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Oftalmologia SUMÁRIO Apresentação ------------------------------------------------------------------------ 3 Anatomia Ocular -------------------------------------------------------------------- 5 Catarata ------------------------------------------------------------------------------ 13 Olho Vermelho ---------------------------------------------------------------------- 17 Uveítes ------------------------------------------------------------------------------- 24 Uveítes Anteriores Associadas à Doenças Sistêmicas ---------------------- 27 Glaucoma --------------------------------------------------------------------------- 23 Patologias da Retina -------------------------------------------------------------- 37 Apresentação Globo ocular → única função captar imagem para decodificação (processar) do cérebro (lobo occiptal) Capacidade de captar a luz Para formação da imagem necessário bom funcionamento: olho, nervo e cérebro Exame de fundo de olho: avalia se a retina (camada sensitiva responsável por captar a luz – formar imagem) está sadia, se o nervo óptico está sadio e se a retina é capaz de captar imagens EXAME DE FUNDO DE OLHO 1º avalia-se o nervo → verificar se há boa condução 2º avalia-se a retina → verifica-se a formação de uma boa imagem (pequena e invertida) Avaliação cerebral para ter certeza da formação da imagem (tamanho real e do lado certo) é feita com outros métodos Oftalmoscopia: Direta: realizada bem próximo do paciente (direto), feito pelo clínico geral Indireta: realizada pelo oftalmologista com aparelhagem específica OFTALMOSCOPIA DIRETA Utiliza-se um oftalmoscópio Olho D do médico para avaliar o olho D do paciente, e olhos E do médico para avaliar o olho E do paciente Avalia-se: 1) Nervo óptico Bem delimitado Amarelado Visível orifício de passagem dos vasos (artérias e veias) que alimentam a retina → denominado escavação do nervo óptico Corresponde a 1/3 do tamanho do nervo óptico Avaliar faixa neural – quanto maior, melhor a condução da imagem 2) Vasos Ao lado de toda artéria (mais fina, clara e dura) tem uma veia (mais espessa, vermelha e mole) Análise do trajeto dos vasos → tende ir na direção do local de melhor captação e formação da imagem (mácula densa – não visível a oftalmoscopia direta) 3) Retina Transparente Brilhante Aparece avermelhada devido a coróide (região altamente vascularizada posterior a retina) Íris – responsável pelo controle da entrada (intensidade) e saída de luz Sempre deve ser dilatada antes de avaliar o fundo de olho OBS1: Paciente albino → ausência de melanócitos, aumento do diâmetro antero-posterior (AP), destruição da retina pela luz → intensa miopia OBS2: Óculos escuros com filtro UV – melhor proteção contra raios UV – ausência de uso = patologias (maculopatia solar, catarata, etc) – melhores cores em ordem decrescente: verde, preto e marrom Retina – 3 cores primárias causam alta estimulação das células da retina (verde, vermelho e azul) Lentes amarelas – controlam melhor raios espalhados Lentes de contato – sempre necessário lubrificação ocular 80-90% de contato com o mundo é feito pela visão Quanto mais estímulo a criança recebe até os 8 anos melhor será sua visão Teste do olhinho – foco de luz no olho – reflexo alaranjado (normal) VÍCIOS DE REFRAÇÃO Diâmetro AP do olho = 21-22 mm 1. Miopia Genético, hereditário Diâmetro AP > 22 mm Exceto em diabéticos, mulheres grávidas, uso de determinadas medicações e hipotireoidismo Imagem forma-se antes da retina Correção – uso de lentes divergentes 2. Hipermetropia Diâmetro AP < 21 mm Imagem forma-se depois da retina Principal queixa: dificuldade de leitura Correção – uso de lente convergente 3. Astigmatismo Causado por ondulações na córnea (luz bate e espalha, pois a superfície não é lisa) Vários focos de luz se formam – imagem fica embaçada Causa cefaleia intensa Correção – uso de lente cilíndrica Até meio grau – fisiológico (deformidade devido ao peso da pálpebra) Ceratocone Astigmatismo muito alto Afeta mais mulheres, 15-16 anos Córnea em forma de cone Dificuldade de visão Correção – uso de lente de contato rígida Anel de Ferrara – anel de silicone colocado na camada 3 da córnea (córnea possui 5 camadas) – realiza contração e desfaz a ponta do ceratocone Casos muito graves é realizado o transplante de córnea 4. Presbiopia Chamada vista cansada Tem seu início por volta 40-45 anos Olho não consegue contrair musculatura para acomodar a visão – imagem forma-se atrás da retina Correção – uso de lente convergente Quanto mais contrai durante a vida, mais cansado fica Anatomia Ocular Olho: Oculus: óculos (latim) Oftalmos – grego Ocupa 1/3 a 1/5 da cavidade orbitária O olho é formado para cumprir com funções ópticas e receptivas: A função óptica está destinada a produzir imagens, com foco na retina (capta luz → forma imagem) E a função receptiva está destinada a processar estímulos luminosos ambientais e transmiti-los ao cérebro em forma codificada (luz → estímulo nervoso) O globo ocular Caminho da luz: córnea → humor aquoso (nutre córnea) → pupila (espaço aberto) → cristalino (relaxa/contrai para focalizar a luz – lente natural) → humor vítreo (gel transparente) → retina (atrás – coróide – nutre a retina) → nervo óptico → cérebro As duas estruturas com maior índice de refração e que, portanto, mais trabalham para que a luz chegue a retina são: córnea e cristalino Constituído por 3 camadas (túnicas): Externa: esclerótica e córnea Proteção do globo ocular – mais resistente Esclera é irrigada por vasos da episclera e da coróide Média ou vascular: úvea (corpo ciliar, íris e coroide) Coróide – vascularização do globo ocular Íris – controla a intensidade da luz, grande número de melanócitos Corpo ciliar – entre íris e coroide – sustenta o cristalino Interna ou sensitiva: retina (90%), epitélio pigmentar do corpo ciliar e epitélio pigmentar da íris Nervo óptico – protegido por meninge – deve-se tomar muito cuidado com crianças com meningite CAMADA EXTERNA Limite externo do globo ocular Esclera: Tecido colágeno (resistência) Função de proteger e conter os tecidos oculares Ponto de inserção dos músculos extraoculares (4 retos e 2 oblíquos) – responsáveis pelo movimento ocular Córnea: Avascular Epitélio plano pluriestratificado Revestido por película lacrimal (água, sais mucina e lipídeos) Terminações sensitivas do ramo oftálmico de nervo trigêmio ↑inervação → ↑sensibilidade Nutrida pela lágrima e vasos da conjuntiva Lisa, clara e transparente Possui microvilosidades para conter a lágrima (água, muco e gordura) – nutrição Deixa a