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Processo civil III 2 bim

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Processo Civil III – 2º Bim
Sentença
Conceito: 
CPC/73 – Ato pelo qual juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa – Conceito de acordo com efeitos.
Críticas – não define sentença; não põe termo ao processo; não está de acordo com o sincretismo processual decorrente de reformas processuais. 
Novo conceito ainda no CPC/73 – Sentença é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei
CPC/15 – Art. 203, p. 1 – “Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.” – Conteúdo + Finalidade. 
Classificação:
Sentenças terminativas: são aquelas que visam apenas terminar o processo, não há uma análise do mérito, apenas existe o término do processo. São fundamentadas com base no art. 485 do Código de Processo Civil. Não faz coisa julgada material. Portanto, é aquela que não analisa o mérito faz apenas coisa julgada formal, ou seja, impede apenas a rediscussão no mesmo processo, mas não a impede em um processo autônomo.
* Cuidado: Nem toda sentença terminativa permite a rediscussão da demanda. Ex: Sentença que extingue o processo com fundamento na perempção, litispendência e coisa julgada.
Sentenças resolutivas\definitivas: são aquelas que visam resolver o mérito existente na relação processual, ou seja, dirimir o conflito de interesse existente entre as partes. São fundamentadas com base no art. 487 do Código de Processo Civil. Faz coisa julgada material. Art. 487 CPC. Encerram a fase de conhecimento com resolução do mérito. Portanto, aquela que analisa o mérito faz coisa julgada material, ou seja, impede a rediscussão daquele caso em outra demanda.
A rigor, todas as sentenças são, a um só tempo, condenatórias, declaratórias e constitutivas. Em toda sentença há, pelo menos, a condenação em custas e honorários; mesmo na ação condenatória, de reparação de danos, por exemplo, há a declaração relativa à violação do direito e à constituição de obrigação.
TEORIA TERNÁRIA (TRINÁRIA), as sentenças se classificam em:
Dentro da categoria de sentenças definitivas existem subclassificações, podem ainda ser meramente declaratória, constitutiva ou condenatória
Sentença declaratória: tem por objeto simplesmente a declaração da existência ou inexistência de relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de documento (art. 19, I e II, CPC/2015). No exemplo da reparação de danos, pode ser que o interesse do autor se restrinja a obter, pela sentença, a declaração de um tempo de serviço. Nesse caso o comando judicial (dispositivo) será no sentido de “julgar procedente para declarar…”.
Independentemente da natureza da ação, qualquer sentença que julga improcedente o pedido é denominada “declaratória negativa”, uma vez que nesse caso a sentença tão somente declara a inexistência do direito pleiteado. – Poe fim a incerteza.
Sentença meramente declaratória: à evidência, não comporta, em regra, execução. A sentença, por si, é suficiente para o exercício do direito declarado. Contudo, não se pode perder de vista  uma  sentença declaratória pode conter todos os elementos necessários à execução e, nesse caso, constituirá título executivo judicial. Um exemplo de sentença meramente declaratória é aquela que reconhece a aquisição de propriedade por meio da usucapião. Portanto, vale frisar que todas as sentenças tem o caráter declaratório, as meramente declaratórias são aquelas que somente possuem este efeito.
Sentença constitutiva: além da declaração do direito, há a constituição de novo estado jurídico, ou a criação ou a modificação de relação jurídica. Exemplos: divórcio; anulatória de negócio jurídico; rescisão de contrato e anulação de casamento. No dispositivo, geralmente, o juiz utiliza a expressão “julgo procedente o pedido para decretar…”.
A sentença por si só é bastante para alterar a realidade jurídica objeto da decisão. Assim, a sentença constitutiva não implica a abertura da fase de cumprimento. Eventuais registros ou averbações visam apenas a dar publicidade ao novo estado e decorrem de exigências legais. Se, no entanto, a sentença de divórcio, por exemplo, fixar os alimentos para um dos ex-cônjuges, poderá haver execução desse capítulo da sentença que, na verdade, terá caráter condenatório. Em regra, as sentenças constitutivas têm efeito ex nunc (para o futuro). Exemplo: é da sentença que decreta o divórcio que se tem por extinto o casamento. Exceção: sentença que anula negócio jurídico pode ter efeito ex tunc (art. 182 do CC). – Formação, modificação ou extinção da relação jurídica.
Sentença condenatória: é aquela que, além de promover o acertamento do direito, declarando-o, impõe ao vencido uma prestação passível de execução. A condenação consiste numa obrigação de dar, de fazer ou de não fazer. Exemplo: na ação de reparação de danos o juiz declara a culpa do réu e condena-o a indenizar (obrigação de dar). O comando judicial expresso no dispositivo costuma vir da seguinte forma: “Julgo procedente o pedido para condenar…”. 
Os efeitos da sentença condenatória são, em geral, ex tunc, isto é, retroagem para alcançar situações pretéritas. Exemplos: os juros moratórios fixados na sentença são devidos a partir da citação (data em que o devedor é constituído em mora, nos termos do art. 240, CPC/2015); a correção monetária na ação de reparação de danos morais deve incidir a partir da data do arbitramento, ou seja, da data em que o valor for fixado na sentença; os juros compensatórios na desapropriação são devidos desde a imissão na posse. – Titulo executivo extrajudicial.
TEORIA QUINARIA (QUÍNTUPLA), havendo cinco espécies se sentença, além das três citadas acima, tem: 
Sentença mandamental: é aquela que, além de declaração, contém uma ordem. Exemplos: reintegração de funcionário público no seu cargo por força de mandado de segurança e ordem para expedição de certidão. – Técnica para estimular devedor a cumprimento voluntário.
Sentença executiva: a sentença, além de reconhecer a existência de violação atual ou potencial ao direito, determina a prática de atos executivos tendentes a reparar a lesão, ou a evitar que a mesma ocorra. É o que ocorre, por exemplo, nos casos referidos nos artigos 461 e 461-A do CPC. - Técnica sub-rogatória que se realiza independente da vontade do devedor.
Elementos da Sentença:
Os elementos da sentença são, na verdade, os requisitos essenciais para sua validade. A falta de alguns desses requisitos gera a nulidade da sentença. O art. 489 do CPC os enumera: Relatório, Fundamentos e Dispositivo.
Relatório: Conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo. O relatório é muito importante para a sentença, principalmente quando levado em conta a técnica dos precedentes judiciais, pois a partir do relatório será possível estabelecer juízo positivo ou negativo acerca da sua aplicabilidade. No juizados especiais cíveis o relatório pode ser dispensado, com fundamento no art. 38 da lei 9.099/95. Mas o CPC não traz artigo que aborde tal disposição. A falta de relatório acarreta a nulidade absoluta da sentença proferida.
Fundamentos: Momento em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. A argumentação lançada pelo magistrado na fundamentação da sentença deve guardar estreita relação com o seu julgado final (parte dispositiva), utilizando-se do chamado silogismo lógico. Nos fundamentos da sentença, além de estabelecer a justificativa jurídica para a sua decisão, o magistrado também decide acerca das questões preliminares ainda não enfrentadas e das questões prejudiciais. O CPC em algumas passagens também chama os fundamentos de justiça da decisão. As questões discutidas e decididas nos fundamentos não fazem coisa julgada, ou seja, podem ser discutidas em outras demandas, a exceção do disposto no art. 503, §1º do CPC.Deve haver Motivação – razão de decidir –questões processuais, questões de fato e questões de direito – ausência acarreta nulidade absoluta.
- Motivo interno – entre e para as partes/contraditório e possibilitar recurso;
- Motivo externo – serve para dar transparência aos julgados e sua democratização;
Dispositivo: Momento em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. O juiz deverá enfrentar todos os pedidos formulados pelas partes. Caso o juiz não se pronuncie acerca de algum dos pedidos, isso não significará negativa ao pedido, e sim omissão do julgador. Tal omissão pode ser sanada com os Embargos de Declaração. O magistrado deve, portanto, ficar adstrito aos pedidos formulados pelas partes, sob pena de proferir julgamento citra, extra ou ultra petita. O julgamento citra petita ocorre quando o juiz deixa de examinar algum dos pedidos formulados e será extra ou ultra petita quando concede algum pedido não pleiteado ou contra quem não faz parte da relação processual. O legislador estabeleceu expressamente em quais casos a sentença será considerada não fundamentada:
Art. 489, § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

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