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Unidade de Educação a Distância COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Autora: Izabel Cristina da Silva Reis BELO HORIZONTE / 2013 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 2 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton ESTRUTURA FORMAL DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA REITOR JOÃO PAULO BARROS BELDI VICE-REITORA JULIANA SALVADOR FERREIRA DE MELLO COORDENAÇÃO GERAL SINARA BADARÓ LEROY DESIGNER INSTRUCIONAL JUCÉLIA SOARES COELHO EQUIPE DE WEB DESIGNER FILIPE AFONSO CALICCHIO SOUZA LUCIANA REGINA VIEIRA ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA FERNANDA MACEDO DE SOUZA ZÓLIO RIANE RAPHAELLA GONÇALVES GERVÁSIO AUXILIAR PEDAGÓGICO FABÍOLA MARIA FERREIRA MARÍLIA RODRIGUES BARBOSA REVISORA DE TEXTO MARIA DE LOURDES SOARES MONTEIRO RAMALHO SECRETARIA LUANA DOS SANTOS ROSSI MARIA LUIZA AYRES MONITORIA ELZA MARIA GOMES AUXILIAR ADMINISTRATIVO MARIANA TAVARES DIAS RIOGA THAYMON VASCONCELOS SOARES AUXILIAR DE TUTORIA FLÁVIA CRISTINA DE MORAIS MIRIÃ NERES PEREIRA VANESSA OLIVEIRA BARBOSA Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 3 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Legenda Nosso Tema Sintese Referências Bibliográficas Saiba mais Reflexão Material complementar Atividade Dica Importante Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 4 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Sumário Unidade 1: Entendendo o comportamento organizacional ..............................................................8 Unidade 2: Liderança para chegar ao topo ...................................................................................... 27 Unidade 3: Comunicação para manutenção da vida organizacional............................................. 43 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 5 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Nosso Tema Prezado aluno, Bem-vindo! Prazer em tê-lo comigo nesta disciplina chamada Comportamento Organizacional. Assunto interessante esse... mas que vai dar muito o que falar, muito o que pensar e muito o que fazer!. Já de início, quero afirmar que, tradicionalmente, a formação em administração tem dado muita atenção “ao como fazer” do trabalho administrativo. Uma parte significativa do ensino atual da gestão tem se concentrado na melhoria das técnicas já existentes para o alcance dos objetivos organizacionais. Posso englobar aqui os métodos e técnicas em contabilidade, marketing, finanças, pessoas, dentre outras. Dizemos que essa ênfase no conteúdo é o o quê do trabalho. Embora o o quê do trabalho, ou seus aspectos técnicos, seja muito importante para as organizações, outro aspecto deve ser considerado para que elas funcionem adequadamente e sem sobressaltos desnecessários: a compreensão do processo ou do como do trabalho administrativo. Isso significa que se deve compreender e entender os aspectos comportamentais e as habilidades necessárias para um desempenho gerencial efetivo (eficaz + eficiente). Exemplifico como habilidades e comportamentos essenciais ao desempenho gerencial a comunicação entre coordenadores, seus pares e subordinados, a resolução de conflitos entre grupos ou dentro deles. A compreensão dos processos administrativos - o como do trabalho – é chamada de Comportamento Organizacional. Uma outra definição pode ser dada da seguinte forma, nas palavras de Robbins (2002, p. 6): O comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional. Por ser um assunto que gera debates calorosos e traz discussões interessantes para a prática profissional, o comportamento organizacional é um tema indispensável à sua formação acadêmica, pois ao estudar sobre as pessoas, grupos e suas interações nas estruturas organizacionais, você terá sua visão administrativa ampliada e será assertivo nas decisões, maximizando os resultados esperados. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 6 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Nessa disciplina, vamos nos dedicar ao estudo de temas relacionados ao “como” do trabalho administrativo, ou seja, à compreensão dos processos administrativos – o chamado Comportamento Organizacional. Ética, Motivação, Percepção, Atitudes, Diferenças individuais, Comportamento grupal e intergrupal e Liderança serão nossos assuntos principais. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 7 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Reflexão Para começo de conversa, vamos partir de algumas reflexões que nos nortearão ao longo desta disciplina: 1 - Por que a Ética é um tema recorrente em todas as discussões envolvendo organizações e sua gestão? 2 - Como a Motivação pode ser aliada dos gestores para o alcance dos objetivos organizacionais? 3 - É possível trabalhar em grupo e entre grupos e fazer amizades dentro das empresas? Em que isso ajuda ou impede o alcance dos resultados esperados? Grupo é sinônimo de equipe? 4 - Liderança e chefia são a mesma coisa? Como liderar? Essas e outras questões serão debatidas, discutidas e fundamentadas teoricamente para que você se sinta mais à vontade quando tiver que enfrentar os desafios do comportamento organizacional e possa resolvê-los de forma adequada. Não pretendo esgotar neste espaço todos os temas relacionados ao comportamento organizacional, mas quero dar o chute inicial para que você pense, reflita e use a teoria na prática. Espero que goste dos nossos assuntos, sinta-se motivado para a leitura deste material e se torne apto a usar os conceitos aprendidos aqui, nas situações da sua vida pessoal, acadêmica e profissional. Desejo-lhe muito sucesso! Meu abraço. Profa. Cristina Reis Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 8 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Unidade 1: Entendendo o comportamento organizacional 1. Conteúdo Didático 1.1 A motivação das pessoas: chave para o acontecer organizacional Parece ser consenso nas organizações e entre os gestores dos seus processos, pelo menos em teoria, que apenas o domíniode técnicas não tem sido suficiente para o alcance dos resultados esperados. Como consultora organizacional, as principais demandas de intervenção que recebo estão relacionadas a problemas de natureza mais ampla e que necessitam de resolução imediata, tais como capacitar os grupos para que internalizem os objetivos e metas organizacionais, alinhando-os aos objetivos pessoais dos seus componentes, desenvolver a capacidade de comunicação pessoal, interpessoal e intergrupal, trabalhar em equipe e de modo eficaz. Outras demandas, igualmente importantes, dizem respeito a como planejar, continuar motivado e liderar para seguir o planejamento, tomar decisões em momentos de grande pressão no ambiente organizacional ou fora dele. No entanto, nem sempre foi assim. Antes o foco da administração e da gestão era a formação técnica das pessoas envolvidas nos processos produtivos, mas uma mudança foi acontecendo ao longo dos anos, paradigmas foram quebrados e rupturas aconteceram para que o foco saísse do simples adestramento ou mecanização de um comportamento considerado adequado para os moldes de uma empresa e fosse dado lugar ao entendimento dos porquês de outros tantos fenômenos que davam sustentação aos comportamentos humanos nas organizações. Grande parte dessas mudanças está associada à evolução das teorias administrativas e seu contexto histórico, numa tentativa bem sucedida das organizações, para aquele momento, de aumentar a produção de bens, serviços oferecidos à sociedade, além de aumentar a produtividade dos seus funcionários. Ao longo desta unidade, sinalizarei para você como as empresas lidam com os temas mais importantes do comportamento organizacional a fim de se manterem no mercado e ganhar mais competitividade. Fonte:http://projetoseti.com.br/wp- content/uploads/2012/01/planejamento-estrategico.jpg. Acesso em 23.08.2012 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 9 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Vamos, a partir de agora, focar em alguns dos processos que dão sustentação aos bastidores da vida organizacional. Mas, antes disso, parta do seguinte pressuposto e não se esqueça nunca de que... Um dos principais problemas no estudo do comportamento organizacional refere-se a por que as pessoas desempenham e se comportam da maneira como o fazem em seu trabalho e em suas empresas. Algo que nos encabula pode ser expresso no exemplo que presenciei há alguns anos : “O que faz Alvimar entrar às 8h da manhã na sua sala de trabalho, assentar-se em frente ao computador, digitar 50 minutos seguidos, fazer