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AFECÇÕES ORIFICIAIS Marcelo Travassos Pinto R1- Coloproctologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM COLOPROCTOLOGIA São Luís Maio/2018 FISSURAS ANAIS INTRODUÇÃO Definição Incidência Adultos jovens : 11-13% Sem predileção por sexo (CAMERON,SANDONE2014) 3 Linha média posterior 86% Linha média anterior 10% Concomitante 3% Fora da linha média 1% (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) INTRODUÇÃO 4 Teoria anatômica músculo esfíncter externo Teoria vascular : A.retal inferior EAI (AMARO; DUARTE, 2010; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012 ) ETIOLOGIA 5 Traumatismo da fezes Constipação intestinal Hipertonia esfincteriana Isquemia seletiva do anoderma Diarréia: 4-7% Nothmann e Shuster: Fenômeno de overshoot (AMARO; DUARTE, 2010) ETIOLOGIA 6 Etiologia Tempo de evolução Inespecíficas Específicas Aguda Crônica (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) CLASSIFICAÇÃO 7 Sintomas Exame físico Dor Sangramento Inspeção anal Palpação (BECK et al., 2011) a) Aguda DIAGNÓSTICO 8 Sintomas Inspeção anal Dor Sangramento Exsudação anal Prurido anal (BECK et al., 2011) b) Crônica Palpação e toque retal DIAGNÓSTICO 9 Abscesso anorretal Prurido anal Doença de Crohn Tuberculose anal Sífilis DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 10 Leucemia Carcinoma Herpes simples HIV (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL TRATAMENTO Objetivo: Relaxar o EAI Fezes não traumáticas Alívio da dor (UPTODATE, 2017) 12 Fibras na dieta Laxantes expansores do volume fecal Laxantes osmóticos Anestésicos tópicos Corticóides tópicos Banho de assento (AMARO; DUARTE, 2010) TRATAMENTO – FISSURA AGUDA 13 TRATAMENTO- FISSURA CRÔNICA (AMARO; DUARTE, 2010; BECK et al., 2011; UPTODATE, 2017) Do 14 Tratamento cirúrgico 15 TRATAMENTO CIRÚRGICO (CAMERON,SANDONE2014) TRATAMENTO CIRÚRGICO (GORDON; NIVATVONGS, 2007) (CAMERON,SANDONE2014) Fissurectomia ELI e fissurectomia: Plicoma e papila hipertrófica Cicatrização e recidiva (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) GORDON; NIVATVONGS, 2007 TRATAMENTO CIRÚRGICO 18 Avanço de retalho Indicação: Idosos, multíparas Sem hipertonicidade Taxa de cura: 85-98% GORDON; NIVATVONGS, 2007 TRATAMENTO CIRÚRGICO 19 MANEJO DOS ABSCESSOS E FÍSTULAS ANORRETAIS INTRODUÇÃO 21 Teoria criptoglandular , Eisenhammer , 1956 (UPTODATE , 2018) INTRODUÇÃO 22 (GORDON; NIVATVONGS, 2007) > 30% do esfíncter externo Supraesfinctérica Extraesfinctérica ou fistula alta Múltiplos trajeto Fistula recorrentes Doença de Crohn Doenças infecciosas Secundária a radioterapia Fístula retovaginal CLASSIFICAÇÃO 23 (GORDON; NIVATVONGS, 2007) CLASSIFICAÇÃO 24 Regra de Goodsall: (UPTODATE , 2018) CLASSIFICAÇÃO 25 1. Siddi et al. A diagnostic accuracy meta-analysis of endoanal ultrasound a MRI for perianal fistula assessement. Dis Colon Rectum 2012; 55: 576 2. Shwartz DA , Wiersema MJ , Dudiak KM , et al. A comparison of endoscopic ultrasound , magnetic resonance imaging , and exam under anesthesia foi evaluantion of Crohn´s perianl fístulas. Gastroenterolgy 2001; 121 : 1064 INVESTIGAÇÃO 26 TRATAMENTO CIRÚRGICO (A cirurgia: objetivo final de drenar a infecção local, erradicar o trajeto fistuloso e evitar a recorrência, preservando a função do esfíncter nativo. (A tremenda variabilidade dos fatores do paciente e a heterogeneidade das fístulas anorretais requerem uma maior necessidade de "julgamento" cirúrgico do que na maioria das doenças colorretais.) While most cryptoglandular fistulas are treated surgically, combined medical and surgical therapy is required if the fistula is secondary to Crohn disease. ->Depende de vários fatores : Etiologia Localização Tipo e duração da fístula Pocedimentos previamente realizados Função do esfíncter pré-operatório 27 TRATAMENTO CIRÚRGICO Drenagem com atb x sem atb Fistulotomia concomitante à drenagem? -> Drenagem com atb:doença valvular cardiaca , diabéticos , imunodeprimidos , abscesso com celulite extensa , comprometimento sistêmico grave. x sem atb: pcts saudáveis , sem grande dano ao TCS e músculo. -> Fistulotomia concomitante à drenagem? Por um lado evitamos uma fistula ou recidiva do abscesso, por um outro, aumenta a possibilidade de secção muscular desnecessária, já que menos da metadade dos abscessos formarão fístulas. Conduta mais prudentes: fistulotomia concomitantes para os abscessos recidivados com trajeto fistuloso superficial e bem delimitado. Nos casos de Dça de Crohn: cateter ou seton pode ser colocado sem prazo para sua retirada e devem ser enviados fragmentos para sua análise histológica. 