Buscar

MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMETAL MAIOR DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E METODOLOGIAS APLICÁVEIS


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1 
 
 
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – FAESPI 
ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSNINO DA MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ AILTON SILVA COSTA 
GENILSON EVARISTO CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMETAL MAIOR: DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM E METODOLOGIAS APLICÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUZILÂNDIA 
2018 
2 
 
JOSÉ AILTON SILVA COSTA 
GENILSON EVARISTO CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMETAL MAIOR: DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM E METODOLOGIAS APLICÁVEIS 
 
 
Pré-projeto de pesquisa apresentado à 
Faculdade de Ensino Superior do Piauí – 
FAESPI, como requisito parcial para 
obtenção do título de Especialista em 
Metodologia do Ensino da Matemática. 
 
Orientador (a): Profª. Esp. Edileusa Vieira 
dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUZILÂNDIA 
2018 
3 
 
MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMETAL MAIOR: DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM E METODOLOGIAS APLICÁVEIS 
 
 
José Ailton Silva Costa1 
Genilson Evaristo Carvalho2 
Edileusa Vieira dos Santos3 
 
 
Resumo: o presente trabalho constitui em discutir aspectos relacionados às 
dificuldades de aprendizagem em matemática, identificar e classificar os elementos 
causadores de problemas no processo de ensino/aprendizagem da disciplina, 
apontados pelos professores e alunos do Ensino Fundamental Maior, da escola 
municipal Unidade Integrada Bernardo Alves Rodrigues, do povoado Coqueiro, da 
cidade de São Bernardo, estado do Maranhão, e apresentar soluções com propostas 
metodológicas aplicáveis ao ensino da matemática, que vêm ao encontro da 
necessidade de uma educação mais preocupada com o aluno, buscando meios que 
favoreçam a aprendizagem do mesmo e desenvolvam sua capacidade de pesquisar, 
buscar conhecimentos e pensar, de forma que possa contribuir para que docentes, 
gestores e até os próprios alunos consigam buscar alternativas para combaterem as 
dificuldades de aprendizagem. Aborda os temas Resolução de Problemas, Jogos 
Matemáticos, Tecnologias da Informação, Modelagem Matemática, Etnomatemática, 
História da Matemática e Investigações Matemáticas. Nesse contexto, foi analisado a 
proposta de alguns autores no que diz respeito a procedimentos de ensino visando 
aprendizagem significativa. 
 
 
Palavras-chave: Dificuldades de Aprendizagem. Educação Matemática. Ensino 
Fundamental. Metodologia. Aprendizagem Significativa. 
 
 
 
Abstract: the present work consists in discussing aspects related to the difficulties of 
learning in mathematics, identifying and classifying the elements that cause problems 
in the teaching / learning process of the subject, pointed out by the teachers and 
students of Elementary School, Alves Rodrigues, from the town of Coqueiro, in the city 
of São Bernardo, state of Maranhão, and present solutions with methodological 
proposals applicable to mathematics teaching, which meet the need for education 
more concerned with the student, seeking means that favor learning and develop their 
capacity to research, seek knowledge and think, so that it can contribute to teachers, 
managers and even the students themselves to find alternatives to combat learning 
difficulties. It addresses the issues of Problem Solving, Mathematical Mathematics, 
Information Technology, Mathematical Modeling, Ethnomathematics, History of 
 
1 Graduado em Licenciatura Plena em Matemática, pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, 2014. 
2 Graduado em Licenciatura Plena em Matemática, pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, 2014. 
3 Professora Orientadora: Especialista em Docência e em Educação Especial, ambas pela Faculdade 
de Ensino Superior do Piauí – FAESPI, 2009 e 2016. 
4 
 
Mathematics and Mathematical Investigations. In this context, the proposal of some 
authors regarding teaching procedures aimed at meaningful learning was analyzed. 
 
 
Key-words: Learning Disabilities. Mathematical Education. Elementary School. 
Methodology. Meaningful Learning. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A matemática é geralmente tida como uma disciplina extremamente difícil, que 
lida com objetos e teorias fortemente abstratas, mais ou menos incompreensíveis. 
Para alguns salienta-se o seu aspecto mecânico, inevitavelmente associado ao 
cálculo (FURTANA, 2009). 
Desse modo, a matemática ao se configurar para os alunos como algo difícil 
de compreensão, sendo de pouca utilidade prática, produz representações e 
sentimentos que vão influenciar no desenvolvimento da aprendizagem. 
VITTI (1999 p.19) afirma que: 
 
O fracasso do ensino de matemática e as dificuldades que os alunos 
apresentam em relação a essa disciplina não é um fato novo, pois vários 
educadores já elencaram elementos que contribuem para que o ensino da 
matemática seja assinalado mais por fracassos do que por sucessos. 
 
Existem diversos aspectos que podem dificultar o aprendizado na disciplina 
de matemática, nesta perspectiva, consideramos a falta de contextualização, o uso de 
metodologias tradicionais, a relação família-escola, os pressupostos utilizados em 
sala de aula, estrutura física inadequada da escola objeto da pesquisa, a rejeição da 
disciplina matemática pelos alunos, aulas teóricas – mais cansativas que prazerosas. 
As dificuldades de ensino aprendizagem em matemática vem sendo discutido 
por diversos autores constituindo-se até em objeto de estudo interdisciplinar. Em 
nosso contexto, como não se diferencia do contexto geral, vivenciamos um baixo 
índice de aprendizagem, quando se refere a aprender matemática. 
Esta pesquisa foi voltada para os alunos do Ensino Fundamental Maior, por 
se tratar de uma fase em que os alunos se deparam com conceitos e fórmulas 
fundamentais para a matemática, com foco na Escola Municipal Unidade Integrada 
Bernardo Alves Rodrigues, do povoado Coqueiro, da cidade São Bernardo, estado do 
Maranhão. 
5 
 
Nessa fase, a atenção deve ser redobrada, pois esses conteúdos 
fundamentais são o alicerce de sua carreira acadêmica. A matemática não é a única 
matéria em que os jovens se deparam com dificuldades, mas é a matéria em que as 
maiores dificuldades em relação ao processo de ensino-aprendizagem, são 
observadas (SILVA, 2008). 
O principal objetivo constitui em apresentar problemas no processo de 
ensino/aprendizagem da disciplina de matemática, apontados pelos professores e 
alunos, e propor soluções com propostas metodológicas aplicáveis ao ensino da 
matemática, de forma que esse trabalho possa contribuir para que docentes, gestores 
e até os próprios alunos consigam buscar alternativas para combaterem as 
dificuldades de aprendizagem. 
 
A Matemática ainda surpreende professores e alunos que realmente 
procuram investigar seus conceitos já consolidados. Ela vem ganhando 
espaço no nosso dia a dia. Ao entender com clareza a prática da Matemática, 
utilizando-a como ferramenta na resolução dos problemas apresentados do 
cotidiano, resultará em indivíduos mais autônomos. (PONTE, 1992, p. 1). 
 
