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! Decisões Interligadas “Linked Decisions” Análise de Decisões 1 • Em decisões interligadas, existe necessariamente conexão entre a decisão tomada no momento e uma ou mais a serem tomadas posteriormente. • A alternativa escolhida hoje gera as que estarão disponíveis amanhã, além de sua desejabilidade relativa Decisões Interligadas Conceitos • Decisão básica: decisão fundamental. Aquela que deve ser tomada hoje • Decisões interligadas: • Decisões informativas: buscadas antes da tomada de decisão básica. Interligadas porque a informação obtida ajuda a optar por uma escolha mais inteligente da decisão fundamental. • Decisões futuras: tomadas depois que as consequências de uma decisão básica se tornam conhecidas. Interligadas porque as alternativas que estarão disponíveis no futuro dependem da escolha feita no presente. • Informativas > Básica > Futuras • Uma decisão básica deve ser tomada agora • A desejabilidade de cada alternativa da decisão básica é influenciada pela incerteza • A desejabilidade de cada alternativa também é influenciada pelas decisões futuras • Pode-se tomar decisões informativas antes da decisão básica, desde que haja viabilidade de custos em tempo e dinheiro • As decisões são seqüenciais. • Planejamento Elementos das Decisões Interligadas • Imagine que você seja o diretor de marketing de uma empresa de sucos, e está empenhado no lançamento de uma nova e promissora bebida feita com frutas frescas com adição de vitaminas. • O sucesso da bebida dependerá do seu conceito de marketing - a combinação de nome, preço, embalagem, anúncios, etc. - que irá estabelecer o produto no mercado (posicionamento) • Conceito original: bebida isotônica (para matar a sede), visando os consumidores jovens Exemplo: A Empresa de Sucos • Pesquisa de mercado identifica dois conceitos: bebida isotônica e bebida energética (para adultos com atividade intensa na faixa de 25 a 55 anos) • Tanto você pode decidir imediatamente sobre qual conceito adotar (que é a sua decisão básica), quanto pode fazer outra pesquisa de mercado (o que implica tomar uma decisão informativa). • Caso você decida converter posteriormente a bebida isotônica em uma bebida energética, existirão ainda decisões futuras a serem tomadas. Exemplo: A Empresa de Sucos • Leia o enunciado detalhado do exemplo do suco (pág. 162 e 163 de DI) e estude os próximos 2 slides. • Tomar decisões interligadas implica em compreender as relações entre elas. Note que representando essas decisões em uma seqüência decisão-aprendizado, como no próximo slide, fica mais claro ver como uma influencia a outra. • A essência de tomar decisões interligadas é o planejamento antecipado das decisões futuras. Uma tentativa de prever o que pode acontecer Tome Decisões Interligadas Planejando-as Antecipadamente Relações Entre Decisões Interligadas DECISÕES'INFORMATIVAS' DECISÕES'FUTURAS' Escolha(entre( tomar(a( decisão(básica( agora(ou(( obter( informações( que(reduzam(a( incerteza.( Escolha(qual( informação( adquirir( ( Conheça(novas( informações.( Reveja(os( julgamentos( sobre( incertezas( futuras( ( Decida(agora( ou(faça(uma( pesquisa( prévia(de( mercado( Resultados(da( pesquisa(de(mercado( ( Reveja(os(julgamentos( sobre(vendas(iniciais( DECIDA( APRENDA( Exemplo'do'suco' obtenha' informação' Decida(agora( DECISÃO'BÁSICA' E s c o l h a ( a( a l t e r n a F v a( com( melhor( perfil( de( risco( (baseado( nas( informações( disponíveis)(( DECIDA( Conheça(os( resultados( das( incertezas.( Reveja(o( julgamento( sobre( incertezas( futuras(( APRENDA( Escolha(a( bebida( isotônica(ou( a(energéFca( Conheça(o( volume(de( vendas(inicial( com(o(conceito( escolhido.(Reveja( os(julgamentos( sobre(vendas( futuras(( Tome(decisões( futuras( (levando(em( consideração(o( que( conheceu).