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RESUMO PENAL III

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DOS CRIMES CONTRA A VIDA - ARTIGO 121 AO 128 DO CÓDIGO PENAL
ARTIGO 121, CÓDIGO PENAL 		Homicídio simples: Matar alguém:								 (reclusão, de seis a vinte anos).
Sujeito passivo (vítima): Qualquer ser humano que tenha nascido vivo, ou seja, que respirou, ainda que por um curto espaço de tempo, podendo ser comprovado através do exame chamado dosimasia hidrostática de Galeno. Conforme a medicina legal, a morte do ser humano ocorre somente quando houver a paralisação das atividades encefálicas.
Classificações do artigo 121: 
Crime comum quanto a sujeito ativo.
Crime monossubjetivo ou de concurso eventual de pessoas
Crime material
Crime de forma livre
Admite tentativa
Crime de dano
Animus necandi - dolo de matar
Plurissubsistente - que se realiza por meio de vários atos.
HOMICÍDIO SIMPLES (RECLUSÃO DE 6 A 20 ANOS):	 Praticado tanto com dolo direto ou dolo eventual. Pode ser considerado crime hediondo desde que o agente atue em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que isoladamente (artigo 1° da lei de crimes hediondos, 8.072/90). (RECLUSÃO DE 6 A 20 ANOS)
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ATENUA A PENA DE 1/6 a 1/3): 	Motivo de relevante valor social, por relevante valor moral ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. Atenua a pena de 1/6 a 1/3.
HOMICÍDIO QUALIFICADO (RECLUSÃO DE 12 A 30 ANOS): 	1) Mediante paga ou promessa de recompensa = é o chamado homicídio mercenário; ou por outro motivo torpe (é o moralmente reprovável);
2) Por motivo fútil (é o insignificante, apresentando desproporção entre o crime e sua causa moral;
3) Emprego de: veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel (interpretação analógica extensiva), como é o caso de ministrar vidro moído na comida da vítima;
4)  à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (ataque surpresa; golpe pelas costas, tocaia);
5) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Por exemplo: matar a testemunha para que o crime não seja descoberto
6) FEMINICIDIO (RECLUSÃO DE 12 A 30 ANOS): Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino” (por razões de gênero).		
FEMICÍDIO: Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (matar mulher); 
A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
7) contra autoridade ou agente descrito nos artigos 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição (Homicídio funcional).
OBS: No homicídio qualificado só será privilegiado se a qualificadora tiver natureza objetiva como no §2°, III e V, logo e a qualificadora for subjetiva este homicídio será apenas qualificado. O STJ entende que o homicídio qualificado-privilegiado não se considera hediondo, pois a privilegiadora prepondera sobre a qualificadora.
HOMICÍDIO CULPOSO (DETENÇÃO DE 1 A 3 ANOS): Difere-se do homicídio culposo por veiculo automotor. Artigo 302 do Código de transito brasileiro; detenção de 2 a 4 anos (principio da especialidade).
§4° MAJORANTE DE 1/3: no caso do homicídio culposo, se o crime resultou da inobservância de regras técnicas de profissão, arte ou ofício (Médico cirurgião que, por descuido, corta a artéria importante do paciente, ocasionando-lhe a morte).
§5° PERDÃO JUDICIAL: Somente no caso de homicídio culposo. Se as consequências da infração atingirem, o próprio agente de forma tão grave (pai que atropela o filho de forma culposa). Consequência: extinção da punibilidade, artigo 107, cp.
§6° MAJORANTE DE 1/3 ATÉ A METADE: crime praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. É possível o homicídio qualificado-majorado se praticado por motivo fútil ou torpe por integrante de milícia privada.
§7° MAJORANTE DE 1/3 ATÉ A METADE NO FEMICÍDIO: Durante a gestação ou nos 3 meses após o parto; contra menor de 14, maior de 60 ou com deficiência; na presença de descente ou ascendente da vítima.
