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1 OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO • O esforço cooperativo do homem é a base da sociedade; • Terminologia: Administração (latin) – Ad (direção) e minister (subordinação ou obediência) – Aquele que presta serviço a outro; • Tarefas básicas da Administração: Fazer as coisas por meio das pessoas de forma eficiente e eficaz; Interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle, com eficiência e eficácia. • Missão da Administração: Planejar, dirigir e controlar os recursos para atender as flutuações, a curto, médio e longo prazo, do mercado. • O crescimento das organizações exigiu o desenvolvimento da Administração e suas teorias: Ênfase Teoria Enfoque Nas tarefas Administração científica (1903) Racionalização do trabalho no nível operacional 2 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS Ênfase Teoria Enfoque Na estrutura Clássica (1916) e Neoclássica (1954) Organograma formal, princípios gerais da Administração, funções do Administrador Da Burocracia (1909) Organização formal burocrática e racionalidade organizacionais. Estruturalista (1947) Múltipla abordagem: Organização formal e informal, análise intra-organizacional e análise interorganizacional. Nas pessoas Relações humanas (1932) Organização informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo. Comportamental (1957) Estilos de Administração, teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e do indivíduo. Desenvolvimento Organizacional (1962) Mudança organizacional planejada, abordagem de sistema aberto. 3 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS Ênfase Teoria Enfoque No ambiente Estruturalista (1947) Análise intra-organizacional e análise ambiental, abordagem de sistema aberto. Da Contingência (1972) Análise ambiental (imperativo ambiental), abordagem de sistema aberto. Na tecnologia Da Contingência (1972) Administração da tecnologia (imperativo tecnológico) 1932 Teoria das Relações Humanas 1903 Administração Científica 1909 Teoria da Burocracia 1916 Teoria Clássica 1947 Teoria Estruturalista 1951 Teoria dos Sistemas 1953 Teoria Neoclássica 1954 Teoria Comportamental 1962 Desenvolvimento Organizacional 1972 Teoria da Contingência 4 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS •As cinco variáveis básicas da TGA: Tarefas Estrutura Ambiente Tecnologia Pessoas ORGANIZAÇÃO 5 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS •O perfil do Administrador: Profissional de formação ampla e variada; Habilidade para se relacionar com pessoas; Atenção aos eventos passados e presentes, bem como à previsões futuras; Apto a tomar decisões; Agente de mudanças; Educador. •Novos requerimentos ao Administrador (McKinsey & Company): GERAIS •Capacidade de solucionar problemas; •Capacidade de estabelecer prioridades; •Trabalhar em equipe; •Possuir criatividade e ser empreendedor; •Capacidade de filtrar e usar bem as informações; •Comunicar-se em outras línguas; •Não ter medo de errar!!!! INDIVIDUAIS •Conhecer a si mesmo; •Ter objetivos de vida claros; •Saber identificar as oportunidades adequadas ao seu perfil. 6 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS •Algumas mudanças recentes no contexto do Administrador McKinsey & Company): Queda intensiva nas barreiras para a obtenção das informações e perda de foco na sua procura; Investimento em produtividade com eliminação sistemática das tarefas repetitivas Aumento da velocidade da inovação mercadológica, ameaçando a posição das empresas líderes (IBM, Microsoft, etc); Brasil: Abertura rápida de mercado e movimentações intensa em alguns setores •Perspectivas futuras da Administração: Mudança da era da industrialização para a era da informação; É a vez das organizações flexíveis; As mudanças são cada vez mais rápidas e inesperadas; As organizações estão crescendo a nível mundial; As atividades organizacionais são cada vez mais complexas. 7 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS •Desafios da Administração para o Século XXI: Gerenciar organizações cada vez mais complexas; Buscar alternativas para sobreviver num ambiente altamente competitivo; Saber trabalhar com a tecnologia, adequando-se às inovações; Buscar produtividade maior mesmo com a diminuição crescente dos recursos, principalmente capital; Buscar atuação global; Trabalhar para que a imagem das organizações seja a melhor possível. 8 Revolução Industrial A revolução da Administração Primeira fase da Revolução ( 1780 / 1840 ) Uma profunda transformação econômica e social. O homem do campo e o artesão destituídos de qualquer coisa além de sua força de trabalho, passaram a vendê-lá ao novo capitalista industrial. Segunda fase da Revolução ( 1840 / 1895 ) O processo de industrialização se alastrou da Inglaterra para vários países, promovida por aprimoramento dos meios de transporte e pelo abundante capital acumulado,. Provindo do comércio colonial em expansão, do contrabando, tráfico de escravos da agricultura e da produção manufatureira, o capital britânico encontrou nas estradas de ferro o seu escoadouro natural. 9 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA • A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas; • Objetivava a eliminação dos desperdícios e elevar os níveis de produtividade • Frederick W. Taylor (1856-1915): Primeiro período de Taylor: Livro Shop Management (1903): Técnicas de racionalização do trabalho através do estudo de tempos e movimentos (motion-time study); O objetivo da administração é pagar altos salários e reduzir custos de produção; Para tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos para estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações; Os empregados devem ser selecionados e colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas possam ser cumpridas; Os empregados devem ser treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executaras tarefas, a fim de cumprir uma produção normal; Deve haver uma atmosfera de cooperação entre Administração e trabalhadores, para garantir um ambiente psicológico adequado. Qual a melhor forma de fazer um determinado trabalho? 10 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Segundo período de Taylor: Livro The Principles of Scientific Management (1911): O principal objetivo da Administração Científica é assegurar o máximo de prosperidade para o patrão (lucros maiores) e para o empregado (salários maiores); A estruturação geral da empresa como requisito para a aplicação dos princípios; Os males de uma empresa: Vadiagem sistemática dos operários; Desconhecimento das rotinas de trabalho por parte da gerência; Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. Os Princípios da Administração Científica de Taylor: Planejamento: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento; Preparo: Seleção científica e treinamento dos operários, preparo também das máquinas tendo em vista seu uso racional; Controle: Controlar o trabalho para ver se está sendo executado conforme o planejado Execução: Distribuir a execução das tarefas aos operários. 11 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Princípio da exceção: O Administrador não deve se preocupar com os padrões normais e sim nos desvios que afastem do padrão; Os diretores devem receber somente relatórios condensados, mas antes estes relatórios devem ser cuidadosamente analisados por assistentes, que apontarão todas as exceções notórias; As decisões dentro dos padrões (rotineiras) devem ser delegadas aos subordinados, deixando os problemas mais sérios e importantes para os superiores. Região da Normalidade Exceções Q1 Q3 Q2 Ocorrências F re q ü ê n c ia 12 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA •Harrington Emerson (1864-1945): Precursor da Administração por objetivo; A visão organizacional para a Administração Científica; “A predeterminação dos resultados é a principal característica do novo método”; “A aceitação do acaso é a principal característica do velho método”; Os doze princípios da eficiência de Emerson (1912): Ideais: Objetivos claramente definidos por toda organização; Bom senso: Administrar é, antes de tudo, uma questão de bom senso; Competência: O sucesso da organização está veiculada à capacidade de organizar a busca de conselhos competentes; Disciplina: A noção de responsabilidade de cada empregado; Justiça social no trabalho: Salários e condições de trabalho justos; Registros confiáveis, imediatos e permanentes: Definia um sistema de informações que pudesse fornecer informações à nível gerencial de forma eficaz (sem erros, rápidos e disponíveis a qualquer momento); Despacho: A empresa toda