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Gestão de Conflitos MÓDULO 4 2 Sumário Unidade 7 | Como Administrar Conflitos 3 1 Como Administrar Conflitos 4 1.1 Comparação das Diversas Formas de Administração de Conflitos 4 Glossário 9 Atividades 10 Referências 11 Unidade 8 | A Necessidade da Mediação 14 1 A Necessidade da Mediação 15 2 Diferentes Áreas de Utilização do Processo de Mediação 16 3 Requisitos para a Mediação de Conflitos 17 4 As Técnicas e Etapas da Mediação de Conflitos 18 5 Mediação em um Contexto Organizacional 26 Glossário 27 Atividades 28 Referências 29 Gabarito 32 3 UNIDADE 7 | COMO ADMINISTRAR CONFLITOS 4 1 Como Administrar Conflitos 1.1 Comparação das Diversas Formas de Administração de Conflitos Existem diferentes formas de lidar com um conflito: evitá-lo, desativá-lo ou enfrentá- lo. Ao optar por enfrentar um conflito são possíveis três categorias: ganhar-perder; perder-perder ou ganhar-ganhar. Essas categorias dizem respeito ao resultado do conflito para os envolvidos. Numa situação ganhar-perder, uma das partes ganha e a outra perde o assunto em conflito. Por exemplo em uma disputa de guarda por um animal de estimação, uma das partes por ficar com 100% da guarda sem que a outra parte tenha qualquer direito. Em uma situação perder-perder, ambas as partes perdem, no mesmo exemplo do animal, se o resultado do conflito fosse a destinação do animal para outra pessoa ou para uma casa de adoções. Na última categoria, a ganhar-ganhar, ambas as partes saem do conflito com a percepção de terem vencido a disputa, é o 5 cenário ideal. No nosso exemplo, as partes teriam o animal em guarda compartilhada ou, ainda, a parte que ficasse com a guarda doaria um outro animal similar para a outra parte. Essas categorias podem ser atingidas de diversas maneiras. A mais simples é através da negociação direta, onde as partes se encontram, sem a necessidade ou presença de outras pessoas, e de comum acordo concluem a negociação. h A negociação faz parte da rotina de nossas relações, em que temos que tomar decisões pacificamente e lidar com as necessidades das pessoas a nossa volta. Para que uma negociação tenha bons resultados é preciso equilíbrio entre razão e emoção, capacidade de compreender o problema a partir do olhar do outro, ter informações sobre o tema e desejo de soluções pacíficas. A negociação nem sempre demanda a participação de uma terceira pessoa mediadora. Mas nem sempre isso é possível e as partes precisam de ajuda para resolverem um conflito. Essa ajuda pode ser dada com diferentes níveis de influência daqueles que vão auxiliar na resolução do conflito. A figura a seguir apresenta essas possibilidades, que serão melhor estudadas a seguir. 6 A mediação é a resolução de um conflito com o auxílio de um mediador. Essa pessoa irá ajudar as partes a concluir uma negociação, mas não tem qualquer autoridade de tomar uma decisão por eles. Muitas vezes o mediador é um conselheiro e contribuiu para a resolução por meio de perguntas e análises do caso por outros ângulos. Já a conciliação é uma resolução pacífica de disputas, mediada por uma pessoa que tenha autoridade decisória (judicial ou extrajudicial), e que poderá decidir a disputa, caso as partes não consigam decidir por elas mesmas o acordo. Trata-se de uma resolução pontual e rápida, que não tem como objetivo a recuperação das relações interpessoais, sendo útil quando as partes não se conheçam ou tenham relação distante. Ou seja, temos um problema e temos que resolvê-lo, para tanto, é necessário que as partes estejam abertas para se chegar a uma solução. Não tem relação com amizade ou interesses pessoais e, sim, a resolução do conflito. O conciliador deverá, como o árbitro, ser imparcial e ter distanciamento das partes, deve estar preparado para tomar uma decisão e tomá-la somente se as partes não consigam chegar a um acordo (sendo que seu objetivo maior é que eles possam tomar essa decisão sem sua intervenção). Por fim, a arbitragem é a resolução de um conflito de acordo com a determinação de um árbitro. Normalmente é utilizada em casos que não houve nenhuma forma de consenso ou em casos complexos. As partes escolhem um árbitro neutro em relação à disputa (geralmente um especialista que compreenda o assunto), que irá mediar a questão e dizer