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equiparação salarial

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_______________________________________________________________________________________ 
Mini curriculum 
Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor em Pós 
Graduação e Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil 1ª e 
2ª Fases da OAB/FGV. 
Contatos: 
E‐mail: prof.custodionogueira@gmail.com 
Facebook: fb.com/custodio.nogueira 
2ª FASE OAB GRÁTIS (site do Legale) 
www.custodionogueira.com.br 
Instagram - prof.custodionogueira 
_______________________________________________________________________________ 
 
DECLARAÇÃO DE POBREZA 
 
Andamento ADIN 5766: 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5250582 
 
JUSTIÇA GRATUITA 
 
Nova Redação 
 
Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais 
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles 
que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR 
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. 
 
JUSTIÇA GRATUITA, prevista no art. 98 e 99 do CPC, refere-se à isenção do recolhimento 
de custas e despesas processuais. 
 
Podemos entender que a Assistência Jurídica prevista na CF é gênero que engloba a 
espécie Justiça Gratuita. 
 
As fLs. 10 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: 
 
 
 
Segundo a PGR, é possível entender que, aquele que receba até 40% teto (INSS) tem 
garantido a JG por simples pedido e quem receba + 40% teto INSS deverá comprovar. 
 
 
REFORMA TRABALHISTA 
 
Da Exigência de Comprovação do Estado de Pobreza 
àqueles que percebam SALÁRIO superior a 40% do teto dos benefícios do INSS 
 
NOVA REDAÇÃO 
 
Art. 790, § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que 
COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das CUSTAS DO 
PROCESSO. 
 
TESE PRINCIPAL 
 
Requerer aplicação da norma (790, §4º da CLT) conforme a CF (art. 5º, caput e LXXIV e 
art. 7º caput CF). 
 
Qual é a Norma mais Favorável ao empregado? Art 99, § 3º do CPC e Art. 4º, §1º da Lei 
7.510/86 
 
O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o 
princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação 
de Direito Material. 
 
O CPC NÃO EXIGE A COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA! 
 
Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição 
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em 
recurso. 
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente 
por pessoa natural. 
§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão 
de gratuidade da justiça. 
 
Art. 4º da Lei 7.510/86 - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, 
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em 
condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem 
prejuízo próprio ou de sua família. 
 
§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos 
termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais. 
 
Art. 1º da Lei 7.115/83 - A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, 
pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando 
firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da 
Lei, presume-se verdadeira. 
 
Art. 790, § 4º da CLT 
 VERSUS 
Art. 99, § 3º do CPC e Art. 4º, §1º da Lei 7.510/86 
 
 
Jurisprudência recente TST: 
 
A C Ó R D Ã O SDI-1 RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. 
INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. JUSTIÇA GRATUITA. 
DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE NÃO 
ELIDIDA POR PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO. O deferimento da gratuidade da 
justiça depende de simples declaração de pobreza, a teor do art. 790, § 3º, da CLT 
e nos moldes da OJ 304/SDI-I/TST (“Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 
(art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples 
afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se 
considerar configurada a sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 
7.510/86, que deu nova redação à Lei nº 1.060/50). E a referida declaração, 
apresentada pelo reclamante, goza de presunção relativa de veracidade, não 
restando elidida, no caso, por prova em sentido contrário. Com efeito, a 
percepção de remuneração superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) não é 
suficiente a demonstrar que o reclamante está em situação econômica que lhe 
permite demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
Recurso de embargos conhecido e provido. PROCESSO Nº TST-E-ARR-464-
35.2015.5.03.0181 
 
Jurisprudência TRT 2ª Região (27/09/2018): 
 
Entendimento em sentido contrário implicaria em alteração da repercussão 
econômica dos pedidos e, potencialmente, os próprios efeitos patrimoniais da 
sentença, o que não se compatibiliza com o Estado Democrático de Direito. 
Desse modo, o caput do art. 98 do NCPC estabelece que a pessoa que tiver 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os 
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
Pelo artigo 1º da Lei 7115/83 c/c §3º do art. 99 do NCPC, presume-se 
verdadeira, sob as penas da Lei, a declaração de pobreza firmada pelo próprio 
interessado ou por procurador bastante. A presunção de veracidade da 
declaração de pobreza não restou elidida por qualquer elemento constante dos 
autos. 
Assim, dou provimento ao agravo de instrumento para destrancar o recurso 
ordinário. 1000487-49.2016.5.02.0021 
 
1ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir aplicação da Súmula 463 do c. TST. 
 
Súmula nº 463 do TST 
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - 
Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT 
divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à 
pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela 
parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes 
específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a 
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do 
 
processo. 
 
 
2ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir o controle de constitucionalidade na via difusa. 
 
Controle de Constitucionalidade na Via Difusa 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
REFORMA TRABALHISTA - HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA 
 
NOVIDADE NA CLT 
 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos 
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o 
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da 
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre 
o valor atualizado da causa. 
 
Art. 791-A, § 4º, CLT - Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que nãotenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar 
a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição 
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos 
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que 
justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais 
obrigações do beneficiário. 
 
Art. 98 CPC - § 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente 
poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em 
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de 
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de 
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do 
beneficiário. 
 
As fLs. 19 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos: 
 
 
 
 
O §4º do art. 791-A da CLT desconsidera a condição de insuficiência de recursos que 
justificou o benefício. 
 