superfície lisa OBS: Quiasma óptico – imagem dos 2 olhos se juntam formando uma única imagem CAMADA MÉDIA Íris: Diafragma Músculo esfíncter da pupila (inervado SN parassimpático / miose) Músculo radial da íris (inervado SN simpático / midríase) Única = impressão digital Corpo Ciliar: Ep. reveste processos ciliares (produção humor aquoso – nutre endotélio córnea) Possui 2 ligamentos para sustentar o cristalino Músculo ciliar (acomodação) Coróide: Leito vascular da retina Artérias ciliares posteriores e anteriores (ramo artéria oftámica – ramo carótida interna) Função de nutrição e absorção dos raios luminosos Melanócitos Avaliada em casos de suspeita de obstrução parcial da carótida interna – apenas 1 olho fica vermelho CAMADA INTERNA Retina: Fotorreceptores (cones e bastonetes) Mácula/ fóvea = agudeza visual Ao lado do nervo óptico Região de maior acuidade visual Nutrição arterial: artéria oftálmica - artéria central da retina - artérias papilares ESTRUTURAS INTRA OCULARES 1. Cristalino Lente biconvexa Zônula cristaliniana Inserção músculos ciliares Contrai (objeto próximo) e relaxa (objeto distante) para focar a luz Cresce com a idade,cheia de depósitos, fica túrgido (opaco = catarata) → esses acontecimentos podem ou não afetar a acuidade visual 2. Humor vítreo Gelatinoso e transparente 4/5 do volume intraocular Mantém a retina colada Em pacientes com alto grau de miopia ele fica mais líquido, mais aquoso para ocupar todo espaço devido ao aumento do diâmetro AP Ao realizar o movimento ocular vê-se o movimento do humor vítreo Alguns pacientes com idade avançada também podem apresentar este quadro Ocorre descolamento da parte posterior – sem sintomas Alguns medicamentos, como anticoncepcionais, corticoides e cloroquina, podem depositar-se no humor vítreo, alterando a pressão e transparência Em algumas crianças é possível visualizar uma pequena linha branca nesse humor – chamada canal da hialoide (resquício embrionário) 3. Humor aquoso Nutrição endotélio da córnea Trabéculo / canal Schlem (via episcleral) – saída do excesso de humor aquoso 4. Nervo óptico Mancha cega – só conduz o estímulo nervoso, não capta luz Revestido por meninges (cuidado na meningite) Possível visualizar sua delimitação e o tamanho de sua escavação (quanto menor a escavação, maior a faixa neural, mais estímulos nervosos são captados) Localização mais nasal Mácula → área temporal (ponto brilhante) ANEXOS OCULARES Pálpebras: Proteção Fecha e abre – espalha lágrima para que a superfície da córnea fique lisa (fechar = estímulo da glândula lacrimal) Músculo orbicular (fecha) Músculo elevador pálpebra (abre) – pequeno, deve-se tomar cuidado em cirurgias plásticas e partos com fórceps para não lesionar este músculo Linha mucocutânea (glândulas Meibomius – sebáceas, produção de gordura) Conjuntiva Proteção Bulbar – no globo ocular Tarsal – na pálpebra interna Hiperemiada = irritação Glândula lacrimal Canto externo do olho – bilateral Estimulada sempre quando pisca Excesso de lágrima sai pelo canal lacrimal Músculos extraoculares 4 retos e 2 oblíquos Para enxergar objetos próximos – olho faz leve convergência Retos medial e inferior são mais fortes que o reto lateral Reto superior é o mais fraco ÓRBITA ÓSSEA Forma de pirâmide Limites: Superior: osso frontal Medial: etmóide Lateral: malar e asa maior do esfenóide Inferior: malar/ maxilar Possui em seu interior coxim adiposo para proteção e sustentação Vértice: Fissura óptica (saída nervo óptico e entrada artéria oftálmica) Fissura esfenoidal: sai III (oculo-motor), IV (troclear), VI (abducente), ramo oftaltálmico do V (trigêmio) e veia orbitária SISTEMA ÓPTICO Vícios de refração: MIOPIA Genético, hereditário Diâmetro AP > 22 mm Exceto em diabéticos, mulheres grávidas, uso de determinadas medicações e hipotireoidismo Imagem forma-se antes da retina Correção – uso de lentes divergentes HIPERMETROPIA Diâmetro AP < 21 mm Imagem forma-se depois da retina Principal queixa: dificuldade de leitura Correção – uso de lente convergente ASTIGMATISMO Causado por ondulações na córnea (luz bate e espalha, pois a superfície não é lisa) Vários focos de luz se formam – imagem fica embaçada Causa cefaleia intensa Correção – uso de lente cilíndrica Até meio grau – fisiológico (deformidade devido ao peso da pálpebra) PRESBIOPIA Chamada vista cansada Tem seu início por volta 40-45 anos Olho não consegue contrair musculatura para acomodar a visão – imagem forma-se atrás da retina Correção – uso de lente convergente Quanto mais contrai durante a vida, mais cansado fica CERATOCONE Astigmatismo muito alto Afeta mais mulheres, 15-16 anos Córnea em forma de cone Dificuldade de visão Correção – uso de lente de contato rígida Anel de Ferrara – anel de silicone colocado na camada 3 da córnea (córnea possui 5 camadas) – realiza contração e desfaz a ponta do ceratocone Casos muito graves é realizado o transplante de córnea LENTES DE CONTATO Tampam toda córnea Quando presentes a nutrição e a troca de oxigênio não são perfeitas Permanecer por muito tempo – ressecamento da córnea – gruda Melhores – americanas – permite troca de até 80% Tipos: Rígidas Alta irritação, baixa sensibilidade ocular (corpo estranho entra e não se sente) Pode causar úlceras, e até perfuração Gelatinosas Uso de lubrificantes: Systane, Freshpreyer, pelo menos 3 vezes ao dia, auxilia a nutrição da córnea Olhar fixo – esquece de piscar (ideal 10-20 vezes/minuto) = ressecamento ANEL DE FERRARA Anel de silicone colocado na 3ª camada da córnea (córnea possui 5 camadas) Realiza contração e desfaz a ponta do ceratocone TRANSPLANTE DE CÓRNEA CIRURGIA REFRATIVA Laser na córnea – mata células - ↑capacidade de regeneração Avaliar 3 parâmetros Topografia – curvatura da córnea Taquimetria – número de células na córnea Orbiscan – capacidade de regeneração dessas células Altos graus de astigmatismo exigem uma utilização excessiva de laser, podendo levar a ceratese – necessário transplante de córnea Após aproximadamente 10 anos – alteração da córnea – pode apresentar astigmatismo ou hipermetropia Catarata INTRODUÇÃO Principal causa de cegueira reversível no mundo Cristalino – lente biconvexa com meio líquido transparente – 2 cápsulas (interna e externa) Envelhecimento – translúcida, turva ou marrom Presente em todas as pessoas no decorrer da idade Sem relação com o arco senil (envelhecimento da córnea) Função refrativa e acomodativa PATOGENIA Cresce de tamanho após o nascimento por divisão de células epiteliais – células se sobrepõe, formano várias camadas Apresenta alta concentração de K+ e baixa de Cl- e Na+ Lente