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Plano De Aula 02 - Apresentação das Demonstrações Contábeis (IAS 1)

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Plano de Aula: Aula 02 - Apresentação das Demonstrações Contábeis (IAS 1) 
CONTABILIDADE INTERNACIONAL - GST0087 
Título 
Aula 02 - Apresentação das Demonstrações Contábeis (IAS 1) 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Apresentação das Demonstrações Contábeis (IAS 1) 
Objetivos 
 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
 - Compreender a finalidade das demonstrações contábeis. 
 - Identificar o conjunto de demonstrações contábeis. 
 - Compreender as características gerais das demonstrações 
contábeis. 
 - Reconhecer as principais diferenças entre a IAS 1 e o CPC 26 
(R1). 
Estrutura do Conteúdo 
 
Introdução 
 
O IAS 1 determina a base de apresentação das demonstrações financeiras, 
buscando garantir a comparabilidade com as informações financeiras de 
períodos anteriores de uma mesma entidade e entre entidades diferentes. 
Ainda estabelece requisitos de apresentação das demonstrações financeiras, 
além de determinar as diretrizes para a sua estrutura e requisitos mínimos para 
o seu conteúdo. 
Ressalta-se que demonstrações contábeis e demonstrações financeiras são 
sinônimos, contudo, o IASB utiliza a expressão demonstrações financeiras e o 
CPC utiliza demonstrações contábeis. 
 
Demonstrações Financeiras: finalidade e composição 
 
As demonstrações financeiras são uma representação da posição e 
desempenhos financeiros de uma entidade. O objetivo é fornecer informações 
da entidade que sejam úteis para um grande número de usuários na tomada de 
decisões, e na previsão dos seus fluxos de caixa futuros. 
As demonstrações financeiras devem fornecer os seguintes dados acerca de 
uma entidade: ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas, 
incluindo ganhos e perdas, contribuições de proprietários e distribuição aos 
proprietários, na sua posição de proprietários e fluxos de caixa. 
Esses dados possibilitam que os usuários das demonstrações, junto com as 
informações das notas explicativas, possam prever os fluxos de caixa futuros 
da entidade, bem como quando e em que grau de certeza ocorrerão. 
O IAS 1 define que os seguintes relatórios compõem o conjunto completo de 
demonstrações financeiras: 
a) Uma demonstração da posição financeira no final do período; 
b) Uma demonstração do resultado abrangente para o período; 
c) Uma demonstração das mutações do patrimônio líquido para o 
período; 
d) Uma demonstração dos fluxos de caixa para o período; 
e) Notas explicativas, contendo um resumo das principais políticas 
contábeis e outras informações, e; 
f) Uma demonstração da posição financeira no início do período 
comparativo mais antigo em que a entidade aplique uma política 
contábil retrospectivamente, efetue uma representação retrospectiva 
ou quando reclassifique itens em suas demonstrações financeiras. 
 
A IAS 1 define ainda que a entidade pode utilizar títulos diferentes daqueles 
utilizados pela IAS 1 para denominar as demonstrações financeiras, 
apresentar, fora das demonstrações financeiras, uma análise financeira da 
administração que descreve e explica as principais características do 
desempenho financeiro e da posição financeira da entidades e as principais 
incertezas às quais está sujeita. 
As entidades podem apresentar ainda, fora das demonstrações financeiras, 
relatórios e demonstrações, como relatórios ambientais e demonstrações do 
valor adicionado (DVA), principalmente em setores que o fator ambiental é 
significativo ou ainda quando os empregados são considerados como 
importante grupo de usuários. Ressalta-se, porém, que esses relatórios estão 
fora do alcance das IFRS. 
No Brasil, o CPC 26 (R1) inclui a DVA no conjunto completo de 
demonstrações contábeis, destacando que essa demonstração pode ser exigida 
legalmente ou por órgão regulador. A Lei das Sociedades por Ações obriga as 
sociedades de capital aberto apresentarem a DVA em seu conjunto de 
demonstrações contábeis. 
 