uma pausa de 10 minutos... invariavelmente... e às 14 horas, levantar-se e ir embora? Por que não ajuda seus colegas nos momentos difíceis ou na resolução de um problema que é comum ao setor, limitando-se a digitar os documentos que lhe são entregues diariamente? Alvimar é digitador de um banco, excelente digitador. Aos 26 anos, parece não ter maiores ambições profissionais. Não apresenta problemas de relacionamento com seus colegas, exceto se lhe pedem para ficar até mais tarde ou fazer hora-extra. O mundo pode despencar. Sua tarefa é digitar de 8 às 14h. E só. Sai ano e entra ano, Alvimar só sabe digitar. E diz que só recebe para isso. As empresas nascem com propósitos, objetivos e metas. Ao longo da sua vida, seus objetivos podem mudar, suas metas podem se tornar mais ambiciosas e seus propósitos, mais nobres e elevados. No entanto, algo não muda e nunca vai mudar: as organizações funcionam e só existem porque são compostas e formadas por pessoas. Pessoas são a chave de todos os processos organizacionais e por isso é imprescindível entender o que dão sustentação aos seus comportamentos, especialmente àqueles relacionados ao desempenho e manutenção da produtividade. Alguém ainda pode me perguntar: Como vou influenciar o desempenho da minha equipe para ter sucesso total? Respondo: compreendendo basicamente três questões centrais e relacionadas à motivação: 1) O que energiza o comportamento humano?; 2) O que dirige esse comportamento?; e 3) Como alguns comportamentos podem ser sustentados e mantidos ao longo do tempo? Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 10 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton O tema motivação tem sido discutido desde que o mundo é mundo. Devemos nos apresentar motivados para brincar, comer, estudar, namorar e, em determinado momento da vida, mostrar alta motivação para identificar as oportunidades no mercado de trabalho e encarar o desafio de participar dos processos seletivos e conseguir uma colocação. Veja a figura do presidente Obama e sua mulher. Identifique as motivações desse casal para chegar onde chegou...Não posso seguir em frente sem apresentar uma das muitas definições de motivação e fazer algumas considerações sobre ela. Entender por que as pessoas agem de uma maneira e não de outra no seu ambiente de trabalho não tem sido tarefa fácil para os gestores. Fazer um prognóstico sobre desempenho e produtividade tem sido extremamente complicado para coordenadores, supervisores e líderes de equipes em organizações de qualquer natureza e porte. Mas por quê? Simplesmente porque não se pode prever com exatidão o que motiva ou não o desempenho das pessoas, visto serem diferentes entre si. Em situações idênticas, reagem de maneira completamente inesperadas. Um vendedor de uma loja de sapatos elegantes para homens de classe, estando altamente motivado às vésperas do Natal, muito provavelmente se esforçará para bater a meta de vendas nesse período que é muito rentável para o comércio e, consequentemente, para ele. Se, além disso, o vendedor entende bastante do negócio da sua loja (visão, missão), conhece e domina as técnicas de venda de sapatos para homens de classe, recebe capacitação periódica sobre marketing, etiqueta, formação de preços, segmentação de mercado, o que se pode esperará do seu desempenho, mesmo fora do período natalino? Fácil prever, não? E se ele tem acesso à tecnologia para controle de suas comissões? E se sente-se confortável na execução de sua tarefa de atender com excelência ao seu cliente e nunca fica irritado com as Motivação tem a ver com aquela força ou forças que nos impulsionam, orientam e sustentam nossos comportamentos, nossos esforços e nossos objetivos durante a vida. Pela sua natureza mutante e dependente de múltiplos fatores, a motivação apresenta incontáveis nuances e torna-se visível de diversas formas e em situações diferentes e específicas. Fonte: Disponível: http://www.dominiodamodablog.com.br Acesso em 20 agosto de 2012 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 11 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton observações feitas por eles? Se a maior parte das respostas a essas perguntas for sim ou de natureza positiva, certamente esse vendedor dará o melhor de si e será altamente produtivo. Mas daí vem uma questão: como saber o que motiva um vendedor? A resposta pode ser dada com outra pergunta: Gestor, que comportamentos você deseja motivar e modelar nele? Que ele venda mais e mais, diaapós dia? Que seja pontual? Que demonstre polidez, lealdade, fidelidade? Que seja submisso e faça apenas o que lhe é solicitado, cumprindo com rigor o horário de trabalho ou que entregue resultados, independente do cumprimento do horário formal? O que é mais importante para você, gestor, e que deverá ser motivado no seu vendedor? Será que o que é motivador para você é também para o seu vendedor? Pare e pense... enquanto isso, vou lhe apresentar algumas teorias que dão explicações diferentes sobre essa tal motivação nas pessoas. 1.1.1 Teorias de motivação Todos os comportamentos (desconsiderando aqueles involuntários, que são comandados pelo sistema nervoso autônomo) são motivados por alguma coisa. No entanto, existem incontáveis estudos que pretendem dar conta da explicação dos motivos pelos quais as pessoas se comportam de uma forma e não de outra. Esses estudos, que se transformaram em teorias, são amplamente utilizados nas práticas organizacionais e gerenciais para motivar as pessoas a se disporem ao alinhamento organizacional, que, em outras palavras, nada mais é do que unirem seus objetivos pessoais aos objetivos da empresa para que atinjam os resultados. Conheça algumas teorias de motivação. 1.1.1.1 Teoria do estabelecimento de metas Locke (1975) desenvolveu a Teoria do Estabelecimento de Metas para explicar o fenômeno da motivação no trabalho. O modelo tem seu fundamento na concomitância de certos fatores determinantes do comportamento humano em termos de valores (importância que a pessoa atribui à meta ou objetivo que deseja alcançar) e as "metas" (objetivo desejado). Tais fatores são os impulsores do comportamento dirigido para determinadas "metas" almejadas; essas são, por sua vez, alimentam o processo, cuja última etapa se constitui em fator reforçador e em feedback para seu reinício. Veja o esquema geral dessa teoria. Fonte: Disponível em: http://www.calcados.com/category/cal cados-masculinos/ Acesso em 20.08.2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 12 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Sendo assim, as pessoas e as organizações têm metas conscientes que as impulsionam e organizam seus pensamentos e comportamentos rumo a uma determinada finalidade. Se as metas são importantes para elas, os gestores, já sabendo disso, as identificam e as estabelecem para seus funcionários ou criam condições para que elas mesmas as possam estabelecer autonomamente e em sintonia com os objetivos da organização. As metas mais poderosas são significativas para ambos, são propósitos elevados e relacionam-se a valores nobres das pessoas e essas, por sua vez, internalizam essas metas como algo desafiador. Quando, por exemplo, uma escola particular, ao estabelecer como meta aumentar sua lucratividade em 20% ao final de 2012, oferece em contra partida, um ensino de qualidade ao aluno que se matricula, fideliza-o ao dar-lhe atenção, carinho, cuidado e segurança, além de valorizar seus professores oferecendo-lhes um ambiente de autonomia, confiança, salários acima do mercado. Evidentemente que uma meta de 20% ao ano pode não ser fácil de ser alcançada num mercado educacional competitivo. Estão envolvidas uma série de variáveis, dentre elas, aquelas que os pais dos alunos consideram nobres: o cuidado, o carinho, a atenção, a segurança que a escola oferece ao seus filhos. O mesmo raciocínio vale para os professores que ali trabalham e que, juntos com a escola, caminham no sentido de fidelizar o aluno ao mesmo tempo que a escola os fideliza. Todos se unem pela mesma meta e pela superação dela: oferecer um ensino de qualidade e que será traduzido pelo aumento da lucratividade. Fonte: Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678- 51771990000200004 Acesso em 23.08.2012 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 13 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 1.1.1.2 Metas forçadas Algumas empresas brasileiras, desde 2008, têm se utilizado de uma maneira pouco tradicional de motivar seus empregados: as metas forçadas. Como funciona esse esquema? Fonte: Autora (2012). Os dois tipos de metas têm propósitos e objetivos