opacificada → leitosa → ↑líquido → com o tempo fica amarelada → perda de água → túrgida → ausência da visão Pode ser: Discreta – paciente enxerga bem Difusa – dificuldade de enxergar Opacidade do cristalino: Focal Difusa Pequena Grande FATOR ETIOLÓGICO Idade (mais comum) Trauma - perfuração Inflamatória Metabólica Diabetes mellitus – ↑glicemia – impregnação do açúcar – catarata precoce Preocupação com medicamentos – depósito no cristalino – corticoide (colírio, inalatório, oral), cloroquina → catarata precoce Radiação Raios UV – paciente exposto ao sol (trabalho com vidro, asfalto) Costuma aparecer mais cedo CLASSIFICAÇÃO Primárias: Congênita Necessário tratamento precoce Pode ser uni ou bilateral Criança não sabe enxergar Após os 8 anos a criança não aprende a enxergar – cirurgia inútil Senil Mais frequente Envelhecimento com o tempo Crônica – o paciente demora a perceber Secundárias: Infecciosa Uveíte (inflamação do músculo ciliar) Deposição de células inflamatórias Traumática Perfuração (soco no olho) Luxação do cristalino ↑ risco Iatrogênica Paciente em uso de determinados medicamentos Reumatologista – avaliação 6/6 meses Metabólica DM FATORES DE RISCO Idade Baixo nível sócio econômico Alto nível sócio econômico – opera mais rápido Baixo nível sócio econômico – demora mais, SUS Sexo feminino Devido a fatores hormonais e uso de medicamentos Na prática a proporção é a mesma Radiação ultra violeta Tabagismo crônico Raro Geralmente outra causa está associada Consumo excessivo de álcool Uso prolongado de corticóide CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA Leva em consideração o local da catarata Catarata capsular Mais associado ao depósito (DM e medicamentos) Paciente reclama da falta de visão Catarata subcapsular Mais associado ao depósito (DM e medicamentos) Paciente reclama mais da perda de visão Catarata nuclear (forma típica) Mais comum Melhor adaptação do paciente Envelhece primeiro o centro e depois se expande Mais compatível com a senil Catarata cortical Catarata lamelar Entre o núcleo e a cápsula CATARATA CAPSULAR CATARATA SUBCAPSULAR CATARATA NUCLEAR CATARATA CORTICAL SINAIS E SINTOMASProduz perda global da função visual Acuidade visual Campo visual (normal = 180º) Sensibilidade a contraste Piora a noite Cores mais foscas Perda lenta e progressiva Primeiro longe enxerga mal – músculos relaxam, luz não chega bem a retina, visão fosca Perto enxerga melhor – contração da musculatura, facilita entrada de luz Sintomas: diminuição da acuidade visual para longe e perto, má visão noturna, embaçamento Percepção – varia com o paciente (estimulação desde criança – quanto maior a estimulação, mais cedo o problema é percebido) TRATAMENTO Cirúrgico: Facectomia extracapsular Corte de 7 mm na córnea → retira cristalino → coloca-se a lente nova → dá-se os pontos Pouco usada Facoemulsificação Mais comum Utiliza-se US Abre córnea (corte de 2 mm) → retirada cápsula anterior do cristalino → com uma caneta de US quebra-se e aspira o cristalino → coloca-se a lente nova Faz-se uso de anestesia tópica (colírio) Complicações: Romper cápsula posterior do cristalino – vazamento para humor vítreo, coroide e retina – paciente fica cego Utilização de coloração azul – aparece cápsula anterior Catarata negra Cristalino túrgido, totalmente desidratado Mais grave (último grau de evolução) ↑ tempo cirúrgico Impossibilita uso de US Músculo ciliar perde a função após cirurgia – paciente não enxerga de perto – uso de lentes corretivas Báscula – um olho mais míope e um olho sem grau – compensatório Técnica cirúrgica: Intracapsular Extracapsular Anestesia por bloqueio – entre olho e órbita uso de 4 mL de marcaína + 4 mL de xilocaína – bloqueio do nervo e anestesia muscular Olho Vermelho Anamnese: fundamental averiguar forma de começo, tempo de evolução, curso clínico e agente causal (trauma, infecção, químico, alergia, afecções sistêmicas) Há quanto tempo está vermelho, se há objeto estranho, uso de medicação, alergias, ardência, prurido Os sintomas do paciente ajudam na definição da causa Ao exame: avaliar acuidade visual (verificar se a visão está preservada), exame sistemático do rosto, órbita, estruturas oculares, movimentos oculares e exame do globo ocular 1. Hordéolo e Calázio Hordéolo: Obstrução das glândulas de meibômio (glândulas sebáceas, da linha mucocutênea, que secretam elementos oleosos da película lacrimal, responsáveis pela lubrificação) Ao se obstruir, produz um aumento do volume nodular da pálpebra que fica sensível e dolorosa Aparecimento de sinais flogísticos: dor, rubor e edema Chamado de tersol ou bonitinho Calázio: Quando há transformação de um hordéolo não tratado em um cisto de retenção, nodular, crônico, não inflamatório Gordura forma cisto capsulado Relação com estresse, baixa imunidade, maquiagem Tratamento: Hordéolo: compressa morna e antibiótico tópico (floxacina, ciprofloxacina, afloxacina) Em caso de CERTEZA do diagnóstico pode-se usar corticoide tópico NUNCA apertar Calázio: incisão e curetagem do cisto HORDÉOLO CALÁZIO 2. Blefarite Inflamação crônica dos bordos palpebrais que afeta a linha dos cílios e glândulas que a circundam Raro, quando ocorre é mais comum em crianças e pacientes com dermatite seborréica Não visível a olho nu Pode ser de origem estafilocócica ou seborréica Sintomas: Sensação de corpo estranho e descamação do bordo palpebral Olhos hiperemiados + prurido Tratamento: Adequada higiene palpebral com compressas mornas, solução de shampoo (casos leves) e antibioticoterpia tópica (casos graves) Casos graves podem apresentar sinais de inflamação e infecção Comum uso de blafagel 3. Celulite Orbitária Edema difuso, eritematoso das pálpebras Comum em crianças 2-3 anos Raro em adultos As pálpebras ficam sensíveis ao tato e se caracterizam pelo edema com seu fechamento completo Sinais flogísticos Grande causa de internação e óbito Os agentes etiológicos mais comuns são Stafilococcos aureus, Streptococcos e Haemophilus influenzae Mão suja – coça olho – porta de entrada = infecção Em alguns casos a infecção da pálpebra passa para gordura orbitária posterior → infecção retro-orbitária → evolui para meningite O tratamento consiste em antibioticoterapia oral ou venosa Cefalexina oral 7-10 dias Cefalosporina EV – paciente internado 4. Dacriocistite Obstrução congênita (persistência da membrana no ducto nasolacrimal) ou adquirida (traumatismo ou infecções recorrentes (conjuntivite de repetição)) Infecções recorrentes no adulto – canto abaulado, pálpebra edemaciada e sinais flogísticos Ocorre lacrimejamento contínuo Caracteriza-se por epífora e