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Nutrição e Alimentação Animal Prof. Responsável: Dr. Giovani Fiorentini Proteína ALIMENTO ÁGUA MATÉRIA SECA MATÉRIA ORGÂNICA MATÉRIA INORGÂNICA − Minerais − Carboidratos − Lipídios − Proteínas − Ác. Nucléicos − Ac. Orgânicos − Vitaminas Componentes do alimento Polímeros de L- AA’s ligados, nos quais o grupo amino de um aminoácido está ligado ao grupo carbonila do AA vizinho, com perda de uma molécula de água em cada ligação peptídica. Os AA’s são composto por C, H, O, N e S. Composição Centesimal da Proteína (%) C H O N S 50 - 55 6 - 8 20 - 23 15 - 18 0 - 4 Proteínas - são macromoléculas formadas por aminoácidos e unidas por ligações peptídicas Definição As proteínas são constituídas de 21 aminoácidos padrão diferentes reunidos em combinações praticamente infinitas, possibilitando a formação de estruturas diversas. Definição - Proteínas O número e a sequência em que cada aminoácido aparece, o tamanho da cadeia e a conformação molecular tridimensional são os responsáveis pela diversidade de proteínas encontradas, não somente em alimentos, mas em toda a natureza Um aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, e nitrogênio (≠ CHOs e EE) unidos entre si de maneira característica. Definição - Aminoácidos Alguns aminoácidos também podem conter enxofre. Os aminoácidos são divididos em quatro partes: o grupo amina (NH2), grupo carboxílico (COOH), hidrogênio, carbono alfa (todas partes se ligam a ele), e um radical característico de cada aminoácido. Definição A assimetria do carbono alfa dos aminoácidos faz com que sejam oticamente ativos O que significa que podem ter configuração D ou L - São basicamente elementos estruturais – músculos e órgãos (carnívoros são fonte de energia) - Concentração na ração: 12 a 52% MS . aves, suínos, bovinos, caprinos, ovinos – 12 a 24% PB (< idade > [ ] PB) . peixes carnívoros– 49% a 42% PB (fase inicial e crescimento) . cão e gato – 27% a 52% PB - No corpo animal: concentração constante em torno de 20% da MS - Nos vegetais: varia em função da idade (< idade > PB) e maior concentração nas leguminosas Importância Caracterização e funções das proteínas Proteínas apresentam várias funções: Principal constituinte orgânico dos órgãos e tecidos Componentes estruturais Função enzimática Função hormonal Componente dos ácidos nucléicos (nucleoproteínas) Recepção de estímulos Função imune Balanço ácido-base Fonte de energia Existem também as proteínas complexas que contém outros compostos: Hemeproteínas – ligadas ao grupo heme Lipoproteínas – ligadas a lipídios Glicoproteínas – ligadas a açúcares Funções - Componentes estruturais • Colágeno – Pele e ossos • Queratina – Cabelos e unhas • Proteínas motoras – Fazem os músculos trabalharem! Proteínas que catalisam (aceleram) as reações químicas sem serem usadas ou destruídas no processo Funções anabolizantes (colocando as coisas juntas) e catabólicas (quebrando as coisas) Exemplos – Digestão • Amilase salivar • Tripisina Funções – Enzimáticas Mensagens químicas que são feitas em uma parte do corpo, mas atuam em células em outras partes do corpo Exemplos – Insulina – Colecistoquina – Alguns hormônios reprodutivos Funções – Hormonal Transporte de material atráves da membrana celular Funções – Receptores, Carreadores Transporte de substâncias no sangue - Lipoproteína (transporte de lipídios) - Hemoglobina (transporte de oxigênio e dióxido de carbono) Funções – Proteína de transporte As proteínas no sangue ajudam a manter níveis adequados de líquido no sistema vascular O fluído é forçado em espaços de tecido pela pressão sanguínea gerada pela ação de bombeamento do coração O fluído volta ao sangue por causa da "pressão osmótica" Funções – Balanço de Fluído O corpo trabalha para manter o pH do sangue perto de 7,45 Homeostase - Importante As proteínas ajudam a "tamponar" o sangue para manter o pH aceitável Funções – Balanço Ácido-Básico • Anticorpos são proteínas que atacam e inativam bactérias e virus que causam infecções Funções – imune (anticorpos) • Quando há excesso de proteína na dieta… – Alguns aminoácidos são convertidos em glicose, a qual é convertida em gordura Funções – Fonte de glicose • Quantidades excessivas de proteínas são armazenadas em forma de energia (lipídios) ou eliminadas, não podendo retornar à forma original de proteína para ser utilizada como tal. Proteínas