Art. 791-A, § 4º da CLT 
versus 
Art. 98, § 3º do CPC 
 
TESE PRINCIPAL, pedir aplicação da norma (art. 791-A, § 4º da CLT) conforme a CF, 
conforme a CF, requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98 § 3º da CLT.. 
 
Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC. 
 
Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito 
 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
 
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: 
 
O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o 
princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a 
relação de Direito Material. 
 
1ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir aplicação da norma (art. 790-B, § 4º da CLT) conforme a CF, 
requerendo a aplicação da norma mais favorável, art. 98, § 1º, V e VI do CPC. 
 
 
CPC NORMA MAIS FAVORÁVEL 
 
Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os 
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
 
§ 1o A gratuidade da justiça compreende: 
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de 
outros exames considerados essenciais; 
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete 
ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de 
documento redigido em língua estrangeira; 
 
 
2ª TESE SUBSIDIÁRIA, pedir o controle de constitucionalidade na via difusa. 
 
Controle de Constitucionalidade na Via Difusa 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
Procedência Parcial do Pedido OU Procedência Parcial da Ação? 
 
Art. 791-A, § 3º, CLT - Na hipótese de procedência parcial (do que?), o juízo 
arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os 
honorários. 
 
Orientação Anamatra: 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 
SOMENTE OCORRE SUCUMBÊNCIA PELO RECLAMANTE QUANDO O PEDIDO POR 
ELE FORMULADO É REJEITADO. O ACOLHIMENTO DO PEDIDO, COM 
QUANTIFICAÇÃO INFERIOR AO POSTULADO NÃO CARACTERIZA SUCUMBÊNCIA 
PARCIAL, POIS A VERBA POSTULADA RESTOU ACOLHIDA. Assim, quando o 
legislador mencionou “sucumbência parcial”, referiu-se ao acolhimento de parte 
dos pedidos formulados na inicial, o que não se confunde com acolhimento de 
pedido, porém em quantificação inferior ao que se postulou. 
 
Súmula nº 326 do STJ: 
 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao 
postulado na inicial não implica sucumbência recíproca. 
 
E os Processos que estão em andamento? 
 
 
IN 41 do TST – Art. 6º - Na Justiça do Trabalho, a condenação em 
honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e 
parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas após 11 de 
novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas 
anteriormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970 e 
das Súmulas nºs. 219 e 329 do TST. 
 
Jurisprudência: 
 
"AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS NO PROCESSO DO TRABALHO. ART. 791-A DA CONSOLIDAÇÃO 
DAS LEIS DO TRABALHO, INTRODUZIDO PELA LEI 13.467/2017. INAPLICABILIDADE 
A PROCESSO JÁ SENTENCIADO. 
1. A parte vencedora pede a fixação de honorários advocatícios na causa com 
base em direito superveniente – a lei 13.467/2017, que promoveu a cognominada 
“Reforma Trabalhista". 
2. O direito aos honorários advocatícios sucumbenciais surge no instante da 
prolação da sentença. Se tal crédito não era previsto no ordenamento jurídico 
nesse momento processual, não cabe sua estipulação com base em lei posterior, 
sob pena de ofensa ao princípio da irretroatividade da lei. 
3. Agravo interno a que se nega provimento. 
(STF, 1ª Turma, ARE 1014675 AGR / MG, rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 
23.03.2018, negaram provimento, v.u.) 
 
Orientação Anamatra: 
 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. INAPLICABILIDADE AOS PROCESSOS EM CURSO. 
PRINCÍPIOS DA CAUSALIDADE, DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA E DA 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Não se pode aplicar a teoria do isolamento dos 
atos processuais quanto à condenação em honorários de sucumbência no processo 
do trabalho, por conta da sucumbência recíproca e principalmente pela 
possibilidade de “compensação” do crédito do trabalhador. Deve ser aplicado o 
princípio da causalidade, segundo o qual quem deu causa ao processo deve arcar 
com os honorários de sucumbência. Contudo, o momento de a parte sopesar os 
riscos do processo é o do ajuizamento da ação. Observância, ainda, do princípio da 
vedação da decisão surpresa, da garantia inerente ao mínimo existencial e do 
princípio da dignidade humana. 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL. GARANTIA DE NÃO SURPRESA. 
Em razão da natureza híbrida dos honorários advocatícios (material e processual), a 
condenação à verba sucumbencial só poderá ser imposta nos processos iniciados 
após a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, haja vista a garantia de não 
surpresa, corolário do princípio constitucional da segurança jurídica; 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
DOS FATOS: deverá expor os fatos (art. 840, § 1º da CLT), sintetizando os mesmos 
sempre dividindo por tópicos. 
 
 
INICIAL TRABALHISTA - § 1º art. 840 CLT 
X 
INICIAL CÍVEL art. 319 CPC 
 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o 
pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante. 
 
BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS - art. 840, § 1º da CLT 
X 
CAUSA DE PEDIR - art. 319 do CPC 
 
Art. 319. NCPC- A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, 
o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
 
A exposição dos fatos DEVE ser simples e sintética, enquanto a causa de pedir é acoplada 
à formulação da pretensão, da exigência de algum direito e da motivação. 
 
O adjetivo “breve” do § 1º do art. 840 da CLT, não foi lançado a esmo pelo legislador e 
objetiva realmente desonerar o empregado de maiores detalhamentos técnicos. 
 
DICA: Sessão da Tarde – Prof. Joseval Martins Viana e Custódio Nogueira. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=SBR2BgfFDqw&t=120s 
 
 
DO PEDIDO 
 
Trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base em cada fato relatado, 
formulando os pedidos de forma clara e separadamente. 
 