secreção que não responde ao tratamento com antibiótico Pode se produzir por inflamação e infecção do saco lacrimal O olho apresenta-se vermelho (hiperemia ocular) e edematoso O tratamento inicialmente consiste em tratar a infecção secundária primeiro e depois correção cirúrgica Adulto: Cefalexina 500 mg 6/6h por 7 dias Cirurgia para desobstrução realizada pelo otorrino – vídeo por via nasal – não é certeza de cura Recém-nascido Cirurgia – rompe membrana Uso de colírio com ATB (ciprofloxacina) 3-4 vezes por dia Ao pingar o colírio deve-se massagear de cima para baixo – até 15 dias nova avaliação 90% melhoram Se não melhora com uso de colírio é feita sondagem (coloca-se um sonda no canal lacrimal para romper a membrana) Crianças com > 1 ano – ocorreu estenose do canal lacrimal – cirurgia prejudicial – espera-se a idade adulta para realizar a cirurgia (otorrino) 5. Conjuntivites Conjuntiva: tecido transparente que contém vasos de pequeno calibre, que forma uma “capa”suave e úmida que cobre as pálpebras (conjuntiva tarsal (pálpebra) e conjuntiva bulbar (esclera)) É composta por epitélio cilíndrico simples, intercalado com células caliciformes Altamente elástica – adapta-se facilmente ao meio Definição: inflamação dos vasos da conjuntiva que se dilatam e se fazem aparentes, originando o olho vermelho A) Conjuntivite Bacteriana Mais frequente em crianças Rotina: raspado, cultura e antibiograma Agente etiológico: Streptococos e Haemophilus É bilateral Ocorre hiperemia mais secreção Divide-se em purulenta e não purulenta (Morax axenfeld – agente etiológico, foi erradicado) Tratamento com antibiótico tópico Ciprofloxacina ou dopramicina 1 gota 4 vezes ao dia Muitos pediatras usam MAXITRON® (neomicina + dexametasona) – cuidado devido a presença do corticoide B) Conjuntivite Viral Secreção aquosa clara Início geralmente em 1 olho e depois passa para o outro olho (diferença de 3-4 dias) Etiologia: adenovírus Altamente contagiosa (locais com muita gente, infecções prévias, etc) Adenopatias pré auriculares ou submaxilares, associada com infecção alta, faringite, febre e comprometimento do estado geral Aumento da replicação viral – aumenta a resistência Demora mais tempo para cura Tratamento Auto limitada, não necessita tratamento específico Apenas tratamento sintomático Compressa gelada + soro fisiológico Uso de lubrificantes a cada hora (↓atrito das conjuntivas entre si e com a pálpebra) Uso de anti-inflamatórios e corticoides – apenas com CERTEZA do diagnóstico, mas não é recomendado SEMPRE bilateral (prevenção em caso de patologia unilateral) A última coisa a desaparecer é o edema palpebral Se permanecer por muito tempo o vírus infiltra na córnea → visão embaçada, edema de córnea C) Conjuntivite Alérgica Edema palpebral ou conjuntival, secreção mucosa e filamentosa, prurido, às vezes associado a ardor ocular Ocorre quemose – conjuntiva abaulada, adaptada ao líquido formado (edema) Afeta principalmente pacientes que sofrem de outros tipos de alergia como asma, eczema, rinite alérgica (paciente atópico) Geralmente bilateral Papilas e folículos > 1 mm na conjuntiva tarsal – irritação Prurido – aumento do atrito – conjuntiva começa a ficar amarelada Pode ser ocasionado por contato químico ou cosméticos Tratamento Consiste em uso de anti-histamínico tópico (PATANOL® (halopatadina) – 1 gota à noite) e lágrimas artificiais(lubrificantes) Em alguns casos associa-se um anti-histamínico VO Compressas geladas com SF 0,9% Uso de dexametasona 0,1% em casos de CERTEZA do diagnóstico – usado por 1 mês – não cura porém melhora o quadro Após 1 mês uso de cromoglicato de sódio 4% - por 3 meses Pode melhorar com a idade (> 8 anos) D) Conjuntivite Neonatal Ocorre nas 4 primeiras semanas de vida As causas podem ser químicas (profilaxia com nitrato de prata – Método de Credé – 1 gota em cada olho), bacterianas por Nesseria gonorreae (90% dos casos – mãe com gonorréia), Staphilococcos ou Streptococcos, clamídia e virais herpéticas Alta produção de pus (infecção), conjuntiva hiperemiada Alguns estudos mostram que uso de ATB (ciprofloxacina, oxifloxacina) para prevenção tem mesmo poder de ação que o nitrato de prata E) Outras Conjuntivites Conjuntivite micótica Fungos em geral Rara Clínica igual a bacteriana Unilateral Secreção purulenta e conjuntiva hiperemiada Diagnóstico diferencial na anamnese Altamente agressiva – fungos muito agressivos à córnea → evolução para ceratoconjuntivite fúngica → espalha (cristalino, humores, etc) → paciente pode perder o olho Tratamento SEMPRE começar com ATB até a cultura ficar pronta Após confirmação uso de anti-fúngico: natamicina 2% Conjuntivite físico química: irradiação, corpo estranho, agentes químicos. 6. Hemorragia Subconjuntival Olho vermelho intenso, brilhante, de aparição brusca, com acuidade visual normal e sem dor Não é grave Extravasamento sanguíneo por ruptura de um vaso conjuntival Aparece após algum grande esforço, manobra de Valsalva, crise de tosse ou vômitos, crises de hipertensão arterial Tratamento: uso de compressa gelada 7. Pinguécula e Pterígio Pinguécula: Alteração patológica benigna da conjuntiva bulbar que consiste na degeneração de tecido fibrovascular (degeneração hialina) que se manifesta em olhos expostos a elementos irritativos como sol, vento, poeira, etc É uma reação ao olho seco Geralmente em região nasal Pingueculite = inflamação da pinguécula Pterígio: Extensão deste tecido fibrovascular para a córnea Estágios: I – canto da córnea II – tampa íris III – tampa pupila Tratamento: uso de vasoconstrictores, lágrimas artificiais (lubrificantes – diminui a agressão) e se necessário cirúrgico (50-70% de recidiva) PINGUÉCULA PTERÍGIO 8. Ceratite Córnea: tecido transparente, firme, não vascularizado A superfície suave e brilhante está coberta por epitélio com alta capacidade de regeneração É ricamente inervada por fibras sensoriais e têm conexões reflexas com ramos oculomotores que inervam o esfíncter pupilar e o músculo ciliar Ceratite → inflamação da córnea Ausência de vascularização – rica em inervação A) Ceratite Viral Herpes simples – investigação de vesículas em ramos dos nervos (oculomotor e V par) Manifesta-se como blefaroconjuntivite, secreção aquosa, vesículas Olho vermelho (hiperemiado), lacrimejamento, sensação de corpo estranho Geralmente unilateral Úlcera corneal irregular com múltiplas ramificações dendríticas, sensibilidade corneana diminuída Colírio flurosceína (amarelo – adere tecido lesado) – joga-se uma luz azul → úlcera fica verde Tratamento com antivirais tipo aciclovir pomada 5 vezes ao dia – uso VO quando