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Prof. Dra. Elizandra Ap. Britta Stefano Maringá, 2018 ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Classificação dos AINES Quanto à estrutura química: derivados do ácido salicílico: AAS derivados do p-aminofenol: Acetominofeno /paracetamol derivados da pirazolona: dipirona derivados do ácido indolacético: indometacina, sulindaco, etodolaco derivado do ác. fenilacético: diclofenaco de sódio derivados do ác. propriônico: ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno. derivados da sulfonanilida: nimesulida derivados do ác. enólico (Oxicam): piroxicam, meloxicam, tenoxicam. INDICAÇÕES CLÍNICAS • Analgesia - dores leves a moderadas • cefaléia, dismenorréia, mialgias, artralgias, neuralgias, desconforto pós- operatório, pós-parto, cirurgias odontológicas, procedimentos ortopédicos • Antitérmico; • * síndrome de REYE: Vírus (varíola ou influenza) + AAS predisposição genética - Lesão hepática e encefalite • * dengue Aspirina – ácido acetilsalicílico Farmacocinética: - Absorvida principalmente por DIFUSÃO PASSIVA, proporcional a suas moléculas NÃO DISSOCIADAS, dependente do pH: - Como ácido fraco, a aspirina fica não-dissociada no ambiente ácido do estômago, facilitando assim sua passagem pela mucosa. Contudo, a maior parte da absorção ocorre no íleo, em razão da extensa área de superfície das microvilosidades. - Distribui-se por todo organismo, tem ligação a PP (deslocador de fármacos). Efeitos Colaterais - Gastrointestinais: náuseas, vômitos, dispepsia, irritação da mucosa gástrica, pirose, podendo causar ulcerações com áreas hemorrágicas. - Lesões: Efeito irritante direto sobre a mucosa - Bloqueio das PGs (PGE2, PGI2) - * OBS: AAS revestido, AAS tamponado Aspirina – ácido acetilsalicílico Efeitos Colaterais - Pele e Mucosas: destrói células epiteliais e induz edemas celular e descamação - Hipersensibilidade: comum em idosos com asma: rinite, edema, urticária, falta de ar, edema de glote, choque e morte. - Função Plaquetária: Prolonga o tempo de sangramento, pode causar hemorragia por inibir Tromboxano A2. - Efeitos Respiratórios: ↑CO2 – hiperventilação - * Broncoespasmo em asmáticos Aspirina – ácido acetilsalicílico ESTÍMULO Fosfolipase A2 Prostaglandinas Prostaciclinas Tromboxano A2 Leucotrienos ÁCIDO ARACDÔNICO Ciclooxigenase Lipoxigenase FOSFOLIPÍDEOS DE MEMBRANA Paracetamol Analgésico, antitérmico • Inibição de PG no SNC - X Ciclooxigenase, PGs • Preferido em pacientes com úlceras, broncoespasmos, crianças com infecções virais. Farmacocinética • Absorvido rapidamente pelo TGI. • Atinge níveis plasmáticos máximos em ½ hora à 1 hora, com ½ vida de 2 horas. • É metabolizado no fígado por enzimas microssomais (sulfato e glicorunídeo de acetominofeno). • É excretado pela urina. Efeitos Colaterais • Hepatotoxicidade - metabólito altamente ativo e tóxico N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) Reage com membranas celulares, causando danos irreversíveis e morte de muitos hepatócitos, levando a necrose hepática aguda Os sinais clínicos da lesão hepática manifestam-se em 2 a 4 dias após a ingestão de doses tóxicas náuseas, dor abdominal, anorexia Paracetamol Dipirona Age de forma semelhante ao AAS, geralmente associado a cafeína. Efeitos colaterais - Choque Anafilático; - Hipotensão; - Agranulocitose; - TGI: náusea, vômito, desconforto. EFEITOS FARMACOLÓGICOS • Potentes inibidores da COX • Anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES • GI (20%): sangramentos, ulcerações ou perfuração parede • Renal Diclofenaco de sódio EFEITOS FARMACOLÓGICOS • inibição COX semelhante ao AAS • Anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES • GI (+ sérios): dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas, vômitos, úlcera péptica, sangramento GI • SNC: cefaléia (25 a 50%), vertigens, tonturas, confusão mental, alucinações, distúrbios psiquiátricos (depressão e psicoses) • neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica • Crises agudas de asma Indometacina, Etodolaco, Cetorolaco - Cetoprofeno, ibuprofeno, naproxeno, EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES • GI (3 a 10%) • Trombocitopenia e agranulocitose • prolongamento tempo sangramento Derivados ácido propiônico - Piroxicam, Tenoxican, Meloxicam, Meia-vida prolongada EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES • GI (16%), cefaléia, zumbidos, edema, prurido, erupções cutâneas, Altera função plaquetária, broncoconstrição e alteracões dermatológicas. Derivados do oxican Nimesulida. EFEITOS FARMACOLÓGICOS: - seletivo COX-2 • Inibidor PGs • Boa tolerabilidade gástrica e renal • Poucos efeitos colaterais Derivado da sulfonilida Inibidores altamente seletivos de cox-2 • Celecoxibe - Celebra® • Etoricoxib - Arcoxia® • Lumiracoxibe - Prexige® • Ação seletiva sobre a cicloxigenase-2 a incidência de efeitos gastrintestinais é inferior a 20% dos casos. • Os coxibes são mais eficazes como antiinflamatório e analgésico do que os AINEs convencionais; • Não tem ação plaquetária, não apresentam o “efeito cardioprotetor” • não bloqueiam a produção de tromboxano A2 (TXA2), responsável pela agregação plaquetária. • portanto, não podem substituir a aspirina na prevenção de doença coronariana. Inibidores altamente seletivos de cox-2 PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIINFLAMATÓRIOS • Diarréia e hemorragia gastrointestinal • Dispepsia e úlcera péptica • Disfunção e falências renal • Exacerbação da asma • Inibição da agregação plaquetária e aumento do tempo de sangramento • Interação com outras drogas (metabolismo, excreção). ANTIINFLAMATÓRIOS (AINES) FATORES DE RISCO PARA EFEITOS INDESEJÁVEIS DOS AINES • Idade superior a 60 anos • História prévia de doença GI • Hipertensão arterial • Insuficiência cardíaca congestiva • Insuficiência renal • Insuficiência hepática • Depleção de volume (desidratação, hemorrogia) • Uso concomitante de diuréticos ANTIINFLAMATÓRIOS (AINES)
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