são as últimas a serem utilizadas para energia • Ocorre em inanição ou dietas com baixo teor de carboidratos Funções – Fonte de energia Todas células sintetizam parte ou totalidade das proteínas que necessitam. Todavia, para haver a síntese proteica é necessária que os aminoácidos estejam presentes em quantidade e proporção adequada; Apenas as plantas e a microbiota presente no TGI (principalmente nas câmaras de degradação anaeróbica) são capazes de sintetizar todos os aminoácidos necessários para a síntese protéica a partir de N não protéico; Características e aspectos gerais das proteínas e da nutrição protéica As exigências de proteínas dietéticas são maiores nos animais jovens em crescimento e reduzem gradualmente com a maturidade; Funções produtivas como a gestação e lactação incrementam as exigências dietéticas de proteína devido ao incremento de “saída” de proteína nos produtos da concepção e do leite, além do incremento na taxa metabólica. Intestino delgado => Exigências de aminoácidos vs proteínas intactas Características e aspectos gerais das proteínas e da nutrição protéica Alguns conceitos importantes: PROTEÍNA VERDADEIRA: É a proteína composta apenas de aminoácidos; NITROGÊNIO NÃO-PROTEICO: Compostos que não são proteínas verdadeiras in natura, mas contém nitrogênio (N) e podem ser convertidas em proteínas por ação bacteriana (ex. uréia); PROTEÍNA BRUTA: É a fração de um alimento composta de proteína verdadeira e qualquer outro produto nitrogenado (%N * 6,25 = PB); Alguns conceitos importantes: PROTEÍNA DIGESTÍVEL: Porção da proteína bruta que o animal digere; AMINOÁCIDO: Molécula formadora das proteínas, composta por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. É indispensável para que a síntese protéica ocorra no organismo animal, porém, podemos classificá-los em dois grupos, de acordo com a capacidade que os animais tem de sintetizá-los ou não. Aminoácidos Essenciais são aqueles que não são sintetizados pelo animal ou são produzidos em quantidades insuficientes Arginina Histidina Isoleucina Leucina (Leu) Lisina (Lis) Metionina (Met) Fenilalanina Treonina (Thr) Triptofano (Trp) Valina (Val) Alguns conceitos importantes: Aminoácidos Não Essenciais são aqueles que podem ser sintetizados pelos animal Alanina Ácido Aspartico Asparagina Cisteína Ácido Glutâmico Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina Alguns conceitos importantes: Aminoácidos essenciais: não podem ser sintetizados ou não são sintetizados em quantidades suficientes para o crescimento ou manutenção do organismo vivo e por isto devem ser adicionados na dieta. Aminoácidos não-essenciais: são sintetizados pelos animais, a partir dos intermediários do metabolismo de CHO ou a partirdos AAs essenciais, em quantidades suficientes para atender suas necessidades. “Metabolicamente, todos os aminoácidos são necessários e essenciais, mas nutricionalmente 9 a 11 são classificados como essenciais dependendo da categoria animal” “A definição de essenciais ou não-essenciais não está relacionada com a importância funcional dos AA’s, mas apenas as limitações enzimáticas para sua biossíntese” Alguns conceitos importantes: Aminoácidos essenciais Leitões/Aves Suínos/Aves Pintos Cães e gatos Lisina Lisina Lisina Arginina Metionina Metionina Metionina Histidina Triptofano Triptofano Triptofano Isoleucina Valina Valina Valina Leucina Histidina Histidina Histidina Lisina Fenilalanina Fenilalanina Fenilalanina Metionina Leucina Leucina Leucina Fenilalanina Isoleucina Isoleucina Isoleucina Treonina Treonina Treonina Treonina Triptofano Arginina Glicina ou Valina Serina Taurina (Gatos) Prolina Animais monogástricos são caracterizados pela necessidade de receber quantidades específicas de aa’s na dieta .....3.1 – Monossacarídeos AA’s Essenciais No. Enzimas AA’s Não- essenciais No. Enzimas Lisina 8 Glicina 1 Metionina 5 Serina 3 Triptofano 5 Alanina 1 Valina 1 Aspartato 1 Histidina 6 Glutamato 1 Fenilalanina 1 Cistina 2 Leucina 3 Prolina 3 Isoleucina 8 Glutamina 1 Treonina 6 Asparagina 1 Arginina 7 No. Enzimas envolvida na síntese de AA’s Adaptado de Bertechini (2006). AMINOÁCIDO LIMITANTE: É o aminoácido essencial que pode se tornar problemático na formulação de rações, considerando-se que os alimentos normalmente utilizados na composição das rações são pobres neste elemento. Isto também está relacionado com as exigências de