há lesão em outros locais NUNCA usar corticóide B) Ceratite Bacteriana Secreção purulenta, opacidade corneana Ocorre geralmente pós trauma Pseudomonas – altamente lesivo e agressivo, comum em pacientes imunodeprimidos Pode evoluir para endoftalmite (infecção em todo globo ocular) – ATB não age mais O tratamento consiste em antibiótico tópico 9. Hifema Hemorragia na câmara anterior Pode ser causada por golpe contuso com dano na íris e outras estruturas oculares Sintomas: olho vermelho, doloroso, má acuidade visual Lesão grave Diagnóstico diferencial Câmara anterior Com pus → hipofio Com sangue → hifema Estágios I – ocupa 1/3 II – ocupa de 1/3 a 1/2 III – ocupa > 2/3 IV – ocupação total Estágio III e IV – necessário drenagem + lavagem Quando hemorragia pequena (I e II) reabsorção pelo corpo – paciente só deita a 30º para evitar impregnação no epitélio da córnea (impregnação hemática) Devido ao aumento da pressão ocular paciente pode referir dor, náusea e vômito 10. Uveítes 11. Hipolacrimia ou olho seco Uveítes INTRODUÇÃO Inflamação do trato uveal (túnica média) Úvea: íris, corpo ciliar, coróide A inflamação pode ser em uma dessas estruturas ou em todas elas CLASSIFICAÇÃO Anterior: mais comum (irite, iridociclite – íris e parte anterior do corpo ciliar/ pars plicata) Intermediária: parte posterior do corpo ciliar (pars plana) e extrema periferia da retina Posterior: atrás da borda posterior da base do vítreo (coroide, retina e talvez humor vítreo) Pan uveíte: envolvimento de todo o trato uveal Aguda: início repentino < ou = 6 semanas Crônica: meses ou anos Paciente já apresenta uma patologia – TB, sífilis, HIV, Sd. Sjögren, LES, artrite reumatóide Consequência de alguma patologia que acomete o organismo Casos de repetição – nem sempre o mesmo olho Exógena Endógena: Doença sistêmica (espondilite) Tuberculose Herpes zoster Toxoplasmose UVEÍTE ANTERIOR Fotofobia Dor Vermelhidão Diferente de conjuntivite (bilateral, NÃO reduz acuidade visual), pois é unilateral Diminuição da AV (acuidade visual) Principalmente na aguda Células inflamatórias no humor aquoso (visão turva) Lacrimejamento (estímulo reflexo) Injeção ciliar ao redor da córnea Grande hiperemia ao redor da córnea Precipitados ceráticos (PK): depósitos celulares (células inflamatórias) no endotélio corneano Recente – pontos brancos Antigo (de repetição) – pontos marrons Nódulos na íris Nódulo de Lich – patognomônico para paciente com neurofibromatose Sinéquias posteriores: adesão entre a superfície (cápsula) anterior do cristalino e a íris Dilatação não ocorre de maneira igual (regular) OBS: aderência da íris com a córnea → sinéquia anterior, pode ocorrer na uveíte anterior quando há um grande número de células inflamatórias, estas ↑a pressão ocular e empurram a íris contra a córnea, levando a formação da sinéquia anterior (extremamente rara) UVEÍTE INTERMEDIÁRIA Moscas volantes (inicialmente) Diferenciar dos pontos pretos que aparecem por volta dos 24-25 anos por ↓ da imunidade e estresse – 90% dos casos Pacientes míopes podem ver moscas volantes e não ser uma uveíte Diminuição da acuidade visual com o tempo – não é súbito Infiltração de células do vítreo (vitreíte) Pode evoluir para uveíte posterior se não realizar o tratamento UVEÍTE POSTERIOR Moscas volantes – mais intensa Grande diminuição da acuidade visual Ocorre mais bilateralmente Células, opacidades, DVP (descolamento vítreo posterior – humor vítreo torna-se mais fluido devido a inflamação, descola da parede da coróide), coroidite (lesão amarelada ou acinzentada com bordas razoavelmente demarcadas) Retinite (retina com aspecto esbranquiçado) Vasculite Visível apenas ao oftalmoscópio indireto Lesão Esbranquiçada – agudo Marrom – crônico (antiga), cicatriz Presença de cicatriz = perda da visão naquele local Causas: 99% - toxoplasmose (Brasil) Outras: HIV, citomegalovírus, tuberculose TRATAMENTO Midriáticos Proporcionar conforto, interrompendo o espasmo do músculo ciliar e do esfíncter da pupila (plegia muscular) Dilatação ocular para redução da área exposta ao cristalino Prevenir sinéquias – atropina Esteróides: tópico, sistêmico, injeção peribulbar Anterior Colírios dilatadores para evitar sinéquias (↓área de contato íris/cristalino) Ciclopentolato Atropina – mantém pupila dilatada por 4-6 dias 1gt/2x/dia por 7 dias ↓espasmo músculo ciliar e esfíncter da pupila (plegia) - ↓dor Uso de esteroides tópico – suspensão com desmame (início dosagem alta - ↓ com o tempo (2/2h, 4/4h,6/6h, etc)) Se não realizar o desmame ocorre reativação da inflamação Dexametasona 1% Uso por pelo menos 30 dias Quando não responde ao tratamento (ex: sífilis) – uso de injeção peribulbar Usa-se corticoide Injeção de insulina com corticoide (dexametasona) – paciente olha para baixo – injeta-se direto na conjuntiva Liberação mais lenta Melhora mais rápido a inflamação Posterior Uso de corticoide VO dependendo da gravidade (bilateral) Metcorten 60mg (↓com o tempo) Por toxoplasmose Sulfadiazina e pirimetamina Sulfametoxazol e trimetropim (bactrin) Bactrin - 2 comprimidos 12/12h – 40 dias Bactrin R – 1 comprimido 12/12h – 40 dias Necessário desmame Uveítes Anteriores Associadas à Doenças Sistêmicas INTRODUÇÃO Diagnóstico baseado na anamnese completa (quando começou o quadro, se há patologia associada, se faz uso de alguma medicação contínua,...), exame ocular e avaliação sistêmica e laboratorial A anamnese e o exame físico fornecem informações sobre doenças sistêmicas (artrite, doenças gastrintestinais, infecções venéreas, doenças dermatológicas e do SNC) AVALIAÇÃO BÁSICA NAS UVEÍTES ANTERIORES Iridociclite em crianças (< 15 anos) Anticorpo antinuclear (ANA) FTA-ABS/ VDRL Rx tórax PPD Rx joelhos (Artrite Reumatóide Juvenil) Anti-HIV (autorização dos pais) Iridociclite em adultos Rx tórax PPD FTA-ABS/ VDRL Rx juntas sacroilíacas nos homens (EA) HLA B27 nos homens (Espondilite Anquilosante) VHS Anti-HIV TESTES LABORATORIAIS NAS UVEÍTES ANTERIORES HLA B27 (VHS, HLA B27, RX juntas sacroilíacas, pesquisa para clamídia, fixação de complemento) ARJ (VHS, ANA) Tuberculose (PPD, RX tórax) Sarcoidose (RX tórax, TC tórax, biópsia conjuntival, gálio scan, ECA) Sífilis (sorologia para sífilis, punção lombar) UVEÍTES ANTERIORES INFECCIOSAS 1) Tuberculose 1 a 3% dos casos de uveíte, acompanhando o aumento do número de casos de tuberculose sistêmica após a pandemia de AIDS Achados oculares: Precipitados ceráticos granulomatosos (maiores) e nódulos na íris Pupila fechada – não responsiva → seclusão pupilar Fundo de olho – vasos tortuosos, edema de nervo (quanto mais tempo, maior número de células