previamente definidos. Pretendem dar uma “sacudida” nas pessoas, tirando-as do conforto, da rotina e mostrando-lhes que mesmo as metas vistas, a princípio, como impossíveis, podem e serão superadas e realizadas. O foco delas é impulsionar as pessoas para grandes realizações e desempenhos em patamares cada vez mais altos. Quando bem utilizadas no ambiente organizacional, as metas forçadas se revelam como um instrumento de superação em momentos de dificuldades porque os empregados e suas coordenações ou líderes têm a mesma visão sobre os propósitos e objetivos estabelecidos. Não existem a ameaça ou possibilidade de punição porque a ênfase está na melhoria do desempenho atual quando comparado ao desempenho passado. Por outro lado, o perigo sempre existe quando as metas se tornam um fim em si mesmo: o aumento da produtividade. Metas desafiadoras precisam de um contexto específico para se concretizarem. Por exemplo, se as pessoas envolvidas precisam de domínio de conhecimentos específicos e não os têm, a motivação para alcançar as metas simplesmente desaparece porque apenas elogios do líder e boa vontade dos membros da equipe não farão com que os resultados apareçam. Metas individuais podem gerar competição e reduzir a cooperação e a colaboração. Gestores alinhados com a proposta de metas forçadas sabem que a cooperação é importante em muitas situações e, por isso, a meta de desempenho deve ser traçada para a equipe e não para a pessoa. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 14 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Outro aspecto negativo da fixação de metas é que elas podem conduzir as pessoas à manipulação e a comportamento antiéticos. Gestores mal intencionados traçam metas impossíveis para aquelas pessoas com as quais não se simpatizam ou que, a princípio, teriam maiores dificuldades para atingi- las e, consequentemente, não receberiam as recompensas prometidas. 1.1.1.3 Teoria da expectância Criada por Victor Vroom (1964), essa teoria sustenta que a motivação está relacionada às nossas escolhas individuais em qualquer situação. Para uma pessoa sentir-se motivada a fazer alguma coisa, é necessário ter um resultado positivo da seguinte equação: Motivação = Expectativa x Instrumentalidade x Valor O esquema ilustra os três fatores de motivação: Essa teoria tem seu foco nos esforços de trabalho que levam uma pessoa a um nível determinado de desempenho. O desempenho, por sua vez, tem como resultado mais resultados para a pessoa. Seguindo esse raciocínio, elas desenvolvem dois tipos de crenças que sustentam seus resultados: Estive em uma empresa do setor de alumínios, localizada no interior de Minas Gerais, há 2 anos. Tomei conhecimento de que ela promovia a saúde de seus empregados. Como? Oferecendo prêmios e participação nos lucros para aqueles que parassem de fumar em um período determinado. Parando de fumar, elasalcançariam um condicionamento físico melhor, teriam uma melhoria na saúde e o resultado seria o aumento da produtividade. No entanto, alguns empregados que nunca haviam fumado, espertamente começaram a fumar, para depois parar e pegarem a recompensa. Nesse caso, o estabelecimento de meta é um bom instrumento que foi utilizado de maneira equivocada e desvinculada de outros instrumentos de gestão e de monitoramento, causando prejuízos à empresa. Fonte: Disponivel em: http://jovemadministrador.com.br/2011/07/25/teoria- motivacional-de-vroom/ Acesso em 23.08.2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 15 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton a) Expectativa elemento responsável por ligar o esforço ao desempenho. A expectativa é a impressão que se tem quanto à probabilidade de que o esforço é o caminho para atingir metas de desempenho. A expectativa elevada (100%, por exemplo) acontece quando um aluno tem a certeza de que, se estudar muito, terá uma boa nota na prova final. E acontece mesmo... A expectativa é baixa (1%, 10% ou 20%) quando o aluno não se esforça e não estuda. Não estudando, tirará notas baixas e poderá ser reprovado em determinada disciplina. A expectativa está sempre relacionada e vinculada ao esforço investido para conseguir um bom desempenho. Quanto maior o esforço, mais alto é o desempenho. Quanto mais alto o desempenho, mais fortalecida será a crença de que o esforço é o ponto de partida para bons resultados. b) Instrumentalidade elemento responsável por ligar o desempenho ao resultado. Vamos entender isso. Instrumentalidade é a percepção de probabilidade de que o desempenho se faça seguir de um resultado específico em uma situação específica e que o resultado é o determinante para mudar o status atual de uma situação. Vou dar um exemplo: em concursos muito difíceis, com um número muito alto de candidatos inscritos para pouquíssimas vagas, a instrumentalidade é sempre questionada. O argumento é: de que adianta estudar, se esforçar, passar em primeiro lugar, se já tem carta marcada? Ou seja, mesmo com um desempenho excepcional, isso não fará diferença e a expectativa não será realizada. c) Valência é o valor que a pessoa atribui ao resultado alcançado. Passar no vestibular para o curso de medicina não tem preço. Essa é a perspectiva de um jovem estudante, oriundo de uma classe social menos favorecida e que se esforçou muito para realizar o sonho de ser médico, estudando em uma universidade pública. O valor atribuído ao resultado realmente é incalculável, quantitativa e qualitativamente. Ainda quanto à Teoria da Expectância, é bom você ter em mente que ela é poderosa nos seus resultados, desde que as crenças das pessoas nos três componentes sejam altas. Um funcionário não estará altamente motivado se ocorrem qualquer uma das três condições descritas: a) Acreditar que não poderá ter o desempenho bom o suficiente para obter os resultados positivos que as demais pessoas têm em uma mesma situação. (Instrumentalidade e valência altas, mas expectativa baixa.) b) Se souber que pode realizar uma tarefa e estiver certo de quais serão os resultados finais (promoções, transferências), mas não desejar esses resultados ou acreditar que os resultados negativos superam os positivos (expectativa e instrumentalidade altas, mas baixa valência). Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 16 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton c) Se sentir que pode realizar uma tarefa e desejar os resultados obtidos (aumento, promoção), mas acredita que, independente do desempenho, seu resultado não será considerado (alta expectativa e alta valência, mas baixa instrumentalidade.). 1.1.1.4 Teoria da hierarquia de necessidades A teoria de Maslow (1954) é reconhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para esse autor, as necessidades dos seres humanos e a motivação são o resultado dos estímulos que agem como força sobre os indivíduos, levando-os à ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de algo externo ou proveniente do próprio organismo. Essa teoria apresenta o ciclo motivacional e afirma que as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, em cuja base estão as necessidades mais elementares (necessidades fisiológicas ou básicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de autorrealização). Quando o ciclo motivacional não se realiza, é gerado um estado de frustração na pessoa e que assume várias manifestações, como por exemplo: a. Comportamento irracional ou sem uma normalidade aceitável; b. Agressividade por não ter satisfeito à necessidade demandada; c. Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/digestivos; d. Perda do interesse pelas tarefas ou objetivos cotidianos; Fonte: Organ D. e Bateman T., Organizational Behavior, 4 ed. McGraw-Hill, 1990. (Com adaptações da autora). Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 17 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton e. Passividade, moral baixo, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, ausência de cooperação e afetividade, dentre outros. 