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Direitos Fundamentais resumo

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Direitos Fundamentais - resumo
Nós vivemos em sociedade, que é um grupo de pessoas em processo de intenção (cooperação, competição a conflito).
Instrumento de controle social: religião, moral, regras de trato social e direito
Constituição Federal: lei fundamenta onde constam os direitos fundamentais (cláusulas pétreas)
Destinatários: brasileiros e estrangeiros residentes no país. 
Para Iago Wolfang Sralet, “...o termo direitos fundamentais se aplica para aqueles direitos do ser humano reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional positivo de determinado Estado, so passo que a expressão “direitos humanos” guardaria relação com os documentos de direito internacional, por referir-se aquelas posições jurídicas que se reconhecem ao seu humano como tal, independentemente de sua vinculação com determinada ordem constitucional, e que, portanto aspiram a validade universal (para todos os povos e tempos, de tal sorte que revelam um equívoco caráter supranacional.”
Classificação dos direitos fundamentais
- Com base na Constituição Federal:
Capítulo I - dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º) 
Capítulo II - dos direitos sociais (art. 6º ao 11) 
Capítulo III - da nacionalidade (art. 12 e 13) 
Capítulo IV - dos direitos políticos (art. 14 ao 16)
Capítulo V - dos partidos políticos (art. 17)
- De acordo com as dimensões: 
1ª Dimensão - direitos civis e políticos (CF, arts. 5º e 14)
2ª Dimensão - direitos sociais, econômicos, culturais e de lazer (CF, arts. 6º, 7º, 205)
3ª Dimensão - direitos de fusos e coletivos (CF, art. 225)
4ª Dimensão - direitos ligados a genética e a cibernética (CF, arts. 1º e 3º)
Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) - que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais - realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) - que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas - acentuam o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um modo importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexaurabilidade.
Assim, os direitos fundamentais de primeira geração são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdade públicas), surgindo institucionalmente a partir da Magna Carta.
Referindo-se aos hoje chamados direitos fundamentais de segunda geração, que são os direitos sociais, econômicos e culturais, surgidos no início no século 
Por fim, modernamente, protege-se, constitucionalmente, como direitos de terceira geração os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o direito a um meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ao progresso, a paz, a autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos, que são, no dizer de José Marcela Vigliar, os interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há vinculo jurídico ou fático muito preciso.
O art. 5º da Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade. 
O estrangeiro em transito pelo território nacional, que possui igualmente acesso as ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais. Dessa forma, os direitos enunciados e garantidos pela constituição são de brasileiros, pessoas físicas e jurídicas. Assim, o regime jurídico das liberdades públicas protege tanto as pessoas naturais, brasileiros ou estrangeiros no território nacional, como as pessoas jurídicas, pois têm direito a existência, a segurança, a propriedade, a proteção tributária e aos remédios constitucionais. 
Aplicabilidade e eficácia dos direitos e garantias fundamentais
Art. 5º, parágrafo 1º da Constituição Federal: “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata” 
Exceção: quando a Constituição expressamente remete ao legislador a sua concretização, bem como quando a norma não contiver os elementos mínimos que lhe propiciem aplicabilidade.
São direitos constitucionais na medida em que se inserem no texto de uma constituição cuja eficácia e aplicabilidade dependem muito de seu próprio enunciado, uma vez que a constituição faz depender da legislação ulterior a aplicabilidade de algumas normas que consubstanciam os direitos fundamentais democráticos e individuais são de eficácia e aplicabilidade imediata. A própria Constituição Federal, em uma norma-síntese, determina tal fato dizendo que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata. Essa declaração pura e simplesmente não bastaria se outros mecanismos não fossem previstos para torna-la eficiente (exemplo: mandado de injunção e iniciativa popular)
Eficácia vertical e horizontal
- Eficácia vertical: imposição dos direitos fundamentais dos indivíduos ao Estado. 
- Eficácia horizontal: aplicação dos direitos fundamentais nas relações entre os particulares.
Relativização e a técnica da concordância prática
O ideal é a aplicação dos direitos fundamentais de forma absoluta, entretanto pode haver colisão ou concorrência na sua aplicação a um determinado caso prático. 
Solução: relativização, e técnica da concordância prática.
Os direitos humanos fundamentais, dentre eles os direitos e garantias individuais e coletivos consagrados no art. 5º da Constituição Federal, não podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo da pratica de atividades ilícitas (princípio da relatividade ou convivência das liberdades públicas)
Dessa forma, quando houver conflito entre dois ou mais direitos ou garantias fundamentais, o intérprete deve utilizar-se do princípio da concordando pratica ou da harmonização, de forma a coordenar e combinar os bens jurídicos em conflito, evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual (contradição dos princípios), sempre em busca do verdadeiro significado da norma e da harmonia do texto constitucional com sua finalidade precípua.
