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1
2
 
O trabalho como princípio educativo:
 construção reflexiva do pensamento a partir da própria prática
 
 27.08
3
Para se alcançar um salto de qualidade na educação, é preciso buscar não só o desenvolvimento e enriquecimento de competências, mas principalmente uma mudança significativa na formação e identidade profissional dos que se dedicam ao ofício de professor.
4
O século XXI, aponta uma visão educacional que apresenta grandes mudanças na educação no mundo globalizado, fornecendo indicadores de que o ofício de professor requer muitos conhecimentos, uma grande quantidade de ideias, de habilidade nos procedimentos, nas estratégias de ensinar, de lidar com os alunos e excelentes atitudes, valores, hábitos e condições pessoais para o ensino. 
5
Assim é o conhecimento verdadeiro: saber, fazer, ser. 
Teoria, experiência, arte, tecnologia, valores e atitudes, todos são ingredientes necessários que, em cada pessoa, são combinados de diferentes modos.
6
Uma concepção moderna da tarefa do professor requer não apenas ampliar certas formulas pré estabelecidas, como também um exercício profissional competente que inclui autonomia, capacidade de decisão e criatividade.
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A formação profissional implica em entender a aprendizagem como um processo contínuo e requer uma análise cuidadosa desse aprender em suas etapas, evolução e concretizações, para redimensionar conceitos alicerçados na busca da compreensão de novas ideias e valores.
8
A educação de professores, seu desempenho e o trato do conhecimento é de fundamental importância ao delineamento de novos rumos na prática pedagógica. O estudo do professor no seu cotidiano como ser histórico e socialmente contextualizado, pode auxiliar na definição de uma nova ordem pedagógica e na intervenção da realidade no que se refere à sua prática e à sua formação. Quanto maior e mais rica for sua história de vida e profissional, maiores serão as possibilidades do desempenho de uma prática educacional significativa.
9
Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher, entre muitos caminhos , aquele que for compatível com os seus valores, sua visão de mundo e com circunstancias adversas que cada um irá encontrar.
10
Um “professor reflexivo” não para de refletir a partir do momento em que consegue sobreviver na sala de aula, no momento em que consegue entender melhor sua tarefa e em que sua angústia diminui. Ele continua progredindo em sua profissão mesmo quando não passa por dificuldades e nem por situações de crise, por prazer ou porque não o pode evitar, pois a reflexão transformou-se um uma forma de identidade e de satisfação profissionais. 
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Ele conquista métodos e ferramentas conceituais baseados em diversos saberes e, se for possível, conquista-os mediante interação com outros profissionais. Essa reflexão constrói novos conhecimentos, os quais, com certeza, são reinvestidos na ação. Um profissional reflexivo não se limita ao que aprendeu no período de formação inicial, nem ao que descobriu em seus primeiros anos de prática. 
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Ele reexamina constantemente seus objetivos, seus procedimentos, suas evidencias e seus saberes. Ele ingressa em um ciclo permanente de aperfeiçoamento, já que teoriza sua própria prática, seja consigo mesmo, seja com uma equipe pedagógica. 
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O professor faz perguntas, tenta compreender seus fracassos, projeta-se no futuro, decide proceder de forma diferente quando ocorrer uma situação semelhante ou quando o ano seguinte se iniciar, estabelece objetivos mais claros, explicita suas expectativas e seus procedimentos. A prática reflexiva é um trabalho que, para se tornar regular, exige uma postura e uma identidade particulares. (PERRENOUD, 2002 b,43).
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O professor que quer trabalhar construtivamente com seus alunos avalia suas características e suas necessidades concretas. Ele preocupa-se em escutar o que os alunos oferecem: seu pensamento, suas ideias prévias e suas hipóteses. Em cada situação concreta, considera o que a criança é capaz de fazer por sua conta e o que é capaz de fazer com ajuda. 
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A partir dos resultados obtidos, decide a próxima atividade e as formas concretas de organizá-las, considerando interesses, motivações e curiosidades dos alunos. Isso leva a negociar o currículo, partindo de seus objetivos educativos e da realidade concreta de seus alunos. Dessa forma, o professor não só avalia seus alunos, mas também analisa a atividade proposta, identificando o sentido de sua aplicação, a motivação e o estímulo ao pensamento.
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Trabalhar com aprendizagem envolve um contínuo movimento de reflexão. Para que os professores possam ensinar seus alunos é preciso rever seu próprio modo de aprender e de construir a experiência.
