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Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação Retas Tangentes e Normais As retas tangentes e gráficos têm muitas aplicações no cálculo. Estamos interessados em definir o coeficiente angular da tangente em um ponto P, pois, conhecido o coeficiente angular, podemos estabelecer uma equação para a reta tangente. y f(a+h) Q t P f(a) a a+h x Se uma curva C tiver uma equação )(xfy = e quisermos encontrar a tangente a C em um ponto ))(,( afaP , consideramos um ponto vizinho ))(,( hafhaQ ++ e vemos que o declive da reta secante PQ é dado por: h afhaf aha afhaf mPQ )()()()( −+ = −+ −+ = que chamamos de razão incremental. Então fazemos Q aproximar-se de P ao longo da curva C ao obrigar h tender a 0. Se PQm tender a um número m, então definimos a tangente t como sendo a reta que passa por P e tem inclinação m. (Isso implica dizer que a reta tangente é a posição limite da reta secante PQ quando Q tende a P). Definição: A reta tangente a uma curva )(xfy = em um ponto ))(,( afaP é a reta t que passa por P que tem inclinação h afhaf m h )()( lim 0 −+ = → desde que esse limite exista. Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 2 OBS: Podemos considerar o ponto Q com coordenadas ))(,( xfx . Temos, assim, que à medida que 0→h , x se aproxima de a. Podemos calcular o coeficiente angular da reta tangente por ax afxf m ax − − = → )()( lim desde que esse limite exista. Definição: A reta normal a uma curva )(xfy = , em um de seus pontos, é a reta n que passa por P e que é perpendicular à tangente à curva nesse ponto. t n m m 1 −= Exemplo 1: Encontre uma equação da reta tangente e da reta normal à parábola 2xy = no ponto (1, 1). Temos que 2)( xxf = . Logo 222 .1.21)1()1( hhhhf ++=+=+ . Pela definição, sabemos que o declive da reta tangente no ponto x=1 é dado por 22lim )2( lim )1()21( lim )1()1( lim 00 2 00 =+= + = −++ = −+ = →→→→ h h hh h hh h fhf m hhhh Obtemos a equação da reta tangente, uma vez que o declive é 2. 12122)1(21 −=⇔+−=⇔−=− xyxyxy Colocando h em evidência no numerador e cancelando o 1. Cancelando o h do numerador com o do denominador. Lembre-se que a equação da reta é dada por y-y0=m(x-x0) Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 3 Obtemos a equação da reta normal cujo declive é 2 1 − . 2 3 2 1 2 1 2 )1( 2 1 1 +−=⇔++−=⇔−−=− x y x yxy Exercício 1: Encontre a equação da reta tangente e da reta normal à curva no ponto dado. Esboce o gráfico da curva e da tangente no ponto dado. a) x xf 3 )( = em (1,3) b) xxf =)( em (4, 2) c) x xf 1 )( = em x=1 d) 2)1()( −= xxf em x=3 e) 3)( −= xxf em x=7 f) 3)( xxf = em x=2 Exercício 2: Ache a equação da reta tangente ao gráfico de 3)( xxf = e é paralela à reta 013 =+− yx OBS: Se f é contínua em a e ∞= −+ → h afhaf h )()( lim 0 , então a reta x=a é chamada de uma tangente vertical ao gráfico de f. Exemplo 2: Encontre a equação da reta tangente ao gráfico de 3)( xxf = em (0, 0). Pela definição, o declive da reta tangente no ponto x=0 é dado por ∞== − = −+ = →→→ 3 20 3 00 1 lim 0 lim )0()0( lim hh h h fhf m hhh Pela observação acima, x=0 é uma tangente vertical ao gráfico de f. Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 4 Taxas de Variação O limite estudado, h afhaf h )()( lim 0 −+ → , surge em diversas aplicações; uma das mais familiares é a determinação da velocidade de um móvel. Suponha um objeto movendo-se sobre uma linha reta de acordo com a equação )(tfs = , onde s é o deslocamento do objeto a partir do origem no instante t. a função f que descreve o movimento é chamada de função posição do objeto. No intervalo de tempo entre at = e hat += a variação de posição será de )()( afhaf −+ . posição no posição no tempo t=a tempo t=a+h 0 f(a) f(a+h) s f(a+h) – f(a) A velocidade média neste intervalo é h afhaf tempo todeslocamen vm )()( −+ == Suponha agora que a velocidade média seja calculada em intervalos cada vez menores [a, a+h]. Em outras palavras, fazemos h tender a 0. Definimos velocidade (ou velocidade instantânea) )(av no instante t=a como sendo o limite dessas velocidades médias. Definição: Suponhamos que um ponto P percorra uma reta de modo que sua coordenada no instante t seja )(tf . A velocidade )(av de P no instante a é h afhaf av h )()( lim)( 0 −+ = → Exemplo 3: Suponha que uma bola foi deixada cair do posto de observação de uma torre, 450 m acima do solo. A distância )(tfs = do solo à bola, após t segundos, é dada por 29,4)( ttf = a) Qual a velocidade da bola após 5 segundos? b) Com qual velocidade a bola chega ao solo? Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 5 Primeiro, vamos encontrar a velocidade v(a) após a segundos: aha h hah h hah hhh 8,9)2(9,4lim )2(9,4 lim )2(9,4 lim 00 2 0 =+= + = + = →→→ a) Basta fazermos a=5 na equação de v(a), ie, v(5) = (9,8)(5)=49 m/s b) Uma vez que o posto de observação está 450 m acima do solo, a bola irá atingir o chão em 1t quando 450)( 1 =ts , ie, 4509,4 21 =t ⇔ 9,4 4502 1 =t ⇔ 6,99,4 450 1 ≈=t s A velocidade com que a bola atinge o chão é, portanto, 94 9,4 450 8,98,9)( 11 ≈== ttv m/s Suponha que y é uma quantidade que depende de outra quantidade x. Assim, y é uma função de x e escrevemos )(xfy = . Se x variar de 1x para 2x , então a variação de x (também chamada de incremento de x) é 12 xxx −=∆ e a variação correspondente de y é )()( 12 xfxfy −=∆ O quociente de diferenças 12 12 )()( xx xfxf x y − − = ∆ ∆ é chamado de taxa média de variação de y em relação a x no intervalo [ ]21 , xx . Por analogia com a velocidade, consideramos a taxa média de variação em intervalos cada vez menores fazendo 2x tender a 1x e portanto fazendo 0→∆x . Definição: O limite dessas taxas médias de variação é chamado de taxa (instantânea) de variação de y em relação a x em 1xx = , que é interpretada como a inclinação da tangente à curva )(xfy = em ))(,( 11 xfxP : h ahaha h aha h afhaf av hhh )2(9,4 lim 9,4)(9,4 lim )()( lim)( 222 0 22 00 −++ = −+ = −+ = →→→ Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 6 Taxa instantânea de variação 12 12 0 )()( limlim 12 xx xfxf x y xxx − − = ∆ ∆ = →→∆ Exemplo 4: A voltagem em um circuito elétrico é do 100 volts. Se a corrente (em ampères) é I e a resistência (em ohms) é R, então, pela lei de Ohm, R I 100 = . Se R está aumentando, ache a taxa instantânea de variação de I em relação a R em: a) qualquer resistência R b) uma resistência de 20 ohms. a) Fazendo y= I, x=R e R Rf 100)( = , obteremos a taxa instantânea de variação de I em relação a R para uma resistência de R ohms: h hRR hRR h RhR h RfhRf I hhh R )( )(100100 lim 100100 lim )()( lim 000 + +− = − += −+ = →→→ 200 100 )( 100 lim )( 100100100 lim RhRRhhRR hRR hh −= + − = + −− = →→ O sinal negativo indica que a corrente está decrescendo. b) Aplicando a fórmula obtida da parte (a), obtemos a taxa instantânea de variação de I em relação a R para R=20: 4 1 20 100 220 −=−=I Assim, quando R=20, a corrente está decrescendo à taxa de 4 1 de ampère por ohm. Exercício 3: Um balonista deixa cair, de um balão, um saco de areia, de 100 m acima do solo. Após t segundos, o saco de areia está a 29,4100 t− do solo. a) Ache a velocidade do saco de areia em t=1. b) Com que velocidade o saco de areia atinge o solo? Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 7 Exercício 4: Um projétil é lançado verticalmente do solo com uma velocidade inicial de 112 m/s. Após t segundos, sua distância do solo é de 29,4112 tt − metros. a) Ache a velocidade do projétil para t=2, t=3 e t=4. b) Quando o projétil atinge o solo? c) Ache a velocidade no momento em que ele atinge o solo. Exercício 5: A Lei de Boyle afirma que se a temperatura permanece constante, a pressão p e o volume v de um gás confinado estão relacionados por v c p = , para alguma constante c. Se, para certo gás, c=200 e v está aumentando, determine a taxa instantânea de variação de p em relação a v para a) um volume v b) um volume de 10 Cálculo 1 Módulo 1 – Retas Tangentes e Taxas de Variação 8 Respostas Exercício 1: a) 2 3 x mt − = b) x mt 2 1 = c) 32 1 x mt − = d) 22 −= xmt e) 32 1 − = x mt f) 23xmt = Exercício 2: )1(31 −=− xy e )1(31 +=+ xy Exercício 3: a) –9,8 m/s b) –44,27 m/s Exercício 4: a) t=2 , 92,4 m/s, t=3, 82,6 m/s, t=4, 72,8 m/s b) em t=22,86 s c) –112 m/s Exercício 5: a) 2 200 v pv − = b) –2 Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 2 – Derivadas Definição: A derivada de uma função f é a função f’ definida por h xfhxf xf h )()( lim)(' 0 −+ = → desde que esse limite exista. Notação: dx df , dx dy , )(' xf , )(xDf , • y , 'y , )(xfDx , )(xf dx d OBS:(1) Quando )(' xf existe, dizemos que f é diferenciável em x, ou que f tem uma derivada em x. Se o limite não existe, então f não é diferenciável em x. (2) Uma definição alternativa de derivada em um ponto x=a é ax afxf af ax − − = → )()( lim)(' (3) Uma função é diferenciável em um intervalo aberto (a, b) se )(' xf existe pra todo x em (a, b). (4) Uma função é diferenciável em um intervalo fechado [a, b] se )(' xf existe pra todo x em (a, b) e se os limites existem: h afhaf h )()( lim 0 −+ +→ e h bfhbf h )()( lim 0 −+ −→ Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 10 Exemplo 1: Calcule a derivada )(' xf de 2 1 )( − = x xf . Pela definição h hxx hxx h xhx h xfhxf xf hhh )2)(2( )2(2 lim2 1 2 1 lim )()( lim)(' 000 −+− −+−− =− − −+= −+ = →→→ = )2)(2( 1 lim )2)(2( lim )2)(2( 22 lim 000 −+− − = −+− − = −+− +−−− →→→ hxxhxxh h hxxh hxx hhh 2)2( 1 − − = x Exercício 1: Calcule a derivada da função dada usando a definição. Encontre os domínios da função e da derivada. a) 35)( += xxf b) 2345)( xxxf +−= c) xxxxf 2)( 23 +−= d) xxxf +=)( e) xxf 21)( += f) 1 1 )( − + = x x xf Definição: Derivadas Laterais (1) h xfhxf xf h )()( lim)(' 0 −+ = +→ + é chamada de derivada à direita de f. (2) h xfhxf xf h )()( lim)(' 0 −+ = −→ − é chamada de derivada à esquerda de f. OBS: Uma função f é derivável −+ =∃ → h xfhxf xf h )()( lim)(' 0 quando as derivadas laterais existem e são iguais. Definição: Quando as derivadas laterais existem e são distintas em determinado ponto, dizemos que este é um ponto anguloso do gráfico da função. Cancelando o h do numerador com o do denominador. Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 11 Exemplo 2: Verificar os pontos onde ||)( xxf = é derivável. Sabemos que f(x) = � �, �� � ≥ 0−�, �� � < 0 Logo, se x > 0 temos, 1limlim )()( lim)(' 000 == −+ = −+ = →→→ h h h xhx h xfhxf xf hhh Se x < 0 temos, 1lim )()( lim )()( lim)(' 000 −= +−− = −−+− = −+ = →→→ h xhx h xhx h xfhxf xf hhh Se x=0 temos, 1 0 lim )0()0( lim)0(' 00 = − = −+ = →→ + + h h h fhf f hh 1 0 lim )0()0( lim)0(' 00 −= −− = −+ = →→ − − h h h fhf f hh Logo, a função não é derivável em x=0. Além disso, podemos dizer que x=0 é um ponto anguloso do gráfico da função. Vejamos o gráfico de f: y f(x) 0 x Ponto anguloso do gráfico de f(x) OBS: Se o gráfico de uma função f apresenta um “bico”, então neste ponto a função não é derivável. Como as derivadas laterais são diferentes, não existe derivada em x=0. Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 12 Definição: Um ponto do gráfico de uma função f é chamado ponto de reversão ou ponto cuspidal, se f é contínua em a e as duas condições seguintes são satisfeitas: (i) ∞→)(' xf quando x tende para a por um lado (ii) −∞→)(' xf quando x tende para a pelo outro lado. Exemplo 3: Determine se 5 2 )( xxf = tem (a) tangente vertical em (0, 0) (b) ponto de reversão em (0, 0). (a) Para determinar se o gráfico de f(x) tem uma tangente vertical precisamos calcular se ∞= −+ → h fhf h )0()0( lim 0 . ∞=== −+ →→→ 5 30 5 2 0 5 2 5 2 0 1 limlim )0()0( lim h h h h h hhh ∴ x=0 é uma tangente vertical do gráfico. (b) Para determinar se o gráfico de f(x) tem um ponto de reversão em (0,0) precisamos calcular se ∞→)(' xf quando x tende a 0 por um lado e −∞→)(' xf quando x tende a 0 pelo outro lado. +∞== − = − − = +++ →→→ + 5 30 5 2 00 1 lim 0)( lim 0 )0()( lim)0(' x x x x fxf f xxx −∞== − = − − = −−− →→→ − 5 30 5 2 00 1 lim 0)( lim 0 )0()( lim)0(' x x x x fxf f xxx ∴x=0 é um ponto de reversão do gráfico de f(x). Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 13 Exercício 2: Determine se f(x) tem (i) tangente vertical em (0, 0) (ii) ponto de reversão em (0, 0) a) 3 1 )( xxf = b) 2 3 5)( xxf = Podemos também considerar derivadas de derivadas. Especificamente, se diferenciamos uma função f , obtemos outra função 'f . Se 'f admite uma derivada, esta é denotada por ''f(f duas linhas) e é chamada derivada segunda de f. De modo geral, se n é um número inteiro positivo, então )(nf denota a derivada de ordem n de f, e se obtém partindo de f e diferenciando sucessivamente n vezes. Notação para derivadas superiores: ),(' xf ),('' xf )(''' xf , ),()4( xf K , )()( xf n ,yDx yD x 2 , ,3 yDx , 4 yD x K , yD n x ,'y ,''y ,'''y ,)4(y K , )(ny , dx dy , 2 2 dx yd , 3 3 dx yd , 4 4 dx yd K , n n dx yd Teorema: Se f é diferenciável em a, então f é contínua em a. Dem: Seja f derivável em a, então ax afxf af ax − − = → )()( lim)(' existe. Podemos escrever )(xf da seguinte forma: )()( )()( )( afax ax afxf xf +− − − = se ax ≠ )(lim)(lim )()( lim)(lim afax ax afxf xf axaxaxax →→→→ +− − − = = )()(0).(' afafaf =+ Acabamos de mostrar que )()(lim afxf ax = → e, portanto, f é contínua em a. Cálculo 1 Módulo 2 – Derivadas 14 OBS: A recíproca do teorema acima é falsa, ie, há funções que são contínuas, mas não são diferenciáveis. Ex: A função xxf =)( é contínua em 0, porém já mostramos no exemplo 2 que f não é diferenciável em x=0. Respostas Exercício 1: a) 5)(' =xf ; == )'()( fDomfDom R b) ;46)(' −= xxf == )'()( fDomfDom R c) ;223)(' 2 +−= xxxf == )'()( fDomfDom R d) ; 2 1 1)(' x xf += += RfDom )( ; += *)'( RfDom e) ; 21 1 )(' x xf + = ;, 2 1 )( ∞ − =fDom ∞ − = , 2 1 )'( fDom f) ; )1( 2 )(' 2− −= x xf }1{)'()( −== RfDomfDom Exercício 2: a) i) Sim ii) Não b) i) Não ii) Não Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 15 CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 3 – Regras de Diferenciação Teorema 1: Função Constante Se cxf =)( , onde c é uma constante, então 0)(' =xf Dem: Como cxf =)( então chxf =+ )( e, pela definição de derivada, temos 00limlim )()( lim)(' 000 == − = −+ = →→→ hhh h cc h xfhxf xf Teorema 2: Regra da Potência Se nxxf =)( então 1)(' −= nnxxf , para todo número real n. Dem: Vamos demonstrar que o teorema é válido para todo n inteiro positivo. A fórmula ))(( 1221 −−−− ++++−=− nnnnnn axaaxxaxax L pode ser verificada multiplicando-se o lado direito. Se nxxf =)( , podemos usar a seguinte definição de )(' af )(limlim )()( lim)(' 1221 −−−− →→→ ++++= − − = − − = nnnn ax nn axax axaaxx ax ax ax afxf af L 11221 −−−−− =++++= nnnnn naaaaaaa L Na verdade, mais tarde mostraremos que este Teorema é válido para todo número real n. Exemplo 1: Calcule a derivada de 2)( =xf . Como a função dada é uma constante, então pelo Teorema 1, 0)(' =xf . Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 16 Exemplo 2: Calcule a derivada de 4)( xxf = . Usando a regra da potência (Teorema 2), 314 44)(' xxxf == − . OBS: Lembre-se que: (1) 1 1 −= x x (3) nmnm xxx +=. (5) mnnm xx =)( (2) n m n m xx = (4) nm n m x x x −= Exemplo 3: Calcule a derivada de x xf 1 )( = . Podemos escrever a função acima como 1)( −= xxf . Aplicando a regra da potência, 22 211 11.111)(' xx xxxf − =−=−=−= −−− . Exemplo 4: Calcule a derivada de xxf =)( . Podemos escrever a função acima como 2 1 )( xxf = . Aplicando a regra da potência, xx xxxf 2 1 2 1 2 1 2 1 )(' 2 1 2 1 1 2 1 ==== − − . Exercício 1: Calcule a derivada da função dada. a) 5)( =xf b) 4 3)( xxf = c) 7 1 )( x xf = d) xxxf =)( e) 3 4 2 )( x x xf = f) 5 5 )( x x xf = Exercício 2: Ache a equação da reta tangente à curva xxy = no ponto ( )1,1 . Teorema 3: Regra do Múltiplo Constante Se c for uma constante e f uma função diferenciável, então )()]([ xf dx d cxcf dx d = Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 17 Dem: Seja )()( xcfxg = . Então, pela definição de derivada, temos h xfhxfc h xcfhxcf h xghxg xg hhh ))()(( lim )()( lim )()( lim)(' 000 −+ = −+ = −+ = →→→ )(' )()( lim )()( lim 00 xcf h xfhxf c h xfhxf c hh = −+ = −+ = →→ )(' xf Exemplo 5: Calcule a derivada de 43)( xxf = . Pelo Teorema 3, vemos que 334 12)4(3)'(3)(' xxxxf === . Exercício 3: Calcule a derivada da função dada. a) xxf 5)( = b) xxf −=)( c) 33 2 )( x xf = d) 52)( xxf = e) 3 5 2 5 4 )( x x xf − = f) 6 5 3 )( x xf − = Teorema 4: Regra da Soma Se f e g forem ambas diferenciáveis, então )()()]()([ xg dx d xf dx d xgxf dx d +=+ Dem: Seja F(x)=f(x)+g(x). Então, pela definição de derivada, temos h xgxfhxghxf h xFhxF xF hh )]()([)]()([ lim )()( lim)(' 00 −−+++ = −+ = →→ h xghxg h xfhxf h xghxg h xfhxf hhh )()( lim )()( lim )()()()( lim 000 −+ + −+ = −+ + −+ = →→→ )(')(' xgxf += f’(x) g’(x) Como c é uma constante, podemos colocá-la para fora do limite Pois f é diferenciável f e g são diferenciáveis Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 18 OBS:(1) A Regra da Soma pode ser estendida para a soma de qualquer número de funções. Por exemplo, '''')'(]'}[()'( hgfhgfhgfhgf ++=++=++=++ (2) Escrevendo gf − como gf )1(+ e aplicando a Regra da Soma e a Regra do Múltiplo Constante obtemos a seguinte fórmula, )()()]()([ xg dx d xf dx d xgxf dx d −=− Exemplo 6: Calcule a derivada de 4261043)( 34568 +−−++−= xxxxxxxf . Usando os Teoremas acima, vemos que )'4()'(2)'(6)'(10)'(4)'(3)'()(' 34568 +−−++−= xxxxxxxf 0)1(2)3(6)4(10)5(4)6(38)(' 23457 +−−++−= xxxxxxf 2184020188)(' 23557 −−++−= xxxxxxf Exercício 4: Calcule a derivada da função dada. a) 43)( 2 −+= xxxf b) 7 3 2 3 2 )( 5 5 −+−= x x x xf c) 3 3 4 )( rrf π= d) x xxf 1 )( −= e) )13()( 23 −+= xxxxf f) 3 2 3 243 )( x xx xf −+− = g) 210)( π=xf h) xx xxxf 2 2 )( += Exercício 5: Ache os pontos sobre a curva 46 24 +−= xxy onde a reta tangente é horizontal. Teorema 5: Regra do Produto Se f e g forem ambas diferenciáveis, então )]([)()]([)()]()([ xg dx d xfxf dx d xgxgxf dx d += Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 19 Dem: Seja )()()( xgxfxF = . Então, pela definição de derivada, temos h xgxfhxghxf xF h )()()()( lim)(' 0 −++ = → Para que o limite possa ser calculado, subtraímos e adicionamos ao numerador a expressão )()( xghxf + . Assim, h xgxfxghxfxghxfhxghxf xF h )()()()()()()()( lim)(' 0 −+++−++ = → −+ + −+ += → h xfhxf xg h xghxg hxf h )()( )( )()( ).(lim 0 h xfhxf xg h xghxg hxf hhhh )()( lim).(lim )()( lim).(lim 0000−+ + −+ += →→→→ )(' xg )(' xf )(')()(')( xfxgxgxf += Exemplo 7: Calcule a derivada de )34)(3()( 352 −−= xxxxf . Usando o Teorema acima, vemos que )'34)(3()34()'3()(' 352352 −−+−−= xxxxxxxf )12)(3()34)(152()(' 25234 xxxxxxxf −+−−= 74474 3612456068)(' xxxxxxxf −++−−= xxxxf 66596)(' 47 −+−= Exercício 6: Calcule a derivada da função dada. a) )32)(7()( 23 +−= xxxf b) )4()( 2 −+= xxxxf c) )413)(58()( 22 +−= xxxxf d) +−= x xxxxf 1 323)( 43 Pois f e g são diferenciáveis. Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 20 Teorema 6: Regra do Quociente Se f e g forem ambas diferenciáveis, então [ ]2)( )]([)()]([)( )( )( xg xg dx d xfxf dx d xg xg xf dx d − = Dem: Seja )( )( )( xg xf xF = . Então, podemos escrever )()()( xgxFxf = e aplicar a Regra do Produto: )(')()(')()(' xFxgxgxFxf += Resolvendo essa equação para )(' xF , obtemos )(')()(')()(' xgxFxfxgxF −= [ ]2)( )(')()()(' )( )(' )( )( )(' )(' xg xgxfxgxf xg xg xg xf xf xF − = − = Exemplo 8: Calcule a derivada de 6 2 )( 3 2 + −+ = x xx xf . Usando o Teorema acima, vemos que 23 2332 )6( )2()'6()6()'2( )(' + −++−+−+ = x xxxxxx xf 23 223 )6( )2)(3()6)(12( )(' + −+−++ = x xxxxx xf 23 23434 )6( )633()6122( )(' + −+−+++ = x xxxxxx xf 23 234 )6( 61262 )(' + +++−− = x xxxx xf Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 21 Exercício 7: Calcule a derivada da função dada. a) 23 54 )( + − = x x xf b) 1 1 )( 3 3 + − = x x xf c) 321 1 )( xxx xf +++ = d) 7 853 )( 2 +− = xx xf Exercício 8: Calcule 2 2 dx yd em 1 43 + + = x x y Cálculo 1 Módulo 3 – Regras de Diferenciação 22 Respostas Exercício 1: a) 0)(' =xf ; b) 44 3 )(' x xf = c) 8 7 )(' x xf − = ; d) xxf 2 3 )(' = e) 33 2 )(' x xf = ; f) 72 5 )(' x xf − = Exercício 2: Eq da reta tangente: 2 1 2 3 −= xy Exercício 3: a) 5)(' =xf ; b) 1)(' −=xf c) 4 2 )(' x xf − = ; d) 35)(' xxf = e) 3 215 4 )(' x xf − = ; f) 6 112 5 )(' x xf = Exercício 4: a) 32)(' += xxf ; b) 2 4 7 3 2 15 5 )(' x x x xf −− − = c) 24)(' rrf π= ; d) 32 1 )(' x x xf + = e) 3 2 33 4 3 1 4 3 7 )(' x xxxf −+= ; f) 3 53 2 3 4 3 4 3 4 7)(' xx xxf ++−= g) 0)(' =xf ; h) 7 5 2 3 )(' x xxf −= Exercício 5: Pontos: ( )4,0 , ( )5,3 − , ( )5,3 −− Exercício 6: a) xxxxf 28910)(' 24 −+= ; b) 2 1 2 1 2 3 2 2 3 2 5 )(' − −+= xxxxf c) 2064195416)(' 23 −+−= xxxxf ; d) xxxxf 63642)(' 36 +−= Exercício 7: a) 2)23( 23 )(' + = x xf ; b) 23 2 )1( 6 )(' + = x x xf c) 232 2 )1( 321 )(' xxx xx xf +++ ++ −= ; d) )56( 7 1 )(' −= xxf Exercício 8: 3)1( 2 '' + = x y Cálculo 1 Módulo 4 – Regra da Cadeia 23 CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 4 – Regra da Cadeia Teorema: Regra da Cadeia Se )(ufy = , )(xgu = , e as derivadas du dy e dx du existem, ambas, então a função composta definida por ))(( xgfy = tem derivada dada por )('))((')(')(' xgxgfxguf dx du du dy dx dy === Dem: Se ))(()( xgfxF = , pela definição alternativa de derivada, temos ax agfxgf xF ax − − = → ))(())(( lim)(' Iremos multiplicar o numerador e o denominador por )()( agxg − , obtendo, ax agxg agxg agfxgf agxg agxg ax agfxgf xF axax − − − − = − − − − = →→ )()( . )()( ))(())(( lim )()( )()( . ))(())(( lim)(' Como )(xgu = e )(1 agu = , podemos escrever o limite acima como, )(')).((')(').(' )()( lim. )()( lim)(' 1 1 1 xgxgfxguf ax agxg uu ufuf xF axuu == − − − − = →→ Exemplo 1: Calcule a derivada de 53)( 2 −= xxf . Observando a função f dada podemos escrever 53 2 −= xu e uy = , e, pela Regra da Cadeia, 53 3 6. 2 1 . 2 − === x x x udx du du dy dx dy Cálculo 1 Módulo 4 – Regra da Cadeia 24 Exemplo 2: Calcule a derivada de 10)23()( −= xxf . 