Demonstrações Financeiras: Estrutura e Conteúdo 
 
A IAS 1 exige níveis mínimos de itens que devem ser obrigatoriamente 
incluídos em cada demonstração, contudo, permite grande flexibilidade de 
ordem e disposição. 
De acordo com a IAS 1, as demonstrações financeiras deverão ser claramente 
identificadas, bem como diferenciadas de outras informações publicadas no 
mesmo documento. Além disso, as seguintes informações devem ser exibidas 
de forma destacada e, se preciso, repetidas para serem compreendidas: 
a) O nome da entidade que reporta ou outros meios de identificação 
e qualquer mudança nessas informações deste o final do período de 
relatório anterior; 
b) Se as demonstrações financeiras são de uma entidade individual 
ou de um grupo de entidades; 
c) A data de final de período de relatório ou período coberto pelo 
conjunto de demonstrações financeiras ou notas explicativas; 
d) A moeda de apresentação, e; 
e) O nível de arredondamento utilizado na apresentação de valores 
nas demonstrações financeiras. 
 
Demonstração da Posição Financeira 
 
O IASB concluiu que o título "Demonstração da posição financeira" não só 
reflete melhor a função desta demonstração, como também é consistente com 
a Estrutura para a Apresentação e Divulgação de Demonstrações Financeiras, 
que contém várias referências a posição financeira. Na visão do IASB, a 
expressão balanço simplesmente indica que a contabilização por partidas 
dobradas requer que os débitos igualem os créditos. Todavia, o título não 
identifica o conteúdo e o objetivo da demonstração. O IASB também concluiu 
que "posição financeira" é uma expressão bem conhecida e aceita, uma vez 
que é utilizada internacionalmente pelos auditores independentes por mais de 
20 anos em seus pareceres, para descrever o que balanço representa. Contudo, 
o IASB não veda a utilização da nomenclatura antiga e, por isso, no Brasil, a 
Demonstração da Posição Financeira continua sendo denominada de Balanço 
Patrimonial. 
Na maioria das situações, a IAS 1 exige que as demonstrações de posição 
financeira façam a distinção entre ativo e passivo corrente e ativo e passivo 
nãoo corrente. A distinção entre itens correntes e não correntes depende da 
duração do ciclo operacional da entidade. No Brasil, utiliza-se os termos 
circulante e não circulante que significa a mesma coisa. 
A exigência básica da norma é que os ativos correntes e não correntes e os 
passivos correntes e não correntes sejam apresentados como classificações 
separadas no corpo da demonstração da posição financeira. 
Exceção a essa exigência faz-se quando uma apresentação baseada na liquidez 
fornece informações confiáveis e mais relevantes. Sendo esse o caso, exige-se 
que todos os ativos e passivos sejam apresentados de modo geral em ordem de 
liquidez. O motivo pelo qual a norma estabelece essa exceção é que algumas 
entidades (tais como instituições financeiras) não fornecem bens e serviços 
dentro de um ciclo operacional claramente identificável e, portanto, no caso 
dessas entidades, uma apresentação de ativos e passivos em ordem de liquidez 
crescente ou decrescente fornece informações confiáveis e mais relevantes do 
que uma apresentação no modelo corrente/não corrente. 
A norma também esclarece que uma entidade poderá apresentar alguns de 
seus ativos e passivos usando a classificação corrente/não corrente e outros 
poderão ser apresentados em ordem de liquidez quando isso se constituir em 
informações confiáveis e mais relevantes. Destaca-se que no Brasil, adota-se 
uma ordem decrescente de liquidez para apresentação do Balanço Patrimonial. 
A IAS 1 não prescreve ordem ou formato em que a entidade apresenta as 
informações, apenas relaciona rubricas que são suficientemente diferentesde 
natureza ou função e, por este motivo, devem ser impreterivelmente incluídas 
na demonstração da posição financeira: 
a) Imobilizado; 
b) Propriedade para investimento; 
c) Ativos intangíveis; 
d) Ativos financeiros (excluindo os valores demonstrados em (e), (h) 
e (i)); 
e) Investimentos contabilizados pelo método de equivalência 
patrimonial; 
f) Ativos biológicos; 
g) Estoques; 
h) Contas a receber de clientes e outros recebíveis; 
i) Caixa de equivalentes de caixa; 
j) O total de ativos classificados como mantidos para venda e 
ativos incluídos em grupo de alienação classificados como mantidos 
para venda, de acordo com a IFRS 5; 
k) Contas a pagar a fornecedores e outros; 
l) Provisões; 
m) Passivo financeiros (excluindo os valores demonstrados em (k) e 
(l); 
n) Passivos e ativos relativos à tributação corrente, conforme 
definido na IAS 2; 
o) Impostos diferidos passivos e ativos, conforme definidos no IAS 
12; 
p) Passivos incluídos em grupo de alienação classificados como 
mantidos para venda, de acordo com a IFRS 5; 
q) Participação de acionistas não controladores, apresentada dentro 
do patrimônio líquido, e; 
r) Capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis a 
proprietários da entidade controladora. 
 