a decisão final. A arbitragem está regulamentada desde 1996 pela Lei n° 9.307. Essa forma de mediação não precisa do juiz e dos peritos, se dá de forma informal, mais rápida, e com custos baixos. Na mediação, os envolvidos estão dispostos a refletir sobre o conflito e encontrar soluções juntos. Relevante recordar que o mediador deve ser imparcial, buscando apenas colaborar no diálogo equilibrado entre os envolvidos. No entanto, há variações na forma como a mediação é realizada, enquanto em alguns países – como no Brasil – é recomendada a neutralidade e imparcialidade do mediador, em outros se considera importante que o mediador seja uma pessoa conhecida de ambos os envolvidos e que por isso gere confiança. A tabela a seguir colabora na compreensão das diferenças entre conciliação, arbitragem e mediação. 7 Tabela 8: Diferenças entre Conciliação, Arbitragem e Mediação Conciliação Mediação Arbitragem Objetivo Construção de um acordo: Oferece uma base legal. Esclarece sobre o direito. Propõe possibilidades de acordo permitindo ao conciliador: opinar, sugerir, apontar vantagens e desvantagens. O acordo é construído para o tempo presente, baseado em acontecimento passado. O objetivo da mediação não é necessariamente a obtenção de um acordo, mas a transformação do padrão de comunicação e relacionamento dos envolvidos, visando entendimento. Pode dar uma sentença arbitral, o que ficou decidido. Equivale a uma sentença judicial. Lei nº 9307/1996. Fatos Busca conhecimento anterior dos fatos. A troca de informações e esclarecimentos sobre o processo e a matéria a ser mediada acontece num processo denominado pré-mediação. Conhecimento dos critérios legais. 8 Fonte: Adaptado de Cordeiro, 2009. Para complementar o conhecimento de resolução de determinado conflito podemos citar Weber (2014). Ele aponta algumas formas que as pessoas tendem a lidar com conflitos: a) Competição: trata-se de uma postura que faz uso do poder e não há preocupação efetiva com a conciliação mais profunda entre as partes; b) Acomodação: atitude que pouco colabora na solução efetiva de problemas, pois uma das partes renuncia às suas necessidades para atender à do outro; c) Fuga: afastamento de uma das partes não colaborando para a resolução, tal atitude pode ser fruto de algum tipo de coerção; d) Concessão: as partes envolvidas se dispõem a fazer concessões para o equilíbrio da questão em conflito e a possibilidade de um acordo; e Partes Confere voz às partes e aos seus representantes. Aceitam o mediador. O mediador não decide pelas partes. Ele é neutro. O interesse comum das partes e a satisfação delas são objetos da mediação. Na arbitragem escolhe-se diretamente um ou mais especialistas que terão a função de julgadores de maneira muito mais rápida, informal e com baixo custo. Na arbitragem também é possível às partes a escolha da norma a ser aplicada ao caso. As partes se submeterão à decisão final proferida pelo árbitro ou árbitros. 9 e) Cooperação/Colaboração: trata-se da forma mais satisfatória para lidar com os conflitos e construir relações harmônicas e estáveis entre as partes, em que o objetivo maior é encontrar uma resolução que seja benéfica para ambos. Glossário Arbitragem: processo de gestão de conflitosem que as partes contratam uma pessoa neutra em relação ao conflito e especialista no assunto em questão, para que tenha o poder de decisão e encerre o conflito. Árbitro: aquele que julga, que tem a última palavra sobre um determinado assunto Concessão: ação de se colocar à disposição do outro. Imparcialidade: neutralidade e justiça. Intervenção: algo que é feito para mudar alguma situação. Unilaterais: algumas coisas que só tem um lado. 10 a 1) O que é conciliação? Indique a alternativa correta. a. ( ) É uma forma de pacificação entre pessoas e/ou entre instituições. b. ( ) É o entendimento entre as partes de um conflito. c. ( ) É quando se unem duas perspectivas para se tornar uma só, conciliando as visões. d. ( ) É uma resolução pacífica de disputas, mediada por uma pessoa que tenha autoridade decisória (judicial ou extrajudicial) e que caso as partes não consigam decidir por elas mesmas o acordo, poderá decidir a disputa. 