A decorrência lógica da narrativa fática deve desaguar no pedido. 
 
NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 840 DA CLT 
 
No Rito Ordinário, artigo 840, §1º da CLT indica que a inicial deve conter “o pedido”: 
 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o 
 
pedido, que deverá ser certo, determinado e com INDICAÇÃO DE SEU VALOR, a 
data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados 
extintos sem resolução do mérito. 
 
IN 41 TST – ART. 12, § 2º - Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da 
CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o 
disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil. 
 
No Rito Sumaríssimo, os pedidos também devem ser liquidados. 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo OU determinado e INDICARÁ O VALOR 
CORRESPONDENTE; 
 
O que significa pedido CERTO, DETERMINADO e COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR? 
 
* CERTO – De forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. (bem da vida); 
* DETERMINADO (aspectos qualitativos e quantitativos). 
* INDICAÇÃO DO VALOR (R$ ....,..) 
 
INDICAÇÃO DO VALOR DO PEDIDO 
 
VERSUS 
 
LIQUIDAÇÃO DO VALOR DO PEDIDO 
 
Jurisprudência: 
 
A impetrante redigiu o pedido da seguinte maneira: 
"A condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais de todas as 
verbas compreendidas no "Recibo II", considerando os reajustes dos anos 2010 a 
2013 (prescrição parcial conforme Súmula 294 do C. TST), bem como dos reflexos 
em 13º salário, férias, 1/3 de férias, FGTS (8% e 40%), horas extras, INSS, aviso 
prévio indenizado de 51 dias (Lei 12.506/11), saldo de salário e demais verbas 
rescisórias, conforme fundamentação no Tópico;.................... R$ 50.000,00" 
 
Transcrevo a decisão impugnada (ID c60e1c5): 
No mais, nos termos do parágrafo 1º, do art. 840 da CLT, necessário quea autora 
faça pedido certo, com indicação de valor. 
Assim, o pedido de letra C da sua inicial está irregular, pois aglutina várias 
verbas sob o mesmo manto, além de dar, como confessa, valor estimado. 
Defiro o prazo de 10 dias para a devida regularização, com a separação das 
verbas e sua correta valoração, sob pena de extinção, no particular. 
 
O ato processual em questão diz respeito ao atendimento dos requisitos legais 
previstos para a petição inicial, que deveriam ser aqueles previstos na legislação 
vigente, é dizer, a CLT já com as alterações feitas pela reforma, APENAS 
 
DETERMINA SEJAM APONTADOS OS VALORES NA PEÇA INAUGURAL, NÃO 
EXIGINDO SUA LIQUIDAÇÃO NESTE PONTO. 
 
Nessa medida, a ordem judicial que determina a aplicação dos requisitos trazidos 
pela Lei nº 13.467/2017, exigindo mais do que o dispositivo legal o faz (liquidação 
dos pedidos), revela-se teratológica, mostrando-se cabível a impugnação por 
meio do remédio constitucional. 
Deste modo, vislumbro no caso clara violação a direito líquido e certo da parte, 
pelo que prospera a pretensão formulada para ver afastada a determinação 
concernente à imposição de aditamento da petição iniciaol. 
Pelos fundamentos acima, defiro a medida liminar requerida pelo impetrante, 
para determinar a suspensão da ordem judicial que determinou o aditamento 
da petição inicial para separação e correta valoração das verbas postuladas. 
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0005412-40.2018.5.15.0000 
 
INDICAÇÃO DO VALOR AO PEDIDO 
 
VERSUS 
 
CONDENAÇÃO NO LIMITE DO PEDIDO 
 
Da Indicação do Valor como NÃO Limitação da Pretensão: 
 
Deixar mais do expresso que o valor apontado não limita a pretensão do obreiro! 
 
Art. 141 do CPC - O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-
lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa 
da parte. 
 
Art. 492 do CPC (460/73) - É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da 
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso 
do que lhe foi demandado. 
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica 
condicional. 
 
Jurisprudência no TST: 
Limita (S) Não Limita (N) 
1ª T ( N ) 2ª T ( S ) 3ª T ( S ) 4ª T ( S ) 5ª T ( S ) 6ª T ( S ) 7ª T ( S ) e 8ª T ( S ) 
 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DECLINADO NA INICIAL. 
Conforme se constata à fl. 12, o Reclamante, em sua petição inicial, atribuiu 
valores expressos a alguns de seus pedidos, dentre eles, o pedido de "pagamento 
das horas extras e reflexos - minutos que antecedem e sucedem a jornada 
contratual". 
Verifico, ainda, a ausência de ressalva no sentido de que a o valor indicado fosse 
apenas uma estimativa ou que a apuração do montante seria realizada em 
liquidação de sentença. 
A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que o Reclamante, ao 
atribuir valor individualizado aos pleitos, ainda que em ações sujeitas ao rito 
 