Demonstração do Resultado Abrangente 
 
Uma entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos 
no período em uma das duas seguintes formas: 
a) uma única demonstração do resultado abrangente; ou 
b) em duas demonstrações: uma demonstrando os componentes de 
lucro ou prejuízo (uma demonstração do resultado à parte) e uma 
segunda demonstração começando com o lucro ou prejuízo, seguido 
dos componentes de outro resultado abrangente. 
A IAS 1 adota uma abordagem essencialmente permissiva quanto ao formato 
da demonstração do resultado abrangente. No Brasil, adota-se a segunda 
alternativa. 
Tal como no caso da demonstração da posição financeira, a IAS 1 especifica 
determinados itens que devem aparecer no corpo da demonstração do 
resultado abrangente e outras divulgações exigidas que devem ser feitas no 
corpo ou nas notas. 
 a) receita; 
 b) custos financeiros; 
 c) parcela de lucro ou prejuízo de associadas e empreendimentos 
conjuntos contabilizada pelo método da equivalência patrimonial; 
 d) despesa de imposto; 
 e) uma única quantia abrangendo o total de: 
 (i) lucro ou prejuízo após impostos de unidades operacionais 
descontinuadas; e 
 (ii) ganho ou perda após impostos reconhecidos na mensuração 
do valor justo menos custos de venda ou na alienação dos ativos ou grupo(s) 
de alienação constituindo a operaçãoo descontinuada; 
 f) lucro ou prejuízo; 
 g) cada componente de outro resultado abrangente, classificado por 
natureza (exceto valores em (h)); 
 h) parcela de outro resultado abrangente de associadas ou joint-ventures 
registrado pelo método de equivalência patrimonial; e 
 i) resultado abrangente total (total comprehensive income). 
Uma entidade deve divulgar na demonstração do resultado abrangente, como 
alocação de lucro ou prejuízo para o período, os seguintes itens: 
 a) lucro ou perda atribuível à participação dos acionistas não 
controladores; e 
 b) lucro ou perda atribuível aos acionistas da empresa-mãe. 
Uma entidade pode apresentar os itens lista- dos de (a) a (f) e as divulgações 
requeridas em (i) e (ii) acima numa demonstração de resultado à parte. 
Ressaltas-se que a IAS 1 requer que a entidade reconheça todas as receitas e 
despesas do período em lucro ou prejuízo, a menos que uma IFRS requeira ou 
permita diferentemente. 
A IAS 1 estabelece que os componentes do desempenho financeiro podem 
diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou perda e previsibilidade 
e exige que as despesas sejam subclassificadas de modo a ressaltar essas 
diferenças. Em função disso, a norma exige a apresentação de uma análise de 
despesas usando uma classificação baseada na natureza das despesas ou em 
sua função na entidade, o que quer que forneça informações confiáveis e mais 
relevantes. Pelo fato de cada método de apresentação possuir mérito para 
diferentes tipos de entidades, a norma exige que a gerência escolha a 
apresentação mais relevante e confiável. 
A norma também ressalta que a escolha entre o método da função do gasto e o 
método da natureza do gasto dependerá do histórico e dos fatores do setor e 
também da natureza da entidade. Ambos os métodos fornecem uma indicação 
dos custos que poderão variar, direta ou indiretamente, em função do nível das 
vendas ou da produção da entidade. No entanto, pelo fato de a informação 
sobre a natureza dos gastos ser útil para a previsão de fluxo de caixa futuro, 
exige-se divulgação adicional quando se optar pela classificação em função do 
gasto. 
No Brasil, o CPC 26 (R1) destaca que a entidade deve obedecer as 
determinações legais. Isso significa que além das normas contábeis, a 
legislação societária deve ser seguida. Neste caso, a legislação societária exige 
que a apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício por função. 
 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
 
