por exemplo, dizer no seu depoimento que nunca trabalhou na área que tinha periculosidade. Pra que vai ser feita a perícia sobre a periculosidade daquela área? A perícia geralmente é feita antes de qualquer outra prova.   
 
Quem paga os honorários periciais? Quem tem interesse na perícia.  
 
Se o interesse é do juiz, é do autor o ônus de pagar a perícia. E quando o trabalhador é pobre e merece a gratuidade da justiça? Há um fundo próprio em cada tribunal para adiantar ao perito. Quem paga ao final vai ser quem perder o objeto da perícia. O perito precisa aceitar receber ao final, ou seja, receber da parte sucumbente no objeto da perícia. Se quem perder for parte hipossuficiente, será executado, se nao tiver nada pra pagar, paciência.  
 
Quando o perito aceita receber ao final, isso é bom para o réu ou é indiferente? É péssimo para o réu, pois um perito que recebe ao final tem grande tendência de condenar a empresa, que tem maior capacidade de pagar. Se o autor nao tem dinheiro para pagar no início e o perito só receber ao final, se der laudo contrário ao autor, ele já não tinha dinheiro para pagar... A tendência é o perito, dentro das possibilidades, dar o laudo negativo ao réu, pois receberá os honorários sucumbenciais.  
Aula 11
Perícia 
 
O que acontece se o juiz diz que não comporta a alegação de hipossuficiência do autor e que tem que haver o adiantamento do honorário pericial, sob pena de perda do objeto do pedido? Cabe recurso contra a decisão que indefere os honorários ao final? Decisão interlocutória não comporta recurso, mas o protesto nesse caso não resolverá nada. Não há como esperar a sentença. O que fazer? Deve entrar com mandado de segurança. Questão simulada pelo TST. Desembargador manda voltar o processo para prosseguir sem o adiantamento dos honorários. Aí cabe ao reclamante achar um perito que receba ao final.  
 
Caso da grávida que foi filmada roubando dinheiro. Mas ninguém sabe se era um assalto e ela estava pegando para dar ao bandido. De qualquer forma, ela é demitida por justa causa. O juiz, tendo em vista a situação, mandou reintegrá-la em audiência inicial. O que eu faço se não quero ela na minha empresa? Deve entrar com mandado de segurança.  
 
Ou seja, nos casos de deferimento ou indeferimento de questões em antecipação de tutela, o remédio cabível é o mandado de segurança já que não há análise. Aí cabe ver se este deve ser deferido ou não. No caso da perícia, já questão sumulada.

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