ordinário, restringe o alcance da condenação possível, tendo em vista o que 
dispõem os artigos 128 e 460 do CPC. 
Vale citar os seguintes precedentes jurisprudenciais: 
“JULGAMENTO ULTRA PETITA. PEDIDOS LÍQUIDOS. LIMITAÇÃO DOS VALORES 
PLEITEADOS NA INICIAL. Depreende-se da inicial que o reclamante delimitou os 
valores de alguns pedidos. Salienta-se que, no âmbito do processo do trabalho, a 
simplicidade da peça que inaugura a relação processual não exige do reclamante 
a atribuição de valor pecuniário de forma líquida como requisito necessário, nos 
termos do artigo 840, caput e § 1º, da CLT. Por outro lado, diante da previsão do 
artigo 460 do CPC, de ser defeso ao juiz condenar o réu em quantidade superior 
ao que lhe foi demandado, tem-se que o valor atribuído pelo reclamante a cada 
uma de suas pretensões integra o respectivo pedido e restringe o âmbito de 
atuação do magistrado, motivo pelo qual a condenação no pagamento de valores 
que extrapolem aqueles atribuídos pelo próprio reclamante aos pedidos importa 
em julgamento ultra petita. Infere-se, portanto, que o reclamante indicou, 
expressamente, o valor de alguns postulados e, portanto, procede a alegação 
recursal de que a condenação seja limitada aos valores pedidos pelo autor na 
inicial. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-845-72.2010.5.03.0131, 
Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, DEJT 1º/7/2015, sem 
grifo no original). 
 
“LIMITAÇÃO AOS VALORES ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS. CPC, ARTS. 128 E 460. 
Restando clara a existência de pedidos líquidos e certos na petição inicial, deve ser 
limitado o montante da condenaçãoaos valores ali especificados. Na esteira do 
que preceituam os arts. 128 e 460 do CPC, não havendo dúvidas quanto às 
restrições aplicadas aos pedidos, fixados em valores exatos, impossível o 
deferimento de parcelas que os superem. Recurso de revista conhecido e provido." 
(RR-505-34.2013.5.24.0101, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan 
Pereira, 3ª Turma, DEJT de 8/5/2015, sem grifo no original). 
 
LIMITES DA LIDE. PEDIDOS LÍQUIDOS. De acordo com o que determina o art. 460 
do CPC, ao Juiz é vedado proferir sentença em quantia superior àquela pleiteada. 
Assim, tendo o Reclamante formulado pedidos líquidos na sua petição inicial, 
traçou os limites para a lide, pelo que inviável ao órgão julgador proferir 
condenação em valor maior do que aquele que consta na exordial. Recurso 
conhecido e provido" (RR-1408-75.2010.5.03.0031, 28/3/2012, Rel. Min. Maria de 
Assis Calsing, 4ª Turma, DEJT 3/4/2012). 
 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS NA 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. Segundo estabelece o art. 460 da CLT, "é defeso ao 
juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como 
condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi 
demandado". Dessa forma, o julgador está adstrito ao valor atribuído ao pedido 
pelo reclamante na Reclamação Trabalhista e a condenação em valor superior 
configura julgamento ultra petita. (-)" (RR - 1190-73.2011.5.03.0108, Relator 
Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 17/9/2013, 5ª Turma, 
DEJT 27/9/2013) 
 
LIMITES DA LIDE. CONDENAÇÃO EM VALORES SUPERIORES ÀQUELES 
ATRIBUÍDOS PELO RECLAMANTE AOS PEDIDOS. IMPOSSIBILIDADE. 
 
JULGAMENTO ULTRA PETITA. Admite-se a condenação do Reclamado em 
montante superior ao valor da causa estipulado na petição inicial, pois a proibição 
de julgamento fora dos limites de lide visa restringir a decisão ao quanto consta 
do pedido e da causa de pedir, e não ao valor da causa, que objetiva, em especial, 
a fixação do rito processual. Assim, o Juízo não fica adstrito ao valor da causa 
fixado pelo Reclamante. No caso dos autos, todavia, não se discute a possibilidade 
de limitação da condenação ao valor da causa, mas a possibilidade de limitação 
da condenação ao montante fixado pelo Reclamante a cada um dos pedidos, 
isoladamente. Nessa hipótese, o valor atribuído pelo Reclamante a cada uma de 
suas pretensões integra o respectivo pedido e restringe o âmbito de atuação do 
magistrado. Assim, a condenação no pagamento de valores que extrapolem 
aqueles atribuídos pelo Reclamante aos pedidos importa em julgamento ultra 
petita, diante da previsão do art. 460 do CPC de ser defeso ao juiz condenar o réu 
em quantidade superior ao que lhe foi demandado. Recurso de revista conhecido e 
desprovido" (RR-104900-14.2004.5.02.0034 Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 
6ª Turma, DEJT 3/6/2011). 
 
JULGAMENTO EXTRA PETITA – LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO AOS VALORES 
INDICADOS NA INICIAL. Inviável à pretensão a limitação da condenação aos 
valores discriminados no rol de pedidos da inicial, pois a norma trabalhista exige 
pedido certo e determinado, com indicação do valor correspondente, somente 
para fim de enquadramento do rito processual (art. 852-B, I, da CLT). Verificando-
se os termos da inicial, constata-se que, embora faça referência a valores, não 
há, definitivamente, pedido líquido e certo. Alude-se, ali, a necessidade de 
apuração final dos valores das verbas em execução de sentença, demonstrando, 
assim, o caráter demonstrativo daqueles valores informados, e não vinculativos 
como quer fazer crer a reclamada. (TST-RR-1016-98.2010.5.15.0097, 7ª Turma, 
Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, publicado no DEJT de 
7/10/2016) 
 
RECURSO DE REVISTA. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DOS PEDIDOS 
CONSTANTES DA EXORDIAL. O reclamante, em sua petição inicial, atribuiu valores 
expressos aos seus pedidos, sem fazer nenhuma ressalva de que a apuração do 
montante seria realizada em liquidação de sentença ou de que tal valor era 
aproximado. Verificando-se, pois, tratar-se de pedido inicial certo e líquido, a 
condenação efetivamente deve se ater aos valores declinados na exordial, nos 
exatos termos dos artigos 128 e 460 do CPC, razão pela qual não se vislumbra 
violação dos dispositivos apontados como violados. Recurso de revista conhecido 
e não provido." (RR-101700-15.2009.5.15-0146, Relator Ministra Dora Maria da 
Costa, 8ª Turma, DEJT de 20/09/2013, sem grifo no original). 
 
