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Aula 06 Administração Geral p/ AFRFB - 2015 (com videoaulas) Professor: Rodrigo Rennó Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 Aula 6: Controle e Trabalho em Equipe Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir o seguinte item do edital: ¾ Controle administrativo: indicadores de desempenho; conceitos de eficiência, eficácia e efetividade; trabalho em equipe. Espero que gostem da aula! Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 50 Sumário Controle ............................................................................................ 3 Momento do Controle .......................................................................... 4 Controle Censitário e por Amostragem ........................................................ 6 Indicadores de Desempenho .................................................................. 10 Outros Conceitos Utilizados .................................................................. 17 Objetivos, Metas e Planos. ................................................................. 17 Público-alvo ................................................................................ 18 Qualidade dos Indicadores ................................................................... 19 Tipos de avaliação. Análise custo-benefício e análise custo-efetividade .................. 23 Métodos Quantitativos e Qualitativos ....................................................... 24 Sistema de medição de desempenho organizacional ........................................ 26 Trabalho em equipe .............................................................................. 27 Formação dos Grupos ......................................................................... 28 Equipes ........................................................................................ 29 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 39 Gabarito .......................................................................................... 48 Bibliografia ...................................................................................... 48 Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 50 Controle O controle é o processo administrativo que busca avaliar se os objetivos estão ou não sendo atingidos pela empresa. Através do monitoramento dos resultados e sua comparação com os resultados esperados ou planejados, podemos propor ações corretivas ou aprender com o que funcionou. O processo de controle, de acordo com Maximiniano, pode ser definido assim1: ³R� SURFHVVR� GH� FRQWUROH� FRQVLVWH� HP� ID]HU� D� comparação e em tomar a decisão de confirmar ou modificar os objetivos e os recursos empregados HP�VXD�UHDOL]DomR´. Sem um sistema eficaz de controle, o gestor não tem condições de tomar as decisões necessárias. Como decidir se não temos dados sobre o que está ocorrendo? Imagine se você tivesse que dirigir um carro com uma venda nos olhos. O resultado provavelmente não seria muito positivo para você, não é verdade? De nada valeria um excelente planejamento estratégico, por exemplo, se o controle não existir ou funcionar de modo frágil. Além disso, o controle permite que a instituição aprenda com seus erros e acertos. O sistema de controle lhe fornece, assim, um modo de monitorar os efeitos das decisões e ações tomadas e comparar com o que fora planejado anteriormente2. Quase todas as atividades, naturalmente, terão algum tipo de desvio (sejam desvios positivos ou negativos). Entretanto, uma avaliação dos motivos que levaram ao desvio também é importante para que a organização esteja sempre melhorando seus processos de trabalho. O processo de controle é formado por quatro etapas: o estabelecimento dos padrões (qual é o resultado esperado), o monitoramento do desempenho (coleta dos dados), a comparação com o planejado, e tomar ações corretivas (quando necessário). Abaixo, podemos ver cada etapa deste processo3: 1 (Maximiniano, 1995) 2 (Rennó, 2013) 3 (Sobral & Peci, 2008) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 50 Figura 1 ʹ Etapas do Processo de Controle Momento do Controle Uma das classificações que mais são cobradas em provas de concurso está relacionada com o tempo em que o controle ocorre. O processo de controle pode acontecer antes do que a atividade, de modo simultâneo e após a atividade ter sido encerrada. Assim sendo, seriam três os tipos de controle de acordo com o seu ³PRPHQWR´�� R� FRQWUROH� preventivo �SUpYLR� RX� ³H[-DQWH´��� R� FRQWUROH� simultâneo e o controle posterior RX�³H[-SRVW´� Estabelecimento dos padrões ?Definição dos resultados esperados da tarefa ou atividade. Monitoramento do desempenho ?Basicamente é um trabalho de coleta de informações. Determinamos o quê vai ser medido, como iremos medir (fontes de informação) e quando iremos medir e com que frequência. Comparação do resultado com o padrão ?análise dos resultados reais em comparação com o objetivo previamente estabelecido. Medidas corretivas ?Aprender com os erros e corrigí-los ou entender o que deu certo e padronizar. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 50 O primeiro tipo é o controle prévio. Este controle preventivo tem como objetivo a identificação e a prevenção dos problemas antes que eles efetivamente ocorreram4. Funciona, portanto, como um tipo de controle proativo, pois busca evitar que os problemas aconteçam. Como a atividade ainda nem começou, este tipo de controle visa verificar se os recursos e máquinas de uma empresa, por exemplo, estão em bom estado para que a atividade possa iniciar. Quando um avião está sendo vistoriado antes de levantar voo em um aeroporto, este tipo de controle está sendo efetuado. Se algo aparentar estar errado, o avião não poderá decolar. Já o controle simultâneo ocorre ao mesmo tempo em que a atividade está acontecendo. Como exemplo, teríamos o trabalho de supervisão de uma equipe. Com a evolução das tecnologias de informação, hoje é possível o controle em tempo real de diversas atividades. O trabalho de rastreamento de uma carga, como ocorre com os trens e navios modernos, não deixa de ser um processo de controle deste transporte. Este tipo de controle já seria um tipo controle reativo5. Outro controle que não consegue mais evitar o resultado negativo seria o controle ³H[-SRVW´� RX�SRVWHULRU��$OJXQV�DXWRUHV� DLQGD�R� FKDPDP�GH� FRQWUROH� SRU� feedback. Esse controle posterior busca avaliar qual foi o desempenho de uma atividade após esta ter acontecido. Com estes dados, podemos propor correções no processo ou atividade, de modo que os erros sejam sanados. Figura2 - Tipos de Controle de acordo com o momento Vamos ver como isto já caiu em provas? 4 (Daft, 2005) 5 (Sobral & Peci, 2008) Controle "ex- ante" ou preventivo Controle simultâneo Controle "ex-post" ou posterior Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 50 1 - (CESPE ± TJ-AC ± ANALISTA ± 2012) Os tipos de controle são o preliminar, que ocorre antes das operações iniciarem; o simultâneo, que ocorre enquanto os planos estão sendo implementados; e o de feedback, que enfoca o uso da informação sobre os resultados, no intuito de corrigir desvios em relação aos parâmetros aceitáveis. Exato. Existem alguns autores que chamam o controle posterior de controle por feedback. Não gosto muito desta definição, pois feedback quer dizer retroalimentação, que ocorre em todos os processos de controle. Entretanto, a definição está correta e o gabarito é questão certa. 2 - (CESPE ± ABIN / OFICIAL TÉCNICO ± 2010) O êxito de uma organização depende, em grande parte, do poder de controle exercido sobre os seus colaboradores. Como a maioria deles interioriza suas obrigações e cumpre voluntariamente seus compromissos, o controle é facilmente mantido nas organizações em geral. Questão bem fácil, não é mesmo? Claro que o processo de controle QmR�p�WmR�IiFLO�DVVLP��SRLV�PXLWRV�HPSUHJDGRV�QmR�VmR�WmR�³YROXQWiULRV´� assim e resistem ao controle de suas tarefas. O gabarito é, portanto, questão errada. Controle Censitário e por Amostragem Dentro dos métodos de controle, uma das questões é a capacidade ou não de utilizarmos métodos estatísticos para fazer uma avaliação correta e eficiente do processo que estamos controlando. Uma avaliação censitária ocorre quando inspecionamos item a item de um processo produtivo, por exemplo. Ou quando entrevistamos todas as pessoas de um departamento, em busca de uma avaliação de clima organizacional. Desse modo, é um controle mais caro, pois teremos de analisar toda D� ³SRSXODomR´� HQYROYLGD� QR� SURFHVVR�� 0XLWRV� GH� YRFrV� GHYHP� HVWDU� OHPEUDQGR�GR�VLJQLILFDGR�GR�QRPH�³Censo´. Um censo ocorre quando os pesquisadores do IBGE (no caso brasileiro) entrevistam todos (ou quase todos) os domicílios da nação, em busca de uma pesquisa mais extensiva e compreensiva. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 50 A ideia é a de ter uma visão mais complexa e completa possível dos dados disponíveis. Entretanto, é uma técnica demorada e que leva muito tempo para ser executada. Assim, sempre que possível devemos utilizar uma técnica de controle por amostragem. Através de métodos probabilísticos, XWLOL]DPRV�DSHQDV�XPD�³DPRVWUD´�GD�SRSXODomR�HQYROYLGD��GDt�R�QRPH�GD� técnica). Em uma pesquisa de intenção de voto para Presidente da República, por exemplo, são normalmente entrevistados cerca de dois ou três mil eleitores em um universo de mais de cem milhões de pessoas. O mesmo ocorre com o controle da produção, por exemplo. São feitos estudos para que possamos saber como escolher estas amostras de modo que o trabalho nos dê um resultado representativo de toda a população. Este controle por amostragem não é tão acurado, mas é muito mais rápido e barato de executar. È o método mais comum de controle nas entidades e organizações. Vamos ver mais algumas questões? 3 - (ESAF ± ATRFB ± ANALISTA ± 2009) Para uma adequada prática da função controle, é necessário saber que: a) todos os possíveis objetos devem ser controlados de forma censitária. b) o controle prescinde do estabelecimento de padrões. Censitário Amostragem Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 50 c) controlar é, eminentemente, comparar. d) o controle prévio não gera feedback. e) a avaliação quantitativa é preferível à avaliação qualitativa. O controle censitário é feito "um a um". Ou seja, toma um tempo danado para controlarmos assim, não é verdade. Normalmente, as empresas fazem o que chamamos de controle por amostragem, em que alguns itens representativos são controlados com a utilização das técnicas de cálculo de probabilidade. Assim, a letra A está errada. No caso da letra B, o controle não prescinde de padrões. Sem um padrão, não temos como saber se algum desempenho está de acordo com o desejado ou não. Já a letra C está perfeita e é o nosso gabarito. A letra D está equivocada, pois todos os tipos de controle geram feedback e seus resultados podem ser utilizados para a aprendizagem organizacional. Finalmente, o ideal é que a avaliação quantitativa seja utilizada em conjunto com a avaliação qualitativa (subjetiva), não sendo considerada "preferível". Portanto, o nosso gabarito é mesmo a letra C. 4 - (ESAF ± MPOG ± EPPGG ± 2009) Como ação administrativa, um mecanismo de controle será considerado eficientemente correto se: a) possuir caráter eminentemente repressor. b) permitir a identificação de desvios positivos. c) for levado a efeito ainda que seu custo supere o do objeto controlado. d) for censitário, quando poderia ser por amostragem. e) evitar o uso de padrões físicos, prestigiando, apenas, os monetários. A letra A está errada, pois o controle não deve ter um caráter repressor, de punição ou ameaça aos controlados. O objetivo é facilitar o alcance dos resultados individuais e organizacionais. Já a letra B está correta. Tanto os desvios negativos quanto os positivos devem ser identificados no processo de controle. Ou seja, GHYHPRV�VDEHU�R�TXH�GHX�HUUDGR�H�R�TXH�GHX�³PXLWR�FHUWR´��$VVLP��R�TXH� errado deve ser corrigido e o que deu certo deve ser replicado. A letra C é absurda, não é mesmo? Se o custo do controle é superior ao que deve ser controlado, não devemos controlar esse processo. Da mesma maneira, a letra D está errada porque é o contrário que deve ocorrer. Devemos controlar por amostragem sempre que possível. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 50 Finalmente, a letra E não faz sentido. O controle físico é importante, e nem sempre devemos nos ater a itens que podemos calcular seu valor em moeda. Assim sendo, o gabarito é a letra B. 5 - (FCC ± ARCE ± ANALISTA REG. ± 2006) Mensuração e comparação do desempenho real em relação a um padrão e tomada de ação gerencial para corrigir desvios ou padrões inadequados são etapas do processo de (A) organização. (B) planejamento. (C) coordenação. (D) controle. (E) liderança. Vejam como algumas questões da FCC são bem tranquilas. A banca apenas mudou a maneira de cobrar as quatro fases do processo de controle, não é mesmo? Acho que não ficou difícil ver nosso gabarito é a letra D. 6 - (FCC ± TRT/MT ± TÉCNICO ± 2011) Entre as funções administrativas no processo organizacional, o controle compreende a a) emissão de ordens, instruções, comunicação, motivação, liderança e coordenação. b) definição de objetivos, o diagnóstico da situação e um prognóstico a partir das informações diagnosticadas. c) definição de missão, visão, metas estratégicas e cenários prospectivos. d) definiçãode padrões, avaliação do desempenho, comparação do desempenho com o padrão estabelecido e ação corretiva. e) definição de metas, controle de processos, correção de procedimentos e feedback do processo. Mais uma vez a banca pede estas quatro fases do processo de controle: a definição de padrões, o monitoramento do desempenho, a comparação e a ação corretiva. Assim, o gabarito é a letra D. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 50 Indicadores de Desempenho Para que possamos saber como as organizações estão cumprindo, ou não, seu papel, nós precisamos de indicadores. Estes são como ³WHUP{PHWURV´�TXH�QRV�SHUPLWHP�DYDOLDU�FRPR�D�LQVWLWXLomR�HVWi�VH�VDLQGR� na realidade. Assim, são medidas que ajudam a compreensão sobre o funcionamento de uma atividade ou processo da empresa. De acordo com a Rua6: ³'H�XPD�PDQHLUD�VLPSOLILFDGD��os indicadores são medidas que representam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, de um serviço, de um SURGXWR�RX�GD�RUJDQL]DomR�FRPR�XP�WRGR�´ Todo dia nós ouvimos falar de indicadores. Quando um repórter diz na televisão que a taxa de mortalidade infantil caiu em alguma região, por exemplo, está utilizando um indicador. Deste modo, a utilização de indicadores facilita muito a tomada de decisões de um gestor. Através destas medidas, podemos identificar quais são os problemas, onde os gargalos do processo estão localizados, como a organização tem evoluído no tempo, dentre outras informações. Os indicadores que utilizamos são chamados de indicadores de desempenho. Eles são divididos em indicadores de esforços e indicadores de resultados. Sem indicadores de desempenho, não conseguimos medir. E sem medir, não conseguimos gerenciar7. Figura 3 ʹ Indicadores de Desempenho Os indicadores buscam medir diversos aspectos do funcionamento de uma organização, bem como das ações governamentais. Assim, devemos conhecer estes aspectos ou dimensões. As principais são: eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, excelência e execução. 6 (Rua) 7 (Souza, Said, Kock, Malachias, & Lapa, 2009) Esforços Resultados Desempenho Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 50 Estas seis categorias básicas de indicadores de desempenho são definidas pelo Gespública como divididas entre dois grupos, resultado e esforço8: Figura 4 - Indicadores da Dimensão Resultado. Fonte: (Ministério do Planejamento, 2009) 8 (Ministério do Planejamento, 2009) Eficiência ?é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. ?Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, ŵĂŶƚĞŶĚŽ ?ƐĞ�ŽƐ�ŽďũĞƚŝǀŽƐ� propostos. Indicadores de eficiência podem ser encontrados na Carta de Serviços com seus elementos de custos e em informações de sistemas estruturantes do Governo, como o SIAFI Eficácia ?é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). ?Por exemplo, se, na mesma campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de Serviços do órgão; Efetividade ?são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. ?A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado e à transformação produzida no contexto em geral. Esta classe de indicadores, mais difícil de ser mensurada (dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da instituição. Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuir a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Indicadores de efetividade podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 50 Figura 5 - Indicadores da Dimensão Esforço. Fonte: (Ministério do Planejamento, 2009) O Governo Federal tem uma concepção de uma cadeia de valor que identifica seis dimensões do desempenho9. Uma cadeia de valor, segundo Bennett e Wholey10, é: ³A cadeia de valor é definida como o levantamento de toda a ação ou processo necessário para gerar ou entregar produtos ou serviços a um beneficiário. É uma representação organizacional que permite melhor visualização do valor ou do benefício agregado no processo, sendo utilizada amplamente na definição dos resultados e impactos de organizações.´ Abaixo, podemos ver melhor estes indicadores na cadeia de valor: 9 (Palvarini, 2010) 10 (Bennett, 1976; Wholey, 1979) apud (Palvarini, 2010) Execução ?se refere à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA Excelência ?é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência podem ser encontrados no Instrumento de Avaliação da Gestão Pública (IAGP) Economicidade ?está alinhada ao conceito de obtenção e ao uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 50 Figura 6 - Fonte: (Martins e Marini) apud (Ministério do Planejamento, 2009) Podemos ver pelo gráfico que os processos e atividades envolvem insumos (inputs) que são utilizados para gerar produtos (bens, serviços etc.) diversos com o objetivo de alterar alguma situação na realidade, ou seja, criar impactos (outcomes). Assim, o governo emprega recursos financeiros, pessoas, materiais (inputs) visando produzir alguns produtos (outputs), como: atendimentos médicos, policiamento, aulas etc. Finalmente, os produtos devem gerar impactos na realidade. De nada adiantam aulas, por exemplo, se as crianças não aprendem. Assim, devemos medir estes impactos (outcomes). Abaixo, podemos ver o diagrama insumo-produto11, que aponta facilmente quais são os aspectos a serem medidos: Figura 7 - Diagrama insumo-produto. Fonte: Manual de Auditoria Operacional do TCU. 11 (Tribunal de Contas da União, 2010) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentadosProf. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 50 Abaixo podemos ter um resumo dos conceitos mais utilizados: Figura 8 - Eficiência, eficácia e efetividade. Vamos ver algumas questões agora? 7 ± (ESAF ± RFB ± ANALISTA ± 2012) Na questão abaixo, selecione a opção que melhor representa o conjunto das afirmações, considerando C para afirmativa correta e E para afirmativa errada. I. A implantação de um sistema automatizado de folha de pagamento capaz de reduzir redundâncias e erros é um exemplo de busca pela eficiência. II. A redução do número de funcionários e a terceirização de diversas funções é uma ação que promove o aumento da efetividade em um departamento. III. Eficiência e eficácia são excelentes parâmetros para a medida do desempenho organizacional por indicarem, respectivamente, ênfase no alcance e ênfase nos meios utilizados para alcançar um objetivo. a) E - E - C b) C - E - E c) C - C - E d) C - E - C e) E - C - E A primeira frase está certa. A implantação de um sistema automatizado deve gerar menos erros e uma maior velocidade do sistema de pagamento. ?Fazer bem alguma tarefa ?Utilizar da melhor forma os recursos ?Relacionado ao modo, ao meio de se fazerEficiência ?Fazer a coisa certa ?Atingir os resultados e metas ?Relacionado aos finsEficácia ?Impacto das ações ?Mudar a realidadeEfetividade Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 50 Com isso, a organização gastará menos tempo e recursos humanos para atingir seus objetivos. Isto significa que ela aumentará sua eficiência. A efetividade da organização é medida pela sua capacidade de impactar sua realidade, gerar as mudanças necessárias no meio externo. Isto não é relacionado diretamente com a redução do número de funcionários ou com algum programa de terceirização. Estas práticas podem ser até danosas para a capacidade de executar suas atividades. Assim, a segunda frase está equivocada. O mesmo ocorre com a última frase. A banca inverteu os conceitos de eficiência e eficácia. Portanto, o gabarito é a letra B. 8 - (ESAF ± RFB ± ANALISTA ± 2009) Assinale a afirmativa correta. a) Tudo que é efetivo também é eficiente. b) Tudo que é eficaz também é eficiente. c) Algo não pode ser efetivo se não for eficiente. d) Algo pode ser eficaz e não ser eficiente. e) Algo não pode ser eficaz se não for eficiente. O conceito de eficiência se relaciona com o uso dos recursos que temos disponíveis para atingir nossos objetivos. Portanto, quando falamos que alguém foi eficiente é porque esta pessoa utilizou os recursos que tinha de forma adequada. Já a eficácia seria fazer a coisa certa! O conceito é relacionado não com a utilização dos recursos, mas se atingimos realmente o objetivo que traçamos. Finalmente, a efetividade refere-se ao impacto das ações! Como a execução de um programa pode ou não alterar uma realidade. A primeira alternativa está errada, pois nem tudo o que é efetivo tem de ser, necessariamente eficiente. Podemos gastar muito mais do que o necessário, por exemplo, mas conseguir impactar a nossa realidade. Pelo mesmo motivo, a letra C também está equivocada. O mesmo poderia ser dito em relação à eficácia. Podemos ser eficazes, mas não sermos eficientes. Ou seja, podemos atingir nossos objetivos gastando mais recursos do que o necessário. Assim, a letra B e a letra E também estão incorretas e a letra D está correta e é o gabarito. 9 - (ESAF ± MPOG / EPPGG ± 2009) Ao avaliar um programa de governo, é necessário lançar mão de critérios cuja observação confirmará, ou não, a obtenção de resultados. Assim, quando se deseja verificar se um programa qualquer produziu efeitos (positivos ou negativos) no ambiente externo em que interveio, em Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 50 termos econômicos, técnicos, socioculturais, institucionais ou ambientais, deve-se usar o seguinte critério: a) eficiência. b) eficácia. c) sustentabilidade. d) efetividade. e) satisfação do beneficiário. Vejam que nesta questão o ponto principal é saber que os efeitos de um programa indicam se este foi efetivo. Desta forma, se um programa atingiu os efeitos que buscava no ambiente externo, ele teve efetividade. O gabarito é a letra D. 10 - (FGV ± BADESC ± ANALISTA ADM - 2010) Levando em consideração o uso de controles e indicadores de produtividade em um programa de educação, o percentual de crianças matriculadas e a avaliação da qualidade por meio de exames nacionais são, respectivamente, exemplos de: (A) eficácia e eficiência. (B) eficiência e eficácia. (C) efetividade e eficiência. (D) efetividade e eficácia. (E) eficácia e efetividade. Nesta questão, teremos de saber como classificar dois indicadores: o percentual de crianças matriculadas e a avaliação da qualidade do ensino por meio de exames nacionais. O percentual de crianças matriculadas é um caso típico de eficácia. Se tivéssemos falando de um indicador como: número de professores por aluno, por exemplo, seria um caso de medição de eficiência (utilização ideal dos recursos disponíveis, no caso - os professores). Portanto, o primeiro indicador é de eficácia. Já o segundo é um caso típico de avaliação de efetividade, pois tentamos medir como as ações no campo educacional afetaram a realidade (no caso, o nível educacional dos alunos). O gabarito é, então, a letra E. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 50 Outros Conceitos Utilizados Objetivos, Metas e Planos. Uma das mais frequentes dúvidas que escuto dos candidatos é: afinal, qual é a diferença entre um objetivo é uma meta? Um objetivo é um estado (ou situação) desejado. Ou seja, é aonde TXHUHPRV� ³FKHJDU´�� 3RU� H[HPSOR�� R�JRYHUQR�SRGH�GHILQLU� FRPR�REMHWLYR� reduzir o número de jovens com menos de 15 anos fora das escolas. Desse modo, é um conceito qualitativo ± não temos como quantificá-OR� DLQGD�� e� R� TXH� SRGHUtDPRV� FKDPDU� GH� XP� ³QRUWH´�� XPD� E~VVROD�SDUD�VDEHUPRV�TXDO�p�R�³GHVWLQR´�GHVHMDGR�� Este objetivo, porém, deve ser quantificado! Assim, para que a administração possa distribuir seus recursos ela deve saber quantas pessoas devem ser incluídas no programa e quando (exemplo: 150 mil alunos até dezembro de 2013). Isto agora virou uma meta! Uma meta já é um conceito quantitativo. É, de certa forma, um objetivo em que determinamos quem será o responsável, qual será o prazo e qual será o resultado detalhado a ser atingido. Assim, uma meta é um desdobramento de um objetivo. Com ela, podemos controlar e avaliar melhor a execução de um planejamento. Isto RFRUUH��SRLV�XP�REMHWLYR�ILQDO�SRGH�VHU�PXLWR�³GLVWDQWH´�� 'HVWD�PDQHLUD��GHYHPRV�³TXHEUDU´�HVWH�REMHWLYR�HP�GLYHUVDV�PHWDV� intermediárias. O somatório destas metas nos levará então a atingir o nosso objetivo. Imagine caso de um candidato que conheci: ele iniciou seus estudos no ano retrasado. Seu objetivo era passar em um bom concurso, para poder dar uma melhor qualidade de vida a sua família. Entretanto, ele sabia que ainda estava distante deste sonho. Sua primeira meta foi a de não ser eliminado nas provas (atingir a notamínima) em alguma prova naquele ano. Com o tempo, esta meta foi atingida. Após isto, passou a ter a meta de ter suas redações corrigidas em algum concurso de 2010. Ele conseguiu atingir esta também. 6XD�PHWD�SRVWHULRU�p�D�GH�VHU�FODVVLILFDGR�³IRUD´�GDV�YDJDV�GHQWUR� deste ano. Por fim, sua meta final será a de atingir a aprovação dentro das vagas ± portanto, atingindo assim seu objetivo inicial! Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 50 Para isto, ele precisa desenvolver um plano de ação ± ou seja, as ações que serão necessárias para que ele atinja seus objetivos12. Desta maneira, ele detalhou todas as matérias que necessita aprender e os horários detalhados para cada uma delas dentro da semana. Público-alvo Toda, ou quase toda, ação governamental tem como objetivo atingir um grupo de pessoas. Quando o governo está lançando um programa de combate aos efeitos da seca no Nordeste, tem em mente ajudar aos moradores dos municípios atingidos. Assim, se o programa buscar melhorar o nível educacional de crianças freqüentadoras de escolas públicas com idade entre 7 e 12 anos, este é o público-alvo do programa. Naturalmente, a definição do público-alvo é importante tanto no processo de planejamento quanto no de controle das ações governamentais. Uma avaliação deve buscar medir como os beneficiários diretos (o público-alvo) foram atendidos, bem como avaliar o efeito nos beneficiários indiretos (aqueles que, apesar de não pertencerem ao público-alvo, foram impactados positivamente). Um exemplo de beneficiário indireto do programa Bolsa Família, por exemplo, seriam os donos de supermercados em cidades do interior do Nordeste. Como estas cidades contêm muitos beneficiários diretos do programa, as receitas desses empreendimentos acabaram sendo aumentadas, pois seus clientes passaram a receber uma renda maior. Outro aspecto a ser analisado é o da cobertura do programa. Nem sempre a política pública ou o programa governamental tem como objetivo, ou consegue, atender a 100% do público-alvo (seja por limitações financeiras, logísticas, etc.). Assim, a cobertura refere-se ao percentual do público-alvo efetivamente atendido pelo programa. 12 (Schemerhorn Jr. 2008) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 50 Qualidade dos Indicadores De acordo com o TCU13, os principais atributos ou qualidades de um indicador devem ser: 9 Confiabilidade: a fonte de dados utilizada pelo indicador deve ser confiável, fidedigna; 9 Adaptabilidade: capacidade de resposta às mudanças de comportamento e exigências dos clientes. Os indicadores podem tornar-se desnecessários ao longo do tempo e devem ser eliminados ou substituídos por outros de maior utilidade; 9 Atualização periódica: o indicador deve permitir atualização de forma a representar a situação mais atual possível; 9 Representatividade: deve expressar bem a realidade que representa ou mede; 9 Disponibilidade: facilidade de acesso para coleta, estando disponível a tempo, para as pessoas certas sem distorções, servindo de base para que decisões sejam tomadas; 9 Simplicidade: o indicador deve ser de fácil entendimento, qualquer pessoa deve ser capaz de tirar conclusões a partir da análise do indicador; 9 Acessibilidade: o indicador deve apresentar facilidade e possibilidade de acesso às informações primárias para sua medição; 9 Economicidade: o indicador deve mostrar-se economicamente viável, não deve ser gasto tempo demais procurando dados, muito menos pesquisando ou aguardando novos métodos de coleta; 9 Estabilidade: o indicador deve permanecer estável ao longo de um determinado período, permitindo a formação de uma série histórica; 9 Rastreabilidade: facilidade de identificação da origem dos dados, seu registro e manutenção; 9 Praticidade: o indicador deve realmente funcionar na prática e permitir a tomada de decisões gerenciais. Vamos ver algumas questões sobre estes conceitos? 13 (Tribunal de Contas da União, 2009) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 50 11 ± (ESAF ± RFB ± ANALISTA ± 2012) Na questão abaixo, selecione a opção que melhor representa o conjunto das afirmações, considerando C para afirmativa correta e E para afirmativa errada. I. Validade, confiabilidade e complexidade são consideradas propriedades essenciais de um indicador de desempenho. II. A sensibilidade é a capacidade que um indicador possui de nunca refletir as mudanças decorrentes das intervenções. III. Os indicadores são usados distintamente nos níveis estratégicos organizacionais e os indicadores de processos, em geral, ocupam os níveis operacionais. a) E - E - C b) C - E - E c) C - C - E d) C - E - C e) E - C - E A primeira frase está equivocada, pois os indicadores devem ser simples, e não complexos. A complexidade não é uma qualidade desejável em um indicador. A segunda frase também está incorreta. A banca inseriX�XP�³QXQFD´� na frase que invalidou a afirmativa. A sensibilidade é a capacidade do indicador de refletir as mudanças geradas pelas intervenções. Finalmente, a última frase está certa. Na visão de Rua, os indicadores podem ser classificados em14: 9 Indicadores Estratégicos: orientados à visão e aos objetivos estratégicos da organização; 9 Indicadores de Processo: orientados ao acompanhamento e à avaliação do desempenho do processo. 9 Indicadores de Projeto: voltados a monitorar e avaliar a execução de projetos. Desta maneira, o gabarito da banca é mesmo a letra A. 12 - (ESAF ± MPOG ± APO -2008) A avaliação de desempenho governamental ± em suas várias dimensões e modalidades ± representa um poderoso instrumento gerencial, capaz de subsidiar 14 (Rua, 2004) apud (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI, 2010) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 50 o processo decisório e de lançar luz sobre a lógica das intervenções públicas em geral: políticas, programas e projetos. Abaixo encontram-se alguns enunciados sobre os conceitos de eficácia e efetividade, centrais à avaliação do desempenho governamental. Identifique os que são Falsos e Verdadeiros e depois assinale a resposta correta. ( ) Objetivo é a situação que se deseja obter ao final da implementação de uma política, programa ou projeto, mediante a aplicação dos recursos e da realização das ações previstas. ( ) O conceito de eficácia se refere ao grau em que se alcançam os objetivos e metas do projeto na população beneficiária, em um determinado período de tempo, em relação aos custos implicados. ( ) Efeito é todo comportamento ou acontecimento que se pode razoavelmente dizer que sofreu influência de algum aspecto da política, programa ou projeto. ( ) Os efeitos procurados correspondem aos objetivos que a intervenção pretendia atingir, sendo, por definição, previstos e positivos.