ARTIGO 122, CÓDIGO PENAL		 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio: Induzir 						 ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio 						para que o faça:										(reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se 							consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da 						tentativa de suicídio resulta lesão corporal de 							natureza grave).
Induzir ou instigar (meio moral) alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio (meio material) para que o faça (este crime não admite tentativa). Reclusão de 2 a 6 anos
Este crime se consuma de duas formas: com a morte do suicida (reclusão de 2 a 6 anos) ou quando sofre lesão corporal grave ou gravíssima (129, §1° e §2°) (reclusão, de um a três anos). Assim se houver lesões leves decorrente do suicídio, a conduta do agente será atípica.
Parágrafo único: A pena é duplicada se: 	
1) o crime é praticado por motivo egoístico. Ex: Induzir a mãe ao suicídio para receber a herança ou para obter seguro de vida do qual é beneficiário. 
2)  se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. Trata-se de uma hipótese que prevê uma capacidade mental relativa da mesma ou que, por algum motivo, tem a sua capacidade de resistência diminuída – Ex: Pessoa muito embriagada – Pessoa doente.
OBS: Se a vítima for menor de 14 ou for absolutamente incapaz de se defender da ideia suicida, o agente responde pelo 121, a partir do conceito estendida de autoria mediata.
ARTIGO 123, CÓDIGO PENAL. 		Infanticídio: Matar, sob a influência do estado 							puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo 						após:												 (detenção, de dois a seis anos).
 Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Sujeito ativo – trata-se de crime próprio. Somente a mãe, genitora que se encontra sob a influencia do parto pode praticar o crime em tela.
Sujeito passivo – Filho da genitora, durante ou logo após o parto. Para tanto, basta que o filho esteja vivo, apresentando o mínimo de atividade funcional.
Requisitos: somente a mãe sob influencia do estado puerperal.
Na ausência do estado puerperal, caracteriza-se homicídio.
OBS: Esse crime é de mão própria, admitindo concurso de pessoas na modalidade de participação, diferentemente de coautoria. 
Antes do inicio do parto a ação configura aborto. 
Mesmo os terceiros que concorrem para o infanticídio respondem pelas penas a estes cominadas, e não pelas do homicídio. Também possui duas correntes. Há quem acredite que não pode haver o concurso de pessoas no crime em tela, em face das elementares personalíssimas do tipo legal. Para outra corrente, não há condições personalíssimas. Têm-se as condições de caráter pessoal e não pessoal. A condição de mãe e a influencia do estado puerperal são elementares do tipo, razão porque se comunica aos coautores ou partícipes. De qualquer forma, temos no art. 30, CP, que as condições de caráter pessoal comunicam-se aos coautores e partícipes, sendo esse também o entendimento atual.
ARTIGO 124, CÓDIGO PENAL.		Aborto provocado pela gestante ou com seu 							consentimento: Provocar aborto em si mesma ou 						consentir que outrem lho provoque:								(detenção, de um a três anos).
Sujeito ativo: É crime próprio, no qual só se considera autora do crime a gestante.
Admite-se, contudo, participação e coautoria daquele que presta auxílio a ela.
Sujeito passivo: Pode ser o zigoto, o embrião ou o feto, independentemente do estágio de desenvolvimento, também se pode considerar como sujeito passivo o Estado, pois a proteção do nascituro e da vida são seus interesses.
OBS: o tipo penal admite-se a tentativa se tal resultadonão advém porem não há crime de aborto culposo.
OBS²: Quando a gestante consente que outrem provoque o aborto nela, ela devera responder pelo artigo 121, cp 2° parte e aquele que praticou o aborto, pelo 126, cp.
ARTIGO 125, CÓDIGO PENAL. 		Aborto provocado por terceiro: Provocar aborto, sem 						o consentimento da gestante:									 (reclusão, de três a dez anos).
 Provocar aborto, sem o consentimento da gestante.
Admite coautoria e participação.