No caso, por se tratar de pedido inicial líquido e certo, a condenação não deve 
ultrapassar os valores definidos na petição inicial, nos exatos termos dos artigos 
128 e 460 do CPC, razão pela qual não se vislumbra violação dos dispositivos 
apontados. 
Logo, superado o dissenso interpretativo no âmbito da Justiça do Trabalho, nos 
termos da Súmula 333 do TST, NEGO PROVIMENTO. 
 
Jurisprudência: (minoria no TST) 
 
 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DO RESPECTIVO PEDIDO ATRIBUÍDO 
NA PETIÇÃO INICIAL. 2. Diante da complexidade que envolve os cálculos 
trabalhistas, além das inúmeras discussões doutrinárias e jurídicas acerca da 
incidência de reflexos, seria desarrazoado atribuir, ao valor do pedido lançado na 
petição inicial, a certeza absoluta de um mesmo valor que se fixa, por exemplo, no 
caso de uma execução de um título extrajudicial. 3. O valor atribuído pelo 
reclamante, no caso dos autos, representou mera estimativa, simplesmente para 
a fixação de alçada (artigo 852-B, I, da CLT), não servindo como limite ao valor 
efetivamente auferido, após regular procedimento de liquidação de sentença. 4. 
Ao deixar de limitar a condenação aos respectivos valores indicados na 
reclamação trabalhista, o juiz de primeiro grau não violou o princípio da 
congruência, como reconhecido pelo Tribunal Regional, razão pela qual, 
impõem-se a reforma do julgado, a fim de se restabelecer o critério de 
liquidação indicado na sentença. 5. Recurso de Revista conhecido e provido. (RR - 
11064-23.2014.5.03.0029, Relator Desembargador Convocado: Marcelo Lamego 
Pertence, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/06/2017) 
 
 
PEDIDO DETERMINADO 
 
VERSUS 
 
PEDIDO INDETERMINADO 
 
Pedido Certo: 
 
É o pedido formulado de forma expressa, sem a utilização de formas vagas, genéricas e 
destituídas de sentido exato. DEVE ser expresso porque não se admite pedidos 
implícitos, ressalvadas as exceções (juros legais, correção monetária e verbas de 
sucumbência, incluídos os honorários advocatícios). 
 
Pedido Determinado: 
 
Significa determinar o que se pretende em qualidade, extensão e quantidade. 
 
Pedido INdeterminado: 
 
Não é possível determinar a dimensão do dano ou a extensão de suas consequências. 
 
Sabe-se o que é devido, mas não o quanto é devido e, por consequência sequer 
permitem indicar um valor ‘próximo’ do qual se quer ver a Reclamada condenada. 
 
Ex.: Acidente de Trabalho Típico ou Atípico. 
 
É o pedido INdeterminado? 
 
Da Inépcia da Inicial: 
 
Art. 330 do CPC - A petição inicial será indeferida quando: 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
 
II - o pedido for indeterminado, RESSALVADAS AS HIPÓTESES legais em que se 
permite o pedido genérico; 
 
 
Rito Ordinário Trabalhista: 
 
Art. 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas 
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas 
demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição 
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% 
(dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro 
centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime 
Geral de Previdência Social, e serão calculadas: 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 
§ 2o Nãosendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o 
montante das custas processuais. 
 
Rito Sumaríssimo Trabalhista: 
 
Épossível sentença ilíquida? 
 
O Presidente da República vetou e, o Congresso Nacional não o derrubou o veto: 
 
Art. 852- I, § 2º da CLT - (VETADO) 
 
não admite sentença condenatória por quantia ilíquida, o que poderá, na prática, 
atrasar a prolação das sentenças, já que se impõe ao juiz a obrigação de elaborar 
cálculos, o que nem sempre é simples de se realizar em audiência. 
Seria prudente vetar o dispositivo em relevo, já que a liquidação por simples cálculo 
se dará na fase de execução da sentença, que, aliás, poderá sofrer modificações na 
fase recursal. 
 
Do Pedido Genérico/INdeterminado: 
 
Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: 
 
1ª – hipótese: 
 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou 
do fato; 
 
Não há como apurar a extensão do dano provocado, não há como prever todas as 
consequencias e prejuízos causados ao autor, torna-se impossível determinar o valor de 
algo que ainda não foi apurado. 
 
Trata-se de pedido que demanda produção de prova pericial, Acidente de Trabalho 
(Típico ou Atípico). 
 
 
Não há como calcular o dano material (pensionamento, dano emergente e lucro 
cessantes), mas DEVEMOS pedir. 
 