( Conheça(os( resultados( das( incertezas( futuras(( DECIDA( APRENDA( Modifique(o( programa(de( markeFng(e/ ou(aumente( a(produção(( e/ou(pare(de( produzir( Conheça( as(vendas( futuras( Árvore de Decisão: Empresa de Sucos 1.Compreenda o problema de decisão básico 2.Identifique maneiras de reduzir as incertezas críticas (Quais informações?; Como? Custos e Benefícios) 3.Identifique as decisões futuras interligadas às decisões básicas 4.Compreenda os relacionamentos entre as decisões interligadas • Observe o timing correto das decisões e incertezas (seqüência, momento) • Trace (desenhe) a essência do problema de decisão com árvores de decisão • Descreva as conseqüências nos nós terminais da árvore de decisão 6 Passos para Analisar Decisões Interligadas 5.Determine o que fazer sobre a decisão básica • Para “resolver” o seu problema básico de decisão é necessário que você pense à frente e então trabalhe voltando para trás no tempo (o método do “rollback”). A árvore de decisão irá ajudá-lo; • Comece no fim da árvore (o lado direito) e trabalhe voltando para trás. Em cada nó de decisão, pense bastante e decida qual escolha você poderia tomar quando e se você em algum momento chegasse àquele ponto. Corte (pode) os ramos representando alternativas inferiores. • Continue trabalhando para trás até que você alcance as alternativas que pertencem à decisão básica. Procedendo assim você terá um plano para cada alternativa, logo você será capaz de avaliá-la mais claramente. 6.Trate as decisões posteriores como novos problemas de decisão. 6 Passos para Analisar Decisões Interligadas • Leia a Proposta às páginas 171 a 184 de decisões interligadas. • Trata-se da decisão de Dan e de sua família quanto à mudança de emprego. • Dan tem como opções de sua decisão básica, de imediato, permanecer em sua atual empresa, a Omega, ou mudar para uma outra empresa em outra cidade, a DotCom. Mas essa decisão presente está vinculada também à incerteza sobre se a Omega conseguirá renovar um contrato com o Ministério da Defesa, o que implicará em decisões futuras. • Para diminuir seus riscos Dan tem a oportunidade de trabalhar na DotCom com um contrato de experiência de seis meses. Esta é uma alternativa para proporcionar informação sobre se gostaria do novo emprego e da nova cidade com uma decisão informativa. Veja os próximos slides. Aplicação do Método Deveria Dan Mudar de Emprego? FEV INÍCIO AGO MEADOS AGO FINAL AGO INÍCIO SET SEIS MESES Informações sobre a DotCom/ Qualidade de vida Contrato com o Ministério da Defesa Escolha de Emprego Emprego Disponível Licença de 6 meses e contrato de experiência sem garantia de contratação tempo Final do verão Decisões Futuras Pesquisa Informativa e Decisão Básica O Eixo de Tempo Outras questões • Decisões automatizadas Decisões Automatizadas • Sistemas de informação • Sistemas de Apoio a Decisão (SAD): três subssistemas (Banco de dados; Banco de modelos; Comunicação e Interfaces) • Sistemas de Informação Gerencial (SIG): • Informação, armazenamento, processamento e fluxo de informações estruturado. • Integração com áreas de produção, marketing, pessoal, etc. • Geração de relatórios e consultas geralmente com um grande banco de dados • Business Intelligence (BI) • ERP - Enterprise Resource Planning • CRM - Customer Relationship Manager Análise de Decisões 1 Decisões Conjuntas versus Decisões Separadas Jogos • Os jogos podem ser cooperativos ou não-cooperativos • Cooperativos: • Participantes podem negociar acordos entre si, permitindo que planejem estratégias em conjunto• Ex.: Negociação entre comprador e vendedor em torno do preço de um produto • Ex.: Duas empresas negociando um investimento em conjunto para desenvolver uma nova tecnologia, na qual nenhuma das duas teria know how suficiente para obter sucesso sozinha • Decisões conjuntas: análise de negociações Categorias de Jogos • Não-Cooperativos: • Não é possível a negociação de acordos entre os participantes • Ex.: Duas empresas concorrentes