ARTIGO 126, CÓDIGO PENAL. 		Aborto provocado por terceiro: Provocar aborto com o 	consentimento da gestante 				(reclusão, de um a quatro anos) 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
ARTIGO 127, CÓDIGO PENAL. 		Forma qualificada do artigo anterior 
As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
ARTIGO 128, CÓDIGO PENAL. 		Não se pune o aborto praticado por médico:
Tipo penal que exclui a ilicitude da conduta: se da por duas formas, que são elas.
1) Se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Pondera-se preservar a vida da mãe que já e uma vida plena.
2) Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Basta a apresentação de registro de ocorrência policial, sendo desnecessário alvará judicial.
OBS: Poderá um comum praticar o aborto em um caso extremo aonde não se encontra um medico para realizar as espécies de aborto permitido tendo como resultado a pontuação por inexigibilidade de conduta diversa. Ex: uma cidade rural no interior.
DAS LESÕES CORPORAIS
ARTIGO 129, CÓDIGO PENAL. 		Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem	(detenção, de três meses a um ano.)
Lesão corporal leve - artigo 129, caput.
Lesão corporal grave - artigo 129, §1°.
Lesão corporal gravíssima - artigo 129, §2°.
Lesão corporal seguida de morte - 129, §3°.
Diminuição de pena - 129, §4°.
Substituição da pena - 129, §5°. 
Lesão corporal culposa - 129, §6°.
Violência domestica - 129, §9°.
Majorante - 129 §10
Majorante - 129 §11
Majorante - 129 §12
Lesão corporal é resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou a saúde do ser humano, excluído o próprio autor da lesão. O crime pode ser praticado por ação ou omissão.
Ofensa à integridade física pode dizer respeito à debilitação da saúde como todo ou do funcionamento de algum órgão ou sistema do corpo humano, inclusive se o resultado for o agravamento de circunstância previamente existente ou também qualquer alteração anatômica que não tenha expressado autorização, como por exemplo, uma tatuagem.
Será leve toda lesão corporal que não for grave, gravíssima ou lesão corporal com resultado morte. Contudo, deve ser suficientemente grave como para que a ofensa não seja despenalizada em função da aplicação do princípio da insignificância.
No caso do parágrafo 1°, serão graves as lesões que tornem a vítima incapacitada para suas atividades habituais por mais de 30 dias; as que gerem perigo de vida, as que gerem debilidade permanente de um membro, sentido ou função; e as que acelerem o parto.
É a descrita no parágrafo 2° do artigo mencionado, que gerará para a vítima a incapacidade permanente para o trabalho, enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou função, deformidade permanente ou gere o aborto em gestante.
Tratado no parágrafo 3° do artigo 129, este é um crime que somente admite a forma preterdolosa, pois se o agente agiu com dolo, ou seja, com a intenção de matar, trata-se de homicídio doloso.
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
O tipo penal descrito no parágrafo 6° é um tipo aberto, já que não há um verbo nuclear na descrição. É aquela decorrente de imprudência, negligência ou imperícia. Lembrar, sempre, que na lesão corporal culposa a graduação das lesões não serão consideradas, mesmo que tenha consequências graves.
Lesão corporal qualificada em razão da vinculação domestica ou familiar entre autor e vitima. Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.
Nos casos previstos no §1°, §2°e §3° se houver as circunstancias descritas no §9°aumenta-se a pena em 1/3.
Se na hipótese do §9° a vitima for portadora de deficiência aumenta-se a pena em 1/3.
A natureza jurídica do §12 é de majorante da pena, não é uma qualificadora. Leva-se em consideração o aumento pela gravidade da lesão que a vitima vier a sofrer qual seja ela em qualquer grau de lesão.
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
ARTIGO 130, CÓDIGO PENAL 		PERIGO DE CONTAGIO VENERIO: Expor alguém, por 	meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a 	contágio 	de moléstia venérea, de que sabe ou 	deve saber que está contaminado 			 	 (detenção, de três meses a um ano, ou multa.)
Elementos do tipo: a doutrina identifica três modalidades:
Dolo eventual: o agente sabe estar contaminado.
Quando o agente não tem certeza, mas deveria saber da contaminação.
