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UNIDADE 1 – NECESSIDADE DE SE PLANEJAR/AUTOCONHECIMENTO Autoconhecimento - Análise SWOT para reflexão a respeito de suas próprias características/competência Profissional Dizia Sócrates, o filósofo grego que viveu entre 470 a.C. e 399 a.C.: “conhece-te a ti mesmo”. Para ele, a condição humana requer que cada pessoa tenha um profundo conhecimento de si própria para poder, então, conhecer os outros e o mundo real que a cerca. O indivíduo deve buscar o autoconhecimento como ponto de partida para o conhecimento do mundo exterior. O conhecimento externo deve vir depois do conhecimento interior. Por isso, devemos começar pelo autoconhecimento, refletindo quais são seus valores e objetivos de vida. As escolhas precisam estar alinhadas com aquilo que você deseja para sua vida e ser de completa autoria própria. Observe a gravura: Formação • Formação acadêmica básica • Valores morais • Conhecimento do ambiente de carreira • Responsabilidade • Idoneidade • Cultura geral • Experiência internacional • Vivência social • Formação acadêmica específica • Pós-graduação e titulação • Educação continuada formal • Educação continuada não formal Informação • Automotivação • Pro atividade • Compromisso • Orientação para resultados • Planejamento e organização do trabalho Atitude Adequação vocacional Refere-se ao profissional que encontrou a ocupação correspondente as suas aptidões, seus interesses e suas possibilidades. Este é um profissional que tem prazer no que faz, cada dia é um momento de dedicação e prazer. Atualmente acontece um elevado índice de evasão nas universidades. Um dos motivos: A ESCOLHA DA PROFISSÃO ERRADA! Para uma escolha segura, com convicção, você precisa: • Autodescoberta e autorreflexão; • Conhecer-se: descobrir sua verdadeira tendência profissional, seus talentos e sua personalidade; • Eliminar a insegurança, o medo em face da escolha; • Procurar identificar quais são as dificuldades que te impedem você de realizar uma escolha profissional. O que mais influenciou sua escolha? A opinião dos pais, parentes, amigos? Admiração por alguém que você conhece? Melhores salários? A profissão da moda? Você acha que tem uma “vocação”? Um sonho antigo? Avaliação dos valores e atitudes individuais • Identificação de áreas profissionais que se identificam com a hierarquia de valores do indivíduo; • Identificação de áreas de atuação as quais o indivíduo considera importantes e válidas; • Habilidades: gostar de resolver problemas; enfrentar desafios; ambientes fechados X espaços abertos; habilidade de comunicação com pessoas; Avaliação das Expectativas de Carreira O que eu quero ser? • Decisões não são puramente racionais – entram em questão fatores emocionais como necessidade de aceitação e sensação de pertencer ao grupo desejado. • Papel da influência social: necessidade de ampliação do mundo e das expectativas. Análise SWOT ou FOFA para reflexão a respeito de suas próprias características no planejamento da carreira profissional É uma maneira bastante eficiente de identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, bem como examinar as oportunidades e as ameaças que poderão ser enfrentadas no mercado de atuação. Em planejamento estratégico, a Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, em português – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). Como resultado dessa análise, temos um relatório que contém informações a respeito de fatores internos da empresa (forças e fraquezas) e sobre fatores externos (oportunidades e ameaças). Mas, e se usarmos essa ferramenta em benefício próprio? Como poderia ser uma “análise SWOT pessoal”? Vamos pensar em uma, já que, de acordo com, Philip Kotler, não existe produto maduro sem oportunidades, mas gerentes sem imaginação, podemos aproveitar a ideia e dizer que não existe um profissional sem oportunidades, mas sim a falta de visão na carreira. Levando em consideração que cada um é responsável por sua própria carreira e que quando a mesma é bem administrada a sensação de autonomia é maior, é preciso saber a hora de nos atualizarmos e nos capacitarmos para as mudanças que sempre acontecem, onde quer que estejamos É preciso ter autoconfiança, independentemente do porte da organização na qual nos encontramos, para saber onde estamos e onde queremos chegar dentro de algum tempo, levando em conta determinadas forças macroambientais (econômicas, socioculturais, tecnológicas, mercadológicas) e agentes microambientais, em nível individual (formação, experiência, conhecimentos, capacidade de aprender, personalidade, aspectos financeiros). Claro, se a vida é de cada um, o mesmo pode-se dizer da carreira profissional em tempos de pensamentos, ideias e inspirações globalizados. Para facilitar a analogia, é proveitoso saber que o objetivo da análise SWOT, dentro do planejamento estratégico, é apresentar um panorama completo não apenas de seu próprio negócio, mas também dos concorrentes e do ambiente de negócios em que se pretende entrar ou no qual já se atue. Este retrato tirado do ambiente de negócio como um todo, uma visão do terreno onde se encontra a empresa, serve de apoio para que as fraquezas da mesma sejam minimizadas e os pontos fortes, maximizados, melhor aproveitados, através de uma estratégia que contemple, ao mesmo tempo, as oportunidades do mercado e o que de melhor a empresa poderá fazer para