As relatividades dos direitos fundamentais nascem para reduzir a ação do Estado aos limites impostos pela Constituição, sem contudo desconhecerem a subordinação do indivíduo ao Estado, como garantia de que eles operem dentre dos limites impostos pelo direito.
Os direitos fundamentais na Constituição Federal
Rol de direitos fundamentais
Os direitos fundamentais estão, literalmente falando, prescritos na Constituição Federal, título II - Dos direitos e garantias fundamentais, nos arts. 5º ao 17: capítulo I, dos direitos e deveres individuais e coletivo; capítulo II, dos direitos sociais; capítulo III, da nacionalidade; capítulo IV dos direitos políticos; capítulo V, dos partidos políticos
Art. 5º, parágrafo 2º da Constituição Federal: os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Parágrafo 3º - os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes as emendas constitucionais. 
Dessa forma, a Constituição Federal prescreve que o rol dos direitos fundamentais não é taxativo, mas sim exemplificativo. 
Rol taxativo: a legislação aplica-se somente aos casos nele listados, também é chamado de “numerus clausus”.
Rol exemplificativo: a lei aplica-se aos casos listados e também aos semelhantes a eles, também é chamado de “numerus apertus”Exemplos de direitos fundamentais elencados no rol do art. 5º da Constituição Federal: 
Inciso III - proibição da tortura - a tortura foi incluída na época da ditadura.
Inciso V - direito de resposta 
Inciso XI - inviolabilidade do domicílio 
Inciso XXXII - direito do consumidor
Inciso XXXIII - direito da informação
Inciso XXXV - inafastabilidade da jurisdição 
Direitos e garantias fundamentais individuais em espécie:
Direito a vida privada, a honra e a intimidade das pessoas
Art. 5º, inciso X da CF - direito de identidade e privacidade: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização, pelo dano material ou moral decorrente de sua vida; refere-se tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, a necessária proteção a própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio, jornais, revistas etc.).
Inciso XII do art. 5º - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo no último caso, por ordem judicial (inviolabilidade de comunicação); é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Ocorre, porém, que apesar de a exceção constitucional expressa referir-se somente a interpretação telefônica, entende-se que nenhuma liberdade individual é absoluta, sendo possível, respeitados certos parâmetros, a interceptação das correspondência e comunicações telegráficas e de dados sempre que as liberdades públicas estiverem sendo utilizadas como instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.
A inviolabilidade do sigilo de dados (art. 5º, XII) complementa a previsão ao direito a intimidade e vida privada (art. 5º, X), sendo ambas as previsões de defesa da privacidade regidas pelo princípio da exclusividade, que pretende assegurar ao indivíduo.
Intimidade relaciona-se as relações subjetivas e de trato intimo da pessoa, suas relações familiares e de amizade, enquanto vida privada envolve todos os demais relacionamentos humanos, inclusive os objetivos, tais como relações comerciais, de trabalho, de estudo etc.
Assim, não existe qualquer dúvida de que a divulgação de fotos, imagens ou notícias apelativas, injuriosas, desnecessárias para a informação objetiva e de interesse público (CF, art. 5º, XIV), que acarretam injustificado dano a dignidade humana autoriza a ocorrência de indenização por danos materiais e morais, além do respectivo direito a resposta.
No restrito âmbito familiar, os direitos a intimidade e vida privada devem ser interpretados de uma forma mais ampla, levando-se em conta as delicadas, sentimentais e importantes relações familiares, devendo haver maior cuidado em qualquer intromissão externa. Dessa forma, as intromissões na vida familiar não se justificam pelo interesse de obtenção de prova, pois, da mesma forma do que sucede em relação aos segredos profissionais, deve ser igualmente reconhecida a função social de uma vivencia conjugal e familiar a margem de restrições e intromissões. 
Direitos e garantias fundamentais individuais em espécie
Direito a vida 
Art. 5º, caput, da CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança, e a propriedade”. 
Há alguns temas que envolvem esse direito fundamental e primordial do ser humano. Trataremos das duas discussões mais recorrentes: a pena de morte e o aborto. 
I - Pena de morte: 
Caso: Manoel da Motta Coqueiro x Benedito da Silva (1885)
No Brasil, a pena de morte é proibida, havendo, uma exceção. O art. 5º, inciso XLVII, a linha A da CF permite a pena de morte nos casos de guerra declarada. 
A pena de morte será executada por meio de fuzilamento (art. 56 do Código Militar), nos casos por exemplo de traição, informação ou auxilio ao inimigo, espionagem, recusa de obediência, dentre outros.