morrem) A iridociclite na ausência do tratamento específico, progride lentamente até o envolvimento do vítreo, retina, coróide e nervo óptico → perda da acuidade visual completa Sinais sistêmicos: perda de peso, febre, suores noturnos e sintomas respiratórios podem sugerir infecção sistêmica ativa O envolvimento ocular pode ocorrer na ausência da infecção sistêmica ativa A tuberculose é uma das causas de uveíte nas quais os testes cutâneos podem ser úteis- PPD (purified protein derivated) O raio X tórax é de fácil realização e de custo baixo como passo inicial na investigação da Tuberculose E quando o resultado do exame é duvidoso - TC 2) Sífilis 2 a 8% das uveítes Pode ser grave e não responsiva à medicação (uso de injeções peribulbares) Achados oculares: Iridociclite com precipitados ceráticos granulomatosos e dilatação das alças vasculares da íris que leva a formação discreta de roséolas irianas (patognomônico) Pode incluir uveítes posteriores com envolvimento retiniano, papilite (edema papila - nervo) com dilatação venosa, hemorragias em chama de vela peripapilares, retinite necrosante e vasculite retiniana Pode perder a acuidade visual Grande acúmulo de células inflamatórias Testes para pesquisa: FTA-ABS (mais específico e de alta sensibilidade; é fracamente reativo ou não reativo e uma vez o paciente tenha tido sífilis mantém-se positivo por toda a vida) VDRL (mais usado, porém propenso a falsos positivos e resultados negativos; podendo ser negativo após tratamento adequado) Microaglutinção de AC do T. pallidum (MHA-TP) e de hemoaglutinção treponêmica (TPHA) - comparáveis ao FTA-ABS em sensibilidade e especificidade Indicações para exame de LCR: Presença de inflamação intra ocular, alterações pupilares com sinais de disfunção neuroftálmica, infecção pelo HIV e falência no tratamento Uso intenso de corticoide, com desmame lento UVEITES ANTERIORES NÃO INFECCIOSAS 1) Sarcoidose Doença granulomatosa multissistêmica de etiologia desconhecida, que pode afetar os olhos Caracterizada por granulomas não caseosos nos pulmões e outros órgãos Manifestações oculares: Pode ser a 1ª manifestação da doença Nódulos papebrais e conjutivais Uveíte anterior granulomatosa Uveíte posteriorOcorrem apenas se não houver tratamento precoce Retinite Neuropatia óptica Dacrioadenite (acomete glândula lacrimal) 10 a 20% das uveítes Uveíte anterior: iridociclite com precipitados ceráticos (mutton fat – aparência de algodão doce) muito grandes, sinéquias posteriores, flare (visualização das células inflamatórias descendo) e células em grande quantidade na CA (câmara anterior) Aparecem após a infecção sistêmica – nem sempre o paciente teve consciência da patologia sistêmica Exame: ECA (enzima conversora da angiotensina) e mapeamento com gálio Pacientes com sarcoidose ocular ativa geralmente estão em remissão sistêmica e a ECA cai a níveis normais, não havendo elevação com a atividade ocular isolada Entretanto, os níveis normais de ECA não descartam o diagnóstico de sarcoidose Mapeamento com gálio: o citrato radiativo de gálio 67 localiza áreas de atividade inflamatória nas quais macrófagos e células epiteliódes são participantes proeminentes O diagnóstico definitivo é feito com biópsia tecidual demonstrando granuloma não caseoso de células epiteliódes 2) Doença de Behçet Vasculite sistêmica generalizada e crônica, autoimune com características clínicas variadas Tem preferência por vasos de pequeno calibre (principalmente venosos), causando alterações em todos os órgãos Manifestações mais frequentes: úlceras orais e genitais, manifestações oculares, dérmicas, neurais e pulmonares Etiologia desconhecida, fatores como vírus (herpes simples, adenovírus), exposição a antígenos streptocócicos, hereditariedade (HLAB51) podem estar envolvidos ♂ > ♀ Quando suspeitar? Paciente jovem (17-20 anos), masculino, com aftas na boca e desenvolve uveíte Manifestações oculares: Iridociclite aguda não granulomatosa Hipópio em 1/3 dos casos – pus na câmara anterior (indica alta reação inflamatória) Vasculite retiniana Não há testes específicos, quadro clínico composto por sinais maiores e menores na formulação dos critérios utilizados na hipótese diagnóstica Utilizados como dados inespecíficos a reação de hipersensibilidade cutânea (patergia), aumento da atividade quimiotatica dos neutrófilos e da imunidade celular, elevados níveis séricos de C9 3) Artrite Reumatóide Juvenil (ARJ) Doença reumática mais comum na infância (crianças < 16 anos) com início geralmente entre 2 e 4 anos Achado ocular mais comum: Iridociclite Inflamação intra ocular caracterizada por uveíte anterior não granulomatosa O FR (fator reumatóide) é raramente positivo Raio X de joelho para diagnóstico Teste de fluoresceína com AC antinucleares (ANA) não é específico para todos os anticorpos antinucleares encontrados no soro É importante no diagnóstico de uveíte porque se mantém positivo em 80% dos pacientes com iridociclite associada a ARJ Sinais/Sintomas: Dor nas articulações, principalmente joelho Hiperemia ao redor da córnea Pupila não dilata Presença células inflamatórias no humor aquoso 4) Artrite Reumatóide Doença crônica e progressiva caracterizada pela sinovite poliarticular que afeta 1% de todas as pessoas ao redor do mundo Crompometimento ocular: Ceratoconjuntivite seca (olho ressecado, glândula lacrimal não produz quantidade de lágrima adequada, córnea não é nutrida e fica ressecada, há destruição das células da córnea) Esclerite anterior Episclerite Ceratopatia Uveíte anterior O fator reumatóide (FR) nas uveítes pode ser útil em algumas condições 5) Espondiloartropatias soronegativas 52% dos casos de uveítes anteriores relacionadas ao HLA (Humanleucocyte antigen), HLA B27, síndrome de Reiter, doença intestinal inflamatória, espondilite anquilosante e artrite reumatóide Uveítes unilaterais, fulminantes, com fibtina e células na CA Conjuntivite é o achado mais comum na síndrome de Reiter (grande disfunção TGI, uveíte, doença do TGU, ♂ > ♀, pode apresentar conjuntivite associada (achado mais comum, 1º conjuntivite, depois uveíte)) Iridociclite aguda com início súbito em pacientes com espondilite Sintomas: Fotofobia, olho vermelho e borramento visual relacionados a reação de CA moderada a grave Pequenos precipitados ceráticos - menores Sinéquias posteriores Hipópio inflamatório Glaucoma secundário pode ser encontrado A iridociclite não granulomatosa leve ou grave, pode ser recorrente e afetar um olho de cada vez Rx de articulações sacroilíacas em pacientes masculinos com iridociclite recorrente pode ajudar no diagnóstico de espondilite anquilosante Glaucoma INTRODUÇÃO Segunda causa de cegueira irreversível no mundo Aumento da pressão ocular acarretando na compressão das fibras do nervo óptico contra a esclera na região da lâmina crivosa (apoptose das células) A pressão ocular fisiológica é necessária para manter a forma esférica do globo ocular É necessário um equilíbrio entre a produção e a eliminação do humor aquoso Produção do humor aquoso pelas células ciliares → câmara anterior → nutrição da córnea → escoa pelos canais coletores Pio: 10- 20 mmHg Pode aumentar por aumento da produção do HA ou por obstáculo na excreção ↑produção ou ↓escoamento - ↑pressão câmara anterior (córnea - cristalino) - ↑ escavação nervo óptico (único lugar aberto que tende sair a pressão → leva a apoptose das células nervosas) Fundo de olho: Escavação do nervo > 1/3 ↓faixa neural (↓condução da imagem) Vasos emergem da periferia Perda da visão primeiramente periférica – paciente não percebe Produzido nos processos ciliares do corpo ciliar – trabeculado – canal de Schlem – canais coletores > 40 anos SEMPRE medir pressão intra-ocular, em < 40 anos só com parentes que possuem a doença ou congênito Tríade do glaucoma: ↑escavação do nervo (padrão ouro) Perda de campo visual ↑ pressão intra-ocular Algumas medicações como corticoide, cloroquina e anti-depressivos podem levar ao desenvolvimento de glaucoma (SEMPRE verificar o fundo de olho desses pacientes) Tonômetro de aplanação – exame mais fidedigno Com ↑ da idade – canal de escoamento ↓flexibilidade – pode ↓escoamento Pressão intra-ocular - ↑pela medrugada – verifica pressão pela manhã – mais fidedigno CLASSIFICAÇÃO Glaucoma congênito Glaucoma secundário Glaucoma primário de ângulo estreito Glaucoma primário de ângulo aberto GLAUCOMA CONGÊNITO Recém nascido até 3 anos Falha na formação do trabeculado Produção de humor aquoso inicia-se após o nascimento (não produz intra-útero) 2/3 bilateral Epífora (lacrimejamento), fotofobia, edema de córnea, diâmetro corneano aumentado Ocorre distensão da córnea – adapta-se ao aumento de humor aquoso – penetra nas camadas da córnea Tratamento cirúrgico (goniotomia ou trabeculectomia) - precoce GLAUCOMA SECUNDÁRIO Pressão ocular se eleva devido enfermidade subjacente Geralmente é unilateral Tratamento cirúrgico (fotocoagulação ou trabeculectomia - ↑escoamento) Neovascular: Complicação da Retinopatia diabética ou trombose de Veia central da retina... ...fatores neovasculogênicos – retina isquêmica – proliferação anormal de vasos da íris (rubeosis) - ↓fluxo - ↓escoamento Uveíte: Pressão aumenta devido mudança das características do humor aquoso (contém substâncias anormais como proteínas e células inflamatórias Tratamento da enfermidade adjacente Traumático: Trauma contuso no globo ocular Alteração traumática no sistema de drenagem do humor aquoso Tratamento medicamentoso ou cirúrgico Uso de colírios para redução da pressão (↓produção, ↑escoamento) – se não funciona = cirurgia Ação medicamentosa Corticoide inalatório ou VO - ↑humor aquoso Cloroquina – baixa frequência, frequentemente desenvolve catarata Anti-depressivos GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ESTREITO Glaucoma agudo População > 40 anos Hipermétropes Mais comum devido ao ↓diâmetro AP Ângulo irido-corenano (para escoamento do humor aquoso) < 30 graus (normal 45º) Pio: 50-60 mmHg Geralmente ocorre unilateralmente ↑da pressão bruscamente – paciente acorda com dor Edema de córnea brusco, dor ocular pela distensão Olhos hiperemiados – geralmente unilateral Pupila semi midriática e fixa – não reativa Cefaléia, hemicraniana, mal estar geral, náuseas, vômitos Diagnóstico: binometria digital – globo ocular duro Urgência Tratamento: Diminuir a pressão com medicação o mais rápido possível: Acetazolamida 250mg / Diamox – anti-osmótico 1comprimido 8/8h por 7 dias (máximo) > 7 dias = desequilíbrio eletrolítico - ↓K+ (caimbra) Maleato timolol 0,5% (1gota 12/12hs) – β-bloqueador, ↓ produção humor aquoso Pilocarpina – pouco uso Manitol EV Dolantina Após tratamento medicamentoso encaminha para cirurgia Necessário para evitar recidivas Cada recidiva ↓acuidade visual do paciente Fazer diagnóstico diferencial com hipertensão arterial (ocorre hiperemia bilateral) GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO Glaucoma crônico simples Mais frequente População > 40 anos Totalmente assintomático Bilateral (pode haver evolução assimétrica e afetar de forma desigual os olhos) Aumento da PIO (pouco aumento), aumento da escavação fisiológica do disco óptico, campo visual alterado Obstáculo na drenagem a nível do trabeculado Natureza genética Tratamento Medicamento (mais para prevenção) β-bloqueador (maleato timolol 0,5%) – 1 gota 12/12h Proteção horários de ↑da pressão intra-ocular Baixo campo de atuação Inibidor de anidrase carbônica - ↓produção humor aquoso Análogos de prostaglandina ↑escoamento ↓produção ↑vasodilatação (olheiras) ↑pigmentação dos cílios Alguns são associados a β-bloqueador Trabeculoplastia com laser argônio (jogado na periferia da íris) Trabeculectomia DIAGNÓSTICO GLAUCOMA PARA O CLÍNICO Idade > 40 anos Perda unilateral da visão História familiar de glaucoma DM – retinoscopia proliferativa avançada Negros – menor diâmetro AP do globo ocular Exames: tonometria, campimetria, gonioscopia (analisa estruturas do trabéculo – onde escoa humor aquoso) CIRURGIAS Trabeculectomia Abre conjuntiva – corta quadrado na esclera – escoa humor para conjuntiva Não é curativa Iridotomia (laser) 1ª indicação Laser faz um buraco para aumentar o escoamento (feito geralmente às 12h) Patologias da Retina Retinopatia Diabética INTRODUÇÃO Compromete múltiplos órgãos É uma das principais causas de cegueira irreversível em adultos no mundo ocidental ↑tempo, ↓controle = ↓visão FISIOPATOLOGIA Microangiopatia Hiperglicemia – aumento de sorbitol – engroçamento da membrana endotelial dos vasos e perda de pericitos (células intramurais)... ↑perda de perecitos = ↑perda da retina – pior prognóstico ...alteração da barreira hematoretinal – filtração para o espaço extravascular – edema de retina – depósito de lipoproteínas – exsudatos ...debilidade estrutural da parede dos capilares retinianos – microaneurismas – coagulação – trombose capilar – isquemia retiniana – manchas algodonosas e neovascularização (estágios avançados) Extensas áreas de isquemia na retina – forma neovascularização (agressiva, não melhora a situação) – forma proliferativa - ↑perda de acuidade visual CLASSIFICAÇÃO Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP). Retinopatia diabética proliferativa (RDP). RDNP