cada espécie animal. É o caso da lisina e metionina para as aves, quando se usa apenas milho e soja na formulação da ração. Alguns conceitos importantes: .....3.1 – Monossacarídeos .....3.1 – Monossacarídeos Aminoácidos Limitantes em alguns ingredientes p/ suínos Ingrediente 1o. Limitante 2o. Limitante Milho Lisina Triptofano Milho Opaco 2 Triptofano Lisina Cevada Lisina Treonina Sorgo Lisina Treonina Farelo de Soja Aminoácidos Sulfurados Treonina Farelo de Algodão Lisina Treonina Farelo de Amendoim Lisina ? Farelo de Girassol Lisina ? Frainha de Carne e Ossos Triptofano Triptofano Farinha de Peixe Triptofano ? Farinha de Glúten de Milho Lisina Triptofano Adaptado de Bertechini (2006). Aminoácidos Limitantes Quatro aminoácidos são produzidos em escala industrial atualmente: DL-Metionina, L-Lisina-HCl, L-Treonina e L-Triptofano. Rações com níveis protéicos elevados sobrecarregam a digestão, absorção e metabolismo dos aminoácidos não aproveitados, reduzindo a eficiência de aproveitamento desse nutriente pelo animal e implicando em maior custo com a alimentação e maior excreção de nitrogênio para o ambiente. A proteína ideal é definida como o balanço exato de aminoácidos essenciais e o suprimento de aminoácidos não- essenciais, capaz de atender sem excessos nem deficiências as necessidades absolutas de todos os aminoácidos necessários para a manutenção animal e máxima deposição proteica, expressando-os como porcentagem da lisina. Proteína Ideal (Mitchel, 1964) Proteína Ideal Com esse conceito poderemos obter: Dietas mais estruturadas e baratas, baixando o excesso de proteína bruta, diminuindo a inclusão de alimentos protéicos como o farelo de soja. Diminuiremos os aminoácidos sobrantes que são utilizados como fonte de energia e excretados como nitrogênio que danificam o meio ambiente. • Por haver baixa síntese endógena; • Não sofrer transaminação; • Possuir metabolismo voltado à deposição de proteína corporal; • Possuir lento tunover; • Existir efetiva correspondência entre a digestibilidade ileal verdadeira e a disponibilidade biológica desse AA; • Apresentar grande precisão nas análises laboratoriais; • Por ter sua exigência conhecida em todas as fases de produção do animal Por que a lisina? .....3.1 – Monossacarídeos AA’s essenciais Baker et al. (1993) 5 – 20 kg 20 – 50 kg 50 – 100 kg Lisina 100 100 100 Metionina + cistina 60 62 65 Treonina 65 67 67 Triptofano 17 18 19 Fenilalanina 95 95 95 Valina 68 68 68 Histidina 32 32 32 Arginina 42 36 30 Leucina 100 100 100 Isoleucina 60 60 60 Adaptado de Bertechini (2006). Variação na exigência de AA’s em relação ao estágio de crescimento em suínos Esquema Geral de Digestão Protéica em Não-Ruminantes vs Ruminantes Boca Boca Proteína dieta (aminoácidos) peptídeos Proteína dieta Proteína dieta (aa) (NNP) Proteína microbiana Rúmen- Retículo Abomaso Intestino delgado Proteína (dieta + PM) Estômago Intestino delgado pepsina peptídeos pepsina Aminoácidos Di e Triptídeos Aminoácidos Di e Triptídeos Absorvidos pelos enterócitos Aminoácidos SANGUE (VEIA PORTA) Enzimas pâncreas Enzimas Intestinais Enzimas pâncreas Enzimas Intestinais Compostos nitrogenados Reciclagem via saliva Uréia -- fígado Uréia -- rins Uréia -- urina Proteína metabolizável Proteína verdadeira microbiana digestível Proteína verdadeira + ácidos nucléicos Proteína microbiana Reciclagem via parede do rúmen influxo efluxo Proteína e NNP PNDR PDR PEP AAs NH3 PNDRD NH3 + H+ Forma não protonada ou dissociada pKa NH3 = 9,25 NH4+ Forma protonada ou não dissociada - absorvida + abosorvida Condições: pH = pKa 50% não-protonada + 50 % protonada pH > pKa maior parcela não- protonada (permeável) pH < pKa maior parcela protonada (menos permeável) Alto consumo de N Van Soest, 1994 Alimento Pool ruminal Microrganismos Intestino Delgado Fezes Tecido Fígado Pool de uréia Urina Aminoácidos Escape NH3 Alimento Pool ruminal Microrganismos Intestino Delgado Fezes Tecido Fígado Pool de uréia Urina Baixo consumo de N Van Soest, 1994 Aminoácidos Escape Reciclagem de N em Ruminantes Baixa ingestão de N • Maior proporção do N metabolizado é reciclado via rúmen ou saliva; • Pouca excreção urinária de N-uréia; • Maior eficiência do processo de reciclagem. Alta ingestão de N • Maior síntese hepática de uréia; • Maior excreção urinária de N- uréia; • Menor eficiência de utilização da uréia reciclada via eptélio ruminal e saliva; A