era suscetível de uma programação e controle; 13 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Padrões e prazos: A padronização levada à outras áreas (medicina, administração, física, etc); Padronização de condições de trabalho, de operações e de instruções: Padronização das peças resultantes de uma máquina e a padronização dos desenhos técnicos (princípios 9, 10 e 11); Incentivo para a eficiência: Pagamento na base de hora com tabela progressiva. •Henry Laurence Gantt (1861-1919): Ênfase no ser humano; Democracia Industrial: Igualdade de oportunidade entre os empregados; Identidade de interesses entre empregadores e empregados; Gráfico de Grantt para simbolizar a produção ao longo do tempo: 14 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HENRY FORD Em 1899 – fundou a primeira Fábrica de automóveis que logo veio a fechar. Continuou sem desanimar, e em 1903, fundou a FORD MOTOR, fabricando o primeiro modelo popular o famoso modelo T, e com preços populares Em 1913 já se fabricava 800 carros por dia Estabeleceu nessa época o salário mínimo de 5 dólares por dia a seus funcionários. E a jornada de 8 horas por dia. Na maioria dos países a jornada de trabalho variava entre 10 a 12 horas por dia. Princípio da Produtividade: Consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período ( PRODUTIVIDADE) por meio da especialização e da LINHA DE MONTAGEM. Assim o operário pode ganhar mais um mesmo período de tempo e o empresário ter maior produção. 15 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA •Administração como ciência: A improvisação deve ceder o lugar ao planejamento; Identidade de interesses entre empregadores e empregados; •Frank Bunker Gilbret (1868-1924): Ênfase na redução de custos de mão-de-obra; Publicação do livro Estudo de Movimentos (1911): Objetivava o aumento da eficiência do trabalhador através da análise do trabalho; Adoção de fotos e filmagens nas observações; Discordâncias de Taylor: O uso da cronoanálise; Importância dos sindicatos; Elemento humano. •Organização racional do trabalho: Cada operário tinha sua maneira de executar uma atividade; A busca da melhor forma de executar uma atividade; O operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer o método mais eficiente; Repartição de responsabilidades: Gerência – Planejamento; Supervisão – Assistência contínua ao trabalhador; Operário – Execução da operação. A Organização racional do trabalho se baseia em: Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos; Estudo da fadiga humana; Divisão do trabalho e especialização do operário; Desenho de cargos e tarefas; Incentivos salariais e prêmios de produção; Conceito do Homo economicus; Condições ambientais de trabalho (iluminação, conforto, etc); 16 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Padronização de métodos e de máquinas; Supervisão funcional. Análise do trabalho e o estudo de tempos e movimentos: Objetivos do estudo de tempos e movimentos: Eliminar todos os desperdícios de esforço humano; Adaptar os operários às tarefas; Treinar os operários para executar as tarefas de forma eficiente; Tornar o operário especialista na sua operação; Estabelecer normas de execução do trabalho; Aumentar a eficiência do processo produtivo. A eficiência do trabalho estava relacionada à divisão de todas as tarefas ao longo do processo de forma ordenada; Os movimentos inúteis eram eliminados e os úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos; Adoção da cronoanálise como ferramenta de medição dos tempos; Determinação do tempo médio ou padrão de execução da operação: Tempo padrão = Tempos elementares + Tempos mortos 17 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Estudo da fadiga humana: A fadiga é o cansaço resultante de trabalho excessivo; A fadiga pressupõe o trabalhador a: Diminuição da produtividade e da qualidade do trabalho; Perda de tempo; Aumento da rotatividade de pessoal; Doenças e acidentes. Princípios da economia de movimentos: Adequação do uso do corpo humano, o arranjo físico e as ferramentas de trabalho. 18 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Divisão do trabalho e especialização do operário: Cada operário se responsabilizava por uma etapa do processo, ao qual se especializava para proporcionar maior eficiência; Processos contínuos e repetitivos; O operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer seu método de trabalho; Um operário desempenha a tarefa total Vários operários desempenham em paralelo partes da tarefa Vários operários desempenham em uma série partes da tarefa total 19 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 100% 110% Prêmio de Produção Desenho de cargos e tarefas: Tarefa é toda e qualquer atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização, é a menor unidade possível; Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva; Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os demais existentes; O objetivo era simplificar os cargos para obter o máximo de especialização; Incentivos salariais e prêmios de produção: Objetivava conciliar os interesses dos operários com os da organização; Remuneração baseada no tempo para a remuneração baseada na produção O tempo padrão como100% de eficiência; Produção até o nível de 100% - remuneração por unidade produzida; Produção acima do nível de 100% - remuneração por unidade produzida + prêmio de produção. Conceito de Homo Economicus: O homem é motivado somente pelos ganhos financeiros; O homem procura o trabalho como meio de ganhar a vida e não por gostar dele; O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro. Condições de trabalho: O melhoramento das condições de trabalho como base para atingir a eficiência; As principais condições de trabalho são: Adequação dos instrumentos e ferramentas de trabalho para minimizar o esforço; Arranjo físico das máquinas para racionalizar o fluxo da produção; Melhoria do ambiente físico de trabalho (iluminação, ventilação, etc); Equipamentos especiais (transportadores, seguidores, etc). Padronização: A padronização é a aplicação de normas e procedimentos em uma organização tendo em vista a eliminação do desperdício e aumento da eficiência. 20 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Supervisão funcional: A especialização do supervisor para acompanhar o operário especializado; Um operário não pode subordinar-se à dois chefes. Apreciação crítica da Administração científica: Mecanismo da Administração científica: Ênfase nas tarefas; A organização como um conjunto de peças, uma máquina; Visão mecanicista (o homem deveria produzir como uma máquina); Ausência de participação dos operários nas decisões; Geração de insatisfações por parte dos operários; Execução dissociada do planejamento. 21 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Estudos dos tempos e movimentos Maiores lucros e maiores salários Seleção científica do trabalhador Determinação do método de trabalho. Lei da fadiga Padrão de Produção Plano de incentivo salarial Supervisão Funcional Condições de trabalho Máxima eficiência Superespecialização do operário: A especialização do operário nem sempre redunda em um aumento de eficiência. Visão microscópica do homem: Visão individualista do homem, desconsiderando o lado social; O homem como ser preguiçoso e ineficiente; O homem trabalhando como um apêndice da máquina. Ausência da comprovação científica: Método empírico baseado na evidência; Abordagem incompleta da organização: Restrição aos aspectos formais da organização; Limitação do campo de aplicação: Ênfase somente no chão de fábrica, omitindo-se das demais áreas. Abordagem prescritiva e normativa: Prescrever situações para padronizá-las. Abordagem de sistema fechado: A organização como instituição isolada do ambiente. 