Dolo direito de dano ele conhece a contaminação e efetivamente quer transmitir a doença 
Nexo de causalidade: a exposição da vida de outrem, e a contaminação.
É possível a tentativa nesse crime e tem a sua consumação no momento da pratica sexual. É um crime de ação vinculada porque o agente só pode pratica-lo por meio de relações sexuais
ARTIGO 131, CÓDIGO PENAL		PERIGO DE CONTAGIO DE MOLESTIA GRAVE: Praticar, 						com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de 						que está contaminado, ato capaz de produzir o 							contágio. 											(reclusão, de um a quatro anos, e multa.).
Elementos do tipo: dolo de perigo, direto ou eventual.
A consumação do delito se da no momento da pratica do ato que resulta em perigo concreto. É admissível a tentativa nesse tipo penal.
A doença aqui se difere da descrita no 129, §2°, II, a qual diz ser enfermidade incurável. No 131 a enfermidade é curável.
ARTIGO 132, CÓDIGO PENAL		Perigo para a vida ou saúde de outrem: Expor a vida 						 ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 						 (detenção, de três meses a um ano, se o fato não 						constitui crime mais grave).
Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente.
Parágrafo único: Majorante da pena de 1/6 a 1/3 se a exposição da vida ou a saúde de outrem a perigo for decorrente de transporte de pessoas para prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.
ARTIGO 133, CÓDIGO PENAL		Abandono de incapaz: Abandonar pessoa que está 						sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, 						por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos 					resultantes do abandono:			 						(detenção, de seis meses a três anos).
Siguinifica deixar a vitima sem assistência afastando se dela de modo permanente ou provisório, expondo a vitima aos riscos inerentes a esse abandono.
A doutrina majoritária afirmar caber a tentativa quando a vitima não sofre perigo concreto ou real
Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Resulta-se a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
A pena será aumentada em 1/3: Se o abandono ocorreem lugar ermo; se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima; se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
ARTIGO 134, CÓDIGO PENAL		Exposição ou abandono de recém-nascido: 							Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar 						desonra própria: 										 (detenção, de seis meses a dois anos).
É necessário haver o dolo especifico de ocultar desonra própria, caso não venha ter esse dolo especifico será a conduta do artigo 133 de forma subsidiaria. O pai biológico pode responder em concurso de pessoas. O recém-nascido para a doutrina penal é aquele que conta com menos de 1 mês de vida.
O parágrafo 1° e o 2° são preterdolosos. 1° se resulta lesão corporal e o 2° se resulta morte.
ARTIGO 135, CÓDIGO PENAL		Omissão de socorro: Deixar de prestar assistência, 						quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 							criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa 						inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e 						iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 							socorro da autoridade pública: 									 (detenção, de um a seis meses, ou multa).
Não se exige vinculo entre as partes. O indivíduo aqui, não pode ser o causador do dano.
A omissão, assim como a ação são formas de conduta. Omissão é comportamento negativo, a abstenção de movimento, o não fazer.
Nesse caso, o agente podendo diretamente prestar imediato socorro, desde que sem risco pessoal, não o faz. Ainda, caso não haja a possibilidade de prestar socorro, deverá chamar a autoridade competente para tal.
Ex de crimes: médico plantonista que não presta socorro imediato por estar no computador, em caso de carro capotado na estrada, quando nem sequer chama a autoridade.
Esse perigo que a pessoa esta exposta, não pode ser causada pelo indivíduo omisso.
Estatuto do idoso- se a omissão do socorro atinge idoso, há artigo próprio.
A tentativa é inadmissível nesse crime, por se tratar de crime omissivo puro.
Se da omissão resulta a morte ou lesão grave, trata-se de crime preterdoloso. Ou seja, dolo na hora de se omitir, e culpa no resultado.
No caso de omissão de socorro de condutor de veiculo envolvido em acidente, possui lei específica no código de transito, com pena mais gravosa.