( ) Os efeitos não procurados são diretos, podendo ser positivos ou negativos, e resultam de falhas na elaboração do programa ou projeto e/ou a limitações do conhecimento disponível sobre uma determinada área ou assunto. ( ) Efetividade constitui a relação entre os resultados obtidos e o objetivo. a) V, F, V, V, V, V b) V, F, V, V, F, V c) V, F, V, V, V, F d) V, F, F, V, V, V e) V, V, F, F, F, V A primeira frase está correta. Um objetivo é realmente uma situação futura desejada. Para atingi-la, o poder público utilizará de seus recursos. Já a segunda frase está errada. A eficácia não se relaciona com os custos de uma ação ou programa. Este ponto é avaliado na economicidade. No caso da terceira afirmativa, a frase está perfeita. O efeito de um programa é avaliado através das mudanças reais ocorridas na realidade e que podem ser atribuídas ao programa. A quarta Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 50 e a quinta frase foram retiradas do texto de Santos e Cardoso15. De acordo com os autores, ³Um programa deve ter efeitos procurados, previstos, positivos e relevantes. Efeitos procurados são aqueles que inicialmente se pensou em atingir com o programa; são previstos porque não se pode procurar ou desejar o que se desconhece e positivos porque não seria lógico elaborar programas para conseguir resultados negativos à luz da imagem-objetivo. Podem ocorrer outros efeitos não procurados, previstos no momento de elaborar o programa. São positivos, quando se trata de consequências não centrais para os propósitos estabelecidos mas valiosas por outras considerações, ou negativos, quando podem prejudicar o possível êxito do programa. Neste último caso, tenta-se minimizar seu impacto. Também haverá efeitos não-intencionais, surgidos em decorrência de limitações do conhecimento disponível ou por desinformação daqueles que elaboraram o programa e relevantes, GR�SRQWR�GH�YLVWD�GRV�UHVSRQViYHLV�SHOR�SURJUDPD�³ Portanto, os efeitos procurados serão, naturalmente, positivos (ninguém busca algo negativo, não é mesmo?) e previstos (porque ninguém busca o que não conhece ou espera). Assim, a quarta frase está certa. Já a quinta afirmativa está incorreta porque os efeitos não procurados não são diretos e sim indiretos. Finalmente, a letra E está certa e exprime uma correta definição de efetividade. Assim, o gabarito é a letra B. 13 - (FCC ± TRT/PR ± ANALISTA ADM ± 2010) O indicador de desempenho que afere os impactos gerados pelos produtos e serviços, processos ou projetos de um determinado sistema (organização, programa, política pública, rede) no beneficiário final, é denominado indicador de (A) efetividade. (B) eficiência. (C) eficácia. (D) economicidade. 15 (Santos & Cardoso, 2001) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 50 (E) excelência. Como já vimos acima, quando estamos avaliando o impacto gerado por um programa, projeto ou processo estamos nos referindo à efetividade. A eficiência se refere à utilização dos recursos da melhor maneira possível, portanto a alternativa B está incorreta. No caso da letra C, a eficácia se refere aos produtos entregues, aos REMHWLYRV�RUJDQL]DFLRQDLV��e�UHODFLRQDGR�FRP�³ID]HU�D�FRLVD�FHUWD´��'HVWD� forma, a letra C está errada. E economicidade se relaciona com a melhor utilização dos recursos financeiros. Já a excelência se relaciona com os requisitos de qualidade que os clientes necessitam ou desejam. Portanto, nosso gabarito é a letra A. Tipos de avaliação. Análise custo-benefício e análise custo-efetividade Existem dois tipos de análises: a análise custo-benefício e a análise custo-efetividade. A primeira é bastante simples de se compreender e, de certa forma, todos a fazemos em nossas vidas particulares. A análise custo-benefício (ACB) busca comparar, como o próprio nome diz, os benefícios que recebemos contra os custos que tivemos. Assim, todo projeto ou política que possa ser analisado de forma econômica monetária (dinheiro), podemos utilizar este tipo de análise. Assim sendo, se um projeto tem um benefício maior do que estimamos será seu custo, consideramos este projeto como viável16. Se o projeto A tem um custo-benefício mais baixo do que o estimado para o projeto B, este será o escolhido. Entretanto, a maior parte dos projetos no setor público não podem ser medidos por meio de indicadores monetários. Quando o governo está lançando um novo plano de segurança pública, por exemplo, não terá como avaliar as alternativas de ação baseado apenas em retornos econômicos. Para isso, existe a análise custo-efetividade. De acordo com Cohen: ³VXD�SDUWLFXODULGDGH�UDGLFD�HP�FRPSDUDU�RV�FXVWRV� com a potencialidade de alcançar mais eficaz e eficientemente os objetivos não expressáveis em PRHGD�´ 16 (Cohen & Franco, 1993) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 50 Na análise custo-efetividade (ACE), os custos continuam sendo medidos em moeda, mas os objetivos são: menor criminalidade, maior expectativa de vida, melhor acesso ao Judiciário etc. De certo modo, a análise faz o caminho contrário da ACB. Em vez de analisar qual é o projeto que me dá o maior benefício com o custo estimado, a ACE analisa qual, das alternativas, me dá o benefício esperado (menor criminalidade, por exemplo) com o menor custo. De acordo com Quade17: ³$�DQiOLVH�SRGH�IRUQHFHU�QmR�Vy�D�LQIRUPDomR�GRV� menores custos para alcançar certo objetivo dado, mas também pode proporcionar dados sobre os custos ou preços de alcançar diferentes objetivos, ou conjunto de objetivos, mediante diferentes sistemas alternativos, para que aquele que toma as decisões esteja melhor preparado para escolher entre as distintas possibilidades sobre a base de seu sistema de SUHIHUrQFLDV�´ Desta maneira, ambas as análises são utilizadas para que um gestor possa escolher entre projetos e políticas públicas alternativas. Métodos Quantitativos e Qualitativos Para analisar uma política pública podemos utilizar dois métodos: A análise quantitativa e a análise qualitativa. A análise quantitativa mede resultados objetivos, que podem ser mais facilmente mensurados. Assim, podemos fazer uma avaliação da mortalidade infantil, por exemplo, somando o número de crianças que não sobrevivem até certa idade. Este será sempre um número x de crianças, um percentual. Entretanto, esse tipo de avaliação não é tão fácil quando devemos avaliar a mudança em aspectos mais subjetivos (como a confiança, o medo etc.). Ou seja, não temos como fazer uma medição objetiva da percepção da população quanto a criminalidade em sua cidade, por exemplo. Para isso, necessitamos de avaliações qualitativas. Essas buscam exatamente medir e acompanhar as mudanças em fatores subjetivos. Antigamente, essas análises eram desacreditadas e evitadas. Apesar disso, atualmente é desejável que equilibremos os métodos quantitativos e qualitativos para que tenhamos uma visão mais balanceada 17 (Quade, 1982) apud (Cohen & Franco, 1993) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentadosProf. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 50 e mais ampla da política pública (muitas vezes, mais importante do que o ³IDWR�FRQFUHWR´�p�D�SHUFHSomR�GD�SRSXODomR�VREUH�HVVH�³IDWR´���� Vamos ver agora algumas questões? 14 - (CESPE ± IPAJAM / ASSISTENTE SOCIAL - 2010) A avaliação ex-ante não permite a análise custo-benefício, e a ex-post não distingue projetos concluídos de projetos em andamento. A análise custo-benefício pode sim ser feita antes do início do projeto ou programa. Assim, pode ser feita na avaliação ex-ante (preliminar). Além disso, A avaliação ex-post (posterior) consegue distinguir entre os projetos concluídos e os em andamento. Portanto, o gabarito é questão errada. 15 - (CESPE ± MS / GESTÃO - 2008) A análise de custo-benefício difere da análise de custo-efetividade em sua aplicação, uma vez que a primeira é utilizada quando os resultados são dificilmente monetizáveis e a segunda destina-se a valorizar tanto os custos como os resultados em termos monetários. A questão está incorreta, pois inverteu os conceitos. É a análise custo-benefício (ACB) que é utilizada quando os custos e resultados podem ser mensurados e acompanhados monetariamente. Já a análise custo efetividade (ACE) é mais adequada a situações em que essa mensuração monetária não é possível ou não é adequada. Portanto, o gabarito é questão errada. 16 - (CESPE ± CEF / ENGENHEIRO ± 2006) O controle tem caráter de acompanhamento e uma visão punitiva para erros cometidos no processo administrativo. Um sistema de controle busca garantir que os objetivos estão sendo alcançados. Ele também é importante porque até os melhores planos podem dar errado, não é mesmo? Desta forma, precisamos saber os motivos dos acertos e dos erros decorrentes dos nossos planos. Assim, aprendemos com nossos erros e aumentamos a chance de sucesso. A questão está errada, pois o objetivo do controle não é só de acompanhamento (monitoramento), mas também de correção de desvios. Além disso, não deve ter uma visão punitiva, mas de aprendizado. O gabarito é questão incorreta. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 50 Sistema de medição de desempenho organizacional A existência de um sistema de medição do desempenho organizacional é fundamental para que a mesma possa ser gerenciada. Estamos falando de um sistema porque esses são um conjunto de práticas e indicadores que possibilitam uma visão mais global dos resultados da empresa. Antigamente, os sistemas de controle só englobavam índices financeiros e contábeis. De certa maneira, estavam voltados somente para R�³SDVVDGR´��RX�VHMD��RV�GDGRV�GD�SHUIRUPDQFH�DQWHULRU�GD�RUJDQL]DomR� Atualmente, os sistemas de medição de desempenho devem ser mais abrangentes, abrangendo desde os dados financeiros até as informações relativas a: participação de mercado, satisfação dos usuários, investimento em novos produtos e serviços, etc. Assim, os sistemas de medição de desempenho devem mostrar como a organização está se saindo. As medidas do desempenho seriam, de acordo com Hronec18, XPD�PHGLGD�GRV�³VLQDLV�YLWDLV´�GD�RUJDQL]DomR��SRLV� informam às pessoas o que estão fazendo, como estão se saindo e o se estão agindo como parte do todo. Portanto, dentro de uma visão estratégica, o controle deve ser feito de modo a incluir indicadores de todos os aspectos importantes para que a organização atinja seus objetivos estratégicos, sua missão e sua visão. De acordo com Anthony e Govindarajan19, ³2V� VLVWHPDV� GH� DYDOLDomR� GH� GHVHPSHQKR� VmR� criados a partir da seleção de parâmetros adequados a estratégias e devem permitir um adequado equilíbrio dos parâmetros de avaliação HP�WRGRV�RV�QtYHLV�GD�HPSUHVD´ Deste modo, para que possamos executar de modo eficiente o planejamento estratégico, devemos utilizar sistemas de indicadores de desempenho. Assim, poderemos acompanhar, corrigir e melhorar o desempenho da organização. De acordo com Miranda et al20, alguns dos modelos de sistemas de medição do desempenho foram os a seguir resumidos: 18 (Hronec, 1994) apud (Porto & Estrada, 2004) 19 (Anthony e Govindarajan, 2002) apud (Porto & Estrada, 2004) 20 (Miranda et AL, 2002) apud (Oliveira, 2006) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 50 Figura 9 - Modelos de Sistemas de Medição. Adaptado de: (Miranda et AL, 2002) apud (Oliveira, 2006) Trabalho em equipe Uma organização é formada por diversas pessoas. Isto acontece porque suas atividades e processos demandam mais esforço e conhecimento do que uma pessoa só poderia fornecer. Desta forma, todas as organizações são compostas por grupos de pessoas, reunidas para alcançar um objetivo. Um grupo de pessoas poderia ser definido como21: ³XP� FRQMXQWR� GH� GRLV� RX� PDLV� LQGLYtGXRV� TXH� estabelecem contatos pessoais, significativos e propositais, uns com os outros, em base de continuidade, para alcançar um ou mais objetivos FRPXQV´� 21 (Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010) Balanced Scorecard: objetivo é traduzir a visão e a estratégia da empresa. Seu foco são as perspectivas: financeira, cliente, processos internos do negócio e aprendizado e crecimento; SMART: baseado na estratégia empresa e orientado para o cliente. Seus focos: financeiro, mercado, satisfação do consumidor, flexibilidade, produtividade, qualidade, entrega, tempo de processo e custo. Modelo proposto por Schiemann e Lingle: Seus focos: mercado, financeiro, pessoas, operações, ambiente e parceiros e fornecedores; Sistema de Mensuração baseado no Modelo de Input-Processamento- Output: objetivo é identificar os mais importantes fluxos de trabalho da organização. Seus focos são: inputs, processos, outputs e satisfação do consumidor. Sistema de Mensuração Baseado em Benchmarks: O seu foco não é definido. Seu objetivo é ter um painel amplo de medidas que inclua medidas financeiras e não-financeiras Modelo de Relacionamento Qualidade-Lucro: Seus focos são: Qualidade interna, satisfação do consumidor, lealdade do consumidor e lucro Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 50 Os grupos em uma organização podem ser formais e informais22. Os grupos formais podem ser visualizados pela estrutura organizacional, ou seja, pelos componentes de cada setor ou departamento. As pessoas que compõem uma área da organização fazem parte de um grupo, as que fazem parte de outro departamento são integrantes de outro grupo etc. Já um grupo informal não é facilmente identificado. Estes grupos são formados por pessoas que têm interesses comuns, relacionamentos de amizade etc. Estes grupos se formam pela necessidade que temos de interagir com outras pessoas no ambiente de trabalho. Formação dos Grupos Os grupos são formados em um processo de quatro a cinco fases: formação, erupção, normalização, realização e encerramento (nos casos em que isto acontece)23.22 (Rennó, 2013) 23 (Robbins, 2004) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 50 Figura 10 - Fases da formação de um grupo Equipes Existe outro tipo de agrupamento de pessoas que consegue obter melhores resultados para suas organizações: as equipes. Os estudos já realizados indicam que as equipes superam os grupos normais quando uma atividade demanda múltiplas habilidades, maior capacidade de análise e de experiência24. Outro aspecto importante é que as equipes demonstram-se mais flexíveis e adaptam-se melhor aos desafios das organizações que estão em ambientes dinâmicos. Uma equipe, de acordo com Chiavenato25, 24 (Robbins, 2004) 25 (Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010) Formação ?Pessoas se conhecem e as regras de funcionamento e comportamento dentro do grupo são estabelecidas Erupção ?Formação dos primeiros conflitos, geralmente relacionados com a disputa pelo controle do poder e restrições ao individualismo Normalização ?Já existe uma coesão dentro do grupo e o relacionamento já está mais firme. Está claro para seus membros quais são os comportamentos aceitáveis dentro do grupo. Realização ?Estrutura do grupo já está plenamente funcional e as energias já são gastas na realização das atividades. Encerramento ?Aqui o grupo já se prepara para terminar seu trabalho e entregar seu resultado final Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 50 ³é um grupo de pessoas com habilidades complementares e que trabalham em conjunto para alcançar um propósito comum pelo qual são coletivamente responsáveis´ Assim, as equipes de trabalho geram sinergia positiva através de uma coordenação de seu trabalho, ou seja, o somatório de seu resultado é maior do que seria o somatório dos resultados isolados de seus membros26. Figura 11 - Evolução do trabalho coletivo. Adaptado de: (Rennó, 2013) Uma equipe seria, portanto, uma evolução dos grupos de trabalho. De acordo com Moscovici27��³um grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento´� Assim sendo, muitas empresas incentivam a criação de equipes de trabalho, pois sabem que estas equipes favorecem o alcance dos objetivos. De acordo com Chiavenato, as principais diferenças entre um grupo e uma equipe de trabalho são28: 26 (Rennó, 2013) 27 (Moscovici, 1994) apud (Macêdo, Rodrigues, Johann, & Cunha, 2007) 28 (Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010) Trabalho Individual Grupos Equipes Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 50 Figura 12 - Diferença entre grupos e equipes - Fonte: (Chiavenato, Administração nos novos tempos 2010) De acordo com Robbins, existem quatro tipos principais de equipes29: 9 Equipes de soluções de problemas ± são formadas geralmente por pessoas do mesmo departamento, que se reúnem para analisar melhorias de qualidade, no ambiente de trabalho ou de eficiência. Os membros trocam informação e sugerem alternativas aos problemas encontrados. Normalmente, estas equipes não contam com a autonomia para implementar as sugestões por si só. 9 Equipes Multifuncionais (cross-functional) ± equipes formadas por membros de vários departamentos, normalmente do mesmo nível hierárquico, que se juntam para realizar uma atividade. Um exemplo deste tipo de equipe são as forças- tarefa. 9 Equipes autogerenciadas ± são formadas por funcionários que executam atividades relacionadas ou interdependentes. Estes membros da equipe tomam muitas das responsabilidades de um supervisor, pois planejam e distribuem as tarefas envolvidas no trabalho, controlam os resultados e chegam até a escolher os membros da equipe. 