definindo estratégias de preço ou propaganda. Levam em consideração os prováveis comportamentos uma da outra e, de maneira independente, determinam suas estratégias visando aumentar suas fatias de mercado • Decisões separadas: Teoria dos Jogos Tomando Decisões Conjuntas Análise de Decisões 1 Negociações • Estão presentes em diversas situações pessoais, cotidianas, organizacionais, institucionais, diplomáticas, etc. • Exemplos: • Diplomáticos: comércio exterior, guerra e paz • Pessoais: conseguir um emprego, obter promoção, relacionamento afetivo (noivar, casar, separar, etc), alugar imóvel, comprar ou vender propriedades • Organizacionais: sindicato, harmonização interdepartamental, compras (rotineiras ou de alto envolvimento), contratações (funcionário, serviço de outra empresa) Porque Estudar Negociação? O que é negociação? • Um processo utilizado para alcançar o intercâmbio de valor capaz de satisfazer o interesse das partes envolvidas • Maneira elementar de se conseguir o que se quer dos outros Interesses Conflitos Solução Partes pessoais, comerciais, politicos, sociais, juridicos, etc Negociação • Existe negociação quando duas ou mais partes precisam chegar a uma decisão conjunta, mas têm preferências diferentes. • Enquanto as preferências não forem idênticas com respeito à decisão conjunta, a partes têm que negociar para alcançar um resultado que seja mutuamente aceitável. Tomando Decisões Racionais Conjuntas • Decision-analytic Approach (RAIFFA, 1982; 2001) • Ela foi assim denominada para diferenciar-se da análise de decisões (“decision analysis”) que trata das decisões individuais separadas, interativas porém não seletivas. • Focaliza o modo • “como pessoas falhas como você e eu realmente se comportam” • ao invés de “como deveríamos nos comportar se fôssemos mais espertos, se pensássemos com mais afinco, fôssemos mais consistentes, soubéssemos tudo” (RAIFFA, 1982, p. 21). • Em Raiffa (2002) é denominada apenas como análise de negociações Abordagem Analítico-Decisória para Negociações • A abordagem procura dar o melhor conselho disponível aos negociadores envolvidos em conflitos reais com pessoas reais (prescritiva). • O objetivo da análise de negociações é orientá-lo como negociador “focal”, dado o mais provável perfil do comportamento esperado da outra parte (descritiva em relação ao concorrente). Análise de Negociações • Os elementos essenciais da perspectiva das decisões conjuntas são os seguintes (RAIFFA, 1982; 2001): • Você e o outro indivíduo ou indivíduos podem tomar decisões conjuntas mutuamente acordadas. • Suas recompensas dependem quer das consequências das decisões conjuntas bem como das alternativas de cada parte a um acordo negociado. • Vocês podem comunicar-se recíproca e diretamente um com o outro – sobre o que vocês querem, sobre o que têm, sobre o que farão se não concordarem, ou sobre qualquer outra coisa. • Vocês podem ser criativos na decisão que tomam. Essência da Tomada de Decisão Conjunta • A estrutura analítica desta abordagem é baseada em três conjuntos de informações: • A melhor alternativa a um acordo negociado de cada parte (ou seja, se não for feito um acordo, qual a melhor alternativa de cada parte?); • O conjunto de interesses de cada parte; • A importância relativa dos interesses de cada parte. • A análise de negociações considera: • como um negociador racional deveria pensar sobre a estrutura das negociações e; • sobre o outro negociador. Estrutura Analítica da Análise de Negociações • Antes de iniciar deve-se considerar o que faremos se não chegarmos a um acordo: precisamos determinar nossa Melhor Alternativa a um Acordo Negociado (ou BATNA – “Best Alternative to a Negotiated Agreement”) (FICHER; URY, 1981). • A BATNA fornece o mínimo que cada parte exige em um acordo negociado, sendo um limite inferior. • Isto significa que deveríamos sempre preferir, a um impasse, qualquer