2) Indique a alternativa correta para a questão a seguir. O que é arbitragem? a. ( ) É um processo em que se é tomada uma decisão arbitrária. b. ( ) É um caso específico apenas dos esportes em que há a figura do árbitro definindo/validando determinadas situações dos jogos. c. ( ) É a resolução de um conflito de acordo com a determinação de um árbitro, que deve ser imparcial e ter distanciamento das partes. d. ( ) É o nome dado a um curso internacionalmente válido oferecido por todas universidades públicas em que se aprende a ser mediador. Atividades 11 Referências ANDRADE, M. L. C. V. de O. Língua: modalidade oral/escrita. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São Paulo: UNESP, 2011. ANTÃO, Max Carlos Braga. Evite o estresse. Brasília: Senado Federal, Gabinete do Senador Clésio Andrade. 2012. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/ id/243156>. Acesso em: 11 mar. 2016. BARBANTI, JR. O. Gestão de conflitos em cadeias de valor da sociobiodiversidade. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2010. BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos: abordagens práticas para o dia a dia. Curitiba: Juruá, 2012. BLANKSTAD, Michael. Recursos Humanos: promover é o único caminho? HSM Management, mar.-abr. 1997. BOM SUCESSO, Edina de Paula. Relações Interpessoais e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Qualitymark, 2002. BRONDANI, J. P. 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São Paulo: Martins Fontes, 2008. 14 UNIDADE 8 | A NECESSIDADE DA MEDIAÇÃO 15 1 A Necessidade da Mediação A mediação de conflitos pode ser aplicada para diferentes casos, porém, é possível relacionar sua maior importância em relacionamentos duradouros e onde a tensão entre as pessoas afeta na realização de atividades importantes para ambos. Conflitos sempre envolvem problemas de comunicação, no entanto, quando esses problemas são muito sérios, a conversação precisa de um mediador neutro, porque qualquer tom de voz mal interpretado poderá gerar problemas ainda maiores. Importante compreender que a mediação só terá resultados positivos quando os envolvidos estão dispostos a reverem suas posturas e comprometidos com a resolução da situação. Na mediação, o sigilo pode ser algo essencial para que o conflito não tenha complicações maiores. Em uma empresa, por exemplo, se o conflito chegar aos clientes e fornecedores pode originar uma propaganda negativa levando a perda de clientes e redução de crédito. 16 c Ao participarem de um processo de mediação os envolvidos aprendem mais sobre si mesmos, seus próprios objetivos, melhoram sua capacidade de compreensão do outro, ampliam sua visão de mundo e aprendem a comunicar seus desejos, tornando-se mais ativos nos momentos de decisão. Wanderley (2004) explica que é comum que pessoas cheguem à mesa de mediação sem conseguirem olhar um para o outro e, com o desenvolvimento da sessão de mediação, chegam ao final com uma negociação tranquila e cordial. Um pontobastante positivo da mediação é a continuidade das relações interpessoais após o conflito. Após solucionar o conflito, as partes envolvidas conseguem continuar atuando juntas de maneira harmônica. 2 Diferentes Áreas de Utilização do Processo de Mediação A mediação de conflitos pode atuar em diferentes áreas, como é possível verificar na lista seguinte: • Trabalhista: conflitos entre empregados e empregador; • Internacional: conflitos envolvendo o setor público ou privado de outros países; • Comunitária: interesse comunitário, convivência comunitária, segurança pública; • Ambiental: interesses particulares e públicos em questões ambientais; • Civil: acidentes, contratos de imóveis, obras, perdas e danos; • Comercial: compra e venda, contratos, crédito, financiamentos; • Escolar: conflitos entre pais e escola e entre as crianças em si, entre professores, entre a escola e a comunidade; • Familiar: divórcio de casais, pensão alimentícia, custódia, adoção, relacionamentos interpessoais; 17 • Hospitalar: conflito entre usuários e serviços de saúde, entre profissionais de saúde; • Penal: crimes como furtos, ofensas, cheques sem crédito, vítima e agressor; e • Administrativa: reclamações ou recursos administrativos. 3 Requisitos para a Mediação de Conflitos Podemos listar os seguintes requisitos para uma mediação de conflitos satisfatória: • Autonomia: todos devem estar dispostos à mediação, não podem ter sido forçados de maneira alguma; • Confiabilidade do mediador: a pessoa que fará a mediação deve ser aceita por todos e deverá ser imparcial, neutra, sigilosa, ética e ter competência técnica; • Desejo de reconciliação: disposição para conciliar os interesses, respeitar os envolvidos e acolher as emoções de maneira respeitosa e visando o esclarecimento do conflito; e • Compromisso: os envolvidos devem estar comprometidos para que o que for acordado seja colocado em prática. h O papel do mediador é de ajudar os envolvidos através do diálogo a visualizar os interesses que são comuns, que se complementam ou que são diferentes para elaborarem juntos a solução de seus problemas. Algumas técnicas são utilizadas em todo o processo de mediação de conflitos: a escuta ativa, a valorização dos interesses que os envolvidos têm em comum, valorização das boas intenções de buscarem juntos uma solução para as problemáticas, consideração dos sentimentos envolvidos, utilização do diálogo, encorajamento dos envolvidos a valorizar cada progresso na caminhada pela resolução dos conflitos. 18 O mediador deverá ter a capacidade de identificar os interesses reais dos envolvidos, conseguir resumir os pontos dialogados de maneira a facilitar os acordos, ser capaz de visualizar soluções para os problemas, ter capacidade para mudar o foco das discussões quando estas caírem em assuntos improdutivos, organizar encontros individuais (cáucus) se necessário, e saber redigir um bom acordo. Um bom mediador precisa ter conhecimentos sobre gestão e resolução de conflitos, relações interpessoais, comunicação, técnicas de mediação e legislação. É indispensável que seja capaz de proporcionar reflexões e diálogo, saiba escutar com atenção, identificar impasses e interesses em comum. Para desenvolver tais habilidades existem cursos específicos que ensinam as técnicas de mediação, e é necessário ter disposição para continuar se aperfeiçoando. É indispensável que o mediador conheça o Código de Ética dos Mediadores desenvolvido pelo Conselho Nacional de Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima). Pois caso contrário a mediação poderá ser feita de forma incorreta. 4 As Técnicas e Etapas da Mediação de Conflitos O mediador deve chegar antes, escolher um ambiente agradável que favoreça o diálogo, escolher a disposição das cadeiras de maneira que crie um clima de aceitação, ter claras as regras do lugar como, por exemplo, se é permitido fumar, providencias as alimentações se forem necessárias e receber bem as pessoas. Ele está no comando no momento da mediação, organizando as falas, lugares de sentar e a maneira como será iniciado o encontro. A mediação de conflitos se inicia com a descrição, em que o mediador escuta cada uma das partes envolvidas e começa a refletir sobre as questões mais importantes a serem consideradas. O mediador faz uso da escuta ativa, possibilitando que as pessoas se sintam ouvidas e também exercitem o ouvir a outra parte. Esse exercício inicial de falar e ouvir, aparentemente simples, é bastante relevante porque muitas vezes, é o momento de cada um começar a compreender as consequências de suas decisões na vida dos outros e também conseguir expressar suas emoções. Essa parte inicial é formada pelos seguintes passos: 19 • Cada um coloca a situação de acordo com seu olhar, enquanto isso os outros apenas o escutam; • O mediador faz um resumo do que ouviu, considerando fatos, sentimentos e desejos; • O mediador poderá fazer perguntas para tirar dúvidas sobre pontos que não ficaram claros; e • O mediador escreverá todas as questões que envolvem o conflito. Sobre essa lista de questões, é relevante reunir os pontos que os envolvidos têm em comum. O mediador deve buscar estabelecer um clima de harmonia e respeito entre os envolvidos. As perguntas do mediador devem ser feitas com cuidado, respeitando o tempo de cada um e buscando não influenciar em decisões. Perguntas abertas são melhores para esses momentos como “Diga algo sobre a....” no lugar de “Por que a....?” O mediador tem o papel de equilibrar as falas, de maneira que um respeite o momento de comunicação do outro, e às vezes, tem que ter uma postura firme para que estes espaços sejam respeitados. Uma técnica é dar papel e lápis para que os participantes anotem o que querem dizer/ perguntar durante a fala do outro, para se acalmarem em relação à ansiedade e verificarem, se o que anotaram é realmente relevante. Muitas vezes é preciso que o mediador acalme as irritações, com frases como “sei que você vê as coisas de outra forma e também iremos ouvi-lo”. É importante que os participantes percebam, no andamento da reunião, que alguns comentários são vazios, ofensivos e não ajudam na resolução. Para isso o mediador sempre pode pedir que os participantes sejam específicos em suas falas. Os mediadores têm o importante papel de clarear as dúvidas em torno do conflito. É muito comum as pessoas estarem confusas sobre os porquês de o conflito estar acontecendo, também é frequente que os envolvidos vejam os problemas de maneira mais complicada do que realmente são. h Listar os problemas de maneira que as partes concordem com os assuntos que serão discutidos é indispensável, pois torna a reflexão organizada, cria um clima de imparcialidade e mantém o mediador no controle dos processos de discussão. 20 Esta lista de problemas deve ser escrita de maneira imparcial sem conter nenhum juízo de valor e ser apresentada de forma clara para todos, será como a pauta de discussões, já focando em possíveis soluções. Essa lista tem diversas funções: • Colabora para que as pessoas se sintam ouvidas, compreendidas e respeitadas, • Dá a sensação de organização; • Ajuda a concentrarem o foco nos temas que são essenciais para caminharem para a resolução; e • Indica quando é necessário buscar novas formas de encaminhar o trabalho. O mediador poderá dividir os problemas em subtemas parecidos, buscando que todos se concentrem em um subtema por vez. Para decidir a ordem em que os temas serão discutidos, o mediador pode utilizar algumas técnicas: a) Classifique por importância: os envolvidos escolhem duas questões mais importantes, as discutem e seguem assim até finalizarem os temas. Essa técnica é positiva quando as partes já estão sentindo-se tranquilas para dialogar; b) Começar pelomais fácil: isso pode ser útil em momentos de tensão, já que o avanço em pequenas questões mais simples pode melhorar o clima e motivar os participantes a continuarem acreditando; c) Primeiro a mais difícil: quando há uma questão decisiva e os participantes se sentem preparados para discuti-la e assim caminharem com mais facilidade pelos outros temas mais simples; d) Fazer duas listas: separar os problemas que precisam de um prazo maior para serem solucionados e os que exigem curto prazo. Normalmente, é melhor começar com os de curto prazo; e) Alternada: os envolvidos escolhem de maneira alternada o assunto que será discutido; f) Listar soluções: as partes iniciam pelas questões que consideram de mais fácil solução; e g) Blocos de construção: cria-se uma sequência lógica em que a ordem colabora para resoluções de problemas que dependem um do outro. 21 Os pontos em comum ou pontos de acordo devem ser relembrados constantemente, porque a tendência das pessoas quando estão em conflito é se esquecerem do que há de positivo, até mesmo da história que partilham. Esses pontos são ainda mais relevantes após levantar os problemas e antes de começar a discuti-los em profundidade, porque nesse momento o mediador já pode apontar os desejos em comum na solução dos problemas, incentivando-os a continuarem, e estarem mais dispostos para se posicionarem de maneira colaborativa. É importante aproveitar falas dos envolvidos que podem ajudar na motivação, como quando uma das pessoas se expressa de maneira comprometida com a resolução, quando alguém se relembra de medidas positivas que foram tomadas em outros momentos ou quando há reconhecimento de erros do passado. Importante também considerar se os envolvidos foram vítimas de ações que não dependiam delas mesmas, e que influenciaram no conflito como racismo, constrangimentos econômicos ou algum tipo de violência. Apresentamos a seguir possibilidades de sequências para o processo de resolução de conflitos, retiradas do manual da ONU (2001): Sequência A: 1. Definir o problema; 2. Estabelecer as opções de resolução; 3. Refletir sobre as opções; 4. Escolher a melhor resolução; e 5. Elaborar um plano de ação. Sequência B: 1. Identificar os problemas; 2. Identificar de quais maneiras cada uma das partes poderá colaborar na resolução; 3. Especificar o que tem de ser trabalhado em cada área do problema; e 4. Desenhar um plano de ação objetivo. 