22 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 23 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO • A busca da eficiência através da ênfase na estrutura; Eficiência Tarefas Estrutura •Henri Fayol (1841-1925): Funções básicas de uma empresa: Técnicas: Produção de bens e serviços da empresa; Comerciais: Compra, venda e permutação dos produtos e serviços; Financeiras: Procura e gerência de capitais; Segurança: Proteção e preservação dos bens e das pessoas; Contábeis: Inventários, registros, balanços, custos, etc; Administrativas: Integração da cúpula com as outras cinco funções (coordenação). Funções Administrativas Funções Técnicas Funções Comerciais Funções Financeiras Funções Segurança Funções Contábeis 24 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Conceito de Administração: ( Henri Fayol ) Prever: Visualizar o futuro e traçar o programa de ação; Organizar: Constituir a estrutura, material e humana; Comandar: Dirigir e orientar o pessoal; Coordenar: Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos; Controlar: Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens expressas. Proporcionalidade das funções administrativas A função administrativa se reparte por todos os níveis hierárquico da organização e não é privativo somente para a alta cúpula; Funções Administrativas •Prever •Organizar •Comandar •Coordenar •Controlar Outras funções não administrativas Mais altos Mais baixos Níveis Hierárquicos Diferenças entre Administração e Organização: Administração: Consiste no todo, ao qual a organização faz parte; Organização: Consiste somente no estabelecimento da forma e da estrutura. Princípios gerais de Administração: Divisão do trabalho: Especialização do empregado para aumentar a eficiência; Autoridade e responsabilidade: Autoridade: Dar ordens e esperar obediência; Responsabilidade: Dever de prestar contas. Disciplina:é o comportamento perante os acordos estabelecidos; Unidade de comando: Cada empregado deve receber ordens somente de um superior; Unidade de direção: Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham um mesmo objetivo; Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses gerais da organização devem sobrepor aos do indivíduos; Remuneração do pessoal: Satisfação mútua (empregados e empregador); Centralização: Concentração de autoridade no topo da hierarquia; 25 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Cadeia escalar: é a linha de autoridade no decorrer da estrutura; Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal; Estabilidade do pessoal: A rotatividade é prejudicial para a eficiência; Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente seu sucesso; Espírito de equipe: A união e harmonia entre as pessoas. Quanto ao comando, preceitou algumas responsabilidades do chefe: Conhecer seu pessoal; Excluir os incapazes; Conhecer as relações de trabalho (contratos); Dar bons exemplos; Fazer inspeções periódicas no corpo social; Reunir seus principais colaboradores para obter unidade de direção e convergência de esforços; Não se deixar absorver pelos detalhes; Incentivar o pessoal a atividade, iniciativa e devotamento. 26 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 27 ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO •Oliver Sheldon (1894-1951): Considerou a importância sobre a responsabilidade social; Princípios de Administração: A indústria serve para oferecer bens e serviços para a sociedade; A administração industrial precisa ser governada por princípios baseados no conceito de serviço à comunidade; Divisão da Administração: Administração: Fixa políticas; Gerência: Executa-as, desenvolvendo a eficiência; Organização: Processo de combinação do trabalho individual do grupal. A eficiência é dependente da estrutura da organização; 1. Características da Teoria Neoclássica: • Ênfase na prática da administração: Busca por resultados concretos e palpáveis; A teoria somente tem valor se puder ser operacionalizada. • Ênfase nos princípios gerais de administração: Estabelecimento de normas de comportamento administrativo; Baseia-se na apresentação e discussão de princípios gerais: planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho dos seus subordinados; Independentemente do tipo de organização, os problemas administrativos são basicamente os mesmos. • Ênfasenos objetivos e nos resultados: Toda organização existe para alcançar objetivos e produzir resultados; É em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada; O desempenho organizacional é medido em função dos objetivos e resultados. • Ecletismo dos autores da Teoria Neoclássica. 28 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 29 2. Administração como técnica social: • O bom administrador deve: Alcançar os objetivos da organização; Com menor dispêndio de recursos, esforço e atritos. • A administração é essencial à toda atividade humana coletiva. 3. Aspectos administrativos comuns às organizações: • Cada organização deve ser considerada pelo ponto de vista da eficácia e da eficiência simultaneamente; • Diferenças entre eficiência e eficácia: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO EFICIÊNCIA EFICÁCIA FAZER AS COISAS CERTAS FAZER CERTO AS COISAS 4. Princípios básicos da organização: • Orientada para os objetivos econômicos da organização (bens ou serviços): • Divisão do trabalho em todos os níveis organizacionais: Nível institucional: Dirigentes e diretores; Nível intermediário: Gerentes; Nível operacional: Supervisores e operários. • Especialização: Especialização dos órgãos que compõe a empresa. • Hierarquia: Necessidade de estrutura hierárquica definida para o cumprimento das missões; Quanto mais elevado for o cargo, maior a autoridade do administrador; Características da autoridade: A autoridade está no cargo e não nas pessoas; A autoridade deve ser aceita pelos subordinados; A autoridade flui de cima para baixo na hierarquia verticalizada. Quanto maior o nível hierárquico, maior será também a responsabilidade; 30 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO A responsabilidade pode ser delegada para pessoas abaixo no nível hierárquico; As técnicas de delegação: Delegar a tarefa inteira; Delegar parte da tarefa; Os tipos de delegação: Delegar a responsabilidade; Delegar a responsabilidade e autoridade. A delegação deve ser feita para a pessoa certa – conciliar o talento da pessoa com a tarefa; Além disso, o administrador deve manter a linha aberta com a pessoa que recebeu a delegação de tarefas; O administrador deve também avaliar o desempenho daquele que recebeu a delegação de tarefa. 31 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 32 5. Amplitude administrativa: • Significa quantos subordinados um administrador pode supervisionar; ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Amplitude estreita com um número de níveis hierárquico maior. Amplitude larga com um número de níveis hierárquico menor. 6. Centralização x Descentralização: • Refere-se ao nível hierárquico em que as decisões são tomadas; • Centralização: Características: Enfatiza as relações escalares (cadeia de comando); A premissa básica é a de que o indivíduo no topo tem a máxima autoridade; A autoridade dos demais indivíduo é escalada para baixo, de acordo com sua posição no organograma. 33 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Estrutura centralizada Estrutura descentralizada VANTAGENS DESVANTAGENS As decisões são tomadas por administradores que possuem uma visão global da empresa. As decisões são tomadas na cúpula que está distanciada dos fatos e circunstâncias. Os tomadores de decisão no topo são mais preparados que os que estão nos níveis mais baixos. Os tomadores de decisões no topo tem pouco contato com as pessoas envolvidas. As decisões são mais consistentes com os objetivos da organização. Muitas decisões que são tomadas não são possíveis de executar devido à sua generalidade. Elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz o custo operacional. As linhas de comunicação da cadeia escalar provocam demoras e maior custo operacional. Certas operações permitem maior especialização e vantagens com a centralização. As decisões passam pela cadeia escalar, envolvendo pessoas intermediárias e possibilitando distorções e erros no processo de comunicação. 34 Vantagens e desvantagens: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO • Descentralização: Características: As decisões são mais pulverizadas nos níveis mais baixos da organização; Existe uma relativa autonomia e independência para tomar decisões; A autoridade para tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próxima da cena quanto possível; A descentralização é tanto maior quando: a) Mais decisões são tomadas nos níveis mais baixos da hierarquia; b) Quanto mais importante forem as decisões tomadas nos níveis mais baixos; c) Quanto menor for a supervisão sobre a decisão tomada. Elementos que contribuem para aumentar a descentralização: a) Complexidade dos problemas organizacionais; b) O tamanho das organizações; c) Mudança e inovação. 35 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS Rapidez nas decisões, pois os gerentes estão próximos aos fatos. Falta de uniformidade nas decisões A eficiência e motivação tendem a aumentar. Insuficiente aproveitamento dos especialistas localizados nos escritórios centrais. Melhora a qualidade das decisões. Pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos envolvidos. Libera a alta cúpula para decidirem sobre assuntos mais importantes. Maior custo de treinamento para os administradores médios. Reduz-se custos, uma vez que há uma diminuição da burocracia e de pessoal. Tendência à decisões que beneficiem o departamento do tomador de decisão. Os gastos com coordenação são diminuídos, devido à uma maior autonomia. As políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos. Permite a formação de executivos ao longo da hierarquia, ao invés de simples cumpridores de ordens. 