Pesquisadores em Educação Matemática sugerem algumas alternativas para 
o ensino da Matemática, como: Resolução de Problemas, Investigação Matemática, 
Modelagem Matemática, História da Matemática, Tecnologias da Informação e 
Comunicação, Etnomatemática e Jogos Matemáticos. Todas vêm ao encontro da 
necessidade de uma educação mais preocupada com o aluno, buscando meios que 
favoreçam a aprendizagem do mesmo e desenvolvam sua capacidade de pesquisar, 
buscar conhecimentos e pensar. 
 
 
2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEMEM MATEMÁTICA 
 
 
Na educação existem diversos problemas, porém quando podemos 
diagnosticar os problemas existentes, poderemos encontrar com mais facilidade as 
soluções para o pouco aprendizado de matemática. 
 
Todo mundo vive se queixando da escola. Pais, professores e alunos 
reclamam que ela não está funcionando como devia e que as coisas não 
podem continuar desse jeito. Mas cada um pensa que o culpado desse mal 
funcionamento são sempre os outros. Daí que a discussão sobre a escola 
parece mais um coro em que cada um acusa o outro, cada um tem uma parte 
6 
 
de razão, mas ninguém consegue se entender nem chegar à raiz do 
problema. (CECCON, 1984, pág.11) 
 
Em meio a tais discussões, cabe salientar que a educação não pode coexistir 
sem a conjuntura da família, escola, professor e aluno. Onde um depende diretamente 
do outro para o enfrentamento das dificuldades encontradas no processo de ensino-
aprendizagem. 
 
2.1. O Dever da Família 
 
Segundo Furtado e Borges (2007, p.10-11) “os pais e os irmãos constituem o 
ambiente social e emocional para desenvolver uma conduta afetiva positiva por meio 
da interação”. Infere-se que o seio familiar é ambiente saudável e propício para 
acontecer o primeiro contato de socialização da criança. 
De acordo com a Constituição Federal: 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. (CF, 1988. Art. 205) 
 
A família tem um papel muito relevante e é responsável pelo processo de 
iniciação de ensino dos filhos e deve responder por tais incumbências, assim como o 
estado. 
A realidade nos mostra, no entanto, que os pais ao distanciarem da vida 
escolar dos filhos, principalmente na adolescência, é uma das principais causas das 
dificuldades, consequentemente influenciando nos problemas futuros. 
O jovem adolescente precisa de um porto seguro dentro de casa para que não 
busque refúgio fora dela. Na adolescência, a aproximação familiar é importantíssima, 
até mesmo sob o aspecto da escolha profissional, porque os pais ainda são os 
modelos de vida dos filhos. O adolescente, carente de convivência familiar, tende a 
não se interessar por nada, ou, em outros casos, julga-se onipotente e, portanto, ir à 
procura de outras maneiras que possam chamar atenção. Por exemplo, vai querer 
beber álcool, fumar cigarros, fazer uso de drogas ainda mais pesadas, chegar em casa 
no horário que bem entender e, até mesmo, agredir aos professores. 
7 
 
Portanto, a responsabilidade dos estudos deve ser compartilhada entre os 
pais, os professores e o aluno, para que o processo educacional possa fluir de maneira 
prazerosa. A participação dos pais nas decisões da escola deve ser constante. É 
dever dos pais acompanharem o rendimento escolar de seus filhos, assim como 
participarem das reuniões escolares, telefonarem para a orientadora educacional, de 
vez em quando, para que haja a troca de informações e experiências. 
Os filhos quando mostram uma lição ou um trabalho escolar estão desejando 
serem importantes e especiais. Porém, muitas vezes, deparamos com pais que 
parecem se preocupar com a educação dos filhos nos resultados de boas notas e 
esquecem da educação como processo contínuo, não estando a tratarem os filhos 
como seres livres. 
Os pais, sob o ponto de vista educativo, devem dar prioridade ao 
acompanhamento do trabalho e o esforço que realizam e uma boa medida será sem 
dúvida seguir o dia-a-dia, de maneira cautelosa, mas real, dos estudos dos filhos, 
ajudando-os discretamente a manter a exigência de um plano diário de estudo. 
Também, é fundamental ter em casa um ambiente tranquilo, familiar que anime os 
filhos nos seus estudos. 
A visão da família como primeiro grupo socializador da criança pode ser 
observada com clareza nos trabalhos de Talcott Parsons cuja reflexão sociológica 
sobre a família influenciou, na década de 1950, o pensamento norte-americano, com 
reflexos sobre a sociologia no Brasil. Tal reflexão foi apresentada na teoria 
funcionalista. Buschini (1989, p. 2) explica que: 
 
Segundo essa corrente, cujo maior expoente foi Talcott Parsons, a família é, 
sobretudo uma agência socializadora, cujas funções concentram-se na 
formação da personalidade dos indivíduos. Tendo perdido, ao longo da 
história, as funções de unidade de produção econômica e de participação 
política, a família teria as funções básicas de socialização primárias das 
crianças e de estabilização das personalidades adultas da população. 
 
No modelo proposto por Parsons para estudar a família, os membros do grupo 
familiar deveriam desempenhar papéis diferentes e complementares, deixando 
claramente definidos os papeis masculinos e femininos. Nesse movimento, o homem 
seria o líder instrumental da família e a mulher a responsável por assuntos internos e 
domésticos. 
Apesar das transformações nos modelos familiares, não se pode negar sua 
importância como primeiro núcleo social em que a criança vive. A família é a 
8 
 
responsável pelo processo de socialização primária da criança. De acordo com 
Ribeiro (2011, p. 1): 
 
A socialização primária diz respeito aos primeiros contatos sociais da criança 
e se dá com a presença dos outros significativos que lhe apresentam a 
realidade em que vivem e como a percebem. É também neste contato que a 
criança começa a significar os elementos culturais presentes na sociedade 
em que está inserida. Faz parte desse processo a família e as pessoas mais 
próximas à criança. 
 
É na relação intrafamiliar que se vai conhecendo e (re)conhecendo os papéis 
sociais. Para Dessen e Polonia (2007, p. 24): 
 
A família também é a responsável pela transmissão de valores culturais de 
uma geração para outra. Essa transmissão de conhecimentos e significados 
possibilita o compartilhar de regras, valores, sonhos, perspectivas e padrões 
de relacionamentos, bem como a valorização do potencial dos seus membros 
e de suas habilidades em acumular, ampliar e diversificar as experiências. 
 
Quando nos referimos à responsabilidade da família no processo educacional 
da criança, entendemos sua responsabilidade não apenas na figura materna, mas 
também na figura paterna. 
Dias (2009), refletindo sobre as palavras do então ministro da educação, nos 
diz que ele se apoiou em pesquisas realizadas na década de 1980, que afirmavam a 
importância da participação familiar no processo de escolarização das crianças para 
que estas obtivessem êxito. Segundo a autora (Idem, p. 46), tais pesquisas afirmavam 
que: 
 
[...] a importância da presença e participação da família na escola incluíram: 
explicitação de objetivos comuns pela escola e pela família, incentivo à 
criança e ao seu desenvolvimento, aumento das relações comunitárias, 
melhoria do desempenho da criança na aprendizagem, suporte às famílias, 
reconhecimento mútuo como agências educativas diferenciadas, melhora no 
comportamento geral da criança, dentre outros. 
 