Jurisprudência: 
 
 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DANOS EMERGENTES. COMPROVAÇÃO DE 
VALORES NA FASE DE LIQUIDAÇÃO. A ausência de especificação do pedido é 
excepcional no contexto da teoria geral do processo. Porém, ao contrário, é comum 
o pedido genérico em casos de despesas médicas decorrentes de acidentes do 
trabalho ou doenças ocupacionais, em que não se vislumbra, desde o ajuizamento 
da ação, os valores efetivamente devidos em decorrência dos tratamentos médicos 
(art. 286, II, do CPC). Trata-se de típico caso em que é aplicável, posteriormente, 
aliquidação por artigos, devendo a parte comprovar os gastos médicos relativos ao 
tratamento após a condenação. Portanto, não há violação dos artigos apontados. 
Recurso de revista não conhecido. 
TST - RECURSO DE REVISTA RR 300004520085150006 (TST) Data de publicação: 
02/10/2015 
 
 
2ª – hipótese: 
 
Art. 324, III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação 
depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 
 
Quando o reclamante não puder determinar o pedido por estar pendente uma obrigação 
de fazer imposta ao reclamado que, uma vez descumprida, faz nascer a possibilidade de 
indenização. 
 
Equiparação salarial quando se desconhece exatamente o valor do salário do paradigma, 
nesse caso como quantificar, a princípio, o valor desta indenização? 
 
Jurisprudência: 
 
Exigir que o trabalhador indique valores certos e determinados na petição de uma 
reclamatória, como exige a reforma trabalhista (Lei 13.467/17), fere o princípio 
constitucional do acesso à Justiça. No início do processo, o reclamante não tem 
condições de indicar valores absolutos, por não ter acesso a documentos que 
estão sob a guarda do reclamado. 
O entendimento foi firmado pela 1ª Seção de Dissídios Individuais (SDI-1) do 
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), ao cassar decisão da 5ª Vara do 
Trabalho de Porto Alegre, que havia determinado a emenda de uma inicial para 
fazer constar o valor líquido das parcelas pleiteadas.... O processo discute 
diferenças de salário ... 
Conforme a nova redação do artigo 840 da CLT, a parte deve apresentar ao Poder 
Judiciário pedidos certos e determinados, com indicação dos valores atribuídos a 
cada um. 
O desembargador João Paulo Lucena, no entanto, disse que o procedimento 
determinado pelo juiz de origem traz riscos ao trabalhador, já que seu processo 
 
pode ser extinto, sem resolução de mérito, caso os valores apresentados não se 
revelem exatos. 
Ele disse que caso a parte informe valores maiores que os apurados 
posteriormente, poderia haver aumento proporcional no pagamento de 
honorários de sucumbência, em pedidos considerados improcedentes. Por outro 
lado, segundo Lucena, se os valores informados forem menores que os 
resultados finais do processo, haveria prejuízo ao trabalhador, já que seus 
direitos seriam pagos de forma reduzida em relação ao resultado concreto da 
ação. 
O relator ressaltou que a decisão da SDI-1, tomada por unanimidade, não discute 
a eficácia ou não da nova redação do artigo 840 da CLT, estabelecida pela 
reforma. Para o desembargador, o texto ainda deve passar por mais análises e 
interpretações por parte dos juízes do Trabalho. 
Guarda de documentos 
No entendimento do desembargador, quantificar o pedido já na petição inicial do 
processo depende do manuseio de diversos documentos que, por incumbência 
legal, ficam guardados pela empresa, e não pelo trabalhador. Como exemplos, o 
desembargador citou recibos que servem como provas de pagamentos de salários 
e de horas extras, ou controles de ponto que comprovem a jornada cumprida pelo 
trabalhador. 
‘‘O empregado não possui o dever legal de guardar recibos, manter registros de 
horários ou os comprovantes do nexo causal do pagamento correto de uma 
determinada rubrica salarial’’, explicou Lucena. 
‘‘Portanto, a única possibilidade de lhe garantir o acesso à justiça é entender 
que estes tipos de pedidos têm característica de pedidos genéricos e 
estimativos, pois se enquadram na exceção do art. 324, § 1º, III, do CPC, uma 
vez que a determinação do valor depende de ato a ser praticado pelo réu, qual 
seja, a apresentação dos documentos que estão em seu poder’’, complementou. 
Conforme Lucena, o Processo do Trabalho é marcado pela concentração e pela 
oralidade dos atos processuais, e as provas são apresentadas em audiência, sendo 
que apenas após estabelecida a controvérsia e decidido o pleito é que se 
determinam os valores a serem quitados. Assim, antecipar esse procedimento 
seria subverter a própria lógica do processo e dar causa a inúmeras complicações 
no julgamento, explicou o relator. 
Com informações das Assessorias de Imprensa do TRT-4 e da OAB-RS. 
Processo 0020054-24.2018.5.04.0000 
 
 
FUNDAMENTO LEGAL PARA QUE A RECLAMADA 
TRAGA AOS AUTOS A DOCUMENTAÇÃO 
 
A CLT não regula o tema, sendo aplicável o CPC (art. 769 da CLT). 
 
Procedimento: 
 
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre 
em seu poder. 
 
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: 
I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; 
 
II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento 
ou com a coisa; 
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento 
ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária. 
 
Válido inclusive, para a liquidação do pedido face a Reforma Trabalhista. 
 
Princípio do Contraditório: 
 
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua 
intimação. 
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o 
juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não 
corresponde à verdade. 
 
Decisão do Juízo e seus Efeitos: 
 
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se: 
I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; 
II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de 
constituir prova; 
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. 
 
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por 
meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: 
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do 
art. 398; 
II - a recusa for havida por ilegítima. 
Parágrafo único. Sendo necessário,o juiz pode adotar medidas indutivas, 
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido. 
 