negociação que nos dê um valor maior que a BATNA; • Da mesma forma, deveríamos recusar qualquer negociação que nos dê um valor menor que a BATNA. • Essa estimativa logicamente determina o ponto de reserva do negociador (também denominado de ponto de indiferença) – o ponto no qual o negociador é indiferente entre o acordo negociado e o impasse. Melhor Alternativa • Imagine que você acredita que o outro lado fez sua oferta final, e o que você tem a fazer é aceitá-la ou rejeitá-la. Como você decide? • Se a oferta é melhor que a sua BATNA, aceite-a; se for pior, rejeite- a. • Pessoas dizem “não” a ofertas finais melhores que sua BATNA, e “sim” a ofertas piores que sua BATNA? Isto, porque as emoções podem facilmente assumir o controle se você falhar em avaliar cuidadosamente a sua BATNA. • Você sempre deveria determinar a sua BATNA e fazer a sua melhor estimativa do valor da BATNA do seu oponente • Mesmo que isso possa parecer difícil, essa análise irá lhe prover uma base melhor para a negociação do que avaliações desinformadas, que apelem exclusivamente para a sua intuição. Como Usar a BATNA? • Para analisar uma negociação é necessário identificar tudo o que se puder sobre os interesses das partes. • Existe uma diferença entre posições declaradas e interesses reais. • Posições são as reivindicações declaradas, que as partes demandam uma da outra. • Interesses são as questões fundamentais, ou realmente importantes, por trás dessas posições, sobre as quais os negociadores deveriam tomar consciência. • Por vezes, focalizar nos mais profundos interesses pode identificar um conjunto mais útil de preocupações para as partes e formar a base de uma plataforma mais razoável de negociação. Os Interesses das Partes: Objetivos Fundamentais • Mesmo quando estamos conscientes dos nossos objetivos fundamentais, podemos não ter pensado bastante sobre a importância relativa de cada questão. • Para estarmos inteiramente preparados para negociar, devemos estar conscientes do quanto importante é cada questão para nós. • Os melhores acordos são os alcançados fazendo trocas (“trade- offs”) de questões relativamente sem importância por outras de maior importância. • Por exemplo, quando você está negociando uma nova proposta de trabalho, você pode considerar benefícios de saúde mais importantes do que três dias extras de seu tempo pessoal; ou você pode estar mais interessado(a) em postergar a data de começar o seu novo trabalho em troca de menos dias de férias em seu primeiro ano de trabalho. A Importância Relativa dos Interesses de Cada Parte • Uma profissional muito talentosa, tendo concluído o seu MBA em uma instituição educacional prestigiada, está sendo recrutada para um cargo altamente especializado. • A organização e a candidata concordaram em todas as questões exceto quanto ao salário. A oferta salarial foi de $90.000, e a candidata fez uma contra oferta de $100.000. • Embora as partes considerem que fizeram propostas justas, ambas gostariam de chegar a um acordo. • A candidata, a um impasse, embora não verbalize esta informação, aceitaria qualquer oferta acima de $93.000. • A organização, para não perdera candidata, embora não verbalize esta informação, aceitaria pagar até $97.000. Exemplo: Pleiteando Valor em uma Negociação © Bazerman, 2004 Zona de Barganha ou Zona de Possível Acordo (ZOPA) Importância de se conhecer (ou pelo menos estimar) os limites do lado oposto • A zona de barganha – zona de possível acordo - assume que cada parte tem algum ponto de reserva abaixo (ou acima) do qual o negociador poderia preferir o impasse ao acordo. • Os pontos de reserva são definidos na BATNA do negociador. Observe que os dois pontos de reserva se sobrepõem. A Busca da Decisão Conjunta • Portanto, existe um conjunto de soluções que, ao impasse, as partes poderiam preferir; neste caso, todos os pontos entre $93.000 e $97.000. • Esta área é conhecida como