9 Equipes virtuais ± os membros deste tipo de equipe utilizam as tecnologias de informação para trabalhar juntos e atingir seus objetivos. Através de instrumentos como e-mails, 29 (Robbins, 2004) Grupos Objetivo é trocar informações Não tem sinergia Responsabilidade é individual Habilidades randômicas e variadas Relacionamento é informal e solto Equipes Objetivo é o desempenho coletivo Sinergia positiva Responsabilidade coletiva Habilidades complementares Relacionamento é coeso e firme Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 50 videoconferências e a internet conseguem trocar informações e interagir. Esta forma possibilita que pessoas possam trabalhar de qualquer lugar do mundo. Pode conter apenas pessoas de dentro da mesma organização ou integrar pessoas de organizações diferentes. Para que uma equipe tenha sucesso, são necessárias algumas habilidades30: Habilidades de Comunicação ± sem uma comunicação eficaz entre os membros da equipe, será muito difícil atingir os resultados desejados. Os canais de comunicação devem estar sempre abertos; Habilidade de Autogerenciamento ± A equipe deve, em conjunto, ultrapassar obstáculos por meio da construção de um senso de propriedade, responsabilidade, compromisso e eficiência de cada membro, encorajando a total participação e autocrítica para melhorar incessantemente as condições de trabalho; Habilidades de Liderança ± Devem existir oportunidades para que todos exerçam a liderança. Cada membro deve aprender a organizar, colaborar, planejar, facilitar, relacionar e servir como coach e mentor; Habilidades de Responsabilidade ± Cada membro da equipe é responsável não só pelo seu trabalho, mas também pelo trabalho dos seus colegas. A responsabilidade do trabalho é compartilhada por todos; Habilidade de Apoio à Diversidade ± Quanto mais diversificada a equipe tanto maior sua habilidade de responder a novos problemas e apresentar novas soluções. Os preconceitos devem ser evitados. Pessoas FRP�³SHUILV´�GLIHUHQWHV�WUD]HP�QRYDV�LGHLDV�H�SRQWRV�GH�YLVWD�TXH�SRGHP� acrescentar e enriquecer o trabalho da equipe; Habilidade de Retroação e Avaliação ± Sem aprender com os erros passados, nenhuma equipe cresce. Devemos incentivar a autocrítica e a busca pelo auto-aprendizado constante; Habilidade de Planejamento Estratégico ± Em vez de responder a problemas com respostas isoladas, a equipe deve utilizar o planejamento estratégico para mapear os desafios e oportunidades de modo participativo; Habilidade de Conduzir Reuniões Bem-sucedidas ± Não deve existir perda de tempo com reuniões longas e pouco produtivas. A equipe deve aprender a utilizar técnicas de modo que as reuniões sejam curtas e produtivas; 30 (Clock e Goldsmith) apud (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 50 Habilidade de Resolver Conflitos ± A equipe deve aprender a resolver problemas, negociar colaborativamente,responder a situações difíceis e resolver conflitos internos; Habilidades de Desfrutar ± O trabalho não deve ser encarado como XPD�³SHQD´�SDUD�RV�PHPEURV�GD�HTXLSH��$SUHQGHU�D�JRVWDU�GR�WUDEDOKR� que é feito e desfrutar dos momentos juntos é importante para que a equipe tenha sucesso. Vamos ver algumas questões deste tema? 17 - (ESAF ± ATRFB ± ANALISTA ± 2009) O trabalho em equipe pressupõe que a (o): a) equipe trabalhe, simultaneamente, no mesmo locus. b) líder delegue responsabilidade. c) líder seja sempre democrático. d) crítica seja evitada. e) diversidade seja respeitada. De acordo com Clock e Goldsmith31, para que uma equipe tenha sucesso são necessárias algumas habilidades. Dentro delas, temos a habilidade de Apoio à Diversidade. Conforme os autores descrevem, quanto mais diversificada a equipe, tanto maior sua habilidade de responder a novos problemas e apresentar QRYDV�VROXo}HV��2V�SUHFRQFHLWRV�GHYHP�VHU�HYLWDGRV��3HVVRDV�FRP�³SHUILV´� diferentes trazem novas ideias e pontos de vista que podem acrescentar e enriquecer o trabalho da equipe. As demais alternativas não trouxeram situações que seriam obrigatórias para um bom trabalho em equipe. Desse modo, o gabarito é mesmo a letra E. 18 ± (ESAF ± RFB ± AUDITOR ± 2012) Considerando-se que uma equipe é um conjunto de pessoas com conhecimentos complementares, que trabalham em conjunto, partilhando a responsabilidade, é correto afirmar que a) o resultado obtido seja menor ou igual à soma das contribuições individuais alcançadas. b) haja aumento da satisfação psicológica e das dificuldades de comunicação interpessoal. 31 (Clock e Goldsmith) apud (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 50 c) a tomada de decisões melhore em função do aumento do número de alternativas de solução. d) haja um aumento gradual do controle exercido pelo coordenador para garantir a disciplina do grupo. e) o comprometimento seja diluído em função das tarefas delegadas embora a solidariedade aumente. As equipes geram sinergias positivas. Assim, o resultado é maior do que a soma das contribuições individuais. A letra A está errada. O mesmo ocorre com a letra B, pois as equipes não pioram a comunicação interpessoal, pelo contrário. Já a letra C está correta, pois o trabalho em equipe promove, pelo envolvimento de todos no processo decisório, uma maior geração de alternativas. A letra D está claramente errada, pois o trabalho em equipe não deve ser acompanhado por um maior controle exercido por um chefe. O mesmo acontece com a letra E, pois o comprometimento deve ser maior do que nos grupos normais. O gabarito é mesmo a letra C. 19 - (FGV ± SEFAZ-RJ ± AUDITOR ± 2011) A base fundamental do trabalho de cada executivo está na equipe. Ela constitui a sua unidade de ação, a sua ferramenta de trabalho. Com ela, o executivo alcança metas e produz resultados. Para tanto, ele precisa saber como escolher sua equipe, como desenhar o trabalho para aplicar as competências dela, como treinar e preparar a equipe para aumentar sua excelência, como liderar e impulsionar a equipe, como motivá-la, como avaliar o seu desempenho para melhorá-lo cada vez mais e como recompensá-la para reforçar e reconhecer seu valor. Essa é a sua praia. Trabalhar com a equipe passa a ser a atividade principal do executivo como gestor de pessoas. Mas lidar com equipes exige cuidados especiais. Há uma variedade de tipos de equipes, conforme descrito nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. (A) Equipes de melhoria de processos: é um grupo de pessoas com ou sem experiência, vindas de fora da entidade. Os membros são geralmente pessoas com perfil mais conservador. (B) Equipes funcionais cruzadas: são compostas de pessoas vindas de diversas áreas da empresa (marketing, produtos, finanças, engenharia) e são formadas para alcançar um objetivo específico por meio de um mix de competências. Quase sempre são designadas. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 50 (C) Equipes de projetos: são formadas especialmente para desenhar um novo produto ou serviço. Os participantes são designados na base de sua habilidade para contribuir para o sucesso. O grupo geralmente debanda após completada a tarefa. (D) Equipes autodirigidas: são compostas de pessoas altamente treinadas para desempenhar um conjunto de tarefas interdependentes dentro de uma unidade natural de trabalho. Os membros usam o consenso na tomada de decisão para desempenhar o trabalho, resolver problemas ou lidar com clientes internos ou externos. (E) Equipes de força-tarefa: uma força-tarefa é designada para resolver imediatamente um problema. O grupo fica responsável por um plano de longo prazo para resolução do problema que pode incluir a implementação da solução proposta. A letra A logo já está incorreta e é o nosso gabarito. Estas equipes devem contar com profissionais experientes (pense bem: alguém que não sabe nada de um processo terá como melhorá-lo?) e não com profissionais sem experiência. As demais alternativas estão corretas. O gabarito é mesmo a letra A. 20 - (FCC ± INFRAERO ± ADMINISTRADOR ± 2009) Com relação à capacidade de trabalhar em equipe, elemento essencial no processo de gestão por competências, é correto afirmar: (A) O elemento central do trabalho em equipe é o planejamento, a capacidade de se antecipar a todas as possibilidades. O verdadeiro líder de equipe é aquele que controla todas as variáveis internas, evitando os conflitos, e externas, eliminando as incertezas. (B) O trabalho em equipe só funciona quando o líder compreende as necessidades de cada membro e procura satisfazê-las. Isto evita insatisfações, conflitos internos e o surgimento de competição em torno da liderança. (C) O trabalho em equipe exige elevada disciplina, senso de hierarquia e disposição de sacrifício dos membros em relação às decisões do líder. (D) No