BASE PRINCIPIOLÓGICA MÍNIMA 
 
Mauricio Godinho Delgado - 16ª Edição – LTr 2017 
_________________________________________________________________________ 
 
 
“… o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho”, deve ser 
equilibrado! 
 
Art. 5º - CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
“Todos são iguais perante a lei…”, e quando não forem iguais? Princípio Protetivo! 
 
 
 
 
Do Princípio da Norma Mais Favorável. 
 
 
 
Demonstrar o conflito de normas, prevalecendo aquela mais favorável ao trabalhador. 
 
Hierárquia das Normas: 
 
a) Constituição, Emendas a CF, Tratados Internacionais (OIT); 
b) Leis Complementares, 
c) Leis Ordinárias; 
d-) Medidas Provisórias; 
e-) Decretos; 
f-) Convenções e Acordos Coletivos; 
g-) Sentenças Normativas; 
h-) Regulamento Interno de Empresa, e 
i-) Contrato Individual de Trabalho. 
 
Jurisprudência: 
 
Quando o dano decorrer do exercício de atividade de risco desempenhada pelo 
empregado, nos termos do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil. 
Ademais, o disposto no artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal não 
constitui óbice à aplicação do 927 do Código Civil, pois o aludido dispositivo 
constitucional há de ser interpretado em harmonia com o seu respectivo caput, 
que prevê que os direitos nesse preceito dispostos são garantias mínimas dos 
trabalhadores. Assim, uma vez que a Constituição Federal não proíbe que tais 
direitos mínimos sejam ampliados, nada impede que seja aplicada norma 
infraconstitucional dispondo que o empregador deve arcar, independentemente 
de culpa, pelos danos causados por seus empregados, serviçais e prepostos, no 
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, pois, PELO PRINCÍPIO 
DA PROTEÇÃO, NORTEADOR DO DIREITO DO TRABALHO, DEVE SER APLICADA A 
NORMA MAIS FAVORÁVEL, AINDA QUE HIERARQUICAMENTE INFERIOR. 
Portanto, no caso em tela, entre a Constituição Federal e o Código Civil, é o 
último que deve ser aplicado, pois traz norma que favorece o empregado, visto 
que não exige a prova da culpa do empregador. Esse entendimento ficou 
consignado no Enunciado nº 37 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual do 
Trabalho, realizada em Brasília, em 2007, pelo Tribunal Superior do Trabalho e 
pela Associação Nacional dos Juízes do Trabalho (ANAMATRA), nos seguintes 
termos: "37. Responsabilidade civil objetiva no acidente de trabalho. Atividade de 
risco. Aplica-se o art. 927, parágrafo único, do Código Civil nos acidentes do 
 
trabalho. O art. 7º, XXVIII, da Constituição da República, não constitui óbice à 
aplicação desse dispositivo legal, visto que seu caput garante a inclusão de outros 
direitos que visem à melhoria da condição social dos trabalhadores". 
TST - RECURSO DE REVISTA RR 1262007720055170002 (TST) 
 
 
 
 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
 
 REDAÇÃO ORIGINAL X REDAÇÃO REFORMADA 
 
 
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo 
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, na mesma localidade, 
corresponderá igual salário, sem distinção de 
sexo, nacionalidade ou idade. 
 
§ 1º. Trabalho de igual valor, para os fins deste 
Capítulo, será o que for feito com igual 
produtividade e com a mesma perfeição 
técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo 
de serviço não for superior a 2 (dois) anos. 
 
 
 
 
§ 2º. Os dispositivos deste artigo não 
prevalecerão quando o empregador tiver 
pessoal organizado em quadro de carreira, 
hipótese em que as promoções deverão 
obedecer aos critérios de antigüidade e 
merecimento. 
 
 
§ 3º. No caso do parágrafo anterior, as 
promoções deverão ser feitas alternadamente 
por merecimento e por antingüidade, dentro 
de cada categoria profissional. 
 
§ 4º. O trabalhador readaptado em nova função 
por motivo de deficiência física ou mental 
atestada pelo órgão competente da Previdência 
Social não servirá de paradigma para fins de 
equiparação salarial. 
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho 
de igual valor, prestado ao mesmo empregador, 
no mesmo estabelecimento empresarial, 
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, 
nacionalidade ou idade. 
 
§ 1º. Trabalho de igual valor, para os fins deste 
Capítulo, será o que for feito com igual 
produtividade e com a mesma perfeição técnica, 
entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço 
para o mesmo empregador não seja superior a 
quatro anos e a diferença de tempo na função 
não seja superior a dois anos. 
 
 
§ 2º. Os dispositivos deste artigo não prevalecerão 
quando o empregador tiver pessoal organizado 
em quadro de carreira ou adotar, por meio de 
norma interna da empresa ou de negociação 
coletiva, plano de cargos e salários, dispensada 
qualquer forma de homologação ou registro em 
órgão público. 
 
 
§ 3º. No caso do § 2º deste artigo, as promoções 
poderão ser feitas por merecimento e por 
antiguidade, ou por apenas um dos critérios, 
dentro de cada categoria profissional. 
 
(...) não mudou 
 
 
 
 
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre 
empregados contemporâneos no cargo ou na 
função, ficando vedada a indicação de 
paradigmas remotos, ainda que o paradigm 
contemporâneo tenha obtido a vantage em ação 
judicial propria. 
 