uma zona positiva de barganha ou de possível acordo. A Busca da Decisão Conjunta Área Positiva de Barganha • Quando existe uma zona positiva, um modelo racional de negociação deveria prescrever que os negociadores deveriam chegar a um acordo. • Quando os pontos de reserva não se sobrepõem, existe uma zona negativa de barganha, e não há uma solução nem acordo possível que possa ser aceito por ambas as partes. A Busca da Decisão Conjunta Área Positiva de Barganha • A análise anterior tratou com negociações em uma situação na qual uma simples questão (salário) estava em disputa. Negociações envolvem frequentemente situações mais complexas, e diversas questões em disputa, em que as partes têm múltiplos interesses (ou objetivos) fundamentais. • Consideremos o seguinte exemplo, relativo às conversações de Camp David em 1978: • O Egito e Israel tentavam negociar o controle da Península do Sinai, uma situação na qual parecia que os dois lados tinham objetivos opostos. O Egito queria a devolução da totalidade do Sinai, enquanto Israel - que ocupava o território desde a guerra de 1967 - recusava-se a devolvê-lo. Esforços de entendimento falharam e nenhum dos lados considerou aceitável a proposta de dividir o Sinai. Exemplo: Criando Valor em Negociações O exame inicial deste conflito sugere a existência de uma zona negativa de barganha e que uma solução negociada não seria possível. Quer dizer, se representássemos as posições das partes em uma única escala (% do território), os pontos de reserva não poderiam se sobrepor, e o impasse seria inevitável. © Bazerman, 2004 Como Superar o Impasse? • Em contraste com essa predição pessimista e falsa, foi o desenvolvimento de uma negociação criativa com o reconhecimento da existência de múltiplas questões que permitiu a solução que se desenvolveu em Camp David. • À medida que as negociações continuaram, tornou-se claro que enquanto as posições do Egito e Israel eram incompatíveis, os interesses poderiam ser compatíveis. • O interesse real de Israel era segurança contra um ataque aéreo ou terrestre ao seu território. O Egito estava primariamente interessado na soberania sobre uma terra que era parte do Egito há milhares de anos. • O que emergiu foi a existência de dois objetivos, ao invés de apenas um, com importâncias diferenciadas para cada parte: segurança (para Israel) e soberania (para o Egito). A solução foi um trade-off (troca) entre essas questões. Após 13 dias de negociações, o acordo finalmente foi concluído com Israel devolvendo o Sinai em troca de garantias de uma zona desmilitarizada e de novas bases aéreas para Israel. Solução do Impasse: Considerando Múltiplos Objetivos • Para analisar o acordo, examine o diagrama do próximo slide. A utilidade de um acordo para Israel é representada no eixo horizontal, e a utilidade do acordo para o Egito é representada no eixo vertical (dois objetivos, ... dois eixos). • O ponto A representa a solução de devolver o Sinai e o total controle dele para o Egito. Embora essa solução pudesse ser completamente aceitável para o Egito, ela era totalmente inaceitável para Israel. O ponto B representa a solução de Israel manter o Sinai e o total controle sobre ele. Esta solução embora pudesse ser completamente aceitável para Israel era totalmente inaceitável para o Egito. • O ponto C representaria um entendimento direto, dando a cada parte a metade do território; mas ele falha em atender aos pontos de reserva de ambas as partes, o que não dá a Israel suficientes garantias de segurança nem ao Egito a soberania sobre o Sinai. A Análise do Acordo O Ponto D sugere uma redefinição da zona de barganha. Uma zona positiva existe à medida que existam soluções que atendam os pontos de reserva de ambas as partes nas dimensões de soberania e segurança. Os segmentos acima e à direita da linha pontilhada representam os pontos de reserva das duas partes. ! O que ocorreu