36 Vantagens e desvantagens: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 37 7. Funções do administrador: • Basicamente as funções do administrador seguia os princípios de Fayol (prever, organizar, coordenar e controlar); • O ciclo administrativo: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Planejamento Organização Direção Controle Direção Planejamento Controle Organização 38 • Quando consideradas isoladamente, os elementos constituem as funções administrativas: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Planejamento •Definir missão; •Formular objetivos; •Definir os planos para alcançá-los; •Programar as atividades. Organização •Dividir o trabalho; •Designar as atividades; •Agrupar as atividades; em cargos e órgãos; •Alocar recursos; •Definir autoridade e responsabilidade. Direção •Designar as pessoas; •Coordenar esforços; •Comunicar; •Motivar; •Liderar; •Orientar. Controle •Definir padrões; •Monitorar o desempenho; •Avaliar o desempenho; •Ação corretiva. • Planejamento: Função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivose como se fazer para alcançá-los; Estabelecimento de objetivos: Saber onde se pretende chegar; São os resultados futuros que se pretende atingir; São alvos escolhidos que se pretende chegar dentro de um certo espaço de tempo, aplicando os devidos recursos. 39 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Presente Onde estamos agora Situação atual Planejamento Onde pretendemos chegar Futuro Planos Objetivos pretendidos 40 Desdobramento dos objetivos: As organizações perseguem vários objetivos; Predominância dos objetivos da empresa sobre os demais; Hierarquia de objetivos: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Amplitude Detalhamento OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS Estabelecimento de objetivos da organização POLÍTICAS Colocação dos objetivos como guia para a ação DIRETRIZES Linhas mestras e genéricas de ação METAS Alvos a atingir a curto prazo em cada órgão PROGRAMAS Atividades necessárias para cada meta MÉTODOS Planos para a execução das tarefas NORMAS Regras para cada procedimento Abrangência do planejamento: Planejamento estratégico: a) É projetado a longo prazo, tendo seus efeitos e conseqüências estendidos a vários anos pela frente; b) Envolve a empresa como um todo; c) Estabelece os objetivos ao nível organizacional; d) Definido pela cúpula e deve contar com a subordinação dos demais. Planejamento tático: a) É projetado a médio prazo, geralmente um ano; b) Envolve os departamentos (níveis intermediários); c) Estabelece os objetivos a nível departamental; Planejamento operacional: a) É projetado para o curto prazo (imediato); b) Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente; c) Preocupa-se em atingir metas específicas; d) É definido no nível operacional. 41 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 42 O plano: O plano é o produto do planejamento; O plano tem o objetivo de descrever os eventos definidos no planejamento; Tipos de planos: ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TIPOS DE PLANOS Relacionados com métodos Relacionados com dinheiro Relacionados com dinheiro Relacionados com tempo Relacionados com comportamento Procedimentos Orçamentos Programas e programações Regras ou regulamentos Métodos de trabalho ou de execução. Representados por fluxogramas. Receita/despesa em um dado espaço de tempo Correlação entre tempo e atividades (agendas). Representado por cronogramas. Como as pessoas devem se comportar em determinadas situações. • Organização:: Significa o ato de organizar, estruturar e integrar recursos e os órgãos da empresa, bem como definir as inter-relações existentes; Para que os objetivos sejam alcançados, as atividades precisam ser agrupadas de forma lógica e a autoridade distribuída, evitando assim conflitos; Organizar consiste em: Determinar as atividades de cada órgão (especialização); Designar as atividades às respectivas Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização); pessoas (cargos e tarefas); Alocar recursos; Coordenar os esforços. Abrangência da organização: Organização ao nível global: É a organização que abrange a empresa como um todo 43 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Organização ao nível departamental: É a organização departamental, ou seja, a departamentalização; Organização ao nível das tarefas e operações: É a descrição dos cargos e tarefas. • Controle: Controlar significa: Definir os padrões de desempenho; Monitorar o desempenho; Comparar o desempenho com os padrões; Tomar a ação corretiva para assegurar os objetivos traçados. Fases do controle Estabelecimento dos padrões ou critérios: a) Quantitativos: Volume de produção, níveis de estoque, etc; b) Qualitativos: Controle de qualidade, especificações técnicas, etc; c) Temporais: Tempo de entrega, tempo médio de estocagem, etc; d) Financeiros: Custos de produção, custos de estocagem, etc. 44 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Observação do desempenho: Busca obter informações precisas a respeito do que está sendo controlado; Comparação do desempenho com o padrão estabelecido: a) Estabelecer os erros e desvios aceitáveis; b) Nem toda variação exige correção, somente aqueles fora da normalidade; c) O desempenho deve ser comparado com o padrão para verificação de erros ou desvios em relação ao que foi traçado; Ação corretiva: Garantir que o que vai ser feito é o que realmente se pretendia fazer. Abrangência do controle: Controle estratégico; Controle tático; Controle operacional. 45 ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 01.Considerações Iniciais: •Movimento de reação e oposição às Teorias da Escola Clássica; •Deslocamento da ênfase nas tarefas e na estrutura para as pessoas; 02.Origens da Teoria das Relações Humanas: •Necessidade de humanizar e democratizar a Administração; •O desenvolvimento das relações humanas; •As idéias de filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin; •As conclusões da experiência de Hawthorne. 03.George Elton Mayo (1880-1948): •Principais obras: The human problems of an industrial civilization (1933), The social problems of an industrial civilization (1945) e The political problems of an industrial civilization (1947); 04.A experiência de Hawthorne (1927-1932): •1a. Fase – A descoberta do fator psicológico na produtividade do operário: Objetivo inicial: Medir a influência da variação das condições de trabalho na produtividade dos operários; Metodologia: Separação do grupo de observação do grupo de referência; 46 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS O grupo de observação tinha as mesmas condições de trabalho do grupo de referência; Introdução de mudanças na intensidade da iluminação do ambiente de trabalho do grupo de observação; Introdução de supostas mudanças na intensidade da iluminação do ambiente de trabalho; Comparação do desempenho do grupo de observação com os demais operários; Conclusões: Quando a intensidade de luz aumentava, os operários julgavam- se na obrigação de produzir mais e vice-versa; O fator psicológico influenciava no rendimento: Os operários reagiam de acordo com suas suposições pessoais; O fator psicológico preponderava sobre o fator fisiológico A eficiência do operário é afetada por fatores psicológicos; •2a. Fase – O modelo de chefia e suas influências no grupo: Objetivo inicial: Determinar como as práticas de chefia influenciavam a produção. 47 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Metodologia: Separação do grupo de observação do grupo de referência; O grupo de observação tinha as mesmas condições de trabalho do grupo de referência, inclusive um supervisor e um observador que garantia o espírito de equipe e cooperação; Mudanças nas condições de trabalho: período de descanso, lanches, redução de horário, etc; O grupo de observação era informado das modificações e opinavam sobre elas, diferentemente do grupo de referência; Comparação do desempenho do grupo de observação com o grupo de referência. Conclusões: Aumento da satisfação dos operários, motivado pela: Sensação de supervisãomais branda; Liberdade e menor pressão; Inexistência do temor ao supervisor; Desenvolvimento social do grupo de observação; Desenvolvimento de objetivos comuns do grupo. 