ARTIGO 135-A, CÓDIGO PENAL			Condicionamento de atendimento médico-							hospitalar emergencial: Exigir cheque-caução, 							nota promissória ou qualquer garantia, bem 							como o preenchimento prévio de formulários 							administrativos, como condição para o 								atendimento médico-hospitalar 								emergencial: 											(detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 							multa).
Parágrafo único: a pena será dobrada se derivado da negativa resultar lesão grave e até o triplo da pena se resultar em morte.
ARTIGO 136, CÓDIGO PENAL		Maus-tratos: Expor a perigo a vida ou a saúde de 						pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para 						fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer 					privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, 					quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, 						quer abusando de meios de correção ou disciplina: 						 (detenção, de dois meses a um ano, ou multa).
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos.
Vale consultar esse crime em três etapas:
1° etapa - exercício regular do direito de educar. Exclui a ilicitude.
2° etapa - extrapola os meios de correção e disciplina - crime de maus tratos
3° etapa - crime hediondo de tortura com o dolo de causar intenso sofrimento.
Os maus tratos podem ocorrer da seguinte forma:
– Privando de alimentos – cuida-se de modalidade omissiva. Basta a supressão de alimentos. OU privando de cuidados necessários: entende-se a higiene pessoal, assistência médica, etc.
– Sujeitando a trabalho excessivo – é aquele que supera o limite da tolerância, provoca fadiga extraordinária, ou o trabalho inadequado, sendo incompatível com as condições da vitima como idade, sexo, etc.
– Abusando de meio corretivo ou disciplina – consiste no uso ilegítimo, imoderado excessivo dos meios de correção e disciplina.
Uma mãe que acorrenta o filho, em alguns casos, como o uso de drogas, ha se entendido que pode enquadrar estado de necessidade. A diferença desse artigo com sequestro e cárcere privado é que aqui, a intenção é de disciplinar. No caso de tortura, o agente quer o intenso sofrimento físico ou mental, como forma de ampliar castigo ou medida de caráter preventivo. Ao contrario da tortura, nos delitos de maus-tratos ocorre abuso nos meios de correção e disciplina, e não o sadismo, o ódio, a vontade de ver a vitima sofrer desnecessariamente. Se a intenção do agente for causar lesão na vitima ou a sua morte, o crime será outro (lesão corporal ou homicídio).
DOS CRIMES CONTRA A HONRA - ARTIGO 138 A 145 DO CÓDIGO PENAL
		Objetiva: reputação social, imagem (138 e 139).
Honra
		Subjetiva: decoro intimo, dignidade própria (140).
ARTIGO 138, CÓDIGO PENAL		Calúnia: Caluniar alguém, imputando-lhe 							falsamente fato definido como crime 								 (detenção, de seis meses a dois anos, e multa).
Imputar falsamente um fato definido como crime a alguém. Dolo direto de imputar. Intenção de manchar a imagem de alguém.
Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
É punível a calúnia contra os mortos.
Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
ARTIGO 139, CÓDIGO PENAL		Difamação: Difamar alguém, imputando-							lhe fato ofensivo à sua reputação:								 (detenção, de três meses a um ano, e multa).
Difamar é imputar falsamente ou não, fato ofensivo à reputação alheia.
Não é cabível a difamação contra os mortos por ausência de previsão legal, interpretação teleológica (finalidade).
Exceção da verdade: É permitida somente na hipótese da difamação propter officium, quando o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. O interesse em se permitir a exceção da verdade decorre da necessidade de se resguardar a idoneidade da administração pública através dos atos de seus funcionários.
ARTIGO 140, CÓDIGO PENAL		Injúria: Injuriar alguém, ofendendo-lhe a 							dignidade ou o decoro: 										 (detenção, de um a seis meses, ou multa).
Não há a imputação de fatos, mas sim de atributos, qualidades negativas que podem ou não afetar a honra subjetiva da vitima. A ação e livre no tocante aos modos operandi (meio de operar, praticar).
Para que haja a consumação do crime de injuria e necessário que a vitima sinta-se afetada na sua honra subjetiva e que tome conhecimento da ofensa.