Os ativos líquidos de uma entidade (seu patrimônio líquido) podem mudar por 
vários motivos, principalmente pelos lucros e pelas despesas reportados na 
demonstração do resultado abrangente e pelo aporte ou retorno de capital aos 
acionistas. 
A IAS 1 requer que a apresentação da demonstração das mutações no 
patrimônio líquido exiba no corpo da demonstração: 
 a) o resultado abrangente total do período, mostrando separadamente os 
valores totais atribuíveis aos proprietários da empresa controladora e a 
terceiros não controladores; 
 b) para cada componente do patrimônio líquido, as consequências das 
mudanças nas políticas contábeis e as correções dos erros reconhecidos de 
acordo com a IAS 8; e, 
 c) para cada componente do patrimônio líquido, uma reconciliação 
entre o saldo acumulado no início e no final do período, mostrando 
separadamente as mudanças resultantes de: 
 (i) lucro ou prejuízo; 
 (ii) cada item de outro resultado abrangente; e 
 (iii) transações com proprietários, em sua função como 
proprietários, mostrando separadamente contribuições de e para eles e 
mudanças na participação em subsidiárias que não resultem em perda de 
controle. 
A norma também requer a divulgação da quantia de dividendos reconhecidos 
como distribuições aos acionistas durante o período, e a quantia relativa por 
ação. Isso pode ser mostrado no corpo da demonstração das mutações no 
patrimônio líquido, ou nas notas. A IAS 1 não permite mais que essa 
informação seja destacada na demonstração do resultado abrangente. 
Destaca-se que o CPC 26 (R1) detalha que o patrimônio líquido deve 
apresentar: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, 
reservas de lucros, ações em tesouraria, prejuízos acumulados ou lucros 
acumulados (se legalmente admitido) e as demais contas exigidas pelos 
pronunciamentos emitidos pelo CPC. 
 
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 
A IAS 1 esclarece que as informações do fluxos de caixa fornecem aos 
usuários de demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da 
entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades 
de utilização desses fluxos de caixa. 
Ressalta-se que as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa são 
classificadas em três atividades: atividade operacional, atividade de 
investimento e atividade de financiamento. A atividade operacional pode ser 
detalhada pelo método direto ou pelo método indireto. 
Os requisitos para apresentação e divulgação das informações de fluxos de 
caixasão estabelecidos pelo IAS 7. 
 