48 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS •3a. Fase – O surgimento da organização informal: Objetivo inicial: Conhecer as atitudes e sentimentos dos operários, bem como ouvir suas opiniões através de entrevistas. Metodologia: Criação da divisão de pesquisas industriais em 1929; Adoção da técnica de pesquisa não diretiva e livre (1931). Conclusões: Descobrimento de uma organização informal dos operários afim de se protegerem contra as ameaças da Administração. Essa organização se manifestou por meio de: Produção controlada por padrões estabelecidos pelo grupo; Práticas não-formalizadas de punição social contra aqueles que desobedecessem ao padrão do grupo; Expressões que transpareciam as insatisfações; Liderança informal; Contentamento e descontentamento com relação às atitudes dos supervisores a respeito do comportamento dos operários. 49 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 05.Conclusões da experiência de Hawthorne: •Nível de produção resultante da integração social: O nível de produção é determinado por normas sociais e expectativas grupais e não pela capacidade física ou fisiológica; A disposição em produzir depende da integração do operário ao grupo, ou seja, o trabalho é uma atividade grupal; •Comportamento social dos empregados: O comportamento do indivíduo se apóia totalmente no grupo; Os padrões de produção era determinado pelo grupo e o indivíduo não se sentia livre para estabelecer sua produtividade; Existência de punições sociais do grupo aos operários que desobedecessem aos padrões estabelecidos pelo próprio grupo; A amizade e o agrupamento social dos trabalhadores devem ser considerados pela Administração. •Recompensas e sanções sociais: 50 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS P1 P2 Sanções sociais Recompensas financeiras P1 Padrão de produção estabelecido pelo grupo P2 Padrão de produção estabelecida pela Administração A motivação econômica é secundária na determinação do rendimento do trabalhador; As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, aprovação social e participação. •Grupos informais: A organização constituída de grupos informais, caracterizada pela: Estrutura concebida pelos trabalhadores nem sempre coincidiam com a estrutura estabelecida pela Administração; Regras de comportamento próprias. •Relações humanas: Os indivíduos participam de grupos sociais e mantêm-se em uma constante interação social; As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas desenvolvidas através dos contatos entre pessoas e grupos; Cada pessoa procura ajustar-se ao grupo, pretendendo ser compreendida; •Importância do conteúdo do cargo: A especialização do trabalho não cria a organização mais eficiente; Operários trocavam de posição para evitar a monotonia; 51 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS As trocas de posições diminuíam a eficiência, contrariava a administração mas elevava a moral do grupo; Trabalhos repetitivos afeta negativamente a atitude do trabalhador e reduz sua satisfação e eficiência. •Ênfase nos aspectos emocionais Os elementos não-planejados do comportamento humano devem merecer atenção da Administração. 06.A civilização social e o homem segundo Mayo: •O progresso industrial provocou um profundo desgaste no sentimento de cooperação humana; •Os métodos de trabalho visam a eficiência e não a cooperação; •Para resgatar a cooperação humana, Mayo defendia o seguinte: O trabalho como uma atividade tipicamente grupal; O operário reage como membro de um grupo e não individualmente; A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e comunicar com todo o pessoal; A pessoa humana é motivada pela necessidade de estar junto e ser reconhecida A fábrica como o segundo lar dos operários. 52 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 07.As funções básicas da Organização Industrial segundo Roethisberger e Dickson: •A fábrica como um sistema social; •Funções básicas da organização industrial: Produzir bens e serviços – função econômica; Satisfazer seus participantes – função social. •A função econômica trazia o equilíbrio externo enquanto a função social trazia o equilíbrio interno. 08.Comparação entre a Teoria Clássica e das Relações Humanas: 53 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS RELAÇÕES HIMANAS Trata a organização como máquina Trata a organização como grupos de pessoas Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistemas de psicologia Autoridade centralizada Delegação de autoridade Especialização e competência técnica Confiança e abertura Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas relações entre as pessoas Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas Clara separação entre linha e staff Dinâmica grupal e interpessoal 1. Mudanças ideológicas: • Conceitos técnicos (científicos) x conceitos sociais; • O engenheiro x psicólogo e sociólogo; • Método da máquina x dinâmica de grupo; • Homo economicus x homem social; 2. O homem social: • O comportamento no trabalho é conseqüência dos fatores emocionais; • As pessoas são motivadas por necessidades humanas; • A satisfação é alcançada através da interação do homem com o grupo social; • A rotatividade de pessoal (turnover) é uma conseqüência da dificuldade do indivíduo em se relacionar com o grupo; • O comportamento do grupo é conseqüência do estilo de supervisão e liderança; • As funções do supervisor: Influenciar seus subordinados; Obter lealdade; Conseguir padrões elevados de desempenho; Comprometer o grupo com os objetivos da organização. 54 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 3. Influências da motivação humana: • O salário não é o único fator motivacional; • O ser humano é motivado por recompensas sociais, simbólicas e não- materiais. 4. Teoria do campo de Lewin: • Objetivava explicar a motivação humana; • Suposições fundamentais: O comportamento é derivado da totalidade de fatos coexistentes; Os fatos coexistentes se relacionam entre si, dentro do campo dinâmico; O campo dinâmico é o espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico; O comportamento é o resultado da interação entre a pessoa e o meio que a rodeia. • Os objetos, pessoas ou situações adquirem uma valência para o indivíduo: A valência é positiva quando pode ou promete satisfazer as necessidades do indivíduo, atraindo-o; A valência é negativa quando pode ou promete ocasionar algum prejuízo ao indivíduo, repulsando-o. 55 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Tanto a repulsa como a atração produzem vetores que levam o indivíduo à locomoção; • Quando dois ou mais vetores atuam sobre o indivíduo ao mesmo tempo, a locomoção é uma resultante das forças • A locomoção pode ser impedida por uma barreira que não tem valência ou força • Uma barreira rígida exige do indivíduo maior esforço, enquanto que uma barreira intransponível adquire uma valência negativa; • A locomoção pode ser de abordagem (aproximação) ou de fuga (repulsa). 5. Necessidades humanas básicas: • O comportamento humano é determinada pela necessidade ou motivo; • A motivação se refere ao comportamento causada pela necessidade do indivíduo, que se dirige rumo à um objetivo; • Satisfeita uma necessidade, outra surge no lugar. 56 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃODECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 57 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • As necessidades humanas segundo Maslow: Alimento Repouso Abrigo Sexo Fisiológicas Proteção contra: Perigo Doença Desemprego Segurança Relacionamento Aceitação Amizade Compreensão Consideração Sociais Orgulho Auto-respeito Progresso Confiança Reconhecimento Admiração Estima Auto-realização Auto desenvolvimento Auto-satisfação Auto-realização Estímulo Comportamento Hierarquia das necessidades 58 – ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 7. Frustração ou compensação: • Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre a frustração, compensação ou transferência; Equilíbrio Barreira Estímulo ou incentivo Comportamento Tensão Necessidade Equilíbrio Ação Estímulo ou incentivo Comportamento Tensão Necessidade 6. Ciclo motivacional: 59 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 8. A Moral: • A moral como reflexo do estado motivacional das pessoas; • A moral é a responsável pelas atitudes ou postura das pessoas perante uma situação; • A moral alta estimula a cooperação, o interesse, identificação, aceitação, entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho; Moral baixo Moral alto Fanatismo Euforia Atitudes positivas Satisfação Otimismo Cooperação