aproveitá-las, sejam os pontos fracos de outros atores ou mesmo as brechas deixadas por esses. De igual forma, uma “análise SWOT pessoal” poderá mostrar um panorama de nossas qualificações e do momento profissional que atravessamos, com os mesmos pontos fortes e fracos. Logo, a partir dessas informações, descobriremos quais competências e conhecimentos temos que permitirão desbravar novos rumos na carreira e, por outro lado, quais competências e conhecimentos são necessários desenvolver para atender ou acompanhar as mudanças atuais. Portanto, as questões levantadas por uma “análise SWOT” para a vida profissional seriam as seguintes: Forças: perceba quais são as suas vantagens como profissional. O que você faz de melhor? O que o mercado, sua empresa e seus colegas percebem como sua maior força? Qual o seu grau de esclarecimento e informação sobre o mundo ao redor? Veja o que o leva a ter maior distanciamento de seus concorrentes no mercado de trabalho. Fraquezas: identifique as áreas em que haja maior conflito. Em que aspectos você pode melhorar? Que tipo de tarefa ou atribuição você ainda não faz satisfatoriamente? O que deve ser evitado? Existem queixas de seu superior direto? O que ainda não foi cumprido por você? O que ainda não está sendo entendido por você em sua área de atuação? Oportunidades: esforce-se para descobrir na sua área de competência as forças que possui e que não estão sendo bem utilizadas. Existe alguma tendência do mercado que pode ser vista como o “pulo do gato” para você? Existe alguma área correlata a sua na qual pode investir e prestar um bom serviço ou oferecer um bom trabalho, mas nunca esteve antes? Quais as verdadeiras oportunidades à mostra no mercado de trabalho atual? Analise a situação e pense. Leia e estude muito. Atualize-se. Mantenha contato com seus colegas próximos e com aqueles que formam seu networking. Ameaças: visualize o mundo exterior e seja também um pouco introspectivo para entender o que pode ser prejudicialà sua carreira. Que obstáculos existem pela frente? O que os demais profissionais, competidores como você, estão fazendo? Alguma nova tecnologia tem a ver com seu trabalho atual? As competências necessárias para sua área de atuação estão sendo alteradas? Você passa por problemas financeiros, de desenvolvimento ou algum outro não identificado? Você sente que, de forma geral, os demais profissionais, seus concorrentes no mercado, estão se fortalecendo ou existem outros fatores que podem impedir o seu sucesso na carreira? Então, respondendo com consciência e uma certa abstração a essas perguntas, analisando o momento pessoal e profissional, pode-se traçar o perfil que deseja para a carreira e definir que rumos tomar a partir daí. Pode ser que já o faça de outras maneiras, sem que se queira chamar de “SWOT” tal exercício, mas há que se ter em mente duas palavras quando tratamos de carreira: reflexão e planejamento. Duas simples palavras e uma mesma forma de encontrar um caminho. E aí gostando da aula? No próximo slide falaremos sobre competência profissional. Então vamos em frente! Competência Profissional O que o mercado valoriza hoje Até alguns anos atrás, o mercado de trabalho exigia do profissional somente requisitos técnicos, como curso de datilografia e o inglês fluente. Com o passar dos anos, entendeu-se que apenas os conhecimentos técnicos não seriam suficientes para o crescimento e a lucratividade das empresas, era preciso olhar para os aspectos comportamentais, nascendo, então, o conceito de competências. Os primeiros estudos de competências são de MacClelland (1973), professor da Havard e considerado o “pai” da Gestão por Competência e os estudos de Boyatzis (1982). Eles observaram as competências diferenciadoras que conduziam as pessoas ao sucesso profissional. A forma como você integra e age usando seu conhecimento, suas habilidades e atitudes é que aumenta sua eficácia em lidar com o mundo. (McClelland, 1973) Durand (1998) afirma que o conceito de competência está baseado em três dimensões interdependentes – conhecimentos, habilidades e atitudes – englobando questões técnicas, cognição e as atitudes relacionadas ao trabalho. O mercado de trabalho atual exige maiores competências profissionais, o que vai muito além do diploma da universidade. Valores, inteligência emocional, visão ampliada, atitudes e habilidades são fatores fundamentais para quem deseja alcançar o sucesso profissional. As competências são formadas basicamente por três fatores: conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) Vamos ver cada um deles separadamente: Conhecimentos Formação educacional; Leitura de livros; Jornais; Execução de atividades; Troca de informações no dia a dia. Habilidades As habilidades diz respeito a capacidade de realizar uma tarefa. Aptidões para o desempenho de determinadas atividades. Atitudes Disposição interior Maneira de agir em determinadas situações. Observe a figura: A “bagagem cultural” é tudo aquilo que você tem aí dentro da sua cabeça, tudo o que você já viu em formato de livros, filmes, músicas e as experiências de vida obtidas em sua jornada diária. Ela é importante, pois é quase impossível, ainda mais nos dias de hoje, criar algo inédito e totalmente sem referências a outras obras. Para complementar seu aprendizado, não esqueça de ler os textos disponíveis no nosso AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem)