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* Prof. Mestre: Vanessa Bergo Hidalgo Dolce UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ UNIDADE – SINOP AEROPORTO * EXCREÇÃO DE FÁRMACOS É a saída de fármacos do organismo. A excreção inclui processos metabólicos, que em geral inativam a droga. Pode ocorrer tanto na forma original do fármaco quanto na forma de seus metabólitos, sendo que em sua forma original a excreção ocorre mais lentamente. Principais órgãos que fazem excreção: Renal, Biliar, Pulmonar (anestésicos gasosos), Fecal. Órgãos secundários: Salivar, Mamária, Sudorípara e Lacrimal e secreção nasal. Meios excepcionais ou não naturais: Hemodiálise. * EXCREÇÃO DE FÁRMACOS Em casos de insuficiência renal acentuada, certas drogas, como a digoxina, que são excretadas pela urina, podem passar à ser excretadas pelas fezes. * Com exceção do pulmão, os órgãos excretores eliminam os compostos polarizados mais eficientemente do que as substâncias com alta lipossolubilidade. Assim, as drogas lipossolúveis não são prontamente eliminadas até serem metabolizadas em compostos mais polarizados. EXCREÇÃO DE FÁRMACOS * 1. EXCREÇÃO RENAL É a principal via de excreção de drogas. ENVOLVE TRÊS PROCESSOS: 1.1 Filtração Glomerular 1.2 Secreção ou Reabsorção Tubular 1.3 Difusão Passiva Através do Epitélio Tubular * 1. EXCREÇÃO RENAL ESTRUTURA DO NÉFRON * 1. EXCREÇÃO RENAL 1.1 FILTRAÇÃO GLOMERULAR BARREIRA RENAL É PERMEÁVEL À: Água. Eletrólitos e moléculas de baixo PM. Substâncias como lipídeo (lipossolúvel). BARREIRA RENAL É IMPERMEÁVEL À: Proteínas. Fração ligada à droga (albumina). Fração livre de elevado PM. Qualquer fármaco de baixo PM e que estejam livres no sangue podem ser filtrado pelo glomérulo renal. * 1. EXCREÇÃO RENAL Se a droga se liga à albumina plasmática, em nível elevado, sua concentração no filtrado glomerular é menor do que a concentração plasmática. EXEMPLO: Varfarina (98% - 2%). * 1. EXCREÇÃO RENAL 1.2 SECREÇÃO E REABSORÇÃO TUBULAR Até 20% do fluxo plasmático são filtrados pelos glomérulos, o que deixa cerca de 80% da droga passarem pelo túbulo distal, neste ponto as substâncias são transportadas do interior dos capilares para a luz do túbulo, de onde são eliminadas pela urina . Os mecanismos de secreção tubular, à semelhança dos mecanismos de reabsorção, podem ser ativos ou passivos, quando incluem a utilização de energia ou não. Secreção dos íons de hidrogênio, potássio e amônia. Determinadas substâncias são eliminadas do organismo pelos mecanismos de secreção tubular, após metabolização pelo fígado. * 1.2 SECREÇÃO E REABSORÇÃO TUBULAR Sofrem reabsorção nos túbulos proximais e distais as substâncias não ionizadas dos ácidos e bases fracas. A reabsorção destas substâncias dependem do Ph do meio. Os ácidos fracos são excretados com maior rapidez quando a urina tubular fica mais alcalina, principalmente porque se tornam mais ionizados e a reabsorção diminui. A alcalinização da urina, diminui a excreção de bases fracas e aumenta a excreção de ácidos fracos. 1. EXCREÇÃO RENAL * 1. EXCREÇÃO RENAL 1.2 SECREÇÃO E REABSORÇÃO TUBULAR As bases fracas são excretadas com maior rapidez quando a urina tubular fica mais ácida, principalmente porque se tornam mais ionizadas e a reabsorção diminui. A acidificação da urina diminui a excreção dos ácidos fracos. A alcalinização da urina pode provocar um aumento de 4 a 6 vezes na excreção de um ácido. Ex.: Salicilato. Intoxicação por fármaco ácido (fenobarbital) – alcalinização da urina com uso do bicarbonato de sódio – maior excreção do fenobarbital. * 1. EXCREÇÃO RENAL Neste processo à medida que o filtrado glomerular atravessa o túbulo, a água é reabsorvida e o volume final da urina representa apenas 1% do volume do filtrado. Drogas de alta lipossolubilidade, o que significa elevada permeabilidade tubular, são, portanto lentamente excretadas. Droga altamente polar, possui baixa permeabilidade tubular, e são rapidamente excretadas. 1.3 DIFUSÃO PASSIVA * 1. EXCREÇÃO RENAL ACIDIFICAÇÃO DA URINA Dietas ricas em proteínas, ácido ascórbico. Aumento da reabsorção de ácidos fracos. Diminuição da reabsorção de bases fracas. UTILIDADE CLÍNICA Diminui excreção de sulfas. Aumenta excreção de morfina, ADT e anfetaminas. * 1. EXCREÇÃO RENAL ALCALINIZAÇÃO DA URINA Bicarbonato. Diminuição da reabsorção de ácidos fracos. Aumento da reabsorção para bases fracas. UTILIDADE CLÍNICA Aumento da excreção de derivados salicílicos, sulfas e nitrofurantoína. * 1. EXCREÇÃO RENAL CLEARANCE OU DEPURAÇÃO RENAL DAS DROGAS É a palavra inglesa usada universalmente para indicar a remoção completa de determinada substância de um volume específico de sangue na unidade de tempo. A biotransfromação hepática, a excreção renal, a eliminação pulmonar e a excreção fecal, são os processos de eliminação das drogas que determinam o clearance. O clearence renal de uma droga, mesmo em indivíduos com função renal normal, pode variar de paciente para paciente e em diferentes ocasiões de acordo com o pH urinário, ligação com a proteína plasmática e fluxo sanguíneo renal. * 2. EXCREÇÃO BILIAR E FECAL Muitos metabólitos de fármacos formados no fígado são excretados para o Trato Intestinal na bile. Esses metabólitos podem ser excretados nas fezes. * 3. EXCREÇÃO SUDORÍPARA, SALIVAR, LACRIMAL E MAMÁRIA Não tem importância quantitativa. A eliminação por essas vias depende principalmente da forma lipossolúvel da drogas para serem eliminadas. Os fármacos excretados na saliva penetram na boca, onde geralmente serão deglutidos. A concentração da saliva acompanha a do plasma. No leite materno também são excretadas drogas como: Anticoncepcionais e Tetraciclina. * 3. EXCREÇÃO POR CABELOS E PELE Não tem importância quantitativa. Os métodos de detecção de metais tóxicos nesses tecidos têm importância forense. *
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