Microaneurismas Hemorragia intra retiniana em forma de chama de vela – paciente enxerga vermelho (sangue na mácula) Edema de retina Exsudatos duros Dilatações venosas e rosário venoso – podem ou não estar presentes Manchas algodonosas – grandes, poucadelimitação RDP Progressão da não proliferativa Isquemia progressiva neovasos (vasos + hemorragia – aparência de cacho de uva) – proliferação extraretiniana (↑agressiva) – principal característica que diferencia da não proliferativa Filtração extravascular Hemorragia pré retiniana ou vítrea Descolamento de retina Galucoma neovascular O aparecimento de neovasos define a RDP Grandes oscilações glicêmicas – grandes alterações várias vezes ↑glicemia – visão embaçada > 180 mg/dL – alteração do óculos – não faz exame – espera baixar primeiro (falsa miopia) RDNP e RDP O edema macular é a causa mais comum de perda de visão em diabéticos (↓acuidade visual) O comprometimento da fóvea é clinicamente significativo RDP grave Exame com angiofluoresceína – vê locais de hemorragia e fluxo – tiram-se fotos Retinografia – mancha escura corresponde a mácula FATORES DE RISCO Tempo de duração da DM (principal) Paciente com DM1 – evolução para retinopatia mai grave Controle metabólico Gravidez Hiperlipidemia HAS TRATAMENTO Educação do paciente – controle glicêmico Fotocoagulação com laser argônio – controle da hemorragia NUNCA fazer na mácula (= cegueira) Vitrectomia Troca do humor vítreo devido depósito de glicose Injeta-se ar ou álcool de silicone Pode recuperar 30-40% da visão AINE (NEVONAC®) – penetração barreira hematorretinal – melhora edema de mácula Uso por 2 meses, 2x/dia ↓edema = melhora da visão Sem estudos comprovados Usado em pacientes assim que apresenta turvação visual SEGUIMENTO Normal ou RPNP leve (1 ponto hemorrágico): anual RDNP moderada (um pouco de hemorragia + esxudato): 9 meses (6/6 meses - ideal) RDNP severa: 4 meses EMCS (edema macular cistóide): 2 a 4 meses RDP: 2 a 3 meses Retinopatia Hipertensiva INTRODUÇÃO Pressão diastólica > ou = 90 mmHg Pressão sistólica > ou = 140 mmHg Compromete cérebro, coração, rins e olhos A retinopatia hipertensiva é a primeira e principal manifestação da HAS Outros: comprometimento conjuntival, coroidopatia hipertensiva, neuropatia hipertensiva (perda rápida da acuidade visual) Paciente com comprometimento renal = comprometimento ocular Pacientes em hemodiálise por HÁ - ↓acuidade visual FISIOPATOLOGIA Danos causados nos vasos arteriolares conjuntivais, retinianos, corideanos e cabeça do nervo óptico Todo globo açular acometido HAS: ... produz ↑vasoconstrição e arterioesclerose – artérias duras e finas (fio de cobre (↓fluxo)/fio de prata (ausência de fluxo)) ...cruzamentos AV patológicos (Sinal de Gunn) - ↑aterosclerose, extremamente comum na HÁ ↑PA – artéria comprime veia ou se enrola nela – forma áreas de ingurgitação nas veias Alteração ângulo de cruzamento formando 90 graus (Sinal de Salus) Coroidopatia hipertensiva – isquemia – necrose isquêmica (manchas de Elsching) – Descolamento Retino-seroso Estas manchas parecem fogos de artifício ↑agressivo ↓chance de retorno da acuidade visual Neuropatia hipertensiva: isquemia – encefalopatia – edema de papila + hemorragia em chama de vela QUADRO CLÍNICO 1) RH aguda (pré eclampsia, eclampsia, feocromocitoma (↑raro)): Diminuição da acuidade visual (borrada) até a cegueira Súbito Vasoconstrição generalizada Hemorragia retiniana, manchas algodonosas, edema de papila (bilateral), manchas de Elschig, DR seroso (< frequência) 2) RH crônica: Não há diminuição da visual Assintomático – há adaptação ocular Vasoconstrição difusa, aumento do brilho arteriolar, cruzamentos AV patológicos, microaneurismas, macroaneurismas CLASSIFICAÇÃO (KEITH WAGENER BACKER) Grau I: vasoconstrição aretiolar mínima + tortuosidade de vasos em pacientes com HA moderada Grau II: estreitamento focal mais evidente, engurgitamento venoso nos cruzamentos AV em pacientes com ou sem mínimo comprometimento sistêmico Grau III: hemorragias, exsudatos, manchas algodonosas, constrição arteriolar focal Comprometimento cardíaco, cerebral, ou renal Grave Grau IV: edema de papila (visão com manchas ou cego), manchas de Elsching Comprometimento cardíaco, cerebral, renal mais severo Grave Necessidade de diálise ou transplante Mais grave: Manchas algodonosas, edema de retina, hemorragia retiniana, edema papila, manchas de Elsching Aumento do risco de oclusões de RVCR (ramo da veia central da retina) e RACR (ramo da artéria central da retina) TRATAMENTO Tratar a enfermidade de base (controle da PA) Avaliação do fundo de olho oferece a possibilidade de conhecer o estágio da circulação sistêmica, porém um exame negativo de RH não descarta o diagnóstico e nem o comprometimento da circulação sistêmica na HA Alterações vasculares = HA Neovasos = DM Retinoblastoma Tumor maligno primário intraocular mais comum em crianças e o segundo mais comum em todas as faixas etárias (o mais comum é o melanoma maligno) Necessário teste do olhinho em TODAS as crianças Raro Em 1/3 dos casos o comprometimento é bilateral Herança autossômica dominante Leucocoria - pontos brancos na retina (visível na pupila - cornea) ↑produção de metástases – 1ª metástase geralmente para cérebro Altamente maligno Exame: foco de luz – reflexo da coroide não é visível Diagnóstico: US (cistos brancos no fundo de olho) Tratamento: Enucleação (escolha) – retirada de todo olho, coloca-se prótese no lugar Radioterapia, fotocoagulação, crioterapia (tumores pequenos) Quimioterapia sistêmica (recorrências e metástases) Melanoma Mais frequente na sexta década de vida Massa oval, pigmentada (marrom) e elevada Pode aparecer mancha escurecida fundo de olho Diagnóstico diferencial com descolamento de retina, descolamento de coróide, maculopatia exsudativa relacionada a idade, hemangioma localizado na coroide Não há diagnóstico de certeza (só biópsia) Determinar e é foco primário ou metástase Alta produção de metástases cerebrais Tratamento – enucleação (retira tudo) OBS: evisceração – retira olho, mas deixa a esclera Atrofia Nervo Óptico Aumento da pressão intra craniana – compressão do nervo óptico – edema de papila – atrofia papilar – cegueira Edema de papila bilateral = HIC (exceto paciente com HA aguda) Nem sempre altera a acuidade visual Edema das meninges que revestem o nervo – compressão nervosa – desgaste do nervo – morte células nervosas – desgaste = cegueira Diferenciar de neurite óptica – unilateral, ↓acuidade visual subitamente, tratamento com corticoide (prednisona 60mg)
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