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Aula 4 resp. suinos

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Aula 4 – Clínica de Aves e Suínos
Doenças Respiratórias na suinocultura – Rinite Atrófica Suína
Essa doença bacteriana não tem alta mortalidade, assim como todas as doenças do trato respiratório dos suínos, se ocorrer mortalidade é muito pouca. As grandes perdas econômicas veem dos índices zootécnicos que não estarão em perfeita ordem (piorados), como por exemplo, não terá uma boa conversão alimentar, redução da velocidade do ganho do tempo, por vezes o emagrecimento dos animais. Não tem via de transmissão vertical, somente via de transmissão horizontal direta ou indireta. Nenhuma doença respiratória dos suínos tem potencial zoonótico. 
A rinite atrófica demora surgir às manifestações, ele se infecta no setor de maternidade, quando ainda são leitões, mas só demonstraram as manifestações clinicas tardiamente no setor de crescimento e terminação com idade aproximada de 110 dias. Ela é uma doença crônica, progressiva, infecto-contagiosa e insidiosa (silenciosa). Causa deformações de face nos animais. 
Etiologia:
Bordetella bronchiseptica e Pasteurella multocida tipo D. 
A rinite por si só é causada ela bordetella, e quando há presença de pasteurella é porque entrou como uma bactéria oportunista e age em sinergismo com a bordetella unindo para destruir o sistema respiratório. 
Rinite pode ser progressiva e não progressiva
Progressiva – Quando o animal tem as duas bactérias em sinergia, a Bordetella e a Pasteurella. Todo quadro da rinite progressiva é muito mais acentuado do que a não progressiva
Não progressiva ou não complicada - Quando o animal tem apenas a Bordetella. 
Ambas as bactérias fazem a produção da toxina dermonecrótica que será responsável por toda a deformação de face dos suínos destruindo todas as estruturas importantes do trato respiratório dos suínos, como destruição dos cornetos dorsal e ventral, desvio de septo nasal, focinho deslocado de lado. 
Prevenção: Imunização. Tem a vacina para prevenir a doença. Há vacinas que contem as bactérias e outras há apenas os toxóides que são as toxinas inativadas dermonecróticas que as bactérias produzem. Para fazer o controle efetivo das bactérias vacina que contem as bactérias é a mais indicada para sistema imunológico criar resistência às mesmas com auxilio dos anticorpos. 
A grande maioria das granjas comerciais tem essas bactérias circulando livremente. 
Se o animal já tem a presença de bactérias, então lança no organismo deles os toxóides e eles terão menos efeitos colaterais devido aos anticorpos bloquearem os efeitos das toxinas, mas as bactérias não estarão sendo controladas. O melhor esquema de vacinação seria utilizar ambas as vacinas. 
 As narinas quando estão normais são responsáveis por umidificar, filtração, esfriamento. Destruição dos cornetos pode ser parcial ou total e com isso vira uma porta de entrada para outros agentes infecciosos. 
Manifestação clínica:
Lactentes: Espirros, corrimento nasal mucoso, obstrução do canal lacrimal (fica uma marca escuro debaixo dos olhos dos animais – parecido com lagrima acido de cães e gatos) e retardo do crescimento. Os leitões adquirem na amamentação porque a mãe possui as bactérias e no contato naso-nasal (transmissão direta) eles se contaminam (por volta de 10 a 12 dias ocorrem à infecção mais ativa e antes disso, eles estão com anticorpos passivos por até 10 dias de vida). Desmame precoce segregado – qualquer desmame antes dos 21 dias. O objetivo desses desmame precoce segregado é tentar minimizar a transmissão de patógenos conhecidos na mãe em direção aos leitões. 
Crescimento e terminação: Pregas na pele do focinho (focinho sanfona e parte superior achatada), sangramento nasal intermitente (pode ser uni ou bilateral), desvio do focinho esquerdo ou direito (as duas bactérias juntas) e espirros, encurtamento do focinho. Deformidades irreversíveis. 
Achados Necroscópicos: Advindos de animais do abatedouro. 
Destruição dos cornetos nasais
Desvio septo nasal
Exsudato mucopurulento
Distúrbio de crescimento dos ossos do focinho. 
Diagnostico laboratorial
Sinais clínicos e exame dos cornetos. Mais comuns com o laudo do abatedouro e sinais clínicos. 
Isolamento – Raríssimo isolamento e sorológico. 
Swabs nasais ou amídalas. 
PCR – usado somente em pesquisas
ELISA – indireto para checar numero de anticorpos que animais possuem de um determinado agente. 
Prevenção e Controle
Medidas gerais de biosseguridade
All in all out – objetivo do vazio sanitário como um todo. 
Vacinação e toxóides
ATBterapia. 
Graus de lesão da rinite atrófica. Dado através da inspeção no abatedouro. 
Grau 0 – Sem indícios da rinite atrófica. 
Grau 1 – Indícios da rinite atrófica consideradas suave ou leve. Somente a bordetella está envolvida, sem desvio de septo e pouca destruição de cornetos. 
Grau 2 – Grau moderado. Bordetella e pasteurella envolvidas terá desvio de septo e moderada destruição dos cornetos. 
Grau 3 – Grau severo ou grave. Bordetella e pasteurella envolvidas, grande desvio de septo e os cornetos estarão completamente destruídos ou bem hemorrágicos. 
 No relatório do abatedouro que 5% ou mais de animais da mesma granja estiver com grau 3 significa que tem quadro grave de rinite atrófica, a mesma está descontrolada na granja.

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