1.1.1.5 A teoria dos dois fatores Frederick Herzberg (1946) foi o pai dessa teoria. Veja no esquema a síntese do seu pensamento. Herzberg (citado por Robbins, 2002) afirma que existem dois fatores não dependentes um do outro e que afetam as pessoas no seu local de trabalho. Podem ser assim descritos: 1) Fatores higiênicos: elementos relacionados às características do ambiente de trabalho: políticas empresariais, condições de trabalho, remuneração, relação com os colegas e com a Os gestores devem estar muito atentos à importância do crescimento e da autorrealização de seus funcionários. A maioria de nós vive e trabalha com um reservatório de potencial inexplorado e, por isso, os gestores devem ajudar a criar um ambiente de trabalho que desperte autonomia, gere responsabilidades e tarefas desafiadoras. Isso nos aponta sempre para o topo da pirâmide indicando que lá estão as chaves para o uso da criatividade e das habilidades para o atingimento das metas organizacionais. Fonte: Disponível em: http://cadernodojao.blogspot.com.br/2010/05/teo- teoria-dos-dois-fatores-motivacao.html. Acesso em 25.08.2012 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 18 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton supervisão. Esses fatores podem tornar as pessoas infelizes quando mal administradas pelos gestores. Do outro lado, quando bem utilizadas, tornam as pessoas menos insatisfeitas e menos infelizes. No entanto, preste atenção: não importa o quão esses elementos sejam bons ou bacanas. Jamais irão satisfazer as pessoas na sua plenitude ou motivá-las para realizarem um bom trabalho. 2) Fatores motivadores: elementes relacionados às características do cargo ou da tarefa, ou seja, ao que as pessoas realizam no seu cotidiano laboral. São a naturezado trabalho propriamente dito, tais como: as responsabilidades inerentes ao cargo, oportunidades de crescimento pessoal, o reconhecimento e o sentimento de realização que é proporcionado à pessoa pela realização da tarefa (feedback). Quando são implementados os fatores motivadores no ambiente de trabalho, as pessoas realmente se entregam à empresa e atingem metas inexplicáveis. Elas se sentem consideradas, correspondidas, reconhecidas e estimuladas para a execução de suas atividades, gerando lucratividade e melhorias. Essa teoria traz lições importantes para os gestores: 1.2 Motivação e contrato psicológico A relação entre as pessoas e as empresas que as contratam, na maioria das vezes, é formalizada por um contrato escrito. Ele define a maneira pela qual as pessoas estão vinculadas e realizarão sua tarefa. No contrato de trabalho, estão descritos aspectos importantes como carga horária semanal ou mensal, horário de descanso, horário de trabalho, entre outros aspectos. O vínculo empregatício com carteira assinada, ainda é uma das maneiras muito utilizadas pelas empresas para formalizar as relações de trabalho, para resguardar as partes envolvidas nesse “casamento”. No entanto, sabemos que o contrato escrito não é o suficiente para regular as relações estabelecidas entre o contratante e o contratado, seja qual for a vinculação existente entre eles. Quando a empresa - Deve-se fazer a diferenciação entre recompensas extrínsecas (fatores higiênicos) e as intrínsecas (fatores motivadores). - Não se conseguirá resultados importantes e estratégicos caso a empresa opte apenas pelas recompensas extrínsecas, achando que motivará os empregados pois satisfação é um conceito bem diferente de motivação e os resultados, a princípio, parecidos, são também bastante diferentes na sua duração e qualidade. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 19 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton estabelece uma relação de trabalho com uma pessoa, na mente dessa pessoa cria-se uma série de expectativas e percepções sobre o que a empresa deve cumprir, como deve tratar os seus contratados e sobre o que lhes é devido. Alguns benefícios materiais, por exemplo, vale transporte, auxílio-alimentação, cesta básica, são especificamente estipulados pelas organizações e mantidos em acordos coletivos das categorias de trabalhadores. Porém, os fatores psicológicos como satisfação no trabalho, uma tarefa desafiante, oportunidades de crescimento, envolvimento, vestir a camisa, dar o sangue pela empresa, receber e dar tratamento imparcial são fatores implícitos e separados do contrato de trabalho e de acordos coletivos firmados no sindicato. A observação detalhada desse tipo de contrato indica que o retorno psicológico para ambas as partes tem sido o ponto crítico desse tipo de vínculo entre contratante e contratado porque está firmado em expectativas e percepções, algo não declarado, mas consensado implicitamente. A boa gestão do contrato psicológico traz implicações importantes para a satisfação e motivação dos empregados e para o aumento da lucratividade e produtividade das empresas. As maneiras como as organizações tratam seus membros, os tipos de estruturas de poder e autoridade adotados, a fixação de normas e os valores instituídos são indicadores importantes da gestão do contrato psicológico. Essa gestão está firmada em duas condições básicas: a) Até que ponto as expectativas das pessoas sobre o que a empresa lhes dará e o que elas devem dar à empresa em troca coincidirem com as expectativas da empresa em relação ao que ela dará e receberá; b) Havendo acordo entre o conjunto de expectativas, a natureza do que é efetivamente intercambiado (por exemplo: dinheiro em 8 horas de trabalho diário, oportunidade de crescimento em troca de um trabalho de alta qualidade.). A esse conjunto de expectativas e percepções damos o nome de Contrato Psicológico, significando os muitos entendimentos de intercâmbio sobre o que os contratados devem entregar aos seus contratantes e do que estes devem cumprir em relação aos seus contratados. É chamado de psicológico porque, na maioria das vezes, não é escrito e nem falado. É vivenciado. Fonte: Disponível em: http://valerianakamura.files.wordpress. com/2012/04/motivacao-11.jpg. Acesso em 23.08.2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 20 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton A interação entre uma pessoa e sua empresa é um processo bidirecional e que não se esgota. As partes estão se relacionando somente naquilo que cada um espera obter em troca do seu envolvimento e suas entregas. As organizações empregam e contratam pessoas porque sua força de trabalho é vital para o alcance dos objetivos organizacionais e o sucesso a atingir . Os contratados, por sua vez, cedem parte de sua autonomia e independência pessoal às empresas para atender às suas necessidades pessoais. O contrato psicológico não garante, obrigatória e necessariamente, o desempenho eficaz do indivíduo e da organização. Está na dependência da gestão dos fatores que são considerados importantes, além daqueles estabelecidos pelo contrato de trabalho. Etzioni (1961) desenvolveu uma tipologia de relação existente entre as pessoas e suas organizações, indicando que a natureza do envolvimento determina as modalidades do sistema de controle e que define a relação existente entre empregados e empregadores. Veja o quadro: Nivel de envolvimento Tipo de sistema de controle Coercitivo Remunerativo Normativo Alienativo Contrato forçado Calculista Contrato extrínseco Moral Contrato intrínseco Fonte: Adaptado de Aitai Etzioni, 1961. Vamos entender como o contrato psicológico se evidencia nos níveis de envolvimento e nos sistemas de controle. Basicamente, as empresas têm três bases de poder à sua disposição: a coercitiva, a remunerativa e a normativa. - Nas organizações, cuja base de poder é predominantemente coercitiva, o controle das “motivações” de seus empregados é feito por meio de ameaças e punições. Nessa modalidade, o envolvimento das pessoas é demonstrado pelo nível alienativo, significando que elas não estão envolvidas verdadeiramente, psicologicamente presentes no seu ambiente de trabalho. A produtividade é mantida pela força, pelo medo de retaliações e punições é o contrato forçado. - Nas organizações, cuja base de poder é predominantemente remunerativo, o controle das motivações de seus empregados é feito pelo utilitarismo, tendendo a criar um padrão de envolvimento baseado em recompensas extrínsecas e quantificáveis, facilmente identificado pelo uso das expressões “hoje ganhei meu dia”, “hoje defendi o leite das crianças”, “hoje o bicho pegou, mas dei conta do recado, sobrevivi”. - Nas organizações cuja base de poder é predominantemente normativo, o uso de recompensas simbólicas tem efeitos potencializadores da motivação porque trazem um tipo de compromisso moral, Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 21 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton um envolvimento moral com a empresa e dessa para com os empregados. Nesse caso, a participação é motivada por incentivos simbólicoscomo prestígio, reconhecimento, respeito. O envolvimento das pessoas modela o comportamento dos gestores e estes, por sua vez, reforçam o envolvimento e motivação dos empregados para atingir os objetivos e metas. Embora exista essa divisão didática, raramente as empresas apresentam tipos de envolvimento e controle puros. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 22 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 2. Teoria na Prática Falamos nesta unidade sobre o contrato psicológico porque ele demonstra, na prática, como os gestores necessitam, urgentemente, conhecer as motivações de seus empregados para gerir os resultados das organizações. Modernamente, contrato psicológico e contrato de trabalho têm andado muito “agarradinhos” para criar e atender às novas modalidades de motivação dos seus colaboradores. Conheça a Allstate... Desde 1931, Allstate Corporation tem estado ao seu lado proporcionando paz e tranquilidade por meio de 13 linhas de produtos de seguro, incluindo seguro de automóvel, seguro de casa, seguro de vida e seguro de negócio. Além destes produtos de seguros, oferecemos produtos financeiros, como fundos mútuos, anuidades e serviços bancários. Como uma seguradora, a Allstate é uma das 100 maiores empresas de capital aberto por índice de rendimento, indicada pela Fortune. Temos 157,5 bilhões dólares de ativos e, desde 1993, temos sido uma empresa pública listada na Bolsa de Valores de Nova York. Nossa Missão Nossa herança como companhia de seguros e nossa estabilidade financeira se refletem em nossa missão: "Ser a melhor empresa, servindo nossos clientes. O serviço dá aos nossos clientes paz e tranquilidade e enriquece suas vidas através da assistência que prestamos para gerir os riscos que enfrentam." Um compromisso firme para a Diversidade Somos uma empresa dedicada a fortes princípios de diversidade e serviço aos nossos clientes. Temos uma força de trabalho de mais de 70.000 profissionais, dos quais cerca de 30 por cento são minorias e 59,2 por cento são mulheres. A diversidade é um elemento integral em tudo que fazemos, incluindo o nosso compromisso com nossos clientes e comunidades, as pessoas que contratam e os nossos fornecedores, como também promover uma cultura corporativa de responsabilidade individual e inovação que reconhece os funcionários por seus esforços e contribuições. Nosso compromisso com a diversidade e nossa cultura de responsabilidade garantem que você e sua família estão em boas mãos com a Allstate. Ao seu lado em todo o País Não importa onde você está, sempre estará em boas mãos com a Allstate. Nós temos uma rede de operações em 49 estados americanos e no Canadá, bem como 14 escritórios regionais em vários Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 23 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton estados, incluindo Califórnia, Flórida, Nova York, Nova Jersey, Illinois, Texas e Virgínia. Com a Allstate, você recebe os cuidados de que necessita, sem pressão e no seu idioma, porque temos agentes que falam espanhol e inglês e estão prontos para ajudá-lo. Além do excelente serviço pessoal, proporcionado pelos nossos agentes em nossos escritórios, a Allstate oferece a conveniência de serviços através deste site, e pelo telefone 1-877-366-1607. Agora, conheça as regras que regulam e norteiam a relação de trabalho entre a Allstate e seus empregados (Já vá pensando na adequação entre o que a empresa oferece e o que espera receber). O que você deve esperar da Allstate O que a Allstate espera de você 1. Oferta de tarefas significativas e desafiadoras. 1. Desempenho em níveis que aumentem significativamente nossa capacidade de superar os concorrentes. 2. Promoção de um ambiente que incentive um diálogo aberto e construtivo. 2. A aceitação de missões críticas para a realização dos objetivos de negócio. 3. Reconhecimento de suas realizações. 3. Desenvolvimento continuado das competências necessárias. 4. Fornecimento de remuneração e recompensas competitivas baseadas em seu desempenho. 4. Disposição para escutar o feedback e agir de acordo. 5. Aconselhamento sobre seu desempenho por meio de feedback regular. 5. Demonstração de um alto nível de comprometimento com a realização das metas da empresa. 6. Criação de oportunidades de aprendizado por meio de treinamento e tarefas. 6. Ausência de viés nas interações com colegas e clientes. 7. Apoio na definição de suas metas de carreira. 7. Comportamento condizente com os padrões éticos da Allstate. 8. Fornecimento de informações e dos recursos necessários para um desempenho de sucesso. 8. Ascensão de responsabilidade pessoal em cada transação com nossos clientes e pelo desenvolvimento da confiança que eles têm de nós. 9. Promoção de um ambiente inclusivo e sem vieses. 9. Melhoria contínua dos processos para atender as necessidades dos clientes. 10. Apoio à dignidade e ao respeito em todas as interações. 11. Estabelecimento de um ambiente que promova o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Fonte: Allstate Insurance Company. Citado em E.E.Lawler III, Treat People Rigt! San Francisco: Jossey-Bass, 2003. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 24 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Veja que um contrato como esse tende a produzir uma relação mutuamente benéfica e satisfatória e, consequentemente, com uma empresa de alta performance e de grande sucesso. Do quadro acima, quais fatores realmente motivam os empregados da Allstate e os fidelizam, os impulsionam e os mantêm fiéis à empresa? Você já parou para pensar no contrato psicológico existente entre você e sua empresa, entre você e seus colegas? O que prende você ao seu trabalho e à sua organização? Que fatores diminuem sua insatisfação ou lhe impulsionam para o alcance dos objetivos organizacionais e pessoais? Pense nisso... Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 25 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 3. Síntese Nesta unidade, vimos o que é comportamento organizacional, o seu foco de entendimento e aplicação nas organizações. A motivação das pessoas, que fazem parte das organizações, é considerada o principal fator e o que dá a sustenção para os demais processos organizacionais, estando na base dos demais processos gerenciais necessários para a gestão organizacional. Foram apresentadas cinco teorias de motivação por conseguirem dar algumas respostas às seguintes indagações: - O que energiza o comportamento humano? - O que dirige ou orienta esse comportamento? - Como o comportamento pode ser mantido ou sustentado ao longo do tempo? Existe uma variedade enorme de pesquisas sobre motivação e sua aplicação nas organizações. No entanto, ainda não existe uma única teoria que explique e que englobe as variações de comportamentos exibidos pelos empregados em contexto laboral. Vimos ainda que, quando as pessoas se sentem tratadas com justiça tendo como base os resultados que recebem ou os processos dos quais participam., sentem-se também muito satisfeitas.Um trabalhador satisfeito não é necessariamente um empregado feliz, como nos mostrou a teoria dos dois fatores. Entretanto, a insatisfação pode gerar consequências desastrosas para a empresa. Veja alguns exemplos: - Altos índices de absenteísmo; - Altos índices de rotatividade; - Enormes passivos trabalhistas; - Greves; - Roubos e vandalismo; - Adoecimento físico e mental (pelo nível de estresse identificado); - Aumento dos índices de acidentes de trabalho; - Menor produtividade (mesmo com grande produção); - Diminuição dos lucros. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 26 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton A satisfação e a motivação no ambiente de trabalho podem ser explicadas de várias maneiras e as teorias motivacionais estão aqui para ajudar os gestores a compreenderem os comportamentos das pessoas em situações laborais e como podem criar ambientes e situações desafiadoras, metas tangíveis ou gerar compromisso e comprometimento para o alcance dos objetivos organizacionais. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 27 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Unidade 2: Liderança para chegar ao topo 1. Conteúdo Didático 1.1 A liderança como diferencial no alcance dos resultados No outro dia, assistindo ao filme “O Gladiador” (mais uma vez), não pude deixar de pensar na liderança como um aspecto cada vez mais complexo e profundo do comportamento organizacional. Embora esteja estudando esse fenômeno há anos, posso afirmar que estamos bem longe de chegar a um consenso sobre ele e suas manifestações no contexto das empresas e no seu cotidiano. A liderança está no centro das estratégias adotadas pelos gestores para o alcance dos resultados e sem ela não conseguimos caminhar. Sendo assim, vou lhe apresentar, primeiramente, algumas definições, desfazer um mal entendido sobre líder, chefe, poder e autoridade, além de mostrar-lhe como algumas teorias têm abordado a liderança ao longo do tempo. Prepare-se porque a nossa viagem começa aqui. Se pensarmos friamente no líder – como uma pessoa que está à frente de um grupo para dar as ordens e os comandos – vamos, de cara, nos deparar com algumas questões a serem respondidas, tais como: O que é liderança? O que as pessoas esperam do seu líder? Uma pessoa nasce líder ou tem que se capacitar para tal? Ser líder é diferente de ser chefe? Para responder a essas e a um sem número de questionamentos, você precisa entender o conceito e a filosofia subjacente ao conceito de liderança. Bowditch e Buono (1992) definem como liderança... Quando olhada mais de perto, essa definição já traz em si a filosofia e as condições para que o fenômeno ocorra e possa ser considerado como tal. Veja bem: O líder é alguém que influencia outras pessoas para o alcance de metas propostas. Fonte: Disponível em http://blog.kombo.com.br/empresa/wp- content/uploads/2010/08/lideranca.jpg. Acesso em 17.09.2012. Um processo de influência, geralmente de uma pessoa, por meio do qual um indivíudo ou grupo é orientado para o estabelecimento e alcance de metas. (p.118) Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 28 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Não existe liderança sem liderados, ou seja, não pode haver mais cacique do que índio, como diz o ditado popular. Na linguagem acadêmica, dizemos que a liderança não ocorre no isolamento e não tem como uma pessoa ser “líder” de si mesmo. Ela acontece numa relação em que a influência e o poder foram distribuídos de maneira desigual numa base legítima contratual (poder legítimo) ou consensual (quando existe um pacto de proteção do grupo para com seu líder, em que o grupo legitima e apoia as ações de quem os lidera). Quanto maior o número de seguidores, maior é a influência. Veja o exemplo do Twitter. Quanto mais resultados são alcançados, mais se pode verificar o nível da influência exercida sobre os liderados. A motivação é um fator intimamente relacionado à liderança. Esses cinco indicadores de liderança evidenciam que os líderes, na sua concepção, aliam uma base bem fortalecida de estratégias com relacionamento interpessoal eficaz para produzir resultados de excelência e vantagem competiva. No entanto, como primeiro passo para que a influência seja exercida, as pessoas líderes devem atender ao seguinte requisito: criar nos seus liderados uma visão. Vou explicar melhor. No mundo de uma economia globalizada, liderar tem se mostrado como uma tarefa árdua e requer o cumprimento, de acordo com Freeman e Stoner (1982), de três aspectos fundamentais: a) o envolvimento e aceitação com disposição, por parte dos seguidores, das ordens do líder, tornando possível a legitimação do processo de liderança; b) o reconhecimento, por parte do líder, de que os membros do seu time não são desprovidos de poder, seja ele de que natureza for. No entanto, o líder sempre tem mais poder que os membros do seu grupo. c) o desenvolvimento da capacidade de usar as diferentes modalidades de poder para imprimir nos seguidores os comportamentos mais adequados e que conduzirão ao alcance das metas organizacionais. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 29 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 1.2 Sem a liderança, não há visão Parece que escutei esta palavra – visão – ontem. No entanto, muitos anos se passaram... foi em 1989/1990. Naquela época, visão não era uma expressão comum no contexto administrativo e de executivos. Era uma ilustre desconhecida e para a qual olhávamos sem saber exatamente do que se tratava, como seria usada e para quê. Hoje, em 2012, sabe-se por meio da literatura e de inúmeros case, que Visão nada mais é uma imagem mental compartilhada pelos membros de uma corporação, uma organização, uma empresa, um empreendimento e que expressa o lugar onde ela deseja estar num futuro (próximo ou mais distante). Considerações sobre a visão e o líder podem ser feitas com pertinência, especialmente quando não se conhece bem sobre a sua dinâmica de funcionamento. Veja algumas: Um líder pode criar a natureza da estratégia ou do negócio da empresa, ou até o tipo de ambiente de trabalho que as pessoas darão o máximo de si. As visões são, ao mesmo tempo, situações ideais e específicas, às quais se pretende chegar. Se a visão for ideal, está comunicando uma escolha e uma aderência do líder a um conjunto de valores altamente positivos. Se for singular e específica, transmite o qual é intenso e prazeiroso ser diferente das outras empresas e até mesmo dos seus concorrentes. A visão pode ser grande ou pequena, podendo ser expressa para a empresa como um todo ou para os seus departamentos ou setores, no entanto, nunca são concorrentes entre si. A visão, obrigatoriamente, deve ser alcançável para manter o nível de motivação para se chegar a ela. A terminologia utilizada na definição da visão expressa realismo, otimismo, esperança, confiança e direção para a ação.Visão é uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável para a empresa. Expressa as ambições do líder para ela. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 30 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Considerações sobre o líder e a visão: Não se esqueça de três aspectos fundamentais: 1) O que realmente interessa é que a visão é IMPRESCINDÍVEL para que uma liderança eficaz aconteça. 2) A visão pode ser vinculada a um cargo, uma unidade da empresa ou a ela como um todo. 3) Gestores que não se capacitam para se tornarem líderes fortes, não serão capazes, em momento algum, de criar visão objetiva e realista, concentrando-se no medianismo do desempenho do seu grupo de trabalho. As organizações têm exigido que, em todos os seus níveis, as pessoas sejam líderes porque elas, como um todo, precisam realizar atividades que as pessoas desejam e, ao mesmo tempo, para ajudarem a criar e implantar a orientação estratégica. Não se esqueça do conceito de liderança... influência... motivação... A liderança é habilidade, uma capacidade que algumas pessoas, mais que outras, desenvolvem ao longo do tempo e em situações em que isso se torna necessário; Ninguém nasce líder. Aprende-se a sê-lo. Mesmo que haja características intrínsecas de liderança, existe a obrigatoriedade de desenvolvê-las a partir do desejo pessoal, do treinamento e da prática. Fonte: Disponível em: http://portalrecursoshumanos.blogspot.com.br/2011/1 2/principios-de-como-se-desenvolver-uma.html. Acesso em 17/09/2012 Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 31 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton Por outro lado, existe um incômodo velado entre as pessoas que exercem as lideranças nas organizações e que eu gostaria de esclarecê-lo para tornar mais consistentes as nossas discussões. Se todas as pessoas devem ser líderes onde estão, qual a função e para que existe a figura formal do líder, do gestor, do chefe? Ah! Bom questionamento. A resposta é: as empresas colocam pessoas em cargos formais de liderança para que sejam o porta voz, o canal, o elo entre os membros de suas equipes e os postos diretivos mais altos, traduzindo para os níveis hierárquicos mais baixos, os desejos e objetivos estratégicos da empresa. São, também, os responsáveis pela “motivação” das pessoas para alcançá- los. Ou seja, tem que haver um responsável, ao qual a instância superior atribui responsabilidades específicas e dele também é solicitado que conduza adequadamente os demais participantes de uma visão compartilhada. Em outras palavras, estamos falando de liderança com autoridade. Para compartilhar essa visão, veja na imagem o que os líderes em postos de comando têm feito para conseguir a legitimidade de suas ações junto de seus seguidores. Acompanhe ainda, mais esse raciocínio... Muitas vezes, existem pessoas que influenciam resultados, batem metas, são capazes de gerar valor e agregar vantagem competitiva ao negócio a que estão vinculadas. No entanto, elas se encontram alocadas em lugares que não lhes permitem deliberar, decidir e implementar nada. No entanto, quando a empresa, seja por meio de seleção interna, promoção, indicação, avaliação de desempenho ou simplesmente constantando os resultados dessas pessoas, as coloca em cargos que lhes permitem decidir e implementar uma ação, a esse lugar damos o nome de lugar de autoridade. Pensando bem, não existem tantos lugares de autoridade em uma empresa para tantos líderes. Os cargos de gerência, de coordenação ou de supervisão, geralmente, são ocupados por um líder com mais experiência, com mais traquejo, com mais tempo de serviço e com maior habilidade de relacionamento interpessoal e no qual a empresa confia muito. Obviamente, ele é focado em resultados e altamente motivado com o negócio. Já escutei frases do tipo... “Essa minha empresa...”