II - Aborto:
O Código Civil, em seu art. 2º dispõe que a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde que a concepção os direitos do nascituro.
O Código Penal, no art. 128, permite o aborto quando praticado por médico: 
Se não há outro meio de salvar a vida da gestante (aborto necessário)
No caso de gravidez resultante de estupro quando o aborto for precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Aborto de anencéfalos 
Em 12 de abril de 2012 o STF decidiu não ser crime o aborto de fetos anencéfalos
Aborto de fetos em mulheres que adquiriam o vírus da zika.
O art. 5º da Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residente no País a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade. O estrangeiro em transito pelo território nacional, que possui igualmente acesso as ações, como o mandado de segurança e mais remédios constitucionais; dessa forma, os direitos enunciados e garantidos pela constituição são de brasileiros, pessoas físicas e jurídicas. Assim, o regime jurídico das liberdades públicas protege tanto as pessoas naturais, brasileiros ou estrangeiros no território nacional, como as pessoas jurídicas, pois tem direito a existência, a segurança, a propriedade, a proteção tributaria e aos remédios constitucionais.
A Constituição Federal garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança, e a propriedade. O direito a vida é o mais fundamental de os direitos, já que se constitui em pré-requisito a existência e exercício de todos os demais direitos.
A Constituição Federal proclama, portanto, o direito a vida, cabendo ao Estado assegurá-lo em sua dupla acepção, sendo a primeira relacionada ao direito de continuar vivo e a segunda de se ter vida digna quando a subsistência.
O início da mais preciosa garantia individual deverá ser dado pelo biólogo, cabendo ao jurista, tão somente, dar-lhe o enquadramento legal, pois do ponto de vista biológico a vida se inicia com a fecundação do ovulo pelo espermatozoide, resultando um ovo ou zigoto. Assim a vida viável, portanto, começa com a nidação, quando se inicia a gravidez. Conforme adverte o biólogo Botella Lluziá, o embrião ou feto represente um ser individualizado, com uma carga genética própria, que não se confunde nem com a do pai, nem com a da mãe, sendo inexato afirmar que a vida do embrião ou do feto esta englobada pela vida da mãe. A Constituição, é importante ressaltar, protege a vida de forma geral, inclusive uterina, porém, como os demais Direitos Fundamentais, de maneira não absoluta, pois como destacado pelo Supremo Tribunal Federal, “reputou inquestionável o caráter não absoluto do direito a vida ante o texto constitucional, cujo art. 5º, XLVII, admitiria a pena de morte no caso de guerra declarada na forma do seu art. 84, XIX. No mesmo sentido, citou a previsão de aborto ético ou humanitário como causa excludente de ilicitude ou antijuricidade do Código Penal, situação em que o legislador teria priorizado os direitos da mulher em detrimento dos do feto. Recordou que a proteção ao direito a vida comportaria diferentes gradações, consoante o que estabelecida na ADI 3510IDF”.
O direito a vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que se constitui em pré-requisito a existência e exercício de todos os demais direitos.
Lei da Biossegurança
O art. 5º da lei Federal 11.105I2005 dispõe:
É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidospor fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: 
I - Seja embriões inviáveis ou
II - Sejam embriões congelados há três anos ou mais na data da publicação desta lei, ou que, já congelados na data da publicação desta lei depois de completarem três anos, contados a partir da data de congelamento
Parágrafo 1º - em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores 
Direitos e garantias fundamentais individuais em espécie
Direitos sociais
Segurança jurídica e social proibição de retrocesso e a proteção dos direitos fundamentais 
Os direitos fundamentais se concretizam por meio de princípios fundamentais os quais garantem uma convivência digna livre e igual as pessoas. Nega-los fere a dignidade da pessoa humana, garantida no art. 1, inciso III 
Princípio da legalidade e da reserva de lei
O princípio da legalidade é de abrangência mais ampla, enquanto princípio da reserva legal opera de maneira mais restrita, não sendo genérico e abstrato, mas concreto.
O princípio da legalidade é de abrangência mais ampla do que o princípio da reserva legal. Por ele fica certo que qualquer comando jurídico impondo comportamentos forçados há de provir de uma das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo legislativo constitucional. Por outro lado, encontramos o princípio da reserva legal. Este opera de maneira mais restrita e diversa. Ele não é genérico e abstrato, mas concreto. Ele incide tão somente sobre os campos materiais especificados pela Constituição. Se todos os comportamentos humanos estão sujeitos ao princípio da legalidade, somente alguns estão submetidos ao da reserva legal. Este é, portanto, de menor abrangência, mas de maior densidade ou conteúdo, visto exigir o tratamento de matéria exclusivamente pelo Legislativo, sem participação normativa do Executivo. 