Para Castro e Regattieri (2009) é fácil observar que quando o aluno tira boas 
notas, aprende e é considerado bem sucedido em seus estudos, pais e professores 
se sentem corresponsáveis pelo seu sucesso. Ao contrário, quando o aluno 
demonstra dificuldades em aprender, apresenta indisciplina ou baixo rendimento 
escolar, família e escola começam a buscar os responsáveis pela situação. Contudo, 
para essas autoras: 
 
O insucesso escolar deveria suscitar a análise de causas dos problemas que 
interferiram na aprendizagem, avaliando o peso das condições escolares, 
9 
 
familiares e individuais do aluno.O que se constata é que, em vez disso, o 
comportamento mais comum diante do fracasso escolar é a atribuição de 
culpas, que geralmente provoca o afastamento mútuo. (Idem, p. 31) 
 
 
As autoras lembram que na relação escola-família é importante identificar o 
papel de cada um no processo de aprendizagem da criança. A escola tem a atribuição 
de ensinar, contudo, conta com a ajuda da família, por exemplo, quando manda 
atividades para que a criança faça em casa. 
Marques (1993) enfatiza que o seio da família é lugar propício para a criança. 
Assim, que seja ela confortada na organização e na segurança, e que seja ela 
envolvida em uma comunicação aberta, com um sistema de autoridade viável. 
É na harmonia que se estabelece uma interação alegre e prazerosa que o 
aprendiz sente e é imprescindível ao desenvolvimento na escola e, posteriormente, 
na sua vida social. A relação família-filho é um dos elementos que configuram um bom 
desempenho escolar, é nessa ligação que se demonstra aos filhos os exemplos de 
educação a serem seguidos por toda a sua vida: com limites, cuidados, bons ou maus 
exemplos. 
 
2.2. A Escola Diante das Dificuldades 
O aprendizado da criança começa muito antes de sua entrada na escola: na 
família e em outros tantos ambientes e em vários processos de interação. Contudo, 
quando se fala no saber sistematizado que deve ser oferecido aos alunos, o espaço 
escolar ajuda a construir um currículo próprio para que em outro momento, possa dar-
lhes continuidade ao seu processo de desenvolvimento. 
Para Carvalho (2000, p. 149), as responsabilidades da família e da escola no 
que se refere ao processo de escolarização das crianças se confundem a partir do 
momento em que a escola passa a delegar à família uma função que é sua. Segundo 
a autora: 
 
[...] Assim, o papel acadêmico atribuído à família nega a especificidade da 
educação escolar e afeta o papel profissional docente, contra toda uma 
história de diferenciação institucional, especialização funcional (...) e 
profissionalização do magistério. Além disso, apaga a distinção entre 
educação formal e informal, reduz a educação à escolarização e confunde o 
papel paterno/materno com o papel docente. 
 
10 
 
Ao considerar que muitos profissionais da educação esperam poder contar 
com os pais como monitores e que se há alguma falha no processo educacional a 
responsabilidade é da falta de ajuda dos pais, podemos entender que a escola tem 
um problema que não é dela. 
Muitas vezes os pais jogam toda responsabilidade da aprendizagem e da 
educação de seus filhos na responsabilidade exclusiva da escola e isso é um grande 
erro, porque o professor é chamado de educador, mas a educação que o professor 
ministra é apenas um complemento. O dever de educar é realmente dos pais, fica a 
cargo do professor o trabalho de desenvolver o conhecimento estudantil da criança e 
noções de cidadania. 
A função principal da escola é a de ensinar seus aprendentes. Nesse sentido, 
faz-se necessário um espaço propício para construção e para o desenvolvimento da 
consciência de habilidades, proporcionando contato com a leitura e a escrita da 
matemática. Nesse foco, o aluno precisa efetivar uma educação escolar que o 
capacite e proporcione uma aprendizagem em face a uma compreensão própria, 
tendo em conta novas visões de mundo. Essas mudanças devem ser norteadas em 
referência à dignidade humana e pela compreensão emanada das diversidades 
culturais e sociais. 
Vigotski (2010b, p. 337) nos ensina que a aprendizagem escolar é uma das 
fontes do desenvolvimento das funções psicológicas superiores ou culturais. 
 
A aprendizagem pode interferir no curso do desenvolvimento e exercer 
influência decisiva porque essas funções ainda que não estão maduras até o 
início da idade escolar e a aprendizagem pode, de certo modo, organizar o 
processo sucessivo de seu desenvolvimento e determinar o seu destino. 
 
Mas, o mesmo se refere inteiramente a um problema central: ao 
desenvolvimento dos conceitos científicos na idade escolar. Já observamos que a 
aprendizagem escolar é a fonte desse desenvolvimento. Cabe salientar que, na 
maioria das vezes, a escola enquanto instituição fica à mercê dos ataques da 
comunidade e, deveras em casos, falta apoio e materiais didáticos ou paradidáticos 
para os professores, impossibilitando um trabalho por mínimo que possa ser. 
 
 
 
 
 
11 
 
2.3. O Professor de Matemática 
 
Um fato muito observado é a desmotivação de professores em vistas ao 
processo de ensino, umas das muitas causas são o baixo salário e a falta de 
incentivos. Os mesmos são obrigados a trabalharem em mais de dois turnos para 
poder manterem-se financeiramente e se deparam com uma rotina recheada de 
estresse, baixa alta-estima e depressão, e tendo que enfrentar salas superlotadas, 
falta de livros didáticos e falta de tempo para planejar e corrigir atividades dos 
discentes. 
O professor é negado ao direito de frequentar cursos de capacitações e 
formações que poderiam implementar o processo de ensino da disciplina de 
matemática. 
Coll, Marchesi e Palacios (2004) destaca que o professor carrega uma 
importância individual maior em relação as dificuldades que partem das crianças e 
refere ainda uma intervenção específica na aprendizagem para superação de tais 
dificuldades no contexto escolar, esse trabalho de intervenção deve ser aplicado de 
forma estreita no espaço familiar e escolar, visto que nestes ambientes em que são 
distribuídas a maior parte da vida das crianças. 
 
Ao planejar e aplicar a aula o professor devera partir dos interesses, das 
experiências e das competências da criança, adaptando o conhecimento a 
sua experiência e habilidades comunicativas e linguísticas ajustando os 
diferentes elementos da linguagem aos conhecimentos prévios e as suas 
possibilidades compreensivas. (Idem. 2004, p.88) 
 
Ensinar exige do professor uma postura de respeito com seus alunos, seus 
saberes e experiências que trazem de casa e, a partir dessas experiências, discutir e 
refletir sobre a verdadeira realidade desses, o professor é um sujeito mediador do 
processo de aprendizagem, contextualizador de sua prática de ensino, instigador e 
provocador dos estímulos da alegria de aprender. 
 
Sendo assim, todo o trabalho que o professor desenvolve no cotidiano da sala 
de aula demonstra algum saber pedagógico possuído por ele, ou adquirido 
em sua formação inicial ou em torno de seu espaço de trabalho: a escola. 
Este último representa boa parte de conhecimento que vai se consolidando 
com a prática em seu cotidiano (SILVA, 2006, p. 30). 
 