Coesão Colaboração Aceitação dos objetivos Boa vontade Identificação Atitudes negativas Insatisfação Pessimismo Oposição Negação Rejeição dos objetivos Má vontade Resistência Dispersão Disforia Agressão 60 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 9. O clima organizacional: • Clima organizacional é o ambiente psicológico e social existente na organização que condiciona o comportamento de seus membros; Moral alta Clima receptivo Clima negativo Moral baixa 10. Liderança: • Conceitos: Liderança como um fenômeno de influência interpessoal: É dirigida por meio da comunicação, decorrente dos relacionamentos; Assim, o líder exerce uma força psicológica que modifica o comportamento de outra, de algum modo intencional; Persuasão Pressão Coação Sugestão Emulação Forçar a fazer algo sem concordância Coerção, ameaça, forçar a aceitação Indução, mudar opiniões Propor algo sem forçar para a aceitação. Imitar com vigor p/ igualar ou ultrapassar Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo: O grupo tende a escolher como líder o indivíduo que possa conduzir o próprio grupo em rumo das metas, com menores perturbações possíveis; O líder é, portanto, um tomador de decisões ou que auxilia o grupo a tomar as devidas decisões. Liderança como uma relação entre líder e subordinados: O líder como meio de se atingir as necessidades individuais: a) As pessoas sempre procuram satisfazer suas necessidades; b) Muitas necessidades são satisfeitas por meio da relação interpessoal; c) O indivíduo estabelece os relacionamentos necessários para satisfazer suas necessidades pessoais; d) O grupo visualiza no líder o meio ideal para satisfazer suas necessidades, seguindo-o e obedecendo-o. Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação: A liderança depende de variáveis no líder, nos subordinados e nas situações que os cercam. 61 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Teorias sobre liderança: Teorias de traços de personalidade (o que o líder deve ser): O líder apresenta traços específicos que o distingue dos demais: a) Traços físicos: energia, aparência pessoal, etc. b) Traços intelectuais: Adaptabilidade, agressividade e entusiasmo. c) Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e administrativas. d) Traços relacionados à tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. Falhas da teoria dos traços: a) Não existe ponderação; b) Ignora a influência e reação dos subordinados; c) Alguns traços não são necessários em algumas organizações e em algumas ocasiões; d) Visão determinista (o indivíduo com os traços sempre vai ser líder). 62 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Autocrática Democrática Liberal O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder. O líder determina as providências para a execução das tarefas, na medida do necessário. O grupo esboça as providências para atingir os objetivos e pede conselhos ao líder. A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais e esclarecendo dúvidas desde que solicitado. O líder determina a tarefa que cada um deve executar. A divisão de tarefas fica a critério do grupo. A divisão de tarefas fica totalmente a cargo do grupo, sem a participação do líder. O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas. O líder procura ser um membro normal do grupo. O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. 63 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Teorias sobre estilos de liderança (comportamento do líder): Estilos de liderança segundo White e Lippitt: O trabalho só se desenvolvia com a presença do líder. O trabalho se desenvolvia ao acaso. Baixa produtividade. O trabalho se desenvolveu em ritmo suave e seguro. 64 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Estilo Autocrático Subordinados Líder Ênfase no líder Estilo Democrático Subordinados Líder Ênfase no líder e nos subordinados Estilo Liberal Subordinados Líder Ênfase nos subordinados Teorias situacionais de Tannenbaum e Schmidt: Liderança centralizada no chefe Liderança centralizada Nos subordinados Área de autoridade do administrador Área de liberdade dos subordinados Toma a decisão e comunica Vende sua decisão Apresenta sua idéia e pede perguntas Apresenta sua decisão que está sujeita a modificações Apresenta o problema, recebe sugestões e decide. Define os limites e pede ao grupo que decida. Permite que os subordinados ajam dentro dos limites definidos por superiores. • Estilos de liderança segundo Linkert: Liderança centralizada nas tarefas (job centered): É a liderança estreita e preocupada com a execução da tarefa e com seus resultados; Se preocupa com a conformidade da atividade. Liderança centralizada nas pessoas (employee centered): Preocupa-se com os aspectos humanos; Preocupa-se com o atingimento de metas, sem descuidar do desempenho agregado. • Teoria da grade gerencial de Blake e Mouton: Liderança centralizada nas tarefas (job centered): Todo administrador está voltado para duas preocupações: a) Ênfase na produção: resultados concretos dos esforços dossubordinados, ou seja, o resultado da tarefa; b) Ênfase nas pessoas: relações interpessoais. 65 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Liderança orientada para a tarefa Ponto Médio Liderança orientada para pessoas •A tarefa é mais importante. •Supervisão cerrada e detalhada •Supervisão restritiva •Liderança autocrática •Ênfase nos resultados •As pessoas são mais importantes. •Supervisão liberal e genérica. •Supervisão participativa. •Liderança democrática. •Ênfase na satisfação das pessoas. 66 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Letra Significado A Representa forte preocupação com a produção e nenhuma preocupação com as pessoas que estão produzindo. B É o estilo de liderança que enfatiza as pessoas, com nenhuma preocupação com os resultados que elas estão produzindo. C Representa nenhuma preocupação com as pessoas e nem com a produção. É o mínimo esforço indispensável para permanecer na empresa. D É o meio-termo, onde o administrador adota a atitude de conseguir resultados médios, mas sem muito esforço das pessoas. É a tendência à mediocridade. E Demonstra elevada preocupação com a produção e com as pessoas. É a tendência da excelência. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 B A C D E Ê n fa s e n a s p e s s o a s Ênfase na produção 11. Comunicação: • Conceitos: É a troca de informações entre os indivíduos; Significa tornar comum uma informação; Constitui um dos processos fundamentais da organização social. • Processo de comunicação: • Um bom processo de comunicação deve: Assegurar a participação das pessoas de baixo escalão na solução de problemas da empresa; Incentivar maior franqueza e confiança entre indivíduos e grupos. 67 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Fonte Transmissor Canal Receptor Destino Ruído ou interferência 68 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Objetivos de um sistema de comunicação: Proporcionar informação e compreensão necessárias para o bom desenvolvimento das tarefas; Promover as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos. • A comunicação em três vias: Políticas Procedimentos Regras Regulamentos Manuais Reclamações Sugestões Relatórios Pesquisas Memorandos Reuniões de linha-staff Equipes 12. Organização informal: • Organização informal é aquela estabelecida através das relações estabelecidas pelas pessoas; • Características da organização informal: As pessoas criam antipatia ou simpatia uma pelas outras; As pessoas adquirem status em função do seu papel dentro do grupo, independentemente da sua posição hierárquica; É um reflexo da colaboração espontânea; Possibilidade de oposição à organização informal; Cria padrões de relações e atitudes aceitas pelo grupo, pois traduzem os interesses do grupo; Mudança de níveis e alterações dos cargos informais; A organização informal transcende a organização formal; Os padrões de desempenho da organização informal nem sempre coincidem com os padrões de desempenho da organização. 69 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Origens da organização informal: Os interesses comuns aglutinam pessoas; As relações estabelecidas pela organização formal dão margem a uma vida grupal intensa que se realiza fora dela; A flutuação do pessoal ao longo da hierarquia estimula a criação de novos laços; Os períodos de lazer e tempo livre. 13. Dinâmica de grupo: • Os grupos sociais tendem a manter o equilíbrio; • Um grupo pode compensar a ausência de um membro, sem que os objetivos deixem de ser atingidos; • Assim, os grupos estão condicionados à uma dinâmica interpessoal; • Portanto, dinâmica de grupo é a soma de interesses dos componentes de um grupo, no sentido de melhorar o relacionamento humano; • Tipos de relações: Intrínsecas: Entre os membros do grupo; Extrínsecas: Entre grupos ou membros de um grupo com outro grupo. 