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Escolas da Exegese (França e Alemanha) Após a Revolução Francesa, no final do século XVIII, surge uma corrente de pensamento juspositivista, a Escola da Exegese. Ela sofreu influências de ideias jusracionalistas, que se baseavam na existência de um direito fundado na razão. Tinha-se a ideia de que o direito positivado no Code Civil de Napoleão (1804) fora feito por representantes da nação francesa, e dessa forma, foi considerado como melhor do que outras fontes de manifestação do direito. A partir de então, a Escola da Exegese passou a ser valorizada pelos movimentos de codificações, que eram emanados da vontade do legislador (proveniente do Estado). Consequentemente, considerava-se como direito válido, o direito que se apresentasse em códigos sistematizados, que trouxesse um ideia de universalidade, rigidez e atemporalidade e que, principalmente, fosse emanado do Estado. Mediante a esse monismo, cabia aos juristas uma interpretação submissa das leis e ao juiz apenas a aplicação da lei (boca da lei), sendo que ambos perderam autonomia. Por outro lado, a Escola Pandectista, ou Escola Histórica Alemã (primeira metade do século XIX), seguiu uma lógica diferente. Os alemães àquela época foram privados de uma identidade política, por conta da tardia unificação da Alemanha. Essa condição possibilitou ao povo o surgimento de uma consciência nacional e uma valorização das formas tradicionais e espontâneas de organização política, como as formas comunitárias e conselhos medievais. Os Alemães acreditavam que o Estado e o Código eram artificiais e que a pretensão de universalidade deles ignorava as particularidades culturais. Dessa forma, quem melhor revelaria o espírito de uma nação seria o Volksgeist, ou espírito do povo, o que fazia com que eles reagissem ao direito estatal e buscassem fonte extra estatais e não legislativas, como o costume, o estudo do direito romano e a doutrina.
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