Notas Explicativas 
 
As notas explicativas são complementares as demonstrações financeiras e 
devem descrever e apresentar a abertura de números e itens não reconhecidos, 
mas que devem ser esclarecidos. 
A IAS 1 exige que a apresentação das notas às demonstrações financeiras: 
 a) apresente informações sobre os fundamentos da preparação das 
demonstrações financeiras e as políticas contábeis específicas utilizadas; 
 b) divulgue as informações exigidas pelas IFRSs que não constem do 
corpo da demonstração da posição financeira, da demonstração do resultado 
abrangente, da demonstração das mutações no patrimônio líquido ou da 
demonstração de fluxos de caixa; e 
 c) forneça informações adicionais que não constem em qualquer outra 
peça das demonstrações financeiras, mas que sejam relevantes a` compreensão 
de qualquer uma dessas demonstrações. 
As notas deverão ser apresentadas de maneira sistemática, tanto quanto 
possível. Cada item do corpo da demonstração da posição financeira, da 
demonstração do resultado abrangente, da demonstração de resultado (se 
apresentada separadamente), da demonstração das mutações no patrimônio 
líquido e da demonstração de fluxos de caixa deverá ter referência cruzada 
com qualquer informação que seja pertinente e que esteja presente nas notas. 
Geralmente, com a finalidade de auxiliar os usuários a compreenderem as 
demonstrações financeiras e compará-las com as demonstrações financeiras de 
outras entidades, as notas são apresentadas na seguinte ordem: 
 a) uma declaração de conformidade com as IFRSs; 
 b) um resumo das políticas contábeis significativas aplicadas, 
indicando: 
 (i) a(s) base(s) de mensuração usada na preparação das 
demonstrações financeiras, e; 
 (ii) as demais políticas contábeis utilizadas, que sejam relevantes 
para o entendimento das demonstrações financeiras; 
 c) informação auxiliar aos itens apresentados no corpo da demonstração 
da posição financeira, da demonstração do resultado abrangente, da 
demonstração de resultado (se apresentada separadamente), da demonstração 
das mutações no patrimônio líquido e da demonstração de fluxos de caixa, na 
ordem em que estiverem apresentados cada demonstração e cada item (linha); 
e 
 d) outras divulgações, incluindo: 
 (i) passivos contingentes e compromissos contratuais não 
reconhecidos, e; 
 (ii) divulgações não financeiras, como por exemplo as políticas e 
os objetivos da gestão de risco financeiro da entidade. 
Entretanto, a norma permite que as notas que forneçam informações sobre os 
fundamentos da preparação das demonstrações financeiras e políticas 
contábeis específicas sejam apresentadas como um componente separado das 
demonstrações financeiras. 
 
 
Pontos Importantes 
 
As demonstrações financeiras, exceto as informações de fluxo de caixa, serão 
elaboradas utilizando a contabilização pelo regime de competência. 
Como as demonstrações financeiras são resultado do processamento de grande 
carga de transações ou outros eventos e esses são agregados em classes, de 
acordo com a natureza e função, segundo a IAS 1, a entidade deverá 
apresentar separadamente cada classe relevante de itens similares e também 
itens de natureza e função diferente, exceto se não for relevante. 
Anualmente, no mínimo, um conjunto completo de demonstrações financeiras 
deve ser apresentado. Caso haja alteração de periodicidade dos relatórios, 
deve ser divulgado o motivo da alteração e salientando o fato de que os 
resultados apresentados em ambas as demonstrações são totalmente 
comparáveis. 
A IAS 1 também determina que a entidade divulgue informação comparativa 
com respeito ao período anterior em todos os montantes apresentados nas 
demonstrações financeiras do período corrente. Quando houver mudança na 
apresentação ou classificação dos itens das demonstrações financeiras, será 
necessário reclassificar os valores comparativos, a menos que seja 
impraticável. 
Serão mantidas a apresentação e classificação dos itens das demonstrações 
financeiras de um período para outro, de acordo com a norma, exceto quando 
houver uma mudança de prática contábil ou um nova norma for editada. 
Destaca-se, contudo, que não se pode alterar a todo momento as bases de 
apresentação e classificação dos itens das demonstrações financeiras. 
 
Diferenças entre a IAS 1 e o CPC 26 (R1) 
 