22 Sequência C: 1. Definir a situação atual de maneira detalhada; 2. Projetar como as partes desejam o futuro também de forma detalhada; 3. Listar as estratégias que podem ser colocadas em prática para atingir o estado desejado; 4. Refletir sobre as estratégias; 5. Escolher as estratégias mais viáveis; e 6. Fazer um plano de ação especificado. Sequência D: 1. Identificar de forma geral os problemas; 2. Reunir dados sobre os problemas em questão; 3. Escrever as interpretações dos problemas para cada um dos envolvidos, refletindo junto deles sobre suas emoções, desejos e valores; 4. Listar as possibilidades de solução; e 5. Conceber de quais maneiras as soluções poderão ser colocadas em prática. Sequência E: 1. Listar os problemas; 2. Listar os critérios que uma solução deverá ter; 3. Listar as soluções possíveis; 4. Avaliar as soluções relacionando-as aos critérios; 5. Escolher a melhor solução; e 6. Elaborar um plano de ação. 23 Sequência F: 1. Elaborar uma lista dos problemas; 2. Escolher um deles e reunir sugestões para resolvê-lo; 3. Pedir para que os membros explicitem suas dificuldades, preocupações e necessidades; e 4. Refletir sobre os diálogos anteriores, reunindo as demandas e criando um projeto para ser colocado em prática. e Outra ferramenta da mediação bastante utilizada é o cáucus – reunião privativa com cada uma das partes envolvidas no conflito. O objetivo dessa ação é a manutenção do equilíbrio, em casos em que as tensões e emoções dificultam muito o diálogo. O recomendado é que essas reuniões sejam utilizadas como suporte, mas que a maior parte do trabalho seja realizada com os envolvidos juntos, para valorizar a autonomia deles em buscar soluções para seus problemas. Nessas reuniões, é importante confirmar os pontos positivos do que foi alcançado pelas partes até aquele momento, e possibilitar a expressão de emoções ou assuntos mais delicados. Alguns motivos que justificam as reuniões separadas são quando: • Há um impasse (uma questão muito difícil de ser resolvida); • Há muita dificuldade de diálogo com desrespeito de ambas as partes; • Acontecem muitas explosões de emoções; • Os envolvidos estão se posicionando de maneira muito distante de suas reais possibilidades; • O mediador está perdendo o controle da situação; • Mediador com dificuldades sérias em compreender os fatos. 24 As reuniões separadas devem seguir as seguintes etapas: 1. Marcar reuniões em separado; 2. Manter uma boa relação com a parte com quem está dialogando; 3. Perguntar o que o indivíduo pensa de como tem sido o andamento da mediação do conflito; 4. Demonstrar preocupação e ouvir detalhes do que aquela pessoa sente e pensa em relação ao problema; 5. Incentivar que o indivíduo dê sugestões para solucionar as questões; 6. Se necessário, sugerir que o indivíduo busque mais informações com profissionais de áreas específicas, para que ele possa ter mais clareza em seus argumentos; 7. Pedir licença para colocar algumas informações ou sugestões importantes para a outra parte; e 8. No caso de as partes aceitarem uma proposta nestas reuniões individualizadas, será necessário reunir os dois para que o acordo seja feito com a presença de ambos. A seguir temos um exemplo de diálogo em uma reunião, adaptada do manual da ONU (2001): 25 Tabela 9: Exemplo de diálogo em uma reunião separada Fonte: Adaptada do manual da ONU, 2001. Mediador Gostaria de conversar com cada um de vocês em separado para falar sobre o andamento do trabalho e ver se podemos achar alguns caminhos para a solução. Tudo o que falarmos nesta reunião é sigiloso e só será compartilhado se vocês me autorizarem. Mediador em separado somente com a parte A Como você tem sentido o andamento do trabalho até aqui? Fale-me sobre suas preocupações... O que há de mais importante nesta questão que estamos discutindo? Você tem ideias sobre o assunto que ainda não foram discutidas? O que acha que acontecerá se não conseguirmos resolver esta questão hoje? Você visualiza alguma outra forma de resolver este problema? Se a outra parte fizer algo específico, você também estaria disposto a fazer? ] [A Parte faz uma oferta para solucionar o conflito e o mediador pede para discutir a