99 )23(303)23(10)(' −=−= xxxf OBS: Lembre-se que você deve derivar a função de “fora para dentro”, ie, da função mais externa, para mais interna. Exercício 1: Calcule a derivada da função dada. a) 3 2 45)( +−= xxxf b) 74 )44()( +−= xxxf c) 32 )764(2 3 )( −+ = xx xf d) 42 )67()( ++= xxxf e) 223 )98()76()( +−= xxxf f) 6 2 2 1)( −= x xxf g) 5 5 32 5 )( − = x xf h) 233 )32()24()( xxxxf ++= Exercício 2: (i) Determine equações da tangente e da normal ao gráfico da equação em P; (ii) Determine a coordenada-x no gráfico em que a tangente é horizontal. a) ;)384( 42 +−= xxy )81,2(P b) ; 1 )( 5 += x xxf )32,1(P Exercício 3: Calcule a primeira e a segunda derivadas. a) 13)( += xxf b) 5)74()( += xxf Exercício 4: Se um objeto de massa m tem velocidade v, então sua energia cinética K é dada por 2 2 1 mvK = . Se v é uma função do tempo t, use a regra da cadeia para estabelecer uma fórmula para dt dK . Derivando da função mais externa (potência 10) para mais interna (3x-2) Cálculo 1 Módulo 4 – Regra da Cadeia 25 Diferenciação Implícita Dada a equação 12 += xy , costumamos dizer que y é uma função explícita de x, pois podemos escrever )(xfy = com 1)( 2 += xxf . A equação 0222 2 =+− yx , define a mesma função f, pois, resolvendo em relação a y, temos 222 2 −−=− xy , ou 12 += xy . Para o caso 0222 2 =+− yx , dizemos que y (ou f) é uma função implícita de x, ou que f é definida implicitamente pela equação. Podemos ter uma equação em x e y que define mais de uma função implícita. Por exemplo, seja a equação 122 =+ yx . Resolvendo em relação a y em termos de x, obtemos 21 xy −±= Logo, temos duas funções f e g definidas implicitamente pela equação que são 21)( xxf −= e 21)( xxg −−= Se a equação 1543 34 +=−+ xxyy define uma função implícita f, então 154)]([3)]([ 34 +=−+ xxxfxf para todo x no domínio de f; todavia, não existe uma maneira óbvia para resolver em relação a y em termos de x de forma a obter f(x). Pode-se achar a derivada de f pelo método da diferenciação implícita, segundo o qual diferenciamos cada termo da equação em relação a x. Exemplo 3: Supondo que 1543 34 +=−+ xxyy defina, implicitamente, uma função diferenciável f tal que )(xfy = , determine sua derivada. Derivando ambos os lados da equação, obtemos: )'1()'(5)'(4)'(3)'()'15()'43( 3434 +=−+⇔+=−+ xxyyxxyy De onde segue que, 512'3'4 23 =−+ xyyy Resolvendo agora em relaçãoa y’, obtemos 23 125')34( xyy +=+ ou 34 512 ' 3 2 + + = y x y , desde que .034 3 ≠+y Cálculo 1 Módulo 4 – Regra da Cadeia 26 Exercício 5: Admitindo que a equação determine uma função diferenciável f tal que )(xfy = , calcule '.y a) 108 22 =+ yx b) 12 323 =++ yyxx c) 100=+ yx d) 72 =+ xyx Exercício 6: Determine o coeficiente angular da tangente ao gráfico da equação em P. a) 016 =+xy ; )8,2(−P b) 012 323 =−+− yyxx ; )3,2( −P Exercício 7: Admitindo que a equação determine uma função diferenciável f tal que )(xfy = , calcule ,''y se existir. a) 443 22 =+ yx b) 133 =− yx Cálculo 1 Módulo 4 – Regra da Cadeia 27 Respostas Exercício 1: a) 3 22 )45(3 110 )(' +− − = xx x xf ; b) 643 )44)(1(28)(' +−−= xxxxf c) 42 )764( )34(9 )(' −+ +− = xx x xf ; d) + +++= 6 7)67(4)(' 2 32 x x xxxf ; e) )81112168)(98()76(2)(' 222 +−+−= xxxxxf ; f) 5 2 2 3 1 1 '( ) 12f x x x x x = − + ; g) 5 6 54 )32(5)(' − −−= xxxf ; h) )1526)(32()24(12)(' 2332 +++++= xxxxxxxf Exercício 2: a) (i) );2(86481 −=− xy )2( 864 1 81 − − =− xy ; (ii) 2 3 ,1, 2 1 b) (i) 32=y ; 1=x ; (ii) 1± Exercício 3: a) 2 1 )13(2 3 )(' + = x xf ; 2 3 )13(4 9 )('' + − = x xf b) 4)74(20)(' += xxf ; 3)74(320)('' += xxf Exercício 4: dt dv mv dt dK = Exercício 5: a) y x y 8 ' − = ; b) 22 2 3 26 ' yx xyx y + + −= c) x y y −=' ; d) x yxyx y −− = 4 ' Exercício 6: a) 4; b) 23 36 − Exercício 7: a) 34 3 '' y y −= ; b) 5 2 '' y x y −= Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 28 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas D C 1 x 0 A B(1,0) Pela figura, vemos também que sen x = AC AC = 1 e cos x = OA OA = 1 . ==== x senx OA AC OB BD BD cos tg x Substituindo os resultados em (1), obtemos, sen x < x < x senx cos ⇔ senx x xsenx cos11 >> , multiplicando todos os membros por sen x, x x senx cos1 >> ⇔ x x senx xxx coslimlim1lim 000 →→→ >> 1 1 Logo, pelo Teorema do Sanduíche, 1lim 0 = → x senx x Pela figura, 2 0 π << x Área <∆OBC Área setor OBC < Área OBD∆ bh 2 1 < xr 2 2 1 < bh 2 1 AC)1( 2 1 < x2)1( 2 1 < BD)1( 2 1 Multiplicando todos os membros por 2, obtemos, AC < x < BD (1) Por semelhança de triângulos Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 29 - Teorema 1: 1lim 0 = → x senx x Vamos calcular agora x x x 1cos lim 0 − → . Para calcular este limite, multiplicaremos o numerador e o denominador por (cos x +1), + − = + − = + − = + +− →→→→ x senx x senx xx xsen xx x x x x x xxxx cos1 lim )1(cos lim )1(cos 1cos lim 1cos 1cos . 1cos lim 0 2 0 2 00 = 0 1 0 Teorema 2: 0 1cos lim 0 = − → x x x Teorema 3:Derivadas das Funções Trigonométricas dx d (sen x) = cos x dx d (cossec x) = xseccos− cotg x dx d (cos x) = senx− =)(sec x dx d sec x tg x dx d (tg x) = x2sec dx d (cotg x) = x2seccos− Dem: Seja f(x)= sen x, assim, = −+ = −+ = →→ h xsenhxsen h xfhxf senx hh )()( lim )()( lim)'( 00 h xsenxhsenhxsen h )()cos()()cos()( lim 0 −+ = → )cos( )( lim 1)cos( )(lim 00 x h hsen h h xsen hh →→ + − = = cos x 0 1 Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 30 - Seja f(x)= cos x, assim, = −+ = −+ = →→ h xhx h xfhxf x hh )cos()cos( lim )()( lim)'(cos 00 h xxsenhsenhx h )cos()()()cos()cos( lim 0 −− = → )()( )( lim 1)cos( )cos(lim 00 xsenxsen h hsen h h x hh −=− − = →→ 0 1 Pela regra do quociente, podemos mostrar as derivadas das funções trigonométricas que restaram. Exemplo 1: Calcule a derivada de )62()( 3 xxsenxf −= . Pela Regra da Cadeia, )62cos()1(6)66)(62cos()(' 3223 xxxxxxxf −−=−−= Exemplo 2: Calcule a derivada de )3()( 43 xtgxf = . Pela Regra da Cadeia, )3(sec)3(3612)3(sec)3(3)(' 4242334242 xxtgxxxxtgxf == Exemplo 3: Para quais valores de x o gráfico de tgx x xf + = 1 sec )( tem uma tangente horizontal? Pela Regra do Quociente, temos, 2 22 2 2 )1( )sec(sec )1( secsec)1(sec )(' tgx xxtgtgxx tgx xxtgxxtgx xf + −+ = + −+ = 2)1( )1(sec tgx tgxx + − = Derivando da função mais externa (potência 3), para mais interna (3x4) Lembre-se que 1+tg2x=sec2x Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 31 - Para encontrar os valores de x onde a tangente é horizontal, f’(x)=0. Daí, como xsec nunca é zero, vemos que tgx=1, e isso ocorre quando 4 π π += nx , onde n é um número inteiro. Exercício 1: Calcule a derivada da função dada. a) xxf cos4)( = b) xxxf seccos5)( = c) x senx xf =)( d) senxxxf 3)( = e) x x xf cos1 cos1 )( + − = f) xxf 3cos)( 5= g) 2)12sec()( += xxf h) xxxf 3cos)3cos()( 22 += i) 5)5cos5()( xxsenxf −= j) xxf 83cos)( 2 −= k) xsenx x xf cos )( + = l) 2 )( x senx xf = Exercício 2: (i) Determine equações da tangente e da normal ao gráfico da equação em P; (ii) Determine a coordenada-x no gráfico em que a tangente é horizontal. )3(3 xsenxy += )0,0(P Exercício 3: Calcule a primeira e a segunda derivadas de xsenxf 3)( = Exercício 4: Admitindo que a equação determine uma função diferenciável f tal que ),(xfy = calcule '.y a) 132 −+= yxysen b) )sec(cos xyy = c) yxy cos2 = d) 122 =−+ ysenyx Exercício 5: Determine o coeficiente angular da tangente ao gráfico de π22 =+ senyyx em P( π2,1 ). Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 32 - Respostas Exercício 1: a) senxxf 4)(' −= ; b) )cot1(seccos5)(' xxxxf −= c) 2 cos )(' x senxxx xf − = ; d) )3cos()(' 2 senxxxxxf += e) 2)cos1( 2 )(' x senx xf + = ; f) xxsenxf 33cos15)(' 4−= g) 22 )12()12sec()12(4)(' +++= xtgxxxf ; h) xxsenxxsenxf 33cos6)3(6)(' 2 −−= ; i) )55(cos)5cos5(25)(' 4 xsenxxxsenxf +−= ; j) x xsenx xf 83 8383cos8 )(' − −− = ; k) )21( coscos )(' xsen xxxsenxxsenx xf + −++ = ; l) 3 2cos )(' x senxxx xf − = Exercício 2: a) (i) ;6xy = (ii) xy 6 1− = ; (b) n 3 2 3 ππ + Exercício 3: ;cos3)('2 xxsenxf = ; xsenxsenxxf 32 3cos6)('' −= Exercício 4: a) 1)6(3 1 1)3cos()3(6 1 ' − = − = ysenyysen y b) )sec(cos)cot(1 )sec(cos)cot( ' xyxyx xyxyy y + − = c) yxseny y y 2 cos ' + = ; d) ysenyy senyx y cos4 4 ' − = Exercício 5: π2− Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 33 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas D C 1 x 0 A B(1,0) Pela figura, vemos também que sen x = AC AC = 1 e cos x = OA OA = 1 . ==== x senx OA AC OB BD BD cos tg x Substituindo os resultados em (1), obtemos, sen x < x < x senx cos ⇔ senx x xsenx cos11 >> , multiplicando todos os membros por sen x, x x senx cos1 >> ⇔ x x senx xxx coslimlim1lim 000 →→→ >> 1 1 Logo, pelo Teorema do Sanduíche, 1lim 0 = → x senx x Pela figura, 2 0 π << x Área <∆OBC Área setor OBC < Área OBD∆ bh 2 1 < xr 2 2 1 < bh 2 1 AC)1( 2 1 < x2)1( 2 1 < BD)1( 2 1 Multiplicando todos os membros por 2, obtemos, AC < x < BD (1) Por semelhança de triângulos Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 34 - Teorema 1: 1lim 0 = → x senx x Vamos calcular agora x x x 1cos lim 0 − → . Para calcular este limite, multiplicaremos o numerador e o denominador por (cos x +1), + − = + − = + − = + +− →→→→ x senx x senx xx xsen xx x x x x x xxxx cos1 lim )1(cos lim )1(cos 1cos lim 1cos 1cos . 1cos lim 0 2 0 2 00 = 0 1 0 Teorema 2: 0 1cos lim 0 = − → x x x Teorema 3:Derivadas das Funções Trigonométricas dx d (sen x) = cos x dx d (cossec x) = xseccos− cotg x dx d (cos x) = senx− =)(sec x dx d sec x tg x dx d (tg x) = x2sec dx d (cotg x) = x2seccos− Dem: Seja f(x)= sen x, assim, = −+ = −+ = →→ h xsenhxsen h xfhxf senx hh )()( lim )()( lim)'( 00 h xsenxhsenhxsen h )()cos()()cos()( lim 0 −+ = → )cos( )( lim 1)cos( )(lim 00 x h hsen h h xsen hh →→ + − = = cos x 0 1 Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 35 - Seja f(x)= cos x, assim, = −+ = −+ = →→ h xhx h xfhxf x hh )cos()cos( lim )()( lim)'(cos 00 h xxsenhsenhx h )cos()()()cos()cos( lim 0 −− = → )()( )( lim 1)cos( )cos(lim 00 xsenxsen h hsen h h x hh −=− − = →→ 0 1 Pela regra do quociente, podemos mostrar as derivadas das funções trigonométricas que restaram. Exemplo 1: Calcule a derivada de )62()( 3 xxsenxf −= . Pela Regra da Cadeia, )62cos()1(6)66)(62cos()(' 3223 xxxxxxxf −−=−−= Exemplo 2: Calcule a derivada de )3()( 43 xtgxf = . Pela Regra da Cadeia, )3(sec)3(3612)3(sec)3(3)(' 4242334242 xxtgxxxxtgxf == Exemplo 3: Para quais valores de x o gráfico de tgx x xf + = 1 sec )( tem uma tangente horizontal? Pela Regra do Quociente, temos, 2 22 2 2 )1( )sec(sec )1( secsec)1(sec )(' tgx xxtgtgxx tgx xxtgxxtgx xf + −+ = + −+ = Derivando da função mais externa (potência 3), para mais interna (3x4) Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 36 - 2)1( )1(sec tgx tgxx + − = Para encontrar os valores de x onde a tangente é horizontal, f’(x)=0. Daí, como xsec nunca é zero, vemos que tgx=1, e isso ocorre quando 4 π π += nx , onde n é um número inteiro. Exercício 1: Calcule a derivada da função dada. a) xxf cos4)( = b) xxxf seccos5)( = c) x senx xf =)( d) senxxxf 3)( = e) x x xf cos1 cos1 )( + − = f) xxf 3cos)( 5= g) 2)12sec()( += xxf h) xxxf 3cos)3cos()( 22 += i) 5)5cos5()( xxsenxf −= j) xxf 83cos)( 2 −= k) xsenx x xf cos )( + = l) 2 )( x senx xf = Exercício 2: (i) Determine equações da tangente e da normal ao gráfico da equação em P; (ii) Determine a coordenada-x no gráfico em que a tangente é horizontal. )3(3 xsenxy += )0,0(P Exercício 3: Calcule a primeira e a segunda derivadas de xsenxf 3)( = Exercício 4: Admitindo que a equação determine uma função diferenciável f tal que ),(xfy = calcule '.y a) 132 −+= yxysen b) )sec(cos xyy = c) yxy cos2 = d) 122 =−+ ysenyx Exercício 5: Determine o coeficiente angular da tangente ao gráfico de π22 =+ senyyx em P( π2,1 ). Lembre-se que 1+tg2x=sec2x Cálculo 1 Módulo 5 – Derivadas de Funções Trigonométricas - 37 - Respostas Exercício 1: a) senxxf 4)(' −= ; b) )cot1(seccos5)(' xxxxf −= c) 2 cos )(' x senxxx xf − = ; d) )3cos()(' 2 senxxxxxf += e) 2)cos1( 2 )(' x senx xf + = ; f) xxsenxf 33cos15)(' 4−= g) 22 )12()12sec()12(4)(' +++= xtgxxxf ; h) xxsenxxsenxf 33cos6)3(6)(' 2 −−= ; i) )55(cos)5cos5(25)(' 4 xsenxxxsenxf +−= ; j) x xsenx xf 83 8383cos8 )(' − −− = ; k) )21( coscos )(' xsen xxxsenxxsenx xf + −++ = ; l) 3 2cos )(' x senxxx xf − = Exercício 2: a) (i) ;6xy = (ii) xy 6 1− = ; (b) n 3 2 3 ππ + Exercício 3: ;cos3)(' 2 xxsenxf = ; xsenxsenxxf 32 3cos6)('' −= Exercício 4: a) 1)6(3 1 1)3cos()3(6 1 ' − = − = ysenyysen y b) )sec(cos)cot(1 )sec(cos)cot( ' xyxyx xyxyy y + − = c) yxseny y y 2 cos ' + = ; d) ysenyy senyx y cos4 4 ' − = Exercício 5: π2− Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 38 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 6 – Funções Inversas Def: Duas funções f e g são inversas, se as quatro condições seguintes são satisfeitas a) Im g ⊂ Dom f c) Im f ⊂ Dom g b) f og(x) = x d) g o f(x) = x Notação: Denotamos g por 1−f para dizer que g é a inversa de f. Exemplo 1: Sejam 3)( xxf = e 3)( xxg = . Dom f = R e Dom g = R, ( ) xxxfxgf === 333 )())(( f e g são inversas. xxxgxfg === 3 33 )())(( Método algébrico para determinar 1−f 1) Escreva a equação )(xfy = que define f 2) Resolva essa equação para x em função de y para obter )(1 yfx −= . Esta equação define 1−f . 3) Troque x por y na equação obtida em (2). Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 39 - Exemplo 2: Seja 12)( 5 −= xxf . Encontre 1−f Resolvendo pelo método algébrico, escrevemos 12 5 −= xy . Vamos isolar x, para encontrar uma função de y, 555 2 1 2 1 12 + =⇔ +=⇔+= y x y xyx Trocando x por y temos a função inversa de f 51 2 1 )( + =− x xf OBS: O gráfico de f contém o ponto (a,b) ⇔ o gráfico de 1−f contém o ponto (b,a). Dem: De fato, suponha que f possui uma inversa 1−f . Se (a,b) pertence ao gráfico da f então a ∈Dom f e f(a) = b é equivalente a a = 1−f (b). Isto implica que (b,a) pertence ao gráfico de 1−f . OBS: Isto significa que o gráfico da função 1−f é o simétrico do gráfico de f em relação à reta y = x. y y = x • (b,a) • (a,b) 0 x Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 40 - Exemplos OBS: (1) Nem toda função é invertível. (Para ser invertível tem que ser 1-1) (2) Se uma função é inversível então existe uma e somente uma g tal que g = 1−f Exercício 1: Verifique o domínio onde f é inversível e encontre a função inversa 1−f de cada função dada. Esboce o gráfico de f e de 1−f . a) 2)( xxf = b) xxf −= 3)( c) 3)( xxf = d) 53)( += xxf Funções Trigonométricas Inversas Sabemos que a função sen(x) não é 1-1, mas se tomarmos 22 ),()( ππ ≤≤ − = xxsenxf é 1-1. A função inversa dessa função seno restrita f existe e é denotada por arcsen ou 1−sen . Ela é chamada de inversa da função seno, ou função arcsen. Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 41 - Podemos usar a diferenciação implícita para encontrar as derivadas das funções trigonométricas inversas. Sabemos que xsenxarcseny 1)( −== significa xysen =)( e 22 ππ ≤≤ − y Diferenciando xysen =)( implicitamente em relação a x obtemos, y yyy cos 1 '1'.cos =⇔= Agora 0cos ≥y , uma vez que 22 ππ ≤≤ − y , logo: 222222 11cos1cos1cos xysenyysenyyysen −=−=⇔−=⇔=+ Portanto: 21 1 cos 1 ' xy y − == 21 1 ))(( x xarcsen dx d − = 1|| <x O traço verde esboça o gráfico de arcsen(x) enquanto o traço vermelho esboça o gráfico de sen(x). Dom sen(x) = − 2 , 2 ππ Dom arcsen(x) = [ ]1,1− Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 42 - Exercício 2: Analogamente, defina a inversa da função cos(x) em π≤≤ x0 como arccos ou 1cos − e determine seu domínio. Esboce o gráfico de arccos(x) e mostre que 21 1 ))(arccos( x x dx d − −= 1|| <x A função tangente pode ser tornada 1-1 restringindo-a ao intervalo 22 ππ << − x . Assim, a função inversa da tangente é definida como sendo a inversa da função ),()( xtgxf = 22 ππ << − x . Ela é denotada por arctg ou 1−tg . A derivada da função arco tangente é deduzida de maneira similar. Sabemos que xtgxarctgy 1)( −== significa xytg =)( e 22 ππ ≤≤ − y Diferenciando xytg =)( implicitamente em relação a x obtemos, 222 2 1 1 1 1 sec 1 '1'.sec xxtgy yyy + = + ==⇔= 21 1 ))(( x xarctg dx d + = O traço verde esboça o gráfico de tg(x) enquanto o traço vermelho esboça o gráfico de arctg(x). Dom tg(x) = − 2 , 2 ππ Dom arctg(x) = R Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 43 - Exercício 3: Analogamente, defina a inversa da função cotg(x) em π<< x0 como arccotg ou 1cot − e determine seu domínio. Esboce o gráfico de arcotg(x) e mostre que 21 1 ))cot(( x xarc dx d + −= A função secante pode ser tornada 1-1 restringindo-a ao intervalo 2 3 2 0 π π π <≤∪<≤ xx . Assim, a função inversa da secante é definida como sendo a inversa da função ),sec()( xxf = 2 0 π <≤ x ou 2 3π π <≤ x . Ela é denotada por arcsec ou 1sec− . A derivada da função arco secante é deduzida de maneira similar. Sabemos que xxarcy 1sec)sec( −== significa xy =)sec( e 2 0 π <≤ y ou 2 3π π <≤ y Diferenciando xy =)sec( implicitamente em relação a x obtemos, 1 1 1)(sec)sec( 1 )()sec( 1 '1').()sec( 22 − = − ==⇔= xxyyytgy yyytgy 1 1 ))sec(( 2 − = xx xarc dx d 1|| >x Exercício 4: Analogamente, defina a inversa da função cossec(x) em 2 0 π ≤< x ou 2 3π π ≤< x como arccossec ou 1csc − e determine seu domínio. Mostre que 1 1 ))sec((arccos 2 − −= xx x dx d 1|| >x Dom sec(x) = ∪ 2 3 , 2 ,0 π π π Dom arcsec(x) = ( ] [ )∞∪−∞− ,11, Cálculo 1 Módulo 6 – Funções Inversas - 44 - Exercício 5: Encontre a derivada da função. Simplifique onde possível. a) )()( 2xarcsenxf = b) )()1()( 2 xarctgxxf += c) = x xf 4 arccos)( d) )3(cot)( 12 xxxf −= e) ))3sec(sec()( xarcxf = f) )))23(cot(cot()( 2 += xsenarcxf Respostas Exercício 1: a) Dom f = R + ; xf =−1 ; Dom 1−f = R + b) Dom f = ( ∞− ,3]; 21 3 xf −=− ; Dom 1−f = R + c) Dom f = R; 31 xf =− ; Dom 1−f = R d) Dom f = R; 3 51 −=− x f ; Dom 1−f = R Exercício 5: a) 41 2 )(' x x xf − = ; b) )()2(1)(' xarctgxxf += c) 24 16 4 )(' xx xf − = ; d) 2 2 1 91 3 )3(cot2)(' x x xxxf + −= − e) 3)(' =xf ; f) )23cos(6)(' 2 += xxxf Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 45 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo Derivada do logaritmo 1/x C D 1/(x+h) E F A B x x+h h Tomando o limite em todos os membros, xh xhx hx hhh 1 lim )ln()ln( lim 1 lim 000 →→→ < −+ < + x x x 1 )'(ln 1 << ⇔ x x 1 )'(ln = Analogamente, podemos mostrar para h < 0. Observe que, |)'(| || 1 |)'|(ln x x x = . Mas =|'| x 1 , se x > 0. Logo x x x || |'| = . -1, se x < 0 Então, xx x x x 1|| || 1 |)'|(ln == ⇔ x x 1 |)'|(ln = Seja h > 0. Pela Figura, temos, área ABEF < ln (x+h) – ln (x) < área ABCD x h xhx hx h <−+< + )ln()ln( xh xhx hx 1)ln()ln(1 < −+ < + Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 46 - Exemplo 1: Calcule a derivada de )442ln()( 2 −+= xxxf Pela Regra da Cadeia, 22 )1(2 )(' )22(2 )1(4 )44( 442 1 )(' 222 −+ + =⇔ −+ + =+ −+ = xx x xf xx x x xx xf Exercício 1: Determine o domínio das funções dadas e calcule suas derivadas: a) )ln()( senxxf = b) 2ln)( xxf = c) )53ln()( xxf −= d) )1ln()( 2 += xxf e) xxxxf −= ln)( f) xxf lnln)( = Exemplo 2: Calcule a derivada de + + = 1 4 ln)( 2 2 x x xf Pela propriedade (c) )1ln()4ln( 1 4 ln 22 2 2 +−+= + + xx x x Pela Regra da Cadeia, 1 2 4 2 )(' 22 + − + = x x x x xf Exercício 2: Usando as propriedades do logaritmo, calcule as derivadas das funções dadas: a) )3cosln()( 22 xxxf = b) 21 )( ln)( x xsen xf + = c) ))1(ln()(2xxxf += d) 1 cos)1( ln)( 2 + − = x xx xf Podemos usar o logaritmo para facilitar o cálculo da derivada de certos produtos ou quocientes (diferenciação logarítmica), como ilustram os exemplos seguintes. Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 47 - Exemplo 3: Calcule a derivada de )1)(1()( 232 −+= xxxxf Primeiro tomamos o logaritmo em ambos os lados da equação e usamos a propriedade (a) |1|ln|1|ln||ln|)(|ln 232 −+++= xxxxf Daqui obtemos, por derivação, 1 2 1 32 )( )(' 23 2 2 − + + += x x x x x x xf xf Segue-se que, − + + +−+= 1 2 1 32 )1)(1()(' 23 2 232 x x x x x xxxxf f(x) Exemplo 4: Calcule a derivada de 22 322 )1( )1()1( )( + +− = x xx xf Primeiro tomamos o logaritmo em ambos os lados da equação e usamos as propriedades (a), (c) e (d) |1|ln2|1|ln3|1|ln2|)(|ln 22 +−++−= xxxxf Daqui obtemos, por derivação, 1 2 2 1 1 3 1 2 2 )( )(' 22 + − + + − = x x xx x xf xf Segue-se que, + − + + −+ +− = 1 4 1 3 1 4 )1( )1()1( )(' 2222 322 x x xx x x xx xf f(x) Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 48 - Exercício 3: Calcule as derivadas das funções dadas por derivação logarítmica: a) 3223 )1()2()( +−= xxxxf b) 1 )1( )( 2 23 − + = x xx xf c) 1 1 )( − + = x x xf d) 1 1 )( 2 2 + − = x x xf e) xxxf =)( f) )()( xsenxxf = g) xxxf )(ln)( = h) xxxf cos)(ln)( = Exercício 4: Determine a equação da reta tangente ao gráfico de )1ln( xy −= em 0=x . Exercício 5: Determine a equação da reta tangente ao gráfico de x y 1 ln= em 2=x . Exercício 6: Determine a equação da reta normal ao gráfico de )3ln( −= xy em 4=x . Exercício 7: Determine a equação da reta normal ao gráfico da função )1ln()( += xxf , paralela à reta .52 =+ yx Derivada da função exponencial Sabemos que xe x =ln . Diferenciando cada membro desta equação, obtemos, 1)'( 1 =x x e e ⇔ xx ee =)'( )(')'( )()( xfee xfxf = OBS: 1lnlnln 1)'()'()'( −===== nnxnxnxn nx x n x x neeex n Daí, 1)'( −= nn nxx Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 49 - Exemplo 1: Calcule a derivada de 23)( xexf = Pela Regra da Cadeia, 22 33 6)6()(' xx xexexf == Exercício 8: Calcule as derivadas das funções dadas: a) xexf cos)( = b) xexxf 22)( −= c) 1 )( 2 + = x e xf x d) 34 )5()( −= xexf e) xx xx ee ee xf − − + − =)( f) xexf −= cosln)( Exercício 9: Esboce os gráficos das funções dadas: a) xexf −=)( b) ||)( xexf = c) 3)( −= xexf d) 1)( 2 += +xexf Exercício 10: Use a diferenciação implícita para obter 'y . a) 113 23 =+− yxe xy b) yx xeye 2cot = Exercício 11: Determine a reta tangente à curva 1−= xey em x = 1. Exercício 12: Determine a reta normal à curva 4+= xey em 4−=x . Exercício 13: A corrente )(tI em um circuito elétrico no instante t é dada por LRteItI −= 0)( , onde R é a resistência, L a indutância e 0I é a corrente no instante t = 0. Mostre que a taxa de variação da corrente no instante t é proporcional a )(tI . Exercício 14: Resolver xx ee −=+12 Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 50 - Derivada de xa aaaeea xaxaxx lnln.)'