Dessa maneira, o princípio da legalidade é mais amplo, constituindo verdadeira regra de liberdade de conduta individual em um Estado de Direito, direcionada diretamente ao particular em face do poder público; enquanto o princípio da reserva legal é mais restrito, sendo regra de definição de competência aos entes estatais. 
Princípio da legalidade significa a submissão e o respeito à lei. 
Art. 5º, II da CF: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei
O princípio da reserva de lei estatui que a regulamentação de determinadas matérias deve ser feita necessariamente por lei 
O art. 5º, II da Constituição Federal, preceitua que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Tal princípio visa combater o poder arbitrário do Estado. Só por meio das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo legislativo constitucional podem-se criar obrigações para o indivíduo, pois são expressão da vontade geral. Com o primado soberano da lei, cessa o privilegio da vontade caprichosa do detentor do poder em benefício da lei. Portanto, o princípio da legalidade mais se aproxima de uma garantia constitucional do que de um direito individual, já que ele não tutela, especificamente, um bem da vida, mas assegura ao particular a prerrogativa de repelir as injunções que lhe sejam impostas por uma via que não seja a da lei.
Princípio da isonomia 
Art. 5º "caput" da CF (igualdade)
Significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades.
Proibição do retrocesso social 
Proibi a redução ou a abolição dos direitos fundamentais, protegendo os, uma vez que garante referidos direitos já conquistados pela sociedade assegurando os, dessa forma, jurídica e socialmente
Direitos e garantias fundamentais individuais em espécie 
⁃ Direito à liberdade em todas as suas formas e garantias; a proteção ao culto, à crença, aos templos e a liturgia; 
⁃ Direito de reunião (art. 5º, XVI): a Constituição Federal garante que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso a autoridade competente, tratando-se, pois, de direito individual o coligar-se com outras pessoas, para fim lícito. 
⁃ Direito à liberdade
Art. 5º caput CF: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil a inviolabilidade do direito à vida, liberdade… 
 Liberdade de opinião: Art. 5º inciso IV CF, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. 
Liberdade de expressão: Art. 5º inciso IX CF, é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença. 
Liberdade de profissão: Art. 5º inciso XIII CF, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
Liberdade de locomoção: Art. 5º inciso XV CF, é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Liberdade de reunião: Art. 5º inciso XVI CF, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso a autoridade competente. 
Liberdade de associação: Art. 5º inciso XVII CF, é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter para militar.
Liberdade de religião: Art. 19, caput, inciso I CF, é vedado a união, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar- lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança.
Art. 5º inciso VI CF: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias. 
Art. 5º inciso VIII CF: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa.
Mecanismos de efetivação dos direitos fundamentais 
Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data.
Cabimento desses mecanismos de efetivação dos direitos fundamentais
Tema: remédios constitucionais
Meios postos à disposição dos indivíduos visando sanar ilegalidade e abuso de poder em prejuízo de direitos fundamentais, efetivando, assim, a garantia desses direitos. 
São garantias constitucionais destinadas a assegurar o gozo de direitos violados, em vias de serem violados ou simplesmente não atendidos.
Habeas corpus (art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal)
Proteção da liberdade de locomoção. 
Será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
Caráter: a) liberatório b) preventivo
Habeas corpus é uma garantia individual ao direito de locomoção, consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou Tribunal ao coador, fazendo cessar a ameaça ou coação a liberdade de locomoção em sentido amplo – direito do indivíduo de ir, vir e ficar. 
Habeas data (art. 5º, inciso LXXII da Constituição Federal)
Caráter: direito de conhecimento de dados pessoais constantes de registro ou banco de dados governamentais ou de caráter público, bem como de retificação de dados (atualização, correção e supressão) 
Fases: a) administrativa b) judicial
Assim, pode-se definir o habeas data como o direito que assiste a todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. 
Mandado de segurança (art. 5º, inciso LXIX da Constituição Federal)
Resguarda direito líquido e certo,não amparado por habeas corpus ou habeas data, violado por ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.
Conforme definido pela Lei nº 12.016/09, conceder-se a mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
O mandado de segurança é conferido aos indivíduos para que eles se defendem de atos ilegais ou praticados com abuso de poder, constituindo-se verdadeiro instrumento de liberdade civil e liberdade política. Desta forma, importante ressaltar que o mandado de segurança caberá contra os atos discricionários e os atos vinculados, pois nos primeiros, apesar de não se poder examinar o mérito do ato, deve-se verificar se ocorreram os pressupostos autorizadores de sua edição e, nos últimos, as hipóteses vinculadoras da expedição do ato.

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