oferta com a outra Parte] Mediador Posso comunica isto à parte B? O mediador faz as mesmas perguntas para a parte B e faz a oferta autorizada pela parte A] Mediador em separado somente com a parte B A Parte A está disposta a ..., se você fizer algo assim.... a Parte A provavelmente responderá positivamente. Você está disposto a discutir esta questão juntos? Mediador com as duas partes juntas Os dois manifestaram flexibilidade sobre a questão X. Parte A sugeriu.... e Parte B afirmou que acha possível se.... Quero dar a oportunidade de cada um de vocês falar para resolvermos esta questão 26 A última etapa de qualquer mediação de conflitos é o acordo, que deve ser claro, objetivo, realista e possível de ser colocado em prática. Apesar de ser a etapa final, trata-se de um momento delicado porque exige dedicação e comprometimento de todos os envolvidos (incluindo o mediador) na elaboração de um plano detalhado, para que os acordos sejam colocados em prática. Se o acordo não forbem elaborado, o conflito pode ser retomado pelas dúvidas em relação à aplicação do acordo. A questão é tão séria, que pode até mesmo levar a quebra de todo o processo de mediação, gerando novos e mais complexos conflitos. O ideal é que se idealize um acordo equilibrado, em que todos ganham algo, mas também fazem concessão de algo. Um bom acordo deve colocar claramente as tarefas de cada um, o que será feito, onde, quando e como. A linguagem deve ser específica, evitando ambiguidades e adequada à compreensão das partes envolvidas. Os prazos devem estar claramente colocados, e preferencialmente envolver ações que possam ser desenvolvidas pelas pessoas diretamente envolvidas no conflito, sem depender de outras pessoas. Ao finalizar o texto, o acordo deve ser lido para as partes, permitindo colocações finais, ser assinado por ambos e fornecida cópias para todos os envolvidos. 5 Mediação em um Contexto Organizacional Segundo Wanderley (2004), pesquisa realizada em nove países com cerca de cinco mil trabalhadores pela OPP (Oxford Psychology Press) constatou que o Brasil é um dos países em que os profissionais ficam mais tempo envolvidos na busca de soluções para os conflitos. Os pesquisadores colocam que a melhoria do clima empresarial depende diretamente de treinamento específico em Mediação de Conflitos. No entanto, o desenvolvimento dessa habilidade específica ainda não aparece como prioridade nas empresas brasileiras. 27 Os treinamentos em mediação de conflitos levam ao autoconhecimento, dão oportunidade para trabalhadores se tornarem mediadores, colaboram na comunicação entre os indivíduos, melhoram a integração, o respeito, levam a reflexões sobre causas e consequências dos conflitos, ao aprendizado do diálogo, conscientizando sobre a importância de cada pessoa na empresa. Glossário Ambiguidades: que pode ter mais de um sentido, gera confusão no entendimento. Cáucus: reuniões entre mediador e uma das partes. Complementam: que completa, adiciona algo. Comunitária: o que é comum a todos que compartilham um determinado espaço. Impasse: situação cuja resolução é muito difícil. Juízo de valor: julgamento de algo baseado em opinião pessoal. Legislação: leis que vigoram. 28 a 1) Indique a alternativa correta para a questão a seguir. A mediação tem se tornado um instrumento utilizado em muitas áreas de atividades humanas? a. ( ) Não, seu uso tem diminuído, por sua ineficácia, em diversas atividades humanas. b. ( ) Não, a influência da mídia tem diminuído significativamente no cotidiano de várias atividades humanas. c. ( ) Sim, a influência da mídia tem aumentado significativamente no cotidiano de várias atividades humanas. d. ( ) Sim, pois a mediação pode atuar em diversas áreas, como trabalhistas e comunitárias. 2) Qual o papel do mediador? a. ( ) Agir como um juiz para colaborar na resolução de conflitos. b. ( ) Agir como árbitro para colaborar na resolução de conflitos. c. ( ) Ajudar os envolvidos por meio do diálogo a elaborarem juntos a solução de seus problemas. d. ( ) Ajudar os amigos na resolução de conflitos. Atividades 29 Referências ANDRADE, M. L. C. V. de O. Língua: modalidade oral/escrita. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São Paulo: UNESP, 2011. ANTÃO, Max Carlos Braga. 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