O professor é o mediador da aprendizagem, ele tem o papel de propiciar e 
promover uma aprendizagem que tenha significado, por meio de suas experiências e 
12 
 
práticas pedagógicas, pois a motivação é tida com grande valor e importância em todo 
o processo de ensino/aprendizagem. Uma criança com sentimento de segurança 
transcende uma maior liberdade para solucionar problemas e para adquirir e efetivar 
o seu conhecimento. 
O conhecimento é edificado quando num universo de ensino aprendizagem 
se constitui positivamente com o sujeito aprendiz e vice-versa, desse modo poderá 
ocorrer uma transformação de conhecimento através do aluno, fato contrário se dará 
se o professor falar uma palavra, ou uma ação ou mesmo gesto de crítica negativas 
em relação a uma produção do sujeito, será o bastante para que se principie um 
processo de introversão e fobias de erro. 
Segundo Antunes (2008, p. 23): 
 
Um verdadeiro mestre usa a sala de aula, mas sabe que seus alunos 
aprendem dentro e fora da mesma e, dessa forma, quando a esse espaço se 
restringe faz do mesmo um elo estimuladorde desafios, interrogações, 
proposições e ideias que seus alunos, em outros espaços, buscarão. Uma 
aula de verdade não se confina à sala de aula e os saberes na mesma, 
provocados representam desafios para que os alunos os contextualizem na 
vida que vivem. Professauros adoram salas de aula, pois, confinados em 
espaço restrito, não contam com a crítica de quem analisa sua repetitiva 
conduta. 
 
É de suma importância a disponibilidade do professor a um momento de 
diálogo, e com esse dado espaço poder conhecer e reconhecer o caminho que o aluno 
possa trilhar dentro e fora da sala de aula, direcionar e mediar o aluno por vias de 
respeito, liberdade, sabedoria. Cada aluno pode ter sua realidade tratada numa 
abordagem em sala de aula, fazendo destaque de problemas e até soluções para sua 
comunidade, dessa forma comparando com outra e discutindo até mesmo enfrentados 
por eles. Porque “o sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura com seu gesto 
a relação dialógica em que se confirma como inquietação e curiosidade, como 
inconclusão em permanente movimento na História” (FREIRE, 1996, p. 154). 
Já Abreu (2000, 2001, p.18) nos chama atenção para o papel do professor: 
 
A atuação do professor que busca apoiar efetivamente seus alunos exige 
uma atividade de acolhimento, tanto nos aspectos estritamente didáticos 
quando nos de relação interpessoal. [...] esse acolhimento do campo da 
didática – para propor e apoiar seus alunos nas situações de aprendizagens 
relativas ás áreas de conhecimento escolar – e também de conhecimento 
sobre mecanismo sociológicos, culturais e psicológicos que estão envolvidos 
no “desejo de saber e na decisão de aprender” para subsidir a reflexão sobre 
as representações pessoais que faz dos alunos e a forma que se relaciona 
com eles. 
13 
 
 
É necessário que o professor pesquise, procure formas para estimular nos 
alunos o gosto e a motivação, que ele reflita a prática docente, não pensar a 
matemática apenas como componente curricular obrigatório, mas como uma 
ferramenta de valor para o aluno em desenvolvimento. 
 
2.4. O Perfil do Aluno 
 
A matemática, na concepção dos alunos, se configura como algo que não faz 
parte do dia a dia, não tendo importância para a sua vida. Diante de tamanha 
dificuldade, acredita-se que se deve rebuscar e reinventar um novo cenário no ensino 
da disciplina, ora vista como um bicho papão no âmbito escolar. 
Tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio o que se observa na 
maioria das mantenedoras de ensino é um índice elevado de alunos reprovados e 
com graves dificuldades para assimilar matemática, e na maioria dos casos há 
demonstrativo de desinteresse pela disciplina. Na Escola Municipal Unidade Integrada 
Bernardo Alves Rodrigues, do povoado Coqueiro, da cidade de São Bernardo, estado 
do Maranhão, não se diferencia da realidade geral. 
Segundo Prado (2000, p. 93), as atitudes dos alunos, são destacadas em 
“atenção às aulas, atenção nos cálculos, base na matéria, interesse, tempo, treino e 
repetição, cumprir as tarefas de casa e acompanhamento dos pais”. E também se 
valem de prerrogativas, as alegações que os professores “não explicam o tema 
trabalhado e menos ainda corrigem os exercícios, tampouco mantém a ordem na 
sala”, o que agrava ainda mais o aprendizado da disciplina. 
Silva (2008, p. 102) destaca: 
 
As queixas da culpabilidade da família pelo insucesso do aluno foi um dos 
itens que mais apareceu no relato dos professores de ambas as redes de 
ensino. Queixam-se que os pais não comparecem ao chamamento da escola, 
não cobram as atividades de casa de seus filhos, não têm formação e nem 
comprometimento com a educação dos filhos. 
 
Espera-se que a escola ofereça um ensino de qualidade e acompanhe a vida 
emocional dos seus filhos. Portanto, permanece a dúvida sobre a responsabilidade do 
papel de fazer os alunos aprenderem. 
14 
 
 
2.4.1. Transtornos de Aprendizagem na Disciplina de Matemática 
 
 
Considera-se que o ensino é um processo de continuidade por toda vida, 
entretanto nesse método pode haver interferência de diversos elementos, contendo 
alguns transtornos correspondentes com a dificuldade de aprendizagem. Muitos 
desses transtornos começam a ser identificados na escola, pois é nesse meio que o 
indivíduo começa a ter as indagações onde aparecerem as dificuldades. 
No entanto os transtornos do processo de aprendizagem geral são 
classificados em três tipos específicos: o da escrita, da leitura e da matemática. 
Como se não bastasse, os mais variados fatores que podem caracterizar a 
defasagem e desinteresse dos conhecimentos por parte dos alunos, quando se 
tratando da disciplina de matemática, faremos levantamentos de dois transtornos 
específicos ao desenvolvimento da aprendizagem: a acalculia e a discalculia. 
 
2.4.1.1. A Acalculia 
 
A acalculia é um transtorno que se desenvolve por uma lesão que afeta a área 
do cérebro responsável pelo desenvolvimento da matemática. A escola, a equipe 
pedagógica e professores devem ficar atentos diante de tais características 
apresentadas pelos alunos. 
Segundo Benton (1987, apud, GARCIA, 1998. p.212, 213), existem duas 
formas de acalculia: 
 
1. As primarias, ou acalculia primaria, ou verdadeira acalculia, ou 
“anaritmetia”; 
2. E a acalculia secundária, em que se diferenciam dois tipos: 
- o primeiro, ou acalculia afásica, ou acalculia com alexia e / ou agrafia para 
os números; 
- o segundo, ou acalculia secundária, ou alterações viso-espaciais. 
 
A primária é quando há apenas o transtorno no domínio da matemática; e a 
secundária é dividida em duas etapas: sendo a primeira delas quando há alterações 
nas funções lógicas e escrita e a segunda envolve as mudanças espaciais. 
De acordo com Jonhson e Myklebust (2006, p.08): 
 
15 
 
Um transtorno em relação ao aprendizado em matemática é gerado a partir 
do momento em que o indivíduo sofre lesão cerebral, como um acidente 
vascular cerebral ou um traumatismo craniano e perde as habilidades 
matemáticas já adquiridas, a perda ocorre em níveis variados para a 
realização de cálculos matemáticos. 
 