()'( lnln === aaa xx ln)'( = Exemplo 2: Calcule a derivada de xxf 2cos3)( = Pela Regra da Cadeia, xx xsenxsenxf 2cos2cos 3)2(3ln22)).2((3ln3)(' −=−= Def: A função logarítmica de base a, é y a axxy =⇔= log Consideremos xy alog= ou yax = . Tomando o logaritmo natural de ambos os lados os membros da última equação, obtemos ⇔=⇔= a x yayx ln ln lnln a x xa ln ln log = Diferenciando ambos os membros da última equação, obtemos, ax xa ln 1 )'(log = Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 51 - Exemplo 3: Calcule a derivada de |9|log)( 22 −= xxf Pela Regra da Cadeia, )9(2ln 2 2 9 1 2ln 1 )(' 22 − = − = x x x x xf Exercício 15: Calcule as derivadas das funções dadas: a) xsenxxf 5)( = b) ( )tgxxf 2)( = c) xxxf 2)( = d) xxsenxexf π=)( e) )13(log)( 2410 ++= xxxf f) xxf lnlog)( = Respostas Exercício 1: a) Dom f = ( )ππ )12(,2 +nn ; xxf cot)(' = b) Dom f = R * ; x xf 2 )(' = c) Dom f = ∞− 5 3 , ; 35 5 )(' − = x xf d) Dom f = R; 1 2 )(' 2 + = x x xf e) Dom f = R +* ; xxf ln)(' = f) Dom f = ),1( ∞ ; xx xf ln 1 )(' = Exercício 2: a) xx xxsenx xf 3cos )3(63cos2 )(' − = ; b) )()1( )(2cos)1( )(' 2 2 xsenx xxsenxx xf + −+ = c) )1(2 51 )(' 2 2 xx x xf + + = ; d) 1 2 )( 1 1 )(' 2 + −− − = x x xtg x xf Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 52 - Exercício 3: a) )612710()1)(2()(' 23222 −−++−= xxxxxxxf ; b) 22 242 )1( )343( )(' − −− = x xxx xf ; c) 2 3 )1(1 1 )(' −+ − = xx xf ; d) 2 32 2 4 )1( 1 1 )(' + − − − = x xx x x xf ; e) )1(ln)(' += xxxf x ; f) += x xsen xxxxf xsen )( lncos)(' )( ; g) += x xxxf x ln 1 lnln)(ln)(' ; h) +−= xx x xxsenxxf x ln cos lnln)()(ln)(' cos Exercício 4: xy −= Exercício 5: 02ln222 =+−+ yx Exercício 6: 04 =−+ yx Exercício 7: 04ln 2 1 2 =+++ yx Exercício 8: a) xexsenxf cos)()(' −= ; b) xexxxf 22 )22()(' −−= c) 22 2 )1( )1( )(' + − = x xe xf x ; d) 244 )5(12)(' −= xx eexf e) 2)( 4 )(' xx ee xf −+ = ; f) )()(' xx etgexf −−= Cálculo 1 Módulo 7 – Derivadas das Funções Exponencial e Logaritmo - 53 - Exercício 9: a) b) c) d) Exercício 10: a) yxe yex y xy xy 6 3 ' 2 + − = ; b) yexe eye y xy yx 22 2 csc2 cot ' + − = Exercício 11: xy = Exercício 12: 03 =++ yx Exercício 14: 2ln−=x Exercício 15: a) )cos(5ln5)(' xxsenxxf xsenx += b) ( ) x xf tgx 2cos2 2ln2 )(' = c) )1(ln2ln2)(' += xxxf xx x d) ]ln)cos(1[)(' ππ xxsenxexf xxsenx ++= e) 10ln)13( 64 )(' 24 3 ++ + = xx xx xf f) 10lnln 1 )(' xx xf = Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 54 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 8 – Regra de L’Hôpital Teorema: (Teorema de ValorMédio de Cauchy) Se f e g são contínuas em [a, b] e diferenciáveis em (a, b) e se g’(x) ≠ 0 para todo x em (a, b), então existe um número w em (a, b) tal que )(' )(' )()( )()( wg wf agbg afbf = − − Dem: Note que g(b)- g(a) ≠ 0, pois, de outra forma g(b) = g(a) e, pelo Teorema de Rolle, ∃ c tal que g’(c) = 0, o que seria absurdo pois g’(x) ≠ 0 para todo x em (a, b). Seja h como segue: )()]()([)()]()([)( xfagbgxgafbfxh −−−= ∈∀x R h é contínua em [a, b] e diferenciável em (a, b), e além disso )()( bhah = . Logo, pelo Teorema de Rolle, ∃ ∈w (a, b) tal que h’(w) = 0. 0)(')]()([)(')]()([)(' =−−−= wfagbgwgafbfwh )(')]()([)(')]()([ wfagbgwgafbf −=− Logo, )(' )(' )()( )()( wg wf agbg afbf = − − Teorema: (Regra de L’Hôpital) Sejam f e g diferenciáveis em um intervalo aberto (a, b) contendo c, exceto possivelmente no próprio c. Se )( )( xg xf tem a forma indeterminada 0 0 ou ∞ ∞ em x = c e se g’(x) ≠ 0 para x ≠ c, então )(' )(' lim )( )( lim xg xf xg xf cxcx →→ = se o limite do lado direito existir (ou é ∞ , ou ∞− ). Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 55 - Dem: Suponha que 0)(lim = → xf cx , 0)(lim = → xg cx que L xg xf cx = → )(' )(' lim . Devemos mostrar que L xg xf cx = → )( )( lim . Definimos )(xf , se ax ≠ )(xg , se ax ≠ F(x) = G(x) = 0 , se ax = 0 , se ax = )(lim xF cx→ = 0)(lim = → xf cx = F(c) ⇒ F é contínua em c e daí é contínua em todo (a, b), uma vez que f é contínua em { axbax ≠∈ |),( }. Analogamente, G(x) é contínua em (a, b). Em todo cx ≠ temos )(')(' xfxF = e )(')(' xgxG = Seja ),( bax∈ e cx > . Então F e G são contínuas em [c, x] e diferenciáveis em (a, x) e 0'≠G lá (uma vez que )(')(' xfxF = e )(')(' xgxG = ). Portanto, pelo Teorema anterior (Cauchy), ∃ ∈w (c, x) tal que )( )( )()( )()( )(' )(' xG xF cGxG cFxF wG wF = − − = Aqui usamos o fato de que, por definição, 0)( =cF e 0)( =cG . Agora, se fizermos +→ cx , então +→ cw (uma vez que xwc << ). Portanto, )( )( lim )( )( lim xG xF xg xf cxcx ++ →→ = = L wg wf wG wF cwcw == ++ →→ )(' )(' lim )(' )(' lim Um argumento análogo mostra que o limite lateral esquerdo é também L. Logo, L xg xf cx = → )( )( lim Isto prova a Regra de L’Hôpital quando c é finito. Se c for infinito, vamos fazer x t 1 = . Então +→ 0t quando ∞→x ; assim temos = ∞→ )( )( lim xg xf x = +→ )1( )1( lim 0 tg tf t = − − +→ )1)(1(' )1)(1(' lim 2 2 0 ttg ttf t = +→ )1(' )1(' lim 0 tg tf t )(' )(' lim xg xf x ∞→ Aplicando a Regra de L’Hôpital para c finito Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 56 - Exemplo 1: Calcular os limites abaixo: a) x x x sen lim 0→ RL = 1 1 cos lim 0 = → x x b) 21 )1( )1sen(ln lim − −− → x xx x RL = )1(2 )1cos( 1 lim 1 − −− → x x x x RL = 2 1 2 )1sen( 1 lim 2 1 −= −+− → x x x c) 3 lim x e x x ∞→ RL = 23 lim x e x x ∞→ RL = x e x x 6 lim ∞→ RL = ∞= ∞→ 6 lim x x e Exercício 1: Calcular os limites abaixo: a) )1( ln lim 1 −→ x x x b) 30 lim x xtgx x − → c) x e x x sen 1 lim 0 − → d) x x x lnln lim ∞→ e) 23lim x x ex − ∞→ f) 2 3)(ln lim x x x ∞→ Indeterminação do tipo ∞ .0 1) Escrever (f . g) como g f 1 ou f g 1 2) Aplicar L’Hôpital Exemplo 2: Calcular o limite abaixo: xx x lnlim 2 0+→ = 2 0 1 ln lim x x x +→ RL = 3 0 2 1 lim x x x −+→ = 0 2 lim 2 0 = −+→ x x Exercício 2: Calcular os limites abaixo: a) xx x lnlim 0+→ b) x x ex 2lim −∞→ c) xx x cot)(lim π π − → d) xx x 3cos7seclim )2( −→ π e) 23lim x x ex − ∞→ Aplicando a Regra de L’Hôpital O limite fica da forma - ∞/ ∞ e podemos aplicar L’Hôpital Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 57 - Indeterminação do tipo ∞ - ∞ Em geral, reduzimos ao mesmo denominador. Exemplo 3: Calcular o limite abaixo: − → x x x 1 csclim 0 = − → xxx 1 sen 1 lim 0 = − → xx xx x sen sen lim 0 RL = + − → xxx x x cossen cos1 lim 0 RL = 0 2 0 sencoscos sen lim 0 == −+→ xxxx x x 1 1 0 Exercício 3: Calcular os limites abaixo: a) − → 240 11 lim xxx b) − − → 1 1 ln 1 lim 1 xxx c) ( )xx x cotcsclim 0 − → d) ( )1lim 2 −− ∞→ xx x e) ( )xxxx x −−++ ∞→ 22 1lim f) − − ∞→ 1 11 lim xx ex Indeterminações do tipo 00, ∞0, 1∞ 1) Fazer gfy = 2) Aplicar Logaritmo em ambos os lados da equação e temos fgy lnln = 3) Calcular y cx lnlim → 4) Aplicar exponencial no resultado obtido em (3) O limite fica da forma 0/0 e podemos aplicar L’Hôpital Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 58 - Exemplo 4: Calcular o limite abaixo: x x x + ∞→ 1 1lim Temos um limite da forma 1∞ , fazemos então x x y += 1 1 Aplicando a função logaritmo natural nos dois lados da equação, temos: +=⇔ += x xy x y x 1 1lnln 1 1lnln Resolvendo y x lnlim ∞→ 0 . ∞ y x lnlim ∞→ = + ∞→ x x x 1 1lnlim = + ∞→ x x x x 1 lnlim = x xx x 1 ln)1ln( lim −+ ∞→ RL = RL = 2 1 1 1 1 lim x xx x − − + ∞→ = 2 1 )1( )1( lim x xx xx x − + +− ∞→ = −+ −− ∞→ 1)1( 1 lim 2x xx xx x = −+ − ∞→ 1)1( 1 lim x xx RL = 1 1 1 lim = − − ∞→x Aplicando a função exponencial no resultado acima, temos: exp( y x lnlim ∞→ ) = exp 1 ⇔ eey x == ∞→ 1lim Exercício 4: Calcular os limites abaixo: a) x x x cos )2( 5 2 5 lim − −→ π π b) ( ) x x x sen 0 csclim +→ c) ( ) x x x 1 0 21lim − → d) bx x x a + ∞→ 1lim e) x x x1lim ∞→ f) ( ) xx x xe 1 lim + ∞→ Lembrando que ln ab = b ln a Lembrando que ln (a/b) = ln a – ln b Aplicamos agora a Regra de L’Hôpital porque temos um limite do tipo 0/0 Pois sabemos que exp(ln y) = y Cálculo 1 Módulo 8 – Regra de L´Hôpital - 59 - Respostas Exercício 1: a) 1 b) 3 1 c) 1 d) 0 e) 0 f) 0 Exercício 2: a) 0 b) 0 c) 1 d) 7 3 e) 0 Exercício 3: a) ∞ b) 2 1 c) 0 d) 0 e) 1 f) 0 Exercício 4: a) 1 b) 1 c) 2 1e d) abe e) 1 f) e Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -60 - CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Coordenação de Engenharia / Ciência da Computação Módulo 9 – Extremos das Funções Algumas das aplicações mais importantes do cálculo diferencial são os problemas de otimização, em que devemos encontrar a melhor maneira de fazer alguma coisa, por exemplo: − Qual é a aceleração máxima de um ônibus? − Qual é o lucro máximo de uma empresa? − Qual é a forma de uma lata que minimiza o custo de manufatura? Esses problemas podem ser reduzidos a encontrar valores máximo e mínimo de uma função. Def: (a) Uma função f possui um máximo relativo (ou máximo local) em um ponto c se existe um intervalo I contendo c tal que f seja definida em I e Ixxfcf ∈∀≥ ),()( . (b) Uma função f possui um mínimo relativo (ou mínimo local) em um ponto c se existe um intervalo I contendo c tal que f seja definida em I e Ixxfcf ∈∀≤ ),()( . OBS: Cada máximo ou mínimo local é chamado em extremo local de f. Def: Dizemos máximo absoluto (ou máximo global) ou mínimo absoluto (ou mínimo global) para indicar o máximo e o mínimo da função em todo o seu domínio. y d f h a b 0 c e g i x Máximo Local Máximo Global Mínimo Local e Global Mínimo Local Mínimo Local Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -61 - Teorema: Se f for uma função contínua em um intervalo fechado [a,b], então f possui pelo menos um ponto de máximo e um ponto de mínimo em [a,b]. Exemplo 1: Seja 1)( 2 += xxf nos intervalos indicados: (a) [-1,2] (b) [-1,2) -1 2 -1 2 Máximo: 5)2( =f Máximo: não há Mínimo: 1)0( =f Mínimo: 1)0( =f (c) (-1,2] (d) (1,2) -1 2 1 2 Máximo: 5)2( =f Máximo: não há Mínimo: 1)0( =f Mínimo: não há (o intervalo não é fechado) Exemplo 2: Seja a função abaixo: Esta função não possui extremos, pois omitimos as hipóteses do teorema (continuidade ou intervalo fechado) Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -62 - Teorema: Se uma função f tem um extremo local em um número c em um intervalo aberto, então 0)(' =cf ou )(' cf não existe. Dem: Suponha que f tem um extremo local em c. Se )(' cf não existe, então não há mais nada a demonstrar. Se )(' cf existe, então ocorrerá um dos casos abaixo: (i) 0)(' >cf (ii) 0)(' <cf (iii) 0)(' =cf Suponha que 0 )()( lim)('0)(' > − − =⇒> → cx cfxf cfcf cx ⇒ existe um intervalo aberto (a,b) contendo c tal que 0 )()( > − − cx cfxf cxbax ≠∈∀ ),,( )()(00)()( cfxfcxcfxf >⇔>−⇒>− se cx > ⇒ ou )()(00)()( cfxfcxcfxf <⇔<−⇒<− se cx < Portanto, )(cf não é nem máximo e nem mínimo de f, contrariando a hipótese. Então, os casos (i) e (ii) não podem ocorrer. Logo, 0)(' =cf . Exemplo 3: Seja a função 3)( xxf = : 23)(' xxf = 0)0(' =f Mas, f não tem mínimo nem máximo em 0, como podemos ver em seu gráfico. O fato de que 0)0(' =f significa simplesmente que a curva 3xy = tem uma tangente horizontal em (0,0). Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -63 - Exemplo 4: Seja a função ||)( xxf = : OBS: Devemos ter muito cuidado no uso do Teorema acima. O Exemplo 3 demonstra que mesmo quando 0)(' =cf não é necessário existir o máximo ou o mínimo em c. (Em outras palavras, o inverso do Teorema em geral é falso). Além disso, pode existir um valor extremo mesmo quando )(' cf não existe, como no Exemplo 4. Def: Um ponto crítico de uma função f é um número c no domínio de f onde 0)(' =cf ou )(' cf não existe. OBS: Se f tiver um máximo ou mínimo local em c, então c é um ponto crítico de f. Exemplo 5: Encontre os pontos críticos de 53)( 23 +−= xxxf : y 5 1 0 2 x A função tem seu valor mínimo (local e absoluto) em 0, mas esse valor não pode ser encontrado equacionando-se 0)(' =xf , pois, )0('f não existe. Máximo local Mínimo local Calculando a derivada: )2(363)(' 2 −=−= xxxxxf 00)(' =⇔= xxf pontos 2=x críticos Não há pontos onde a derivada )(' xf não exista. Observe no gráfico que o ponto (0,5) é um máximo local e o ponto (2,1) é um mínimo local. Mínimo local Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -64 - Exercício 1: a) Esboce o gráfico de uma função que tenha um máximo local em 2 e é diferenciável em 2. b) Esboce o gráfico de uma função que tenha um máximo local em 2 e é contínua, mas não é diferenciável, em 2. c) Esboce o gráfico de uma função que tenha um máximo local em 2 e não seja contínua em 2. Exercício 2: a) Esboce o gráfico de uma função em [-1,2] que tenha um máximo absoluto, mas não tenha mínimo absoluto. b) Esboce o gráfico de uma função em [-1,2] que seja descontínua, mas tenha tanto máximo absoluto como mínimo absoluto. Exercício 3: Encontre os pontos críticos da função. a) xxxf 45)( 2 += b) 4632)( 23 +++= xxxxf c) 1 )( 2 + = x x xf d) |32|)( += xxf e) 3 5 3 2 5)( xxxf += f) )2()( 2 xsenxf = g) xxxf ln)( = h) 32 52)( −= xxxf i) xxsenxxf 6)2(3cos8)( 3 −−= j) xxxf csccot)( += l) xxexf 2)( = Processo para encontrar extremos absolutos de uma função contínua em um intervalo fechado [a,b] 1. Encontre os pontos críticos c para a função f em (a,b). 2. Calcule os valores de f para cada um dos valores encontrados em (1). 3. Encontre os valores de f nos extremos do intervalo, )(af e )(bf . 4. O maior valor das etapas (2) e (3) é o valor máximo absoluto, ao passo que o menor desses valores é o valor mínimo absoluto. Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -65 - Exemplo 6: Encontre os valores absolutos máximo e mínimo da função 13)( 23 +−= xxxf 4 2 1 ≤≤− x Uma vez que f é contínua em − 4, 2 1 , podemos usar o método do intervalo fechado: )2(363)(' 2 −=−= xxxxxf Uma vez que )(' xf existe para todo x, os únicos pontos críticos de f ocorrem quando 0)(' =xf , isto é, 0=x ou 2=x . Observe que cada um desses pontos críticos está no intervalo − 4, 2 1 . Os valores de f nesses pontos críticos são 1)0( =f 3)2( −=f Os valores de f nos extremos do intervalo são − 2 1 f = 8 1 17)4( =f Comparando esses quatro números, vemos que o valor máximo absoluto é 17)4( =f e o valor mínimo absoluto é 3)2( −=f . Exercício 4: Encontre os valores máximo e mínimo absolutos de f no intervalo dado. a) ,5123)( 2 +−= xxxf [ ]3,0 b) ,432)( 23 ++= xxxf [ ]1,2− c) ,24)( 24 +−= xxxf [ ]2,3− d) ,2)( 2 x xxf += 2, 2 1 e) , 1 )( 2 + = x x xf [ ]2,0 f) ),cos()()( xxsenxf += 3 ,0 π g) ,)( xxexf −= [ ]2,0 h) ,ln3)( xxxf −= [ ]4,1 Exercício 5: Entre 0 ºC e 30 ºC, o volume V (em centímetros cúbicos) de 1 kg de água a uma temperatura T é aproximadamente dado pela fórmula 32 0000679,00085043,006426,087,999 TTTV −+−= Encontre a temperatura na qual a água tem sua densidade máxima. Cálculo 1 Módulo 9 – Extremos das Funções -66 - Exercício 6: Prove que a função 1)( 51101 +++= xxxxf não tem nem máximo nem mínimo locais. Exercício 7: Uma função
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