Embora o CPC 26 (R1) seja substancialmente uma tradução da IAS 1, podem 
ser observados algumas diferenças entre as duas normas decorrentes 
fundamentalmente de imposições legais no Brasil, mas não são consideradas 
relevantes. Abaixo seguem principais diferenças existentes entre a IAS 1 e o 
CPC 26 (R1). 
O CPC 26 (R1) utiliza o termo Balanço Patrimonial (como consta na Lei no 
6.404/76), ao passo que a IAS 1 alterou a denominação do balanço para 
Demonstração da Posição Financeira. 
Assim como a IAS 1, o CPC 26 (R1) define que Outros resultados 
abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de 
reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado como 
requerido ou permitido por outros Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e 
Orientações. A seguir, o CPC 26 lista os componentes dos outros resultados 
abrangentes que diferem um pouco dos equivalentes listados pela IAS 1, por 
estarem adaptados a` nossa realidade e que são: 
 a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente; 
 b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício 
definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC 
33 - Benefícios a Empregados; 
 c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis 
de operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das 
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis); 
 d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na 
remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração); 
 e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos 
ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. 
A IAS 1 permite que os preparadores de demonstrações financeiras usem 
nomes diferentes da nomenclatura por ela mencionada para as peças das 
demonstrações financeiras. Essa permissão não está presente no CPC 26 (R1), 
porque a denominação das demonstrações financeiras está contida na Lei no 
6.404/76. 
A IAS 1 permite que se prepare demonstrações financeiras para períodos 
quebrados, por exemplo, 52 semanas. No Brasil, essa prática não é permitida 
legalmente. Destaca-se, todavia, que a IAS 1 e o CPC 26 (R1) mencionam que 
períodos superiores e inferiores a 12 meses são permitidos, e no Brasil isso só 
ocorre quando há mudança da data de encerramento do exercício social, desde 
que se divulgue e justifique as razões para tanto. 
O CPC 26 (R1) não prescreve a ordem ou o formato que deva ser utilizado na 
apresentação das contas do balanço patrimonial, mas refere-se à ordem 
legalmente instituída no Brasil. O artigo 178, inciso 1, da Lei no 6.404/76 
indica que as contas de ativo serão apresentadas em ordem decrescente de 
grau de liquidez. O artigo 179, inciso 1, indica que as contas de passivo serão 
apresentadas em ordem decrescente de grau de liquidez. Portanto, nesse 
aspecto, pela imposição legal, o CPC 26 (R1) difere da IAS 1, que não 
prescreve ordem ou formato para a apresentação das contas patrimoniais. 
O CPC 26 (R1) requer a apresentação da Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA), sempre que exigida por lei ou órgão regulador assim como permite 
sua apresentação voluntária. No Brasil, a DVA éobrigatória para as 
companhias abertas. Essa demonstração financeira não é requerida pela IAS 1. 
 
Bibliografia 
 
CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 26 (R1) - Apresentação 
das Demonstrações Contábeis. 
ERNEST & YOUNG; FIPECAFI. Manual de Normas Internacionais de 
Contabilidade: IFRS versus Normas Brasileiras. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
IASB - Internacional Accounting Standards Board. IAS 1 - Presentation of 
Financial Statements. 
IBRACON; IFRS. Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS). 
São Paulo: IBRACON, 2015. 
IUDÍCIBUS et. al. Manual de Contabilidade Societária. 2 ed. São Paulo: 
Atlas, 2013. 
Aplicação Prática Teórica 
 
Exercício 01. Julgue as afirmações a seguir sobre as Demonstrações 
Financeiras: 
( ) As demonstrações financeiras são uma representação da 
posição financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. 
( ) Seu objetivo é fornecer informações sobre o desempenho e a 
posição financeira de uma entidade, que sejam úteis a um grande 
número de usuários na tomada de decisões econômicas, e na 
previsão dos seus fluxos de caixa futuros. 
( ) São elaboradas pela Receita Federal, e depois auditadas por 
empresas independentes. 
( ) As demonstrações devem fornecer os seguintes dados de uma 
entidade: ativo; passivo; patrimônio líquido; receitas e despesas; 
fluxos de caixa; valor de mercado; preço das ações, e nome dos 
acionistas majoritários. 
( ) A entidade não pode usar títulos para as demonstrações que 
não sejam os utilizados na norma IAS 1. 
 
Exercício 02. De acordo com a IAS 1, assinale verdadeiro (V)para as 
demonstrações que fazem parte do conjunto completo de 
demonstrações financeiras ou falso (F) para aquelas que não fazem 
parte do conjunto completo: 
( ) Demonstrações do Resultado do Exercício 
( ) Demonstração do Resultado Abrangente 
( ) Demonstrações de Origens e Aplicação de Recursos 
( ) Demonstração dos Fluxos de Caixa 
( ) Demonstração da Posição Financeira 
( ) Demonstração do Valor Adicionado 
( ) Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido

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