70 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 14. Apreciação crítica da Teoria das Relações Humanas: • Oposição cerrada à Teoria Clássica; • Inadequada visualização dos problemas de relações industriais: Objetivava a harmonia entre a organização e empregados; Buscava a solução de conflitos (o administrador como mediador); A solução do conflito estava no melhoramento das condições de trabalho e não nas causas; Assim, o trabalho tornou-se um sacrifício compensado pela felicidade a ser gozada fora dele. • Concepção ingênua e romântica do operário: Imaginavam o operário feliz, produtivo e integrado com o ambiente; Falta de correlação entre satisfação e produtividade; Nem sempre a consulta participativa ajudava no processo de gestão. • Limitação do campo experimental: Limitação à atividade industrial; Limitação da amostra das experiências. • Parcialidade nas conclusões: Ênfase nos aspectos informais em detrimento aos aspectos formais. 71 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 72 ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Enfoque nos grupos informais; • Enfoque manipulativo das relações humanas: Desenvolveu uma sutil estratégia manipulativa de enganar os operários e fazê-los trabalhar mais e exigir menos; Essa estratégia visa modificar o comportamento do empregado em favor dos objetivos da organização. ADMINISTRAÇÃO Sistema de comunicação Incentivos Sociais Padrões de liderança Grupo Social Indivíduo Organização Informal Participar das decisões OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO FORMAL 73 1. Conceito: Teoria iniciada em meados de 1950, que trata a organização formada pelo todo (organização formal e informal) e inserida em um ambiente maior. 2. Estrutura: Conjunto formal constituído por mais de duas pessoas, com relações e forma fixa definida. 3. Estruturalismo: Método de análise e comparação das organização com ênfase no todo e nas relações entre os elementos que a compõe. A mudança em um dos elementos tem impacto direto nos demais da estrutura. 4. Sociedade das organizações: • As organizações se inter-relacionam entre si e ao mesmo tempo com o ambiente externo. • Uma organização como um conjunto de elementos ordenados em função de um objetivo comum. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Ambiente Organização Organização Organização Organização Pessoal Recursos Líderes, especialistas e operários Máquinas e matérias-primas 74 5. Foco da Teoria Estruturalista: • Estudar a estrutura interna da organização e suas inter-relações. • Estudar as relações entre as organizações. 6. As organizações complexas: São organizações que concentram elevados graus de complexidade na sua estrutura e processos de trabalho. 7. O homem organizacional: • O homem social participa simultaneamente em várias organizações. • Para isso, ele desempenha vários papéis de acordo com cada organização. 8. Análise das organizações: • Organização formal e informal: Integrar os dois tipos de organização. • Recompensas materiaise sociais: Tratam da importância de recompensas materiais (prêmios por produção) e sociais (vantagens sociais). • Os diferentes enfoques da organização: Modelo racional e modelo natural. Modelo racional: Adequar e utilizar os meios mais eficientes em função dos objetivos organizacionais. Modelo natural: Interligação das partes, de forma a tornar tudo funcional e equilibrado, tendo em vista a necessidade de se adequar às variações ambientais. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO 75 • Os níveis de organização: Segundo Persons, as organizações se dividem em três níveis a saber: • Diversidade de organização: Expandir a teoria administrativa para todos os tipos de organização, saindo da limitação do chão de fábrica. • Análise interorganizacional: Preocupação com os acontecimentos externos à organização que impactam na maneira da organização atuar (sistema aberto). 9. Tipologia das organizações: Necessidade de classificar as organizações de acordo com características comuns (ex: empresas privadas e públicas). • Tipologia de Etzioni: Organizações naturais (família e grupos étnicos) e organizações artificiais (empresas e governos). A tipologia de Etzioni classifica as organizações de acordo com o uso e significado da obediência. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO 76 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Tipos de organização Tipos de Poder Controle Utilizado Ingresso e permanên- cia dos participan- tes através de Envolvimen- to pessoal dos participan- Tes Motivação Exemplos Coercitiva Coercitivo Prêmios e punições Coação, imposição, força, ameaça e medo Alienativo Negativa (punições) Prisões Normativa Normativo Moral e ético Convicção, fé, crença, ideologia Moral e motivacional Auto- expressão Igreja Utilitária Remunerativo Incentivos econômicos Interesse, vantagem percebida Calculativo Benefícios e vantagens Empresas comerciais 77 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Tipos de organização Benefícios Principal Exemplo Associações de benefícios mútuos Os próprios membros da organização Associações profissionais, cooperativas, sindicatos, fundos mútuos, consórcios, etc. Associações de interesses comerciais Os proprietários ou acionistas da organização Sociedades anônimas ou empresas familiares. Organizações de serviços Os clientes Hospitais, universidades, organizações religiosas e agências sociais, organizações filantrópicas. Organizações de estado O público em geral Organização militar, segurança pública, correios, saneamento básico, etc. • Tipologia de Blau e Scott: Divide as organizações de acordo com os participantes beneficiários (membros da organização, proprietários, clientes e público em geral). 78 10. Objetivos organizacionais: • Modelos de sobrevivência: Quando a organização desenvolve objetivos que lhe permitem simplesmente existir e manter sua continuidade. • Modelos de eficiência: Quando a organização desenvolve objetivos que lhe permite não somente existir, mas experimentar um crescente aumento de excelência e competitividade. 11. Ambiente organizacional: • Toda organização depende de outras organizações e do ambiente para sobreviver. • Essa crescente dependência leva às organizações a mudarem seus objetivos. • Assim, as organizações desenvolvem estratégias para lidar com o ambiente. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Objetivo original Situação inicial Novo objetivo Influência do ambiente 79 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Tipo de Estratégia Características Exemplos Competição • Rivalidade, mediada por um terceiro; • Disputa por recursos Concorrência direta entre duas empresas para fornecer à um terceiro Ajuste ou negociação • Envolve acordos comerciais; • Visa uma estabilidade futura. Duas empresas que estabelecem um contrato de fornecimento. Coopção ou cooptação • A organização traz para dentro de si elementos de outras organizações pra auxiliar no processo de decisão. Executivos de bancos ou instituições financeiras que são convidados para participar da gestão da organização. Coalizão • União de duas ou mais organizações para alcançar um objetivo comum. Empresas de aviação unem-se para oferecer maiores opções de trechos. 80 12. Conflitos organizacionais: • Conflito é a existência de idéias antagônicas que podem se chocar. • O conflito é o ponto de partida para a mudança e o desenvolvimento da organização. • O conflito organizacional é sanado através da cooperação. 13. Dilemas organizacionais: • Dilema é uma situação onde existe uma incompatibilidade em relação à um assunto. O atendimento de um dos interesses inviabiliza o outro. • Os dilemas da organização segundo Blaw e Scott: Dilema entre coordenação e comunicação livre: A coordenação deve ser eficiente e eficaz na resolução de problemas, tendo em vista o atingimento dos objetivos. A coordenação é dificultada quando se permite a livre comunicação entre as partes, gerando soluções não previstas. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional: O especialista profissional representa os interesses de sua profissão. O burocrata representa os interesses da organização. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO 81 Dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a necessidade de iniciativas individuais: A iniciativa individual conduz a organização à inovação. A necessidade de planejamento e controle é vital para a organização. 