Os fatores correlacionados com acalculia têm um diferencial com os outros 
transtornos, pois ocorre através de uma lesão cerebral, adquirida por um acidente, 
onde afeta o desenvolvimento na realização de cálculos matemáticos. 
O tratamento levará um longo período e deve contar com vários tipos de ajuda 
específicas tanto na área psicológica como na área pedagógica. Tendo atividades 
para contornar as dificuldades e reaprender os métodos que possam desenvolver 
suas limitações. 
 
2.4.1.2. A Discalculia 
 
A Discalculia é um transtorno que afeta a dificuldade de aprendizagem de 
matemática, nas habilidades em entender os conceitos numéricos e não tendo 
confiança na resolução dos exercícios. 
A pessoa que apresenta ser discalcúlico desenvolve um baixo desempenho 
na disciplina de matemática. A discalculia pode ser percebida no ambiente escolar, 
perante realizações de resoluções de atividades na área aritmética. 
Temos três tipos de Discalculia, a quantitativa que se refere a um déficit nas 
habilidades de calcular e contar; a qualitativa que são as dificuldades em compreender 
as instruções ou de aprender os procedimentos básicos de uma operação; e a 
intermediária que implica na incapacidade de lidar com números e símbolos 
matemáticos. 
A Discalculia é classificada em seis subtipos, podendo também ocorrer em 
combinações diferentes, bem como com outros transtornos: 
 
1- Discalculia verbal – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, 
os números, os termos, os símbolos e as relações; 
2- Discalculia practognóstica – dificuldadepara enumerar, comparar e 
manipular objetos reais ou em imagens matematicamente; 
3- Discalculia léxica – dificuldades na leitura de símbolos matemáticos; 
4- Discalculia gráfica – dificuldades na escrita de símbolos matemáticos; 
5- Discalculia ideognóstica – dificuldades em fazer operações mentais e na 
compreensão de conceitos matemáticos; 
6- Discalculia operacional – dificuldades na execução de operações e 
cálculos numéricos (GARCIA, 1998, p. 213). 
16 
 
 
Qualquer pessoa pode ter a Discalculia, podendo ser criança, adolescente ou 
até mesmo o adulto, isso porque a dificuldade de aprendizagem da matemática não 
está relacionada com o nível de inteligência, estrato social ou genérico e estímulos 
primários. No fundo o fator encontrado é a dificuldade a nível matemático como 
medidas, tempo, problemas matemáticos, cálculos e símbolos matemáticos. 
Estudos comprovam que o diagnóstico é verificável na faixa etária entre os 7 
e 8 anos de idade, onde a criança começa a compreender símbolos específicos da 
matemática, a resolver problemas e a trabalhar com a Aritmética. Quanto ao 
diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, como: Neurologista, 
Psicopedagogo, Fonoaudiólogo e Psicólogo. 
O que agrava ainda mais o desenvolvimento da aprendizagem matemática 
em alunos que sofrem algum tipo de transtorno é a ausência de profissionais 
específicos e especializados nas escolas públicas municipais. 
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), 
 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de: [...] 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde; (LDBEN, Lei 9394/96. Art. 4º.) 
 
Entretanto, como não acontece o que está previsto, e como é cultura 
sobrecarregar o professor, até mesmo com funções extras que não lhe competem, a 
escola não deve ficar refém da ausência destes profissionais especialistas na escola, 
porque a atuação do professor e a participação da família no acompanhamento e 
reconhecimento dos sinais destas dificuldades são essenciais para a vida escolar dos 
discalcúlicos. 
 
3. ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA 
 
 
O ensino da matemática precisa estar interligado com as demais áreas do 
conhecimento e com situações práticas do cotidiano, afinal ensinar matemática sem 
explicitar a origem e as finalidades dos conceitos não contribui para a formação 
integral do aluno. O professor necessita proporcionar um ambiente motivador de tal 
17 
 
modo que todos os alunos se sintam seguros e capazes de solucionar os desafios 
propostos. 
Para melhor viabilizar o ensino da matemática é trabalhar de forma lúdica, 
dinâmica, sistêmica e produtiva, de modo que o ensino se torne prazeroso e não 
maçante. Nessa perspectiva, tem-se fomentado algumas considerações a respeito de 
diversas possibilidades metodológicas, cabendo ao professor empregar a que julgar 
mais conveniente em seu projeto de trabalho. 
 
3.1. Etnomatemática 
 
A Etnomatemática consiste em fazer com que a matemática seja mais 
próxima do contexto sócio-histórico e cultural do aluno. Ela procura aproximar os 
conteúdos trabalhados na escola com os conceitos matemáticos informais construídos 
a partir da realidade dos educandos. A prática vivenciada pelos estudantes faz com 
que ele identifique a ação, determine a teoria e organize os resultados e pensamentos 
sobre como solucionar as situações problema propostas. 
A Etnomatemática vem sendo muito difundida. Ubiratan D’Ambrósio afirma: 
 
A matemática é uma estratégia desenvolvida pela espécie humana ao longo 
de sua história para explicar, para entender, para manejar e conviver com a 
realidade sensível e perceptível, e com o seu mundo imaginário, naturalmente 
dentro de um contexto natural e cultural. (D'AMBRÓSIO 1996, p. 7) 
 
Ainda de acordo com D’ Ambrósio (2002), a Etnomatemática procura entender 
e explicar as diversas maneiras em que o conhecimento matemático é contextualizado 
no meio social, nas diferentes culturas ao longo da história da humanidade. Dessa 
forma, a Etnomatemática tem a finalidade de ensinar matemática partindo de 
problemas provenientes do meio cultural onde os educandos estão inseridos, e ainda 
a relação entre aluno e professor deveria estar fundamentada nas trocas de 
conhecimento entre eles. 
Assim, o ensino da matemática deve estar pautado em uma visão mais ampla, 
valorizando os aspectos sociais e culturais, contribuindo para mudanças no ensino e 
aprendizagem, percebendo que essa ciência está presente nas atividades próprias do 
ser humano como algo natural, podendo conhecer melhor a cultura e abordar o 
conhecimento matemático de forma mais concreto e humanizado. 
18 
 
 
3.2. Modelagem Matemática 
 
A Modelagem Matemática é entendida como a aplicação da matemática em 
outras áreas do conhecimento. Através da modelagem, problemas reais são 
transformados em uma linguagem matemática. 
Segundo Bassanezi (2002, p. 56), “a modelagem consiste essencialmente na 
arte de transformar problemas da realidade e resolvê-los, interpretando suas soluções 
na linguagem do mundo real”. A modelagem se torna interessante para que as 
pessoas possam atuar e agir no espaço em que vivem, respeitando e valorizando a 
cultura local. 
Ainda de acordo com Bassanezi, 
 
a utilização da Modelagem como uma estratégia de aprendizagem, além de 
tornar um curso de matemática atraente e agradável, pode levar o aluno a: 
desenvolver um espírito de investigação, utilizar a matemática como 
ferramenta para resolver problemas em diferentes situações e áreas, 
entender e interpretar aplicações de conceitos matemáticos e suas diversas 
facetas, relacionar sua realidade sociocultural com o conhecimento escolar e, 
por tudo preparar os estudantes para a vida real, como cidadãos atuantes na 
sociedade. (BASSANEZI (2002, p.38). 
 