quantidade de uréia reciclada é relativamente independente da quantidade ingerida, uma vez que [uréia] no sangue está sobre controle homeostático. Fornece substrato para as bactérias fibrolíticas (NH3 e AGV), bem como 1/3 dos compostos nitrogenados necessário às bactérias fermentadoras de CHO´s não-fibrosos; Síntese de proteína microbiana (principal fonte de aminoácidos essenciais absorvidos no ID de ruminantes); Importância da degradação ruminal da proteína dietética Alto teor de proteína bruta: 50 a 60% de proteína bruta (base da MS); 80% da PB Microbiana é proteína verdadeira, com cerca de 80 a 85% de digestibilidade intestinal; Excelente perfil de aminoácidos; Composição e qualidade relativamente constante (independe da proteína da dieta); Conversão da PDR em Proteína microbiana 85% (média). Características da proteína microbiana sintetisada no rúmen (PBMic) a) Fontede alimento: ureia (100%); farelo de soja (60-65% da PB); milho (40%). Farinha de peixe (30%); b) Processamento do alimento (físico ou químico): moagem (aumenta); tratamento alcalino e térmico (reduz); c) Taxa de passagem ruminal: maior taxa de passagem menor degradação; d) Nível de concentrado: maior nível de concentrado aumenta a taxa de passagem e reduz pH ruminal reduz a degradação ruminal; Fatores que afetam a degradação ruminal da proteína Digestão e absorção pós ruminal O que chega ao intestino do ruminantes são Pmic, PNDR e proteína endógena, essa mistura de AA da digestão é chamada de Proteína Metabolizável (PM). Ação da pepsina no Abomaso – neutralizar lentamente a acidez e prolongar a digestão no duodeno, a ação máxima ocorre no jejuno médio e íleo médio. Jejuno médio – ação de enzimas pancreáticas, tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidases Íleo médio – pico de atividade das aminopeptidases e dipeptidases. Secreções de protease pancreática ↑ com o ↑ do fluxo de proteína Ruminantes tem um menor pH gástrico e duodenal → quando comparado com não ruminantes → com isso pode alterar a digestão protéica Toda proteína que é solubilizada pelo suco gástrico (pepsina + HCL) é digerida pelo ID Digestibilidade aparente duodenal → 65 a 75% Proteína microbiana tem uma digestibilidade semelhante a proteína não degradável PBmicID= 62,5% da MS 60% proteína verdadeira microbiana 25% parede celular microbiana 15% ácidos nucléicos microbianos ABSORÇÃO – Transporte ativo dependentes de Na ou prótons. alguns aa pode ser absorvido através de transporte facilitado e difusão passiva Metabolismo de aas pelo intestino, fígado, rins e tecidos periféricos Aas absorvido TGI → transporte via porta → fígado 10 a 25% da glicose é formada de aas, alanina e glutamina (maiores contribuidores, importantes no transporte de gliconeogênicos entre tecidos periféricos, intestinais e fígado) Aas gliconeogênicos – glicina, alanina, glutamina e glutamato A síntese de proteína tem prioridade quando energia é disponível para o uso de aas, do que a síntese de glicose Serão utilizados para: -Síntese de proteína -Gliconeogênese - ureogênese Uma porção considerável de aa absorvidos são utilizados pelo fígado para síntese de glicose (Gliconeogênese) Aa também podem ser convertidos em lipídios (LDL, HDL, VLDL) Músculo é um reservatório de aas e pode igualmente adicionar aas livres Rins requerem aas para: - reciclagem de proteína; - produção de NH3; - manutenção do equilíbrio ácido-base Alanina e glutamina são liberados pelos músculos e convertidas a glicose e uréia no fígado (> tx durante jejum) AA não utilizados são deaminados originando amônia e esqueleto de carbono, o qual é oxidado a CO2, água e energia Intestino → também adiciona alanina ao sangue durante a alimentação, mas glutamina é transferida para o intestino Rins → durante a alimentação liberam glutamina para o sangue. Mas durante o jejum, glutamina é transferida para os rins para ↑ a produção de NH3 e gliconeogênese METABOLISMO AA É COORDENADO PELA AÇÃO DOS HORMÔNIOS Ingestão ptn abaixo da exigência de manutenção – metabolismo de aa coordenado pela Insulina (reduz a degradação ptn no tecido musc e a oxidação de aa) Ingestão acima da exigência de manutenção – a degradação de aa e síntese de ptn regulados pelo hormônio do crescimento IGF-I - Próxima aula: Digestibilidade e Avaliação energética dos alimentos Contato: fiorentini.giovani@gmail.com
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