nos acordos de Camp David foi que as 2 partes compreenderam existir uma zona de barganha positiva (área amarela), cada parte considerando os interesses da outra, e não apenas as suas posições iniciais. © Bazerman, 2004 Integrando os Interesses na Disputa Israel-Egito Potencializar Negociações Bem-sucedidas • Valor pleiteado => BATNA • Criação de valor • Identificação de questões adicionais (SEBENIUS, 2000) • Apostas (BAZERMAN; GILLESPIE, 1999) • Uso de diferenças de risco, tempo e outras (NORTHCRAFT; NEALE, 1993) • Levantamento de informações: cinco estratégias • Cultive confiança e compartilhamento de informações • Questione (faça perguntas) • Barganhe info com a revelação estratégica de dados (jamais o BATNA) • Faça múltiplas ofertas simultaneamente • Busque por acordos pós-acordos (RAIFFA, 1985) Eficiência • Como tornar a negociação mais eficiente? (FISHER; URY; PATTON, 1994) 1. Saiba separar a pessoa do problema 2. Foque em interesses e não em posições 3. Apresente opções de ganho mútuo (ganha-ganha) 4. Use critérios objetivos Decisões em Grupo Análise de Decisões 1 Prof. Solange Alfinito ADM/FACE Por quê? • Por que as organizações tomam decisões em grupo? • Razões relacionadas a tarefas • Dizem respeito às exigências funcionais e técnicas que impossibilitam que uma única pessoa possa tomar a decisão • Razões organizacionais • Exigem que determinados indivíduos participem do processo de decisão devido à organização funcional, estrutural e legal da empresa Atividades em Grupo • Interação entre os indivíduos de um grupo • Enriquecimento das discussões • Enriquecimento da análise do problema • Como esta interação podo ocorrer? • Cenário anterior: reuniões presenciais em torno de uma mesa; consulta telefônica (teleconferência). Havia a necessidade da presença física dos membros do grupo. • Cenário atual: e-mail; reuniões virtuais (webconferências); sistemas de decisão em grupo. Não há mais a necessidade da presença física dos membros do grupo. Decisões em Grupo • Como combinar os julgamentos individuais para produzir um julgamento melhorado, em grupo? • a) Agregação matemática efetuada pelo cálculo da média simples dos julgamentos individuais dos membros do grupo; ou • b) Agregação comportamental, em que o julgamento final é obtido através de discussão aberta dos membros ou através de um processo mais estruturado de comunicação • c) A combinação das agregações a e b Vantagens da Decisão em Grupo • Facilita a solução de inúmeros problemas de decisão complexos e difíceis • Maior experiência • Mais conhecimento • Mais criatividade • Negociação de conflitos de objetivos e de pontos de vista • Menores chances de sub ou sobrestimar certas alternativas ou ações • Melhor conjunto de alternativas (melhor controle do fluxo de informações) • Escolha daalternativa mais adequada para a organização • Níveis de risco e incerteza são psicologicamente dissolvidos Decisão em Grupo: Métodos • Métodos mais comuns: • Brainstorming: permite a ruptura da inércia cognitiva e a redução do bloqueio mental. • Brainwriting: variante do brainstorming. Passa geralmente por uma interação prévia dos participantes com um texto escrito. • Delphi: serve para a geração, esclarecimento, estruturação e contribuição de ideias. É utilizado para coletar e avaliar informações ou opiniões dos especialistas a respeito de um tema. • NGT (Nominal Group Technique): adequada para a geração de ideias para formulação de questões sobre um problema. Espécie de grupo focal, mas com intervenções mais específicas e coleta de opiniões por escrito dos membros do grupo (entre 6 e 12 pessoas). Decisão em Grupo: Métodos • Métodos mais comuns: • GDSS (Group Decision Support System) • Sistemas para gerenciamento da comunicação (síncrona ou assíncrona) • Sistemas de gerenciamento por conteúdo • Sistema de gerenciamento de processo
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