trabalho em equipe, as habilidades de cada um são complementares, os conflitos são resolvidos pelo diálogo e a liderança se afirma pela confiança dos demais na sua competência para conduzir a equipe. (E) Uma equipe de trabalho eficaz baseia-se na confiança de cada um e na sua competência individual. Quando cada um faz o que Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 50 considera mais adequado, o trabalho tende a se harmonizar de forma espontânea, sem a necessidade de uma liderança forte. A primeira alternativa está incorreta, pois o elemento central do trabalho em equipe não é a capacidade de se antecipar a todas as possibilidades (tarefa impossível!), nem de controlar todas as variáveis. A opção B também está incorreta, pois no trabalho em equipe os membros governam a si mesmos e devem ter habilidade para ajudar aos outros membros no desenvolvimento de seu potencial. Desta forma, a alternativa C também está incorreta. Não existe esta preocupação com a hierarquia no trabalho em equipe. A alternativa D está correta e é nosso gabarito. Já a alternativa E está errada, pois a confiança deve ser mútua e não individual. O gabarito é alternativa D. 21 - (FGV ± SEFAZ-RJ ± AUDITOR ± 2011) Umaequipe bem- sucedida requer habilidades especiais que devem ser inter- relacionadas, mutuamente reforçadas e interdependentes entre si. A articulação dessas habilidades pode ajudar uma equipe a definir melhor o que ela deve e como fazer. Clock e Goldsmith propõem habilidades que os membros de uma equipe devem desenvolver, corretamente listadas nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. (A) Habilidade de autogerenciamento: a equipe deve, em conjunto, ultrapassar obstáculos por meio da construção de um senso de propriedade, responsabilidade, compromisso e eficiência de cada membro, encorajando a total participação e autocrítica para melhorar incessantemente as condições de trabalho. (B) Habilidade de comunicação: a equipe deve trabalhar colaborativamente para comunicar aberta e honestamente, ouvir ativamente para obter sinergia. (C) Habilidade de liderança: a equipe deve criar oportunidades para que cada participante sirva como líder. Para tanto, cada membro deve aprender a organizar, colaborar, planejar, facilitar, relacionar e servir como coach e mentor. (D) Habilidade de responsabilidade: cada membro da equipe é responsável somente pelo seu trabalho. A responsabilidade não é compartilhada com os demais. (E) Habilidade de apoio à diversidade: quanto mais diversificada a equipe tanto maior sua capacidade de responder a novos problemas e apresentar novas soluções. Novas ideias proporcionam diferentes opiniões que enriquecem o trabalho da equipe. Estereótipos e preconceitos devem ser eliminados. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 50 1HVWD� TXHVWmR�� D� EDQFD� MRJRX� XPD� ³FDVFD� GH� EDQDQD´� SDUD� RV� candidatos, pois a letra D sugere que, através da habilidade de responsabilidade, cada membro é responsável apenas pelo seu trabalho! Como vimos acima, é exatamente o contrário. Dentro de uma equipe, a responsabilidade deve ser compartilhada. Não adianta fazer o seu trabalho bem se seu colega está falhando, pois toda a equipe será ³SHQDOL]DGD´��$VVLP��R�JDEDULWR�p�D�OHWUD�'�� 22 - (FCC ± TJ/AP ± ANALISTA ADM ± 2009) Com relação aos fatores essenciais à eficácia do trabalho em equipe, analise as afirmativas abaixo. I. O ideal é que cada membro da equipe especialize-se em uma das habilidades necessárias ao trabalho, sem redundância de competências. II. Cada membro da equipe deve agir como assessor, estando atento ao que os outros estão fazendo e, se necessário, informando os demais sobre métodos mais eficientes e eficazes de trabalho. III. É preciso que alguém se encarregue de identificar e explorar novas oportunidades para a promoção da equipe. Isto exige poder de persuasão e influência sobre a alta direção. IV. Um fator essencial de sucesso é a capacidade de coordenação e integração do trabalho dos membros da equipe pela alta direção da organização. V. Toda a equipe é igualmente responsável pela definição e manutenção de processos eficazes de trabalho, mas um dos membros sempre concentra maior esforço na revisão da qualidade desses processos. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I, II e III. (B) II, III e V. (C) II, III e IV. (D) II, III, IV e V. (E) I, II, IV e V. A primeira frase está incorreta, pois o ideal é que as habilidades e competências sejam complementares. O conceito de habilidades randômicas é do trabalho em grupo. As frases II e III estão corretas. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 50 Já a quarta frase está errada. O erro desta frase é a "coordenação e integração do trabalho dos membros da equipe pela alta direção da organização". Na verdade, esta coordenação e integração devem ser feitas pelos membros da equipe. Entretanto, a quinta frase está correta. Eu, particularmente, não concordo com o "sempre", mas a banca realmente declarou esta frase como correta! Portanto, o gabarito é a alternativa B. 23 - (FCC ± TCE/GO ± DESENV. ORG. ± 2009) Considere as afirmativas abaixo, relacionadas à montagem de equipes. I. Não pode haver harmonia em equipes montadas em torno de objetivos e metas de desempenho previamente estabelecidas pela organização. Para isso, é necessário que as normas e as metas comuns sejam definidas pelo próprio grupo. II. As equipes são montadas, principalmente, para melhorar a eficácia organizacional e não para aproximar pessoas nem aprimorar o clima da organização. III. As equipes devem se alinhar às macroestratégias da organização e não construir sua própria visão da missão, dos valores e das metas. IV. Cada equipe deve ser montada com base em sua missão dentro de um escopo mais amplo, universal, de forma a não limitar suas ações nem a criatividade necessária para inovar. V. No recrutamento, é fundamental deixar claro aos candidatos o que se deseja alcançar, quais são as recompensas possíveis, mas, sem acentuar os reais desafios e riscos. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III e V. (B) II, IV e V. (C) I e II. (D) II, III e IV. (E) I, II e III. A primeira frase está incorreta, pois pode sim haver harmonia quando as metas são definidas pela organização. A quinta frase também está errada. O recrutamento, os riscos e desafios devem ser mencionados. As outras assertivas estão corretas. Portanto, o gabarito é a letra D. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 50 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. 1 - (CESPE ± TJ-AC ± ANALISTA ± 2012) Os tipos de controle são o preliminar, que ocorre antes das operações iniciarem; o simultâneo, que ocorre enquanto os planos estão sendo implementados; e o de feedback, que enfoca o uso da informação sobre os resultados, no intuito de corrigir desvios em relação aos parâmetros aceitáveis. 2 - (CESPE ± ABIN / OFICIAL TÉCNICO ± 2010) O êxito de uma organização depende, em grande parte, do poder de controle exercido sobre os seus colaboradores. Como a maioria deles interioriza suas obrigações e cumpre voluntariamente seus compromissos, o controle é facilmente mantido nas organizações em geral. 3 - (ESAF ± ATRFB ± ANALISTA ± 2009) Para uma adequada prática da função controle, é necessário saber que: a) todos os possíveis objetos devem ser controlados de forma censitária. b) o controle prescinde do estabelecimento de padrões. c) controlar é, eminentemente, comparar. d) o controle prévio não gera feedback. e) a avaliação quantitativa é preferível à avaliação qualitativa. 4 - (ESAF ± MPOG ± EPPGG ± 2009) Como ação administrativa, um mecanismo de controle será considerado eficientemente correto se: a) possuir caráter eminentemente repressor. b) permitir a identificação de desvios positivos. c) for levado a efeito ainda que seu custo supere o do objeto controlado. d) for censitário, quando poderia ser por amostragem. e) evitar o uso de padrões físicos, prestigiando, apenas, os monetários. 5 - (FCC ± ARCE ± ANALISTA REG. ± 2006) Mensuração e comparação do desempenho real em relação a um padrão e tomada de ação gerencial para corrigir desvios ou padrões inadequados são etapas do processo de (A) organização. (B) planejamento. (C) coordenação. (D) controle. Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2015 Teoria e exercícios comentados
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