Não há a exceção da verdade no crime de injuria, pois a consumação ocorre sem duvidas quando a honra é violada.
Perdão judicial: O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
O meio empregado é a violência porem o dolo e de humilhar a vitima. Exemplo: jogar um ovo podre em um político.
O §3° e diferente do artigo 20 da lei 7.716/89 (racismo)
§3° - contra a vitima determinada
Artigo 20 da lei 7.716/89 - contra um núcleo indeterminado de pessoas que estão em uma mesma situação social.
ARTIGO 141, CÓDIGO PENAL		Disposições comuns: As penas cominadas neste 						Capítuloaumentam-se de um terço, se qualquer 						dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
ARTIGO 142, CÓDIGO PENAL		Exclusão do crime Não constituem injúria ou 							difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos incisos I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
ARTIGO 143, CÓDIGO PENAL		Retratação. O querelado que, antes da sentença, se 						retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica 						isento de pena.
É causa de extinção da punibilidade nos crimes de calúnia e 
É causa de extinção da punibilidade nos crimes de calúnia e difamação independente da concordância do ofendido. Quando o querelado, antes da sentença, pede desculpas pela ofensa.
ARTIGO 145, CÓDIGO PENAL		Nos crimes previstos neste Capítulo somente se 						procede mediante queixa, salvo quando, no caso do 						art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
	
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. 
 Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal l eve na ví tima, a 
Em regra os crimes contra honra são de ação penal privada. Se o crime é de INJÚRIA REAL e resulta lesão corporal leve na vítima, a ação será pública condicionada a representação.  
No caso de ofensa contra a honra de presidente da República ou Chefe do Governo estrangeiro, a ação penal é pública condicionada a requisição do Ministério da Justiça. 
No caso de ofensa contra a honra de funcionário público no exercício de suas funções e nos casos de ofensas preconceituosas, a ação é pública condicionada a representação do ofendido. Súmula 714, STF: Nos crimes contra honra de funcionário público no exercício de suas funções a jurisprudência entende que pode o ofendido entrar com ação privada ou representar ao MP para que se promova ação pública.
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Artigos 146 ao 149-A
ARTIGO 146, CÓDIGO PENAL		Constrangimento ilegal: Constranger alguém, 							mediante violência ou grave ameaça, ou depois 						de lhe haver reduzido, por qualquer outro 							meio, a capacidade de resistência, a não fazer 							o que a lei permite, ou a fazer o que ela não 							manda: 											 (detenção, de três meses a um ano, ou multa).
Classifica-se como um crime subsidiário que será caracterizado apenas se o dolo do agente não for poder praticar fim mais grave como, por exemplo, estupro; sequestro; extorsão. É um crime material, pois se consuma quando a vitima é obrigada e não faz ou é obrigada a fazer o que a lei não manda.
Serão excludentes de tipicidade formal as seguintes hipóteses:
a) Intervenção medica ou cirúrgica, sem consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida.
b) Coação exercida para impedir suicídio.
ARTIGO 147, CÓDIGO PENAL		Ameaça: Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou 						gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe 					mal injusto e grave										 (detenção, de um a seis meses, ou multa).
Ameaçar é prometer um mal injusto e grave a alguém. É um ato livre e formal, se o mal anunciado ocorrer o crime de ameaça será sobreposto pelo principio da consunção.
ARTIGO 148, CÓDIGO PENAL		Sequestro e cárcere privado: Privar alguém de sua 						liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado 						 (reclusão, de um a três anos).
O bem jurídico tutelado é a liberdade ambulatorial do individuo.
A doutrina diferencia o sequestro de cárcere privado através do espaço territorial. Cárcere priva o vitima de sair de um determinado cômodo diferentemente do sequestro aonde a vitima fica presa em uma casa, mas não somente em um cômodo.
O §1° majora a pena se for encontrado alguma das seguintes condutas:
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V - se o crime é praticado com fins libidinosos. 
O §2° também majora a pena se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral.
ARTIGO 149, CÓDIGO PENAL		