14. Apreciação crítica da Teoria Estruturalista: • Convergência de várias abordagens divergentes: Convergência de várias abordagens (Teoria Clássica, das Relações Humanas e Burocrática). • Ampliação da abordagem: Considera a organização como um todo. • Dupla tendência teórica: Considera tanto o lado integrativo (juntar as partes integrantes da organização) como o lado do conflito (divisão da organização em função de idéias antagônicas). • Maior amplitude de estudo: Considera todos os tipos de organização e não só organizações industriais. • Limitação da tipologia das organizações: As formas de classificar as organizações são limitadas. • Teoria da crise: Ênfase maior nos problemas e patologias organizacionais (conflitos e dilemas) ao invés de tentar explicar sua normalidade. • Teoria da transição e mudança: Predecessora da Teoria dos Sistemas. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO 82 1. Origens da Teoria Burocrática: • A falta de uma abordagem global das Teorias Clássicas e de Relações Humanas; • A necessidade de se estabelecer uma teoria racional para toda organização; • O crescente tamanho e complexidade das empresas na época; • .O ressurgimento da sociologia da burocracia (Weber). 2. Origens da burocracia: • A burocracia é uma organização humana baseada na racionalidade e na adequação dos meios aos objetivos (fins); • Burocracia é a organização eficiente por excelência; • Ênfase nos detalhes (como as coisas serão feitas). 3. Tipos de sociedade: • Tradicional – família; • Carismática –partidos políticos, igreja, etc; • Legal, racional ou burocrática – As empresas. 4. Tipos de autoridade: • Autoridade tradicional; • Autoridade carismática; • Autoridade racional ou burocrática. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 83 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO Tipos de sociedade Caracterís- ticas Exemplos Tipos de autoridade Caracterís- ticas Legitimação Aparato administra- tivo Tradicional Patriarcal e patrimonialista Conservadora Clã, tribo, família, etc. Tradicional Não é racional e o poder é herdado ou delegado. Tradição, hábitos, usos e costumes. Forma patrimonial e forma feudal. Carismática Personalista, mística e arbitrária. Grupos revolucionários e partidos políticos. Carismática Não é racional, nem herdada nem delegável. Características pessoais carismática do líder. Inconstante e instável. Escolhido pela lealdade e devoção ao líder. Legal, racional ou burocrática Racionalidade dos meios e dos objetivos. Estados modernos e grandes empresas. Legal, racional ou burocrática Legal, racional, impessoal, formal e meritocrática Justiça da lei, normas legais previamente definidos. Burocracia 84 5. Características da burocracia (segundo Weber): • Caráter legal das normas e regulamentos: A burocracia é uma organização baseada em normas e regulamentos previamente escritas; • Caráter formal das comunicações: Preocupação com as comunicações escritas. • Caráter racional da divisão de trabalho: A divisão do trabalho dentro de uma racionalidade adequada aos objetivos. • Impessoalidade nas relações: A ênfase na distribuição das atividades devem ser os cargos e não as pessoas. • Hierarquia e autoridade: Os cargos devem obedecer o princípio da hierarquia. • Rotinas e procedimentos padronizados: Fixação de normas e regras de conduta do ocupante do cargo. • Competência técnica e meritocracia: A escolha das pessoas deve obedecer ao critério do mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. • Especialização da administração: Separação clara entre o administrador e o proprietário. • Profissionalização dos participantes: A organização burocrática considerava o participante (funcionário) um profissional por ser especialista, assalariado, ocupa um cargo, etc. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 85 • Completa previsibilidade do funcionário: O comportamento do funcionário deve ser previsível e dentro do estabelecido nas normas. 6. Vantagens da burocracia: • Racionalidade burocrática: Procurar escolher os meios mais eficientes; • Precisão na definição do cargo e na operação: Conhecimento exato dos deveres; • Rapidez nas decisões: O conhecimento prévio dos deveres facilita a decisão; • Univocidade de interpretação: As informações chegam escritas e somente para o interessado; • Redução de custo, erros e tempo: Garantida pela uniformidade de rotinas e procedimentos; • Garantia de continuidade da organização: Garantida pelo processo padronizado de seleção e escolha do pessoal; • Redução de atrito interno: Cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais as suas responsabilidades; • Constância: Em função da padronização das decisões; • Confiabilidade: Os casos similares são tratados da mesma forma, enfatizando a racionalidade e eliminando aspectos pessoais. • Benefícios para as pessoas: Treinamento, divisão de responsabilidade, etc. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 86 7. Dilemas da burocracia: • Existência de chefes burocráticos e chefes não burocráticos; • A sucessão dos chefes burocráticos e não burocráticos; • A crise de sucessão de chefes não burocráticos. 8. Disfunções da burocracia: • A ênfase excessiva nas regras e regulamentos inibe a flexibilidade; • A excessiva formalização e documentação das comunicações aumenta a necessidade de papelório; • Os funcionários resistem às mudanças por que a organização burocrática estimula a rotinização e padronização, gerando uma certa segurança; • A ênfase nos cargos em detrimento das pessoas despersonaliza o relacionamento; • Quem ocupa o mais alto posto hierárquico toma as decisões, mesmo que não seja conhecedor do assunto. Existe uma excessiva obediência à hierarquia; • As regras acabam por se tornar sagradas para os funcionários, limitando a sua liberdade. Assim o funcionário trabalha em função das regras; • Necessidade de um sistema que explicite claramente quem detém o poder (mesas maiores, sala com banheiro, uniforme diferenciado, etc); ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 87 • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público em função da falta de flexibilidade e personalização. 8. Graus de burocratização: ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO Escassez de burocratização Excesso de burocratização Falta de especialização, bagunça e confusão DIVISÃO DE TRABALHO Superespecialização, responsabilidade Falta de autoridade HIERARQUIA Autoridade, autocracia e imposição Liberdade excessiva REGRAS E REGULAMENTOS Ordem e disciplina Ausência de documentos, informalidade FORMULAÇÂO DAS COMUNICAÇÕES Excesso de papelório, formalismo Apadrinhamento SELEÇÃO E PROMOÇÃO PESSOAL Excesso de exigências 88 9. Apreciação crítica da Teoria da Burocracia: • O excessivo racionalismo da burocracia; • Mecanicismo e as limitações da teoria da máquina; • Conservantismo da burocracia (contrário à inovação) em função da excessiva ênfase no cumprimento de regras; • Abordagem de sistema fechado, desconsiderando a organização inserida num ambiente mutável; • Procura explicar as organizações ao invés de oferecer diretrizes aos administradores; • Desconsideração da organização informal. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 89 1. Conceito: Teoria que considerava o comportamento do ser humano dentro das organizações. 2. Origens da Teoria Comportamental. 3. Novas proposições sobre a motivação humana: • O comportamento da organização é derivada do comportamento individual. • O comportamento individual é conduzido pela motivação humana. • O administrador precisa conhecer as necessidades humanas para entender melhor o comportamento humano. 4. Hierarquia das necessidades de Maslow: ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO Auto- realização Estima Sociais Segurança Fisiológica s Conceito Exemplos Sua satisfação gera Sua insatisfação gera Relacionadas ao auto- desenvolvimento. Poder político Sentimento de utilidade Realização pessoal Frustração Relacionada à auto- percepção do indivíduo Respeito e prestígio Status Sentimento de auto- confiança, valor e força Sentimento de inferioridade e fraqueza Relacionadas ao contato social Círculo de amizades Afeto, amor Maior empatia Resistência Hostilidade Relacionadas à proteção e busca de segurança Bom emprego Salário razoável Organização do comportamento Insegurança pessoal Relacionadas à sobrevivência humana. Alimentação Fome Conforto físico Uma dominação do comportamento 90 5. Teoria dos dois fatores de Herzberg: Dois fatores orientam o comportamento das pessoas no trabalho: ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA
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