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Alongamento

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ALONGAMENTO 
 
1) Definição de termos relacionados com mobilidade e alongamento 
 
a) Flexibilidade – É a habilidade de mover uma única articulação ou 
uma série de articulações de maneira suave e confortável por meio da 
ADM irrestrita e sem dor. 
 O comprimento do músculo junto com a integridade articular e a 
extensibilidade dos tecidos moles periarticulares determinam a 
flexibilidade. 
 
2) Tipos de alongamento (modo) 
 
a) Alongamento manual, mecânico\ Passivo ou assistido 
 
 Uma força externa de alongamento, aplicada no final da amplitude 
de forma sustentada ou intermitente, mediante uma pressão adicional 
usando contato manual ou um dispositivo mecânico, alonga a unidade 
musculotendínea encurtada e os tecidos periarticulares movendo a 
articulação restrita para um pouco além da ADM disponível. 
 
 Quando o paciente se encontra o mais relaxado possível, 
denomina-se alongamento passivo. Quando ele ajuda movendo a 
articulação por meio de uma amplitude maior denomina-se alongamento 
assistido. 
 
 O alongamento passivo é a única escolha se o paciente não tiver 
controle neuromuscular do segmento do corpo a ser alongado. 
 
b) Auto-alongamento 
 
 Qualquer exercício de alongamento feito independentemente por 
um paciente após a instrução e a supervisão de um fisioterapeuta. 
 É geralmente um componente essencial do programa de exercícios 
domiciliares. 
 
3) Alongamento excessivo e hipermobilidade 
 
 É um alongamento além da ADM normal de uma articulação e dos 
tecidos moles ao redor, resultando em hipermobilidade. 
 
- Pode ser necessário criar uma hipermobilidade seletiva por meio de um 
alongamento em excesso para certos indivíduos saudáveis com força e 
estabilidade normais que participam de esportes que requerem flexibili-
dade extensiva. 
 
- O alongamento excessivo torna-se prejudicial e cria instabilidade 
articular quando as estruturas de suporte de uma articulação e a força 
dos músculos em torno delas são insuficientes e não podem mantê-la em 
uma posição funcional estável durante as atividades. A instabilidade de 
uma articulação, com freqüência, causa dor e pode predispor uma pessoa 
a lesão musculoesquelética. 
 
4) Indicações para o uso do alongamento 
 
- Quando a ADM está limitada porque os tecidos moles perderam sua 
extensibilidade como resultado de aderências, contraturas e formação de 
tecido cicatricial, causando limitações ou incapacidades funcionais; 
 
- Quando a restrição da mobilidade pode levar a deformidades estrutu-
rais que poderiam ser evitadas; 
 
- Quando há fraqueza muscular e encurtamento do tecido opositor; 
 
- Como parte de um programa de preparo físico total elaborado para 
prevenir lesões musculoesqueléticas; 
 
- Antes e depois do exercício vigoroso para minimizar potencialmente a 
dor muscular pós-exercício. 
 
5) Contra-indicações para o uso do alongamento 
 
- Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular; 
 
- Após uma fratura recente depois de a consolidação óssea estar 
completa; 
- Sempre que houver evidência de um processo inflamatório ou 
infeccioso agudo ou quando a regeneração dos tecidos moles puder ser 
perturbada nos tecidos retraídos e na região ao redor; 
 
- Diante de dor aguda, com o movimento articular ou o alongamento 
muscular; 
 
- Quando se observa um hematoma ou outra indicação de trauma aos 
tecidos; 
 
- Quando já existe hipermobilidade; 
 
6) Determinantes dos exercícios de alongamento 
 
a) Alinhamento 
 
 O alinhamento ou posicionamento apropriado do paciente, das 
articulações e dos músculos específicos a serem alongados é necessário 
para o conforto e a estabilidade do paciente durante o alongamento. 
 
 É preciso considerar o alinhamento dos músculos e da articulação a 
alongar assim como o alinhamento do tronco e das articulações 
adjacentes. 
 
b) Estabilização 
 
 É essencial estabilizar (fixar) o local de inserção proximal ou distal 
da unidade musculotendínea que está sendo alongada. 
 
 A estabilização de múltiplos segmentos do corpo de um paciente 
também ajuda a manter um alinhamento apropriado necessário para um 
alongamento efetivo. 
 
c) Intensidade do alongamento 
 
 A intensidade de uma força de alongamento é determinada pela 
carga colocada sobre os tecidos moles à medida que eles são alongados. 
 
 O alongamento de baixa intensidade comparado com o de alta 
intensidade, torna a manobra de alongamento mais confortável para o 
paciente e minimiza a defesa muscular voluntária ou involuntária, de 
modo que possa permanecer relaxado. 
 O alongamento de baixa intensidade (em geral combinado com o 
alongamento de longa duração) resulta em ótimas taxas de melhora na 
ADM sem expor os tecidos, possivelmente enfraquecidos pela imobili-
zação, a cargas excessivas e lesão potencial. 
 
d) Duração do alongamento 
 
 Refere-se ao período de tempo no qual uma força é aplicada e os 
tecidos encurtados são mantidos na posição alongada. 
 