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O professor reflexivo aceita fazer parte do problema. Ele reflete sobre sua própria relação com o saber, com as pessoas, com o poder, com as instituições, com as tecnologias e com a cooperação, assim como reflete sobre sua forma de superar limites ou de tornar mais eficazes seus gestos técnicos.
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Uma prática reflexiva profissional nunca é totalmente solitária. Ela deve basear-se em conversas informais, em momentos organizados de profissionalização interativa, em prática de análise do trabalho, de trocas sobre os problemas profissionais, de reflexão sobre a qualidade e de avaliação do que é feito, buscando o desenvolvimento de competências.
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O reconhecimento de uma competência não passa apenas pela identificação de situações a serem controladas, de problemas e serem resolvidos, de decisões a serem tomadas, mas também pela explicitação dos saberes, das capacidades, dos esquemas de pensamentos e das orientações éticas necessárias. 
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Atualmente, define-se uma competência como a aptidão para enfrentar uma família de situações análogas, mobilizando de uma forma correta, rápida, pertinente e criativa, múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, microcompetências, informações, valores, atitudes, esquemas de percepção, de avaliação e de raciocínio . (PERRENOUD, 2002, a 19).
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É necessário o desenvolvimento de práticas reflexivas por parte do professor a fim de que este possa propiciar o desenvolvimento de competências em seus alunos. O exercício de competências exige um alto nível de elaboração mental. Esse fato está ligado a dificuldades presentes no que diz respeito à criação de situações-problema que proporcionem uma verdadeira aprendizagem. 
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Muitas vezes, as situações criadas em sala de aula promovem mera reprodução de conteúdos, e não uma aprendizagem significativa. As competências básicas que cabem ao professor desenvolver devem objetivar a transformação de uma ação educacional previamente estabelecida em uma intervenção adaptada, frente a uma necessidade emergente no contexto educacional.
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A prática reflexiva deve estar baseada nas competências profissionais. Entre as competências ligadas às transformações do ofício de professor, podemos citar: 
a organização e estimulação se situações de aprendizagem;
 o gerenciamento e a progressão das aprendizagens, a evolução dos dispositivos de diferenciação;
 o envolvimento dos alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;
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o trabalho em equipe, a participação na gestão da escola e 
 o envolvimento dos pais, a utilização de novas tecnologias, o enfrentamento dos deveres e dos dilemas éticos da profissão e o gerenciamento de uma formação contínua.
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É possível perceber, de forma ainda mais nítida, que a prática reflexiva e o envolvimento crítico não podem ser considerados peças relacionadas e nem mesmo andares acrescentados ao edifício das competências. Ao contrário disso, são fios condutores do conjunto da formação, são posturas que devem ser adotadas, desejadas e desenvolvidas pelo conjunto do formadores e das unidades de formação, conforme as múltiplas modalidades.Na verdade, as competências profissionais só são construídas em função de uma prática reflexiva e engajada, que se instala desde o início dos estudos.
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Em outros termos, esses dois componentes, os quais, até agora, foram apresentados como objetivos de formação, também são suas principais alavancas: se adotarem uma postura reflexiva e um envolvimento crítico, os alunos aproveitarão melhor essa formação alternada. (PERRENOUD, 2002 b, 197)
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É no momento da ação educativa que o educador expressa sua sabedoria por meio da transformação de seu conhecimento em prática. A capacidade de adaptar suas ações em situações que propiciem a aprendizagem demonstra as competências do professor. Por esse motivo, o desenvolvimento de competências no aluno permite que este se torne capaz de aprender a pensar por si, a criar suas próprias respostas para as questões apresentadas pelo professor, e não a reproduzi-las simplesmente.
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A visão educacional compreende um aspecto transformador, uma vez que exige uma postura crítica por parte do professor de forma a promover a reflexão. O professor-educador deve assumir a responsabilidade ética de ser um multiplicador de novas ideias, possibilitando qualidade e condições de desenvolvimento de seus alunos, assumindo sua tarefa pessoal de expandir a própria consciência, compreendendo os caminhos invisíveis de como pensar seu trabalho e que direções pode tomar.
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Os professores devem dispor de todos os dados que permitam conhecer em todo o momento que atividades cada aluno necessita para a sua formação. Os dados devem se referir ao processo seguido pelo aluno: no começo, durante e no final deverão determinar que necessidades têm e quais medidas educativas são necessárias oferecer.