O trabalho com a Modelagem Matemática provém de temas propostos pelo 
grupo, logo, o ensino de Matemática torna-se dinâmico e significativo, uma vez que 
parte do conhecimento que o aluno possui sobre o assunto. Dessa forma, atribui maior 
significado ao contexto, permitindo o estabelecimento de relações matemáticas, a 
compreensão e o significado dessas relações. Nessa perspectiva, o professor se 
constitui como mediador entre o conhecimento matemático elaborado e o 
conhecimento do aluno. 
 
3.3. Resolução de Problemas 
 
A resolução de situações-problema é um método que auxilia na construção 
de conceitos, procedimentos e atitudes relacionadas com a matemática. Ela sempre 
oferece algum tipo de dificuldade que entusiasma a busca de soluções, o que resulta 
na produção de conhecimento. 
De acordo com Dante, 
 
19 
 
Situações-problema são problemas de aplicação que retratam situações reais 
do dia-a-dia e que exigem o uso da Matemática para serem resolvidos... 
Através de conceitos, técnicas e procedimentos matemáticos procura-se 
matematizar uma situação real, organizando os dados em tabelas, traçando 
gráficos, fazendo operações, etc. Em geral, são problemas que exigem 
pesquisa e levantamento de dados. Podem ser apresentados em forma de 
projetos a serem desenvolvidos usando conhecimentos e princípios de outras 
áreas que não a Matemática, desde que a resposta se relacione a algo que 
desperte interesse. (DANTE, 2003, p. 20) 
 
Quando se ensina através da resolução de problemas, os educandos 
aprendem a determinar respostas às questões diversas, sejam elas questões 
escolares ou da vida cotidiana. Ao resolvermos uma situação-problema, antes de 
utilizarmos osconceitos matemáticos, devemos interpretar e entender, portanto, pode-
se dizer que a dificuldade em resolver situações-problemas não é uma dificuldade da 
disciplina de matemática, e sim uma dificuldade interdisciplinar. 
São vários os fatores que levam um aluno a ter dificuldade em interpretar 
textos ou problemas, o principal deles é a falta do hábito da leitura, portanto, deve-se 
incentivar a leitura e utilizar-se dela abundantemente para atingir resultados 
satisfatórios na resolução de situações-problemas. 
 
“Uma grande descoberta resolve um grande problema, mas há sempre uma 
pitada de descoberta na resolução de qualquer problema. O problema pode 
ser modesto, mas se ele desafiar a curiosidade e puser em jogo as faculdades 
inventivas, quem o resolver por seus próprios meios, experimentará a tensão 
e gozará o triunfo da descoberta. Experiências tais, numa idade suscetível, 
poderão gerar o gosto pelo trabalho mental e deixar, por toda a vida, a sua 
marca na mente e no caráter”. (POLYA, 1986) 
 
 
3.4. Jogos Matemáticos 
 
O jogo desempenha um papel importante no ensino da Matemática. Através 
do jogo, temos a possibilidade de adicionar o lúdico na escola, não só como recreação 
e passatempo, mas como um recurso didático capaz de permitir o desenvolvimento 
da criatividade. Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico e estimular o 
pensamento independente, desta forma, o jogo pode ser uma opção para acrescer a 
motivação para a aprendizagem, ampliar a autoconfiança, a organização, a 
concentração, a atenção e o raciocínio lógico-dedutivo. 
Segundo Smole, 
 
20 
 
Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma 
certa alegria para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o 
caderno e o lápis. Essa dimensão não pode ser perdida apenas porque os 
jogos envolvem conceitos de matemática. Ao contrário, ela é determinante 
para que os alunos se sintam chamados a participar das atividades com 
interesse. (SMOLE, 2007, p. 10) 
 
O uso do jogo em sala de aula deve agregar as dimensões lúdicas e 
educativas, pois mesmo utilizando jogos capazes de explanar os conceitos 
matemáticos, sem a mediação não ocorre aprendizagem efetiva. Então, cabe ao 
professor criar estratégias para que o jogar se torne um momento de aprendizagem e 
não de reprodução mecânica. 
Nessa perspectiva, Grando afirma que: 
 
A inserção do jogo no contexto de ensino de Matemática representa uma 
atividade lúdica, que envolve o desejo e o interesse do jogador pela própria 
ação do jogo, e mais, envolve a competição e o desafio que motivam o 
jogador a conhecer seus limites e suas possibilidades de superação de tais 
limites, na busca da vitória, adquirindo confiança e coragem para se arriscar. 
(GRANDO, 2000 p. 32) 
 
Os jogos são recursos com os quais os educandos podem produzir e 
compreender conceitos matemáticos, além de criar estratégias para atingir seu 
objetivo. Assim, com a mediação é possível a elaboração e o apropriação de conceitos 
explorados no decorrer do jogo. 
 
3.5. História da Matemática 
 
A história da matemática auxilia os alunos a entender essa área do 
conhecimento em seu processo de evolução. Contribui igualmente, para desmistificar 
a ideia de que a matemática é uma ciência pronta e acabada. 
Apresentar a matemática construída por diferentes povos, em diferentes 
épocas, ajuda os alunos a entenderem os conceitos, procedimentos e sistemas 
matemáticos. 
É importante perceber a história da Matemática no contexto da prática escolar 
como componente necessário, para que os educandos compreendam a origem da 
Matemática e sua importância na vida da humanidade. 
A história da Matemática pode ser um elemento orientador no planejamento 
de atividades, na elaboração das situações-problema, na melhor compreensão dos 
21 
 
conceitos matemáticos. Dessa forma possibilita ao aluno analisar e discutir 
determinados fatos, raciocínios e procedimentos. 
 
3.6. Investigação Matemática 
 
A utilização de Investigação Matemática como alternativa de ensino em sala 
de aula auxilia na aprendizagem dos conceitos matemáticos, sendo assim favorece o 
desenvolvimento de habilidades cognitivas no aluno, afinal, ele precisa fazer 
conjecturas para conseguir chegar ao desenlace de uma determinada situação. 
 
O conceito de investigação matemática, como atividade de ensino-
aprendizagem, ajuda a trazer para a sala de aula o espírito da atividade 
matemática [...]. O aluno é chamado a agir como um matemático, não só na 
formulação de questões e conjecturas e na realização de provas e refutações, 
mas também na apresentação de resultados e na discussão de 
argumentação com os seus colegas e o professor. (PONTE; BROCARDO e 
OLIVEIRA, 2006, p.23). 
 
Na tarefa de investigação, para se obter sucesso na aprendizagem deve-se 
investigar todos os caminhos que surgem de uma situação dada. 
 
[...] uma investigação é uma viagem até o desconhecido [...], o objectivo é 
explorar todos os caminhos que surgem como interessantes a partir de uma 
dada situação. É um processo divergente. [...] sabe-se qual é o ponto de 
partida mas não se sabe qual será ponto de chegada (FONSECA, 
BRUNHEIRA e PONTE,2008, p.4). 
 