. “Amo muito tudo isso...” (Rede McDonalds). Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 32 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 1.3 Caraterísticas e habilidades dos líderes Neste ponto em que chegamos, vale a pena sistematizar os cinco comportamentos (BATEMAN, 2012), identificados nos melhores líderes dos quais já se teve notícia nos últimos 50 anos: 1) Contestação do processo: os líderes são pessoas que questionam as crenças e as práticas convencionais, caminhando para a mudança. No entanto, todo questionamento vem acompanhado de uma proposta de melhoria. Esse é o “x” da questão. 2) Inspiração de uma visão compartilhada: os líderes conhecem e respeitam os valores das pessoas, motivando-as para se importarem com uma missão relevante para si e para a empresa. 3) Capacitação dos outros para a ação: os líderes permitem que as pessoas tenham acesso às informações e as capacita para seu potencial pleno de desempenho. 4) Modelo: os líderes são exemplos e não se limitam a dizer às pessoas o que fazem. Antes, vivem e são o espelho dos seus ideais e do que creem. 5) Encorajamento: os líderes transmitem carinho, apreço, aconchego. Dão reforços positivos e usam a recompensa para motivar as pessoas de forma construtiva. 1.4 As bases do poder e a liderança Certa vez, ao ser indagada por que certas pessoas despertam tanta atenção por onde passam, estão em todas os canais de comunicação visíveis, são a notícia e criam tendências em comportamentos nas mais diferentes situações ou em situações específicas, recolhi alguns exemplos para que pudéssemos examiná-los, de forma didática. French e Raven (1959) estabeleceram 5 tipos principais sobre os quais pessoas em posição de autoridade exercem influência sobre as demais. Veja as imagens: O poder de referência: É o poder baseado nas características pessoais. Tais características exercem uma enorme influência sobre outras pessoas e elas obedecem por admiração, afinidade, desejo de aprovação ou de ser como o líder. Se um gestor é pouco admirado, não se faz respeitar ou não tem estilo próprio é um exemplo da falta de carisma ou referência. Por que Lady Diana é um exemplo de poder de referência ou de carisma? O poder de carisma ou de referência Fonte: Disponível em: http://wallpaper- onwallpaper.blogspot.com.br/2011/05/pr incess-diana.html Acesso em 17/09/2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 33 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton O poder coercitivo: O líder que tem o domínio desse tipo de poder tem o controle sobre as punições e castigos que imputa aos outros quando lhe desobedecem. Esse poder é exclusivamente baseado na punição como forma de modelar o comportamento desejado. Quando a organização não tem um relacionamento sadio e justo com seus empregados, havendo revolta e indisciplina, todos serão punidos e um deles pode ser demitido para servir de exemplo para os demais. Por que Hitler é classificado como um líder coercitivo? Pesquise sua biografia. O poder de especialização: É aquele cuja base éo conhecimento adquirido por meio dos estudos, da capacitação em alguma área de saber específica. Pessoas com o poder de especialização adquirem também o reconhecimento social, o status e o prestígio advindos da legitimidade que recebem de quem é beneficiado pelo conhecimento ou especialização. Médicos, engenheiros, dentistas, psicólogos, pedagogos, administradores, dentre outros profissionais especializados, que prestam serviços relevantes dentro das suas competências, estão enquadrados nessa categoria. O poder legítimo: Também conhecido como poder de autoridade, relaciona-se ao direito ou autoridade que uma pessoa tem de definir e dizer o que o as outras pessoas devem ou não fazer. Numa empresa, os funcionários tm a obrigação de obedecer às ordens vindas de seus superiores, que ocupam postos de autoridade. Exemplo disso são as ordens que um técnico de segurança do trabalho dá para que os empregados usem^, obrigatoriamente, os equipamentos de segurança no seu local de trabalho. O poder coercitivo ou de punição Fonte: Disponivel em: http://adolfhitlerbestpictures.blogspo t.com.br/2009/12/adolf-hitler- pictures-alone-outside.html Acesso em 17/09/2012. O poder de conhecimento ou especialização Fonte: Disponível em: http://indicemedico.com/ Acesso em 17/09/2012. O poder legítimo Fonte: Disponível em; http://cidadesaopaulo.olx.com.br/aulas-de- ingles-para-executivos-e-al-em-geral- conversacao-cursos-viagem-entrevistas-iid- 113162956 Acesso em 17/09/2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 34 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton O poder de recompensa: o líder modela os comportamentos desejados dos seus liderados oferecendo-lhes recompensas ou reforços. O líder controla as recompensas quando consegue identificar que reforços motivam seus funcionários para atingir as metas estabelecidas. Ao reforçar, positivamente, as chances de os funcionários repetirem os comportamentos esperados são potencializadas. Um exemplo mais perto de nós: Se um gestor trabalha duro para atingir os objetivos da sua área e recebe uma avaliação de desempenho positiva, seguido de aumento salarial, ele continuará a trabalhar cada vez mais. Veja que aqui repetimos a teoria VIE. (Unidade 1). Considerando os tipos de poder abordados aqui, pode concluir que as pessoas e os grupos, dentro de uma organização, podem exercer suas habilidades de influenciar baseadas em quatro fatores (BOWDITCH; BUONO, 1992): Capacidade de lidar com a incerteza: se um departamento consegue prever com uma exatidão maior a demanda do seu fluxo de trabalho, ele terá poder a partir de sua capacidade para lidar com a incerteza. Substitubilidade: quanto mais difícil for substituir alguém por outra pessoa, maior o poder da pessoa a ser substituída (mas a empresa sempre consegue, viu?? Fique atento.). Quanto mais insubstitutível, maior o poder. Centralidade organizacional: quanto mais central ou mais visível uma pessoa ou um grupo se torna para o atingimento de uma meta, ou um conjunto de objetivos, maior será o seu poder. Interdependência do papel e da tarefa: se as atividades de alguém dependerem de um outro grupo ou departamento para serem executadas, supõe-se que o departamento ou grupo tem um controle maior sobre as contingências, dando a ele maior poder. O poder de recompensa Fonte: Disponível em: http://blog.seeker.com.br/wp- content/uploads/reconhecimento-e- recompensa.jpg Acesso em 17/09/2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 35 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 1.5 Abordagens teóricas sobre liderança Algumas teorias fazem parte das discussões acaloradas sobre liderança. Algumas são bastante antigas, mas ainda têm influência nos estilos gerenciais do século XXI. Outras, mais recentes e contemporâneas, estão fazendo sucesso no mundo globalizado, criando tendências e gerando lucro para as empresas. Conheça-as nos seus principais fundamentos e aspectos relacionados. 1.5.1 Teoria dos traços de personalidade Robbins (2003) descreve a teoria dos traços. Nela, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade, que são marcantes, que o diferenciam das demais pessoas e, ainda, as influencia para alcançar os resultados esperados. Por traço entende-se uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. Conheça alguns traços que definem um líder. Traços físicos energia, aparência pessoal, peso e estatura. Traços intelectuais agressividade, adaptabilidade, entusiasmo e autoconfiança. Traços sociais cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa. Traços relacionados à tarefa impulso de realização, iniciativa e resistência. Os seguidores dessa teoria diferenciam líderes de não-líderes tendo como parâmetro as qualidades e características pessoais. Desta forma, as pessoas são identificadas como líderes e descritas usando- se termos como carismáticos, entusiastas e corajosos, altivos. Desde os anos 30, quando muitas pesquisas nessa linha foram feitas e atravessaram o tempo e chegaram até nós, seus resultados se mostraram bastante inconsistentes e, ainda hoje, o máximo que se diz deles é que os sete traços pareciam estar presentes nos líderes de sucesso e os diferenciam dos demais: ambição- energia, desejo de liderar, honestidade-integridade, autoconfiança, inteligência, elevada autodisciplina e conhecimentos relevantes para o trabalho. Fonte Disponivel em: http://liderar.webnode.com/prod