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É preciso que o professor faça um registro das incidências de cada aluno em relação ao processo, aos resultados obtidos e ás medidas utilizadas. E este registro deve contemplar a informação quanto ao percurso, o grau de realização dos objetivos previstos e o grau de aprendizagem adquirido em cada conteúdo.
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Os professores, as administrações, os pais e os próprios alunos se referem á avaliação como instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance, de cada menino e menina, em relação a determinados objetivos previstos nos diversos níveis escolares. 
Basicamente, a avaliação é considerada como um instrumento sancionador e qualificador, em que o sujeito da avaliação é o aluno e somente o aluno, e o objeto da avaliação são as aprendizagens realizadas segundo certos objetivos mínimos para todos. 
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Mesmo assim, já faz muito tempo que, a partir da literatura pedagógica, as declarações de princípios das reformas educacionais empreendidas em diferentes países e grupos de educadores mais inquietos se propõem formas de entender a avaliação que não se limitam á valoração dos resultados obtidos pelos alunos. O processo seguido pelos meninos e meninas, o progresso pessoal, o processo coletivo de ensino/aprendizagem, etc, aparecem como elementos ou dimensões da avaliação.(ZABALA, 1998, 195)
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O aluno necessita de incentivos e estímulos para enfrentar o trabalho que lhe é proposto. É necessário que o professor conheça, em primeiro lugar, a relação do aluno consigo mesmo e, em segundo lugar, em relação aos demais. É imprescindível oferecer informações que o ajude a superar os desafios escolares.
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A função social do ensino não consiste apenas em promover os mais aptos para a universidade, pois abarca outras dimensões da personalidade. Quanto a formação integral é a finalidade principal do ensino e seu objetivo é o desenvolvimento de capacidades da pessoa e não apenas as cognitivas, muitos pressupostos da avaliação mudam. 
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Em primeiro lugar, os conteúdos de aprendizagem a serem avaliados não serão unicamente conteúdos associados ás necessidades do caminho para o vestibular. Será necessário, levar em consideração os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que promovam as capacidades motoras, de autonomia pessoal, de relação interpessoal e de inserção social. Desta maneira, o objetivo do ensino não centra sua atenção em certos parâmetros finalistas, mas nas possibilidades pessoais de cada um dos alunos.
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O aperfeiçoamento da prática educativa é o objetivo básico de todo educador como meio para que todos os alunos consigam o maior grau de competências conforme suas possibilidades reais. O alcance do objetivos por parte de cada aluno é um alvo que exige conhecer os resultados e os processos de aprendizagem que os alunos seguem. 
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Para melhorar a qualidade do ensino é preciso conhecer e avaliar a intervenção pedagógica dos professores. Tanto os processos de aprendizagem como os de ensino são um meio para ajudar os alunos em seu crescimento e, é um instrumento que permite ao professor melhorar sua atuação em sala de aula. (ZABALA,1998)
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A avaliação está presente em todo o processo educativo. Ao planejar seu trabalho ou selecionar recursos e atividades o professor está avaliando a capacidade do aluno de fazer o que irá propor e da mesma forma, estará avaliando a adequação de sua proposta aos interesses do aluno e aos resultados gerados.
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O profissional da educação está entrando em contato com as dinâmicas que podem transformar a educação. O professor tem a tarefa de mediar o processo ensino-aprendizagem e não deve propor atividades com questões que buscam uma resposta singular e nega aos alunos a oportunidade de construção do conhecimento. Essa construção faz com que os alunos sintam-se sujeitos de sua própria historia e não meros repetidores e expectadores.
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Os educadores devem participar da construção e do desenvolvimento de uma ação educativa consciente, que promova no aluno suas potencialidades e capacidades de criar e soluções e respostas adequadas, ou seja, uma consciência cidadã. 
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Exercer este papel só é possível, se o professor for um profissional reflexivo, agente de sua própria formação, e estimulador da formação do educando, mediando a construção do conhecimento com atividades lúdicas desafiadoras, criativas e significativas, possibilitando aos alunos, tornarem-se sujeitos participantes, autônomos e críticos em relação ao contexto em que estão inseridos.
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Uma atitude reflexiva permanente possibilitará uma análise mais complexa do ofício de profissional da educação, onde estabelecer uma relação crítica com o saber é essencial para a construção da identidade de formador competente.
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