Ao indicar uma atividade através de Investigação Matemática, espera-se que 
os alunos possam de uma maneira consistente, utilizar os vários processos que 
caracterizam esta atividade, ou seja, precisam descobrir relações existentes entre 
conteúdos matemáticos e suas propriedades. 
 
3.7. Tecnologias da Informação 
 
Os computadores e a internet oferecem oportunidades que facilitam o 
desenvolvimento e o entendimento de conceitos e procedimentos matemáticos. Entre 
outras possibilidades, o uso de figuras elaboradas em aplicativos (softwares) de 
geometria dinâmica pode auxiliar o aluno a entender as figuras geométricas como 
classes, diferenciando-as do simples desenho de uma figura. 
22 
 
Segundo Ortega (2004), a escola precisa formar pessoas integralmente, de 
maneira, que as tecnologias da informação, facilitem a preparação do aluno dentro da 
sociedade. 
As tecnologias da informação e comunicação na sala de aula deve ser uma 
nova forma de trabalho, vista pelos educadores, como uma ferramenta, um recurso 
didático, que auxilia na aquisição do conhecimento, onde o aluno é capaz de interagir 
com o meio. 
Nesse contexto Moran afirma que: 
 
As atividades didáticas que contemplam a tecnologia da informação permitem 
além da tarefa proposta, em ritmos próprios e estilo de aprendizagem. Os 
alunos são dotados de inteligência múltipla e podem ser despertados para 
colocar suas habilidades e competências a serviço da produção do 
conhecimento individual e coletivo. (MORAN, 2006). 
 
Para Borba (2007), os computadores não substituem e sim complementam os 
seres humanos, devem servir para reorganizar o pensamento, onde o papel do 
educador matemático deve ser o de ver como a Matemática se constitui quando novos 
atores se fazem presentes em sua investigação. 
 
Não acreditamos que a informática irá terminar com a escrita ou com a 
oralidade, nem que a simulação acabará com a demonstração em 
Matemática. É bem provável que haverá transformação ou reorganização 
(BORBA, 2007, p.49). 
 
Assim, ao incrementar as aulas usando os recursos tecnológicos, o professor 
permite que a aprendizagem ocorra em diferentes lugares e por diferentes meios. 
Portanto, cada vez mais as capacidades para criar, inovar, imaginar, questionar, 
encontrar soluções e tomar decisões com autonomia assumem importância. 
Com auxílio de um smartphone, cujo aparelho quase todo aluno do ensino 
fundamental maior o tem, o mesmo poderá fazer uso, nas aulas, de aplicativos 
desenvolvidosespecificamente para a aprendizagem matemática. Muitos dos 
conhecidos e já tradicionais programas para computadores de mesa ou notebooks já 
contêm versões disponíveis para plataformas Android e/ou IOS. 
 
Tal como o aluno, o professor acaba por ter de estar sempre a aprender. 
Desse modo, aproxima-se dos seus alunos. Deixa de ser a autoridade 
incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos 
sabe (o que está longe de constituir uma modificação menor do seu papel 
profissional) (PONTE, 2000, p. 76). 
23 
 
 
Convém ressaltar que a escola, objeto da pesquisa, trata a presença do 
celular em sala de aula como um vilão do processo de ensino-aprendizagem. No 
entanto, essa nova tecnologia, que veio para dominar e revolucionar o modo com que 
o ser humano lida com as TICs (Tecnologias da Informação), precisa ser inserida nas 
aulas de matemática com mais frequência, o que deve ser observado e incorporado 
às práticas didáticas. 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os dados obtidos na investigação confirmam as afirmações destacadas na 
fundamentação teórica sobre as dificuldades na aprendizagem de matemática e o 
ocasionamento da realidade encontrada na falta de compromisso da família para com 
a escola num sentido amplo, e a baixa autoestima dos educandos e dos educadores. 
Assim como a família exerce papel fundamental no incentivo e 
desenvolvimento do gosto pela aprendizagem matemática em seus filhos, o 
entendimento é que o professor tem uma grande missão diante das dificuldades 
encontradas, ele precisa desenvolver um trabalho pautado nas características 
próprias do aluno, com adequação para melhor sanar as distorções e problemas. 
Observada com clareza a dura realidade da educação que apresenta como 
resultado problemas na aprendizagem matemática nos anos finais do ensino 
fundamental, bem como a árdua situação econômica e moral do professor, que 
mesmo com baixa remuneração salarial, precisa diariamente retirar de seu próprio 
bolso custeios de transporte próprio para deslocamento, fotocópias, impressões, 
materiais didáticos, papéis e até mesmo pincéis, o fato é que a maioria dos pais 
deixam a vida escolar dos filhos sob a responsabilidade apenas da escola. Neste 
contexto foi possível esclarecer o real papel norteador da mesma, visto no ato de 
construir uma parceria que ocorra uma intervenção pedagógica que deva levar em 
conta a carência da família, e refletir meios que fortaleçam no aluno a sua autoestima, 
bem como o seu melhor desempenho em sala de aula. 
Para aprender e ensinar a arte da matemática, desafio enorme encontrado 
em sala de aula, visto tantos problemas que permeiam o meio escolar, em vista, é 
24 
 
necessário buscar recursos inovadores que possibilitem uma aprendizagem 
significativa para os alunos. 
O educador em suas práticas deverá ensinar a pensar, nesse sentido deve 
ser entendido o significado das atividades escolares por seus alunos, propiciar de 
forma clara o entendimento dos mesmos sobre onde ele está e aonde deve chegar, 
deve tornar exequível nos alunos, seres autônomos e participativos, atribuindo-lhes a 
valores que oportuna a participação em sua vida escolar. 
Compreende-se que, em todo processo de ensinar e aprender, deve-se levar 
primeiro em conta as formas de melhor fazer acontecer esses meios, o fato como 
professor ensina e de como o aluno recebe essa informação precisam ser observados 
no dia a dia, para partir em busca de soluções que enfrentam tais ocorrências que 
atrapalham na aprendizagem. 
Não é o aluno que detém dificuldades na aprendizagem, mas, que a 
dificuldade é parte integrante de todo sistema educacional, todo esse sistema, é o 
conjunto da estrutura que fazem a educação. Portanto, o professor mediador do 
aprendizado deverá estar atento em envolver os pais, os alunos, os gestores, no caso 
havendo algum distúrbio ou patologia que interfira na aprendizagem do aluno, cabe 
ao responsável pela escola encaminhar a um setor competente. 
Lecionar requer uma postura do professor, seja ela marcada pelo respeito 
com seus alunos, seja mostrada através dos saberes e experiências, e que ele possa 
fazer uma discussão e reflexão a respeito da situação real. O professor é o ser 
mediador na concepção de aprendizagem, criador de sua própria prática de ensino, 
instigador e interrogador das capacidades e da vontade de aprender. 
O professor precisa ter noção de qual dificuldade tem o seu público e eliminar 
rotulações e diferenciando suas condutas como origens de vários fatores como 
emocional, o afetivo e o cognitivo. 
O educador deve buscar nas TICs o uso de Apps que possibilitem a resolução 
de um problema em um tempo menor do que o usual, como na plataforma Brainly, 
que permite a visualização da solução de questões-problemas em tempo real fazendo 
uso de celulares smartphones. 
Trabalhar com resolução de problemas permite a aplicação de investigações 
matemáticas, utilizando-se de situações-problema que partam da vivência do aluno, 
buscando uma aproximação com a etnomatemática. 
25 
 
Portanto, é de suma importância que o educador não se utilize apenas de 
métodos tradicionais, como o uso do livro didático. O ensino da matemática deve ser 
prazeroso e instigador, neste sentido, trabalhar a história da matemática em sala de 
aula vai despertar a curiosidade nos educandos através de demonstrações da 
evolução do conhecimento matemático ao longo dos tempos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABREU, Ana Rosa. Acolhimento: uma condição para a aprendizagem. Pátio, Porto 
Alegre, n. 15, p. 17-21, nov. 2000, jan 2001. Artmed, 2005. 
 