ucts/lideran%C3%A7a/ Acesso em 18/09/2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 36 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton 1.5.2 Teoria comportamental e funcional Esse modelo de liderança tem seu foco nos diversos padrões e estilos de comportamento mais utilizados pelo líder e as funções que ele desempenha. Foram identificados três estilos diferentes. Conheça-os e já vá pensando em possíveis exemplos para cada estilo aqui descrito. Liderança autocrática ou autoritária: seu foco está na constante preocupação pela execução da tarefa e na falsa suposição de que o líder tem o direito e o poder para decidir sozinho sobre todos os assuntos sem precisar pedir ajuda ou considerar a opinião de seus liderados ou seguidores. Esses, por sua vez, devem obedecer e fazer as tarefas sem questionamentos ou sem criar problemas. Liderança democrática: conhecida também como estilo participativo, o líder se destaca por estar em constante contato e compartilhamento de suas decisões com seus liderados, buscando neles o apoio para a tomada de decisão, além de envolvê-los na execução das tarefas. Apresenta um grande apreço e incentivo às relações interpessoais. Esse estilo de liderança, embora muito interessante na sua filosofia e fundamentação, é de difícil aplicação porque nem sempre é possível, durante todo o tempo, considerar todas as possibilidades de relacionamentos e desejos existentes (dos líderes e liderados) no momento de exercer a decisão. Por outro lado, as empresas que adotam esse estilo de liderança e os encoraja têm tido excelentes resultados em sua produtividade. Liderança laissez-faire: de natureza não interventiva ou diretiva, parte do pressuposto de que o gestor participa o minimamente possível na dinâmica de funcionamento do grupo que lidera. É uma teoria que nos dá a sensação de autonomia, no entanto, o que está subjacente a essa suposta autonomia do grupo é a incompetência do líder para gerir os processos organizacionais, transferindo aos seus liderados todas as responsabilidades, inclusive do que não deu certo ou acarretou descontrole. Ele se isenta de qualquer participação no processo e quem está de fora, observando, Fonte: Disponível em: http://www.votorantim.com.br/relatoriosustentabilidad e/respeito_competencia.html Acesso em 18/09/2012. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 37 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton tem a sensação de que o barco está sem o seu comandante ou que ele pulou fora na hora em que mais se precisava dele. 1.5.3 Teorias contingenciais Esse grupo de teorias é uma combinação que deu certo entre a teoria dos traços e a teoria comportamental e funcional. O seu foco está na contingência, na situação e no momento em que são requeridas dos líderes algumas posturas e habilidades necessárias para o sucesso do processo de liderança e o alcance dos resultados, sugerindo, inclusive, que os líderes mais efetivos (combinando eficácia com eficiência) tem um espírito adaptativo e flexível de acordo com a situação e o contexto em que atuam. Conheça as teorias mais importantes desse grupo, descritas por Robbins (2002); Greeenleaf ( apud JAWORSKI, 2000). a) Carismática Fundamentação Ênfase no simbolismo, no apelo emocional e no compromisso fora do comum, por parte dos liderados, no alcance dos resultados. A liderança carismática é importante para determinadas situações, tal como situações de mudança, mas para outras, este estilo de liderança é prejudicial, principalmente porque o líder tem dificuldade em aceitar as opiniões do grupo que lidera. Características principais dos líderes nessa abordagem Visão e articulação: possuem uma visão expressa como uma meta idealizada que propõe um futuro melhor que o status quo; Risco pessoal: são dispostos a correr riscos pessoais, enfrentar altos custos e o autosacrifício para atingir sua visão; Sensibilidade ao ambiente: são capazes de fazer avaliações realistas das limitações ambientais e dos recursos necessários para a realização da mudança; Sensibilidade para as necessidades dos liderados: são perceptivos em relação às capacidades dos outros e sensíveis às suas necessidades e sentimentos; Comportamentos não convencionais: envolvem-se em comportamentos que são percebidos como novidades e que vão contra as normas. Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 38 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton b) Liderança visionária Fundamentação Capacidade de criar e articular uma visão de futuro realista, atrativa e acreditável para a organização, que tem como ponto de partida a situação presente e a busca de sua melhoria. Características principais dos líderes nessa abordagem Capacidade de criar as visões adequadas: inspiram e motivam os liderados numa única direção. As visões promissoras se adequam às circunstâncias, traduzindo o caráter único da organização. As visões mais claramente articuladas e com imaginário mais poderoso são mais facilmente aceitas e adotadas. Estabelecimento de uma nova ordem organizacional: criam uma imagem clara e objetiva de onde se pretende chegar e do que é necessário para isso. Geram entusiasmo para o sucesso: uma visão não terá sucesso se não for capaz de oferecer à organização e aos seus membros uma imagem clara e melhor do futuro. As pessoas na instituição precisam acreditar que a visão é factível e percebida como desafiadora, mas não impossível. c) Liderança servidora Fundamentação O termo foi usado pela primeira vez em um artigo de 1970, escrito por Robert K. Greenleaf. Surge naquelas pessoas cuja motivação principal é um desejo profundo de ajudar as pessoas. Tem como foco líderes que se dedicam aos outros e à missão da organização de aprendizagem. Características principais dos líderes nessa abordagem Põem como prioridade número um o serviço aos outros: funcionários, clientes e comunidade. Convidam as pessoas a considerarem o domínio da liderança estabelecido no ser, não no fazer. Escolhem servir àqueles que lidera, vendo no seu trabalho a razão fundamental da existência do serviço. Sem esta escolha, a capacidade de liderança fica profundamente limitada. Encorajam a participação, o compartilhamento de poder e de informações, reconhecem o valor dos outros e estimulam a criatividade das pessoas. São comprometidos e dão crédito pelas realizações das pessoas, têm um impulso natural para aprender e promovem o senso de Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 39 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton comunidade. d) Liderança baseada em princípios (LBP) Fundamentação Covey (2002) afirma que essa liderança é praticada de dentro para fora em quatro níveis distintos: Pessoal – minhas relações comigo mesmo; Interpessoal – minhas relações e interações com os outros; Gerencial – minha responsabilidade de concluir uma tarefa em conjunto com outros; Organizacional – minha responsabilidade de organizar as pessoas, de recrutá-las, treiná-las, remunerá-las, formar equipes, solucionar os problemas e criar uma estrutura, uma estratégia e sistemas concordantes. Características principais dos líderes nessa abordagem Confiabilidade em nível pessoal baseada no caráter (naquilo que você é como pessoa) e na competência (naquilo que você pode fazer) e confiança em nível interpessoal baseada na confiabilidade entre as pessoas, se existe confiança entre duas pessoas. Delegação de poderes e alinhamento: Atuam, respectivamente, no nível gerencial e organizacional. “Liderança não é a denominação de um cargo que requer formação específica, mas uma questão de competência superior”. (Corvey, 2002). Mostrei para você algumas das principais teorias sobre liderança e dei um enfoque maior às teorias contigenciais nas quais o líder, longe de ser aquele que só manda, é aquele que SERVE e pelo qual Volte aos quadros e responda: qual estilo de liderança mais lhe inspira confiança? Você já parou para pensar nos estilos de liderança existentes na sua organização e como eles colaboram para a sua satisfação ou motivação para o alcance dos objetivos organizacionais e pessoais? Pense nisso... Disciplina: Comportamento Organizacional Autora: Izabel Cristina da Silva Reis 40 | P á g i n a Unidade de Educação a Distância | Newton os seguidores desenvolvem alta estima e consideração, legitimando a sua posição de liderança e de autoridade. Muitas outras teorias existem, no entanto e em qualquer abordagem adotada, o líder, como já enfatizei, é uma figura diferente das demais pessoas, concentrando em si comportamentos e características que o diferenciam
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