- Quanto mais baixa a intensidade, maior o tempo que o paciente 
tolerará o alongamento e os tecidos moles poderão ser mantidos na 
posição alongada. 
 
- Quanto mais alta a intensidade, menos freqüente a intervenção do 
alongamento poderá ser aplicada para que o tecido tenha tempo de 
regenerar-se. 
 
- Um alongamento com baixa carga (baixa intensidade) e longa duração 
é considerado a forma mais segura de alongar e produz a deformação 
elástica mais significativa com alterações plásticas a longo prazo nos 
tecidos moles. 
 
- A freqüência do alongamento precisa ser de, no mínimo, duas vezes 
por semana para indivíduos hipomóveis saudáveis. Para pacientes com 
patologias nos tecidos moles, a freqüência deve ser maior para obter 
ganhos na ADM. 
 
- Embora os ganhos na ADM induzidos pelo alongamento geralmente 
persistam por uma semana após cessara intervenção de alongamento, 
uma melhora permanente na mobilidade pode ser conseguida apenas 
com o uso da ADM recém conquistada em atividades funcionais e\ou 
com um programa de alongamento de manutenção. 
 
e) Velocidade do alongamento 
 
 Para assegurar o relaxamento muscular ideal e prevenir a ocor-
rência de lesões nos tecidos restritos, a velocidade do alongamento deve 
ser lenta. A força de alongamento deve ser aplicada e liberada 
gradualmente. 
 
 Um alongamento aplicado devagar tem menor probabilidade de 
facilitar o reflexo de estiramento e aumentar a tensão no músculo que 
está sendo alongado. Lembre-se, as fibras Ia do fuso muscular são 
sensíveis à velocidade do alongamento muscular. 
 
7) Tipos de alongamento 
 
a) Alongamento estático (sustentado, mantido ou prolongado): Os 
tecidos moles são alongados um pouco além do ponto de resistência do 
tecido, e então mantidos na posição alongada por um longo tempo com 
uma força de alongamento. 
 
 - Considerado uma forma mais segura de alongamento que o 
alongamento balístico. As pesquisas mostram que a tensão criada no 
músculo durante o alongamento estático é aproximadamente a metade 
da criada durante o alongamento balístico. 
 
b) Alongamento cíclico (intermitente): É descrito como uma força de 
alongamento com duração relativamente curta que é aplicada, liberada e 
depois reaplicada várias, porém de forma gradual. 
 
 - É aplicado por meio de múltiplas repetições (ciclos de alonga-
mento) em uma única sessão de tratamento. Cada ciclo é mantido por 5 a 
10 segundos, porém não há consenso sobre qual é o número ideal de 
ciclos em uma sessão de tratamento. 
 
 
c) Alongamento balístico: É um alongamentointermitente rápido, 
forçado, ou seja, um alongamento de alta velocidade e alta intensidade. 
É caracterizado pelo uso de movimentos amplos vigorosos criando 
impulso para conduzir o segmento do corpo rapidamente por meio de 
ADM de modo a alongar estruturas encurtadas. 
 
 É consistentemente contra-indicados para indivíduos idosos ou 
sedentários ou pacientes com patologias musculoesqueléticas ou 
contraturas crônicas porque: 
 
 - Os movimentos que ocorrem em alta velocidade e alta intensi-
dade são difíceis de controlar; 
 - Os tecidos, enfraquecidos pela imobilização ou pelo desuso, são 
facilmente lesados; 
 - O tecido conjuntivo denso encontrado nas contraturas crônicas 
não cede facilmente com o alongamento rápido, na verdade torna-se 
mais quebradiço e rompe-se mais rápido. 
 
8) Inibição Neuromuscular e alongamento muscular 
 
 Inibição é um estado de atividade neuronal reduzida e de potencial 
sináptico alterado, o que conseqüentemente diminui a capacidade do 
músculo de contrair-se. 
 
 O uso de técnicas de inibição neuromuscular antes e durante o 
alongamento aumenta a probabilidade de o músculo permanecer 
relaxado à medida que é alongado. Quando um músculo é reflexamente 
inibido, há menos resistência ao alongamento por parte das unidades 
contráteis do músculo. As técnicas de inibição relaxam apenas as 
estruturas contráteis dentro do músculo, não o tecido conjuntivo dentro e 
em torno dos músculos encurtados. 
 
 As técnicas de inibição neuromusculares exigem inervação normal 
e controle voluntário do músculo encurtado ou do músculo no lado 
oposto da articulação. Conseqüentemente, elas não podem ser usadas 
com eficácia em pacientes com paralisia ou espasticidade devido a 
doenças neuromusculares ou lesão.

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