§ 6º No caso de comprovada discriminação por 
motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, 
além do pagamento das diferenças salariais 
devidas, multa, em favor do empregado 
discriminado, no valor de 50% 
 
 
 
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao 
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem 
distinção de sexo, nacionalidade ou idade.(Redação dada pela Lei nº 1.723, de 
8.11.1952) 
 
“Mesmo empregador”, hipótese de grupo econômico e “na mesma localidade” como 
mesmo munícipio ou mesma região metropolitana. 
 
Súmula nº 6 do TST 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT 
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, 
em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, 
comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. 
 
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao 
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual 
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
E agora, pela reforma “no mesmo estabelecimento empresarial”, significa que a 
equiparação salarial está limitada dentro da matriz, da filial OU não? 
 
Enunciado Anamatra: 
 
025 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL. RESTRIÇÕES RELACIONADAS AO TEMPO DE 
SERVIÇO NA FUNÇÃO E AO LOCAL DA PRESTAÇÃO DO TRABALHO: VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
2. Entende-se por estabelecimento, para fins do artigo 461 da CLT, o "complexo 
de bens organizado para exercício da empresa, por empresário ou por sociedade 
empresária", nos termos do artigo 1.142 do Código Civil. 
 
Art. 1.142 do CCB - Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade 
empresária. 
 
O conceito de estabelecimento é utilizado por diversas vezes na lei. Por exemplo, o art. 
2º da Lei Estadual 6.374/89 dispõe: 
 
“Artigo 2º - Ocorre o fato gerador do imposto: (Redação dada ao artigo 
pela Lei 10.619/00, de 19-07-2000; DOE 20-07-2000) 
I - na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de 
contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;(...)” 
 
Mas o conceito de estabelecimento não é só aquele previsto no art. 1.142 do Código Civil 
(complexo de bens organizado). Mais à frente, a Lei Estadual nº 6.374/89 dispõe: 
 
“Artigo 12- Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou 
público, construído ou não, mesmo que pertencente a terceiro, onde o 
contribuinte exerça toda ou parte de sua atividade, em caráter 
 
permanente ou temporário, ainda que se destine a simples depósito ou 
armazenagem de mercadorias ou bens relacionados com o exercício dessa 
atividade. (Redação dada ao artigo pela Lei 10.619/00, de 19-07-2000; 
DOE 20-07-2000) 
 
Quanto ao Tempo: 
 
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com 
igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença 
de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 
1.723, de 8.11.1952) 
 
Aqui não importava o tempo de “casa”, o tempo de registro. 
 
Súmula nº 6 do TST 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT 
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se 
o tempo de serviço na função e não no emprego. 
 
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com 
igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença 
de tempo de serviço para o mesmo empregador NÃO SEJA SUPERIOR A QUATRO 
ANOS e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. (Redação 
dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Agora, empregado e paradigma não poderão ter diferença superior a 4 anos de tempo de 
serviço (de registro) e o tempo de 2 anos na mesma função (na atividade específica), ou 
seja, se dois empregados forem promovidos na mesma ocasião, mas o equiparando tiver 
contrato de trabalho ativo com diferença de admissão superior a 4 anos em relação ao 
equiparado, não fará jus a equiparação salarial. 
 
Enunciado Anamatra: 
 
025 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL. RESTRIÇÕES RELACIONADAS AO TEMPO DE 
SERVIÇO NA FUNÇÃO E AO LOCAL DA PRESTAÇÃO DO TRABALHO: VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
1. O artigo 461 da CLT, ao vedar a equiparação salarial para empregados com 
diferença de mais de quatro anos de tempo de serviço na empresa, é contrário ao 
princípio da isonomia constante do artigo 5º, caput e 7º, XXX, da Constituição 
Federal. 
 
Art. 7º, XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
Quadro de Carreira: 
 
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver 
pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão 
obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento.(Redação dada pela Lei nº 
1.723, de 8.11.1952) 
 
 
Súmula nº 6 do TST 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT 
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de 
pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do 
Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das 
entidades de direito público da administração direta, autárquica e 
fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. 
 
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver 
pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da 
empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada 
qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. (Redação dada 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Agora, poderá ser instituído quadro de Carreira por meio de norma interna da empresa 
ou de negociação coletiva, dispensada qualquer forma de homologação ou registro no 
Ministério do Trabalho. 
 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas 
alternadamente por merecimento e por antingüidade, dentro de cada categoria 
profissional. (Incluído pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952) 
 
Havia critério, alternando entre merecimento e antiguidade. 
 
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento 
e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria 
profissional.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Não é mais obrigatório que as promoções obedeçam a critérios alternados de 
merecimento e antiguidade, restando suficiente que as promoções sejam feitas apenas 
por um dos critérios. 
 
Redação antiga: 
 
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou 
mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de 
paradigma para fins de equiparação salarial.(Incluído pela Lei nº 5.798, de 
31.8.1972) 
 
Mais alterações: 
 
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no 
cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que 
o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Exigência de trabalho efetivo, ao mesmo tempo, entre os empregados. Afastando o item 
VI da súmula 6 do TST, ou seja, a indicação de paradigma de outra reclamação 
trabalhista. 
 
Súmula nº 6 do TST 
 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT 
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância 
de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o 
paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica 
superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de 
equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador 
produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do 
direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada 
irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na 
função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas 
componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. 
 
§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo 
determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor 
do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
 
DA INCONTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NO ART. 461 DA CLT 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre 
os profissionais respectivos;

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