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ENZIMAS Cynthia de Oliveira Nascimento cynthiaon6@gmail.com FACULDADE SÃO MIGUEL BACHARELADO EM BIOMEDICINA Definição São catalisadores biológicos Eficiência catalítica maior que os catalisadores químicos (103 a 108 vezes ); Alta especificidade pelo substrato; Funcionam em soluções aquosas, temperatura e pH suaves; Propriedades e características Proteína – 3D – estrutura 2º e 3º. RNA (ribozimas): Reações relacionadas com o código genético Atuam em quantidades mínimas; Não são consumidas nas reações; Não são tóxicas; CHAMPE, P. C.; HARVEY,R.A FERRIER, R.D. Bioquímica ilustrada. 3º ed. São Paulo: Artmed, 2006. CAMPBELL, M.K. Bioquímica. 3ªed. Porto Alegre: Artmed, 2000 NELSON, D.V.; COX, M M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 3 ed. São Paulo: Savier, 2002 Bibliografia Nome recomendado: Conveniente, para uso corriqueiro. Adição do sufixo “ASE” ao nome do substrato (em algumas enzimas): 1. Nome do Substrato + ASE Glicosidase Urease Lipase Amilase Protease 2. Descrição da reação catalítica ATP + D-glicose ADP + D-glicose – 6 – fosfato ATP – glicose fosfotransferase 3. Nomes arbitrários: Tripsina e pepsina – proteases Nomeclatura e classificação Nome sistemático: União internacional de Bioquímica e Biologia Molecular (IUBMB) A cada enzima são atribuídos 4 números e um nome sistemático que identifica a reação. Ex. ATP glicose fosfotransferase (EC) 2.7.1.1: (2) indica o nome da classe – transferase. (7) a subclasse – fosfotransferase (1) Fosfotransferase com um grupo OH receptor (1) D-glicose como grupo receptor Nome trivial: Hexoquinase Nomeclatura e classificação Desidrogenases, Oxidases Nomeclatura e classificação Quinases, Transaminases Peptidases Dehidratases, Descarboxilases Epimerases Sintetases Exemplos Estrutura das enzimas 1. Enzimas Simples Sítio ativo 2. Enzimas alostéricas E Sítio ativo Sítio alostérico Produto da reação (feedback negativo) Substrato (cooperação) Efetores: + ou - Estrutura das enzimas 3. Enzimas complexas Estrutura proteíca + estrutura não proteíca (grupo prostético) Estrutura das enzimas Grupos protéticos: 2. Co-enzima: molécula orgânica não protéica 1. Co-fator: íon metálico Anidrase carbônica Citocromo oxidases Elementos Inorgânicos como co-fatores enzimáticos Estrutura das enzimas Estrutura das enzimas Elementos orgânicos como coenzima enzimáticos Coenzimas como transportadoras transientes de grupos funcionais ou átomos específicos Estrutura das enzimas Como as enzimas funcionam? Reação química: A+B - C Como as enzimas funcionam? Conclusões: Enzimas não alteram o equilíbrio da reação, apenas a velocidade da reação; Enzimas são regeneradas; Enzimas reduzem a energia de ativação, mas não altera a energia da reação De onde vem essa energia? Sítio ativo Enzima Substrato Complexo Enzima-substrato Complexo Enzima-produto Produtos Energia de ligação Catálise Especificidade Como as enzimas funcionam? Emil Fischer (1894): alto grau de especificidade das enzimas originou Modelo Chave-Fechadura, que considera que a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato. Koshland (1958): Encaixe Induzido, enzima e o o substrato sofrem conformação para o encaixe. O substrato é distorcido para conformação exata do estado de transição. Como as enzimas funcionam? Como as enzimas funcionam? Cinética enzimática Definição: Fatores que afetam a velocidade das reações enzimáticas: 1. Concentração da Enzima; Estuda a velocidade das reações enzimáticas e os fatores que a influenciam 2. Concentração do substrato; 3. pH; 4. Temperatura; Cinética enzimática Velocidade em função da concentração da enzima Cinética enzimática Velocidade em função da pH Movie Efeito do pH sobre a enzima 28 Cinética enzimática Velocidade em função da temperatura Uma elevação da temperatura maior resulta em redução da velocidade de reação, resultado da desnaturação da enzima. Inativação térmica Nº moléculas com energia para atravessar a Ea Cinética enzimática Velocidade em função da concentração do substrato Cinética hiperbólica Velocidade da reação Concentração de substrato Cinética enzimática Velocidade em função da concentração do substrato Cinética hiperbólica Velocidade da reação Concentração de substrato Cinética enzimática Velocidade em função da concentração do substrato Henri (1903): Enzima se liga ao substrato para formar o complexo ES Michaelis e Menten (1913): Leonor Michaelis -Enzimologista Maud Menten - Pediatra E + S K1 K-1 ES K2 E + P 1ª Etapa 2º Etapa Cinética enzimática Equação de Michaelis e Menten (1913): Equação de Lineweaver-Burk: Cinética enzimática Km e Vmáx Hexoquinase Isoenzimas Hexoquinase: Outros tecidos Glicose 6 fosfato Km=0,1mM Glicoquinase: Fígado Frutose-6-fosfato Km=10mM Conclusão: Diferentes Km Diferentes Vmax Diferentes tecidos Diferentes reguladores alostéricos Velocidade da reação Cinética enzimática Enzimas alostéricas: cinética sigmoidal Efeito cooperativo Velocidade da reação Concentração de substrato Nível de saturação 37 Comportamento tipo Michaelis-Menten X Comportamento Alostérico. Regulação enzimática Podem ser de dois tipos: 1. Lenta – Regulação da síntese de enzimas 2. Rápida – a. Molecular b. Covalente c. Clivagem proteolítica Regulação alostérica Não obedecem a cinética de Michaelis-Menten; Funcionam se ligando a compostos reguladores não covalente - moduladores ou efetores alostéricos (metabólitos pequenos ou co-fatores) Moduladores podem ser inibidores ou ativadores; São maiores e mais complexas, possuem duas ou mais cadeias polipeptídicas. Efetores Homotrópicos: O próprio substrato atua como efetor. Efetores Heterotrópicos: o efetor pode ser diferente do substrato. Subunidade catalítica Subunidade reguladora (Estimulador) Ligação do modulador a subunidade reguladora é comunicado a subunidade catalítica que se torna ativa para se ligar ao substrato (dissociação do modulador da subunidade reguladora) Regulação alostérica Regulação alostérica Efetor positivo Efetor negativo Efetor negativo Efetor positivo Regulação alostérica Regulação alostérica Exemplos de reguladores alostéricos: Regulação covalente reversível Grupos químicos são ligados covalentemente e removidos da enzima reguladora por enzimas ≠, podem ser: fosfato, adenosina monofosfato, grupos metil, dentre outros. Regulação covalente reversível Regulação por clivagem proteolítica Complexo multienzimático ATPase Piruvato desidrogenase Inibidores Inibição enzimática molecular rápida Reversível irreversível Competitiva Não-competitiva Mista Inibição reversível competitiva Km Vmáx Constante Sem inibidor Com inibidor Inibição reversível competitiva Inibição reversível competitiva Inibição reversível não-competitiva Inibição reversível não-competitiva 1- sem inibidor ; 2- com inibidor na concentração [I1] ; 3- com inibidor na concentração [I2] > [I1] Km constante Vmáx Sem inibidor Com inibidor Inibição reversível mista Inibição reversível mista Vmax parte da E é completamente removida do sistema e Km permanece a mesma. K2 E + P E + S ES K1 EI + I I se combina com um grupo funcional, na molécula da E, que é essencial para sua atividade. Podem promover a destruição do grupo funcional Forma-se uma ligação COVALENTE entre o I e a E. Inibição irreversível Inibição irreversível 58 ENZIMA FONTE APLICAÇÃO Papaína mamão Ajuda na digestão, Médica, bebidas, carnes Bromelina abacaxi Ajuda na digestão, Médica, bebidas, carnes Diastase malte Panificação, xarope Pepsina mucosa gástrica suíno Amaciamento de carne Lipase Candidarugosa Tratamento de efluentes Permitem às indústrias usarem processos mais econômicos, diminuindo o consumo de energia e recursos; mais confiáveis e que poluem menos. São eficientes; Muito específicas; Permite produção segura e ambientalmente amigável. Origem vegetal Origem animal Origem microbiana ENZIMAS E APLICAÇÕES 59 Proteases Leite: na preparação do leite de soja. Carnes e Peixes: recuperação de proteínas do osso ou espinha. Vinhos: clarificação. Queijo: coagulação da caseína. 60 Lactase Sorvete: prevenção da cristalização da lactose. Leite: estabilização das proteínas do leite em leites congelados por remoção da lactose. Hidrólise da lactose, permitindo o uso por adultos deficientes na lactase intestinal e em crianças com deficiência em lactase congênita. Ração: conversão da galactose em lactose e glicose. 61 Enzimas utilizadas em tratamento de efluentes Enzima e fonte Poluentes e efluentes Azorredutase(Pseudomonas luteola) Indústria de tinta Catalase(Baccilussp.) Remoção de H2O2 presente em efluentes de branqueamento de tecidos -glicosidase e Manganês peroxidase Remoção de corantes azo na industria de alimentos e da industria têxtil Polifosfatase e Fosfotransferase Remoção de fosfato biológico de efluentes Protease pronase (Pseudomonas aeruginosa) Inativação de vírus bacteriófago Cox A9 de efluentes, para reutilização da água Naftaleno-dioxigenase Remoção de naftaleno Lipase(Penicillium P4) Remoção do teor de DQO de efluentes de óleo de oliva (Candida rugosa) Redução do teor de lipídeos e DQO efluentes avícolas (pâncreas de porco) Redução do teor de lipídeos e SS de efluentes da indústria de derivados lácteos 62 63 MOVIE 64