28 (UPTODATE , 2018) TRATAMENTO CIRÚRGICO -> A fistulotomia envolve abrir o trato da fístula na sua totalidade - fundamental avaliar a pontuação da incontinência de todos os pacientes antes da fistulotomia.) - It is an effective treatment for simple anal fistulas that results in healing ( cura) in over 90 percent of patients [20,21]. -> Em um estudo randomizado de fistulotomia primária para abscessos perianais em 52 pacientes, fístulas persistentes ocorreram em sete pacientes (25 por cento) tratados com incisão e drenagem em relação a nenhuma recorrência em 24 pacientes tratados com fistulotomia (Figura 7 e Figura 2) [19].) 19.Present DH, Rutgeerts P, Targan S, et al. Infliximab for the treatment of fistulas in patients with Crohn's disease. N Engl J Med 1999; 340:1398. 20. Sordo-Mejia R, Gaertner WB. Multidisciplinary and evidence-based management of fistulizing perianal Crohn's disease. World J Gastrointest Pathophysiol 2014; 5:239. 21. McColl I. The comparative anatomy and pathology of anal glands. Arris and Gale lecture delivered at the Royal College of Surgeons of England on 25th February 1965. Ann R Coll Surg Engl 1967; 40:36. 22. Vogel JD, Johnson EK, Morris AM, et al. Clinical Practice Guideline for the Management of Anorectal Abscess, Fistula-in-Ano, and Rectovaginal Fistula. Dis Colon Rectum 2016; 59:1117. Fistulotomia: Incontinência? x contra-indicação > 90% taxa de cura ( 20,21) Drenagem x fistulotomia19: 52 pcts 7 persistência 24 ( sem recorrência) 29 (LIMURA; GIORDANO, 2015) TRATAMENTO CIRÚRGICO Um seton confortável, também conhecido como seton "cortante", é uma sutura reativa ou elástica que é colocada através do trato da fístula e apertada em intervalos regulares. Ele corta lentamente o trato, causando cicatrizes, evitando assim a ampla ruptura do esfíncter anal associado à fistulotomia.Em contrapartida, um conjunto não cortante ou drenante é um conjunto que é colocado principalmente para drenagem. Não corta o esfíncter. Para as fístulas complexas, incluindo as que atravessam mais de 30 por cento do esfíncter, são proximais da linha dentada ou são fístulas transesfincterianas altas, os setons de drenagem são utilizados no momento da primeira operação para preservar o mecanismo do esfíncter e ajudar a erradicar a septicidade foco (figura 8 e foto 3) [31].Para que um seton confortável funcione corretamente, a ponte da pele e o tecido subcutâneo entre o seton eo músculo devem estar completamente divididos. Um seton de drenagem pode ser convertido em um seton confortável, incitando essas estruturas, permitindo que o seton migre lentamente através do músculo ao longo do tempo.) NEP: A abertura interna é identificada e uma sonda inserida entre as aberturas interna e externa conforme descrito anteriormente. A ponte de pele é aberta completamente entre as aberturas interna e externa, e um pequeno pedaço de seda trançada ou um loop de vaso elástico é puxado através do trato fistuloso. Esta seton é segura confortavelmente ao redor do esfíncter (figura 8).Os pacientes são examinados em intervalos mensais, e o seton é apertado até o espaçoprofundo ser obliterado. A sutura promove a formação de tecido de granulação e permite que as bordas da ferida se tornem firmes antes que o esfíncter seja dividido. O Seton irá dividir lentamente o tecido do trajeto fistuloso na borda de ataque do seton enquanto permite que a cicatrização ocorra no bordo de fuga e preservando a continuidade do esfíncter e preservando teoricamente a função do esfíncter. A incontinência ocorre não porque o músculo do esfíncter é dividido, mas quando as fibras musculares se retraem e o espaço no meio é preenchido com tecido cicatricial.Há uma grande variação de vezes que os setons ajustados permanecem in situ. Os períodos reduzidos entre o aperto seton podem resultar em resultados ruins. A partir dos princípios da biologia básica, deposição significativa de colágeno e fibrose ocorrem durante um período de quatro a seis semanas, de modo que setons que cortaram com mais rapidez do que isso pode não fornecer tempo adequado para cicatrizes ocorrer [27].) 