ANTUNES, C. Professores e professauros: reflexões sobre a aula e práticas 
pedagógicas diversas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
 
BASSANEZI, R.C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova 
estratégia. São Paulo: Contexto, 2002. 
 
BORBA, Marcelo. C; PENTEADO, Miriam. G. Informática e Educação Matemática. 
3º ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. 
 
BRASIL. Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996. 
 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 
Nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília: MEC/SEF, 
1998. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
 
BRUSCHINI, C. Uma abordagem sociológica de família. Revista Brasileira de 
Estudos de População, v 6, n. 1, p. 1 – 23, jan./jun, 1989. 
 
CARVALHO, M. E. P. Relações entre família e escola e suas implicações de 
gênero. Cadernos de Pesquisa, nº 110, julho de 2000. 
 
CASTRO, J. M., REGATTIERI, M. (ORG.). Interação escola-família: subsídios para 
práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009. 
 
CECCON, Claudius Et Tal. A vida na escola e a escola na vida. 1984, pág.11. 
 
COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús. Desenvolvimento 
psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades 
educativas especiais. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Disponível 
26 
 
em:<http://monografias.brasilescola.uol.com.br/psicologia/dificuldade-aprendizagem-
matematica-discalculia.htm.> Acessado em: 28/07/2018. 
 
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática. Elo entre as tradições e a modernidade. 2ª 
Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 110 p. (Coleção Tendências em Educação 
Matemática). 
 
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de problemas de matemática. 1ª a 
5ª séries. Para estudantes do curso Magistério e professores do 1º grau. 12ª ed. São 
Paulo: Ática, 2003. 
 
DESSEN, M. A., POLONIA, A. C. A família e a escola como contextos de 
desenvolvimento humano. Paidéia, 2007. 
 
DIAS, A. T. T. Pesquisando a relaçãofamília-escola: o que revelam as teses e 
dissertações dos programas de pós-graduação Brasileiros. Tese de Doutorado, 
Universidade Estadual Paulista, 2009. 
 
FONSECA, H.; BRUNHEIRA, L.; PONTE, J. P.. As actividades de investigação, o 
professor e a aula de matemática. Educação Matemática – Um outro olhar sobre a 
tabuada. Disponível em: <http://educ.matematica.googlepages.com/ 
asactividadesdeinvestigao.pdf>. Acessado em: 28/07/2018. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 1996. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd160/a-
importancia-da-relacao-professor-aluno.htm> Acessado em: 28/07/2018. 
 
FURTADO, Ana Maria Ribeiro; BORGES, Marizinha FURTADO, Valéria Queiroz: Uma 
intervenção psicopedagógica via jogos de regras. 3ª edição. Petrópolis, RJ, Ed. 
Vozes, 2012. 
 
FURTANA, Anderson Ventura. Ensino-aprendizagem: as dificuldades e 
problemas encontrados no ensino de matemática nas séries iniciais. Publicado 
em 18/08/2009. Disponível em: < https://profmex.webnode.com.br/news/ensino-
aprendizagem-as-dificuldades-e-problemas-encontrados-no-ensino-de-matematica-
nas-series-iniciais/>. Último acesso em: 23 de junho de 2018. 
 
GARCIA, Jesus Nicasio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, 
leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1998. 
 
GRANDO, R. C.A, O Conhecimento Matemático e o Uso dos Jogos na Sala de 
Aula. Campinas SP, 2000. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, UNICAMP. 
 
JOHNSON, D.J.; MYKLEBUST, H.R. Enciclopédia livre: Discalculia disponível 
em.‹HTTP://pt.wikipédia.org/wiki/Discalculia›. Acesso em: 28/07/2018. 
 
JOHNSON, D.J.; MYKLEBUST, H.R. Distúrbios de aprendizagem: princípios e 
práticas educacionais. São Paulo: Pioneira, 1983. 
 
27 
 
MARQUES, Teresa Paula. Clinica da infância: conselhos práticos de psicologia 
infantil. São Paulo: Oficina do livro, 2000. 
 
MORAN, J. M.. NOVAS TECNOLOGIAS E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA. Ed. Papirus, 
12 ed. 2006. 
 
ORTEGA, J. M. Nuevas tecnologías y aprendizaje matemático en niños con 
síndrome de Down. Tesis Doctoral publicada em el Boletin Oficial de la Universidad 
de Jaén: 2004. PCN: matemática / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : 
MEC/SEF, 1997. 
 
PCN - Parâmetros curriculares nacionais: Matemática/ Secretaria de Educação 
Piracicaba – São Paulo. Editora UNIMEP. 1999. 
 
POLYA, G. A. Arte de Resolver Problemas: Um Novo Aspecto de Método 
Matemático. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 1986. 
 
PONTE, J. P. Tecnologias de informação e comunicação na formação de 
professores: que desafios? Revista Ibero-americana de Educação, n. 24, p.63-90, 
2000. 
 
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H.. Investigações matemáticas na sala 
de aula. 1. ed., 2. reimpr. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. 
 
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H.. Investigações matemáticas na sala 
de aula. 1. ed., 2. reimpr. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. 
 
PONTE, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria á pratica. Campinas, São Paulo: 
Papirus,1996. 
 
PRADO, I. G. Ensino de Matemática: O Ponto de Vista de Educadores e de seus 
Alunos sobre Aspectos da pratica pedagógica. Rio Claro 2000. 255f. Tese de 
Doutorado – Educação Matemática, Universidade Estadual Paulista, Instituto de 
Geociência e Ciências exatas (UNESP). 
 
RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 
Campinas: Autores Associados, 2007. 
 
RIBEIRO, P. T. Processos de Socialização da criança: algumas considerações 
teóricas. Disponível em: 
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/9mostra/4/551.pdf. 2018. 
 
SILVA, E. A. As representações sociais dos alunos, professores e gestores 
escolares sobre a repetência e sua relação com o fracasso escolar. Dissertação 
de mestrado, Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, 2006. 
 
SILVA, V. A. Relação com o saber na aprendizagem matemática: Uma contribuição 
para a reflexão didática sobre as práticas educativas. Revista Brasileira de Educação, 
2008. 
 
28 
 
VIGOTSKI, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: 
Martins Fontes, 2010b. 
 
VITTI, C. M. Matemática com prazer, a partir da história e da geometria. 2ª Ed.