30 (UPTODATE , 2018) TRATAMENTO CIRÚRGICO ( Os avanços de retalho endoanal e endorectal preservam o esfíncter anal fechando a abertura interna da fístula por um retalho mobilizada de tecido saudável consistindo de mucosa e submucosa, com ou sem o esfíncter interno [37]. O retalho fornece cobertura de tecido da abertura interna do trato e permite que o trato cure e feche (figura 9). Os retalhos de avanço endoanal e endorectal são a abordagem preferida para fístulas anorretais complicadas sem incontinência coexistente [38]. Nem todos os pacientes com fístula anorretal são candidatos ao avanço da mucosa. As fístulas muito altas, por exemplo, são tecnicamente desafiantes para o tratamento desta técnica. Além disso, estenose anal, proctite ativa e doença inflamatória intestinal são contra-indicações relativas devido a altas complicações e taxas de falha [39].) (O retalho é aumentado fazendo uma incisão curvilínea em torno da linha dentada. A incisão não deve prolongar mais de um terço da circunferência do canal anal para evitar a formação de estenose. Se a epinefrina diluída for usada para controlar o sangramento, deve-se tomar cuidado para não levantar um retalho que seja muito fina. Um retalho fino pode resultar em isquemia e pode não fornecer uma integridade suficiente para cobrir adequadamente a abertura interna e prevenir a recorrência.Depois que o trato fistuloso é curetado e desbridado, o retalho é avançada e suturada no lugar. Preferimos ancorar o centro e a maior parte da parte cefálica da parte inferior do retalho primeiro; então, a porção lateral do retalho é segura com uma sutura corrida ou interrompida. ) 31 (UPTODATE , 2018) TRATAMENTO CIRÚRGICO 32 DOENÇA HEMORROIDÁRIA Anatomia (GORDON; NIVATVONGS, 2007) INTRODUÇÃO O tecido conjuntivo + muscular da submucosa do ânus( m. de Treitz) são responsáveis pela retração e elevação dos coxins durante a defecação e retorno das estruturas para posição inicial. 34 Brasil EUA 4,4% 45-65 anos Caucasianos Sexo masculino (GORDON; NIVATVONGS, 2007; BECK et al., 2011; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) INTRODUÇÃO Brasil: Não há dados precisos à respeito EUA-> 44% 45-65 anos: decréscimo após 65 anos. 20 anos ( incomum) Caucasianos : mais afetados comparados aos negros + comum :Sexo masculino 35 “Teoria do deslizamento do coxim anal” Aumento da pressão intra abdominal Alterações do hábito intestinal Ruptura do músculo de treitz (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) ETIOPATOGENIA 36 Nível sócio econômico elevado Dieta e álcool Obesidade Tabagismo Hereditariedade (CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) FATORES DE RISCO Dieta: gorduras, especiarias e pimenta. Baixa ingesta hídrica. 37 Hemorróida externa (BECK et al., 2011; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) Aguda Crônica Hemorróida interna CLASSIFICAÇÃO 38 (BECK et al., 2011) GRAU I GRAU II GRAU III GRAU IV PROLAPSO Não Redução espontânea Redução manual Não reduz SANGRAMENTO + + + + DOR - - - +/- CLASSIFICAÇÃO 39 Sinais e sintomas (BECK et al., 2011; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) Sangramento retal Prurido Dor ou desconforto Prolapso Soiling Dificuldade de higiene local ASPECTOS CLÍNICOS 40 História clínica Exame físico (BECK et al., 2011) Inspeção Palpação Toque retal Anuscopia Retossigmoidoscopia flexível DIAGNÓSTICO Três Categorias (BECK et al., 2011) Dieta e mudanças no estilo de vida Procedimentos não operatórios Hemorroidectomia cirúrgica TRATAMENTO Mudança na dieta e estilo de vida : Suplementos de fibras Líquidos Exercícios físicos Banhos de assento Compressas de gelo Corticóides/anestésicos 42 1963 Estrangula irrigação necrose Fibrose Técnica (BECK et al., 2011; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) TRATAMENTO- LIGADURA ELÁSTICA 43 (BECK et al., 2011) TRATAMENTO- LIGADURA ELÁSTICA (BECK et al., 2011; CERATO et al , 2014) 5 a 10% tratamento cirúrgico Hemorroidectomia Milligan - Morgan Ferguson Obando TRATAMENTO CIRÚRGICO 45 (GORDON; NIVATVONGS, 2007) TRATAMENTO CIRÚRGICO (BECK et al., 2011; CAMPOS; REGADAS; PINHO, 2012) Hemorroidopexia grampeada: Indicação Contraindicações TRATAMENTO CIRÚRGICO (BECK et al., 2011) Técnica TRATAMENTO CIRÚRGICO 48 (BECK et al., 2011) Técnica TRATAMENTO CIRÚRGICO 49 (SOBRADO-JUNIOR; HORAS, 2012) Desarterialização transanal guiada por doppler: Grau II e III Técnica TRATAMENTO CIRÚRGICO (SOBRADO-JUNIOR; HORAS, 2012) TRATAMENTO CIRÚRGICO (SOBRADO-JUNIOR; HORAS, 2012) Complicações: Hemorragia Estenose Fissura anal Incontinência fecal Hemorróida residual Plicomas TRATAMENTO CIRÚRGICO 52 (SOBRADO-JUNIOR; HORAS, 2012) Complicações: Fecaloma Abscesso perianal Sepse Síndrome de Fournier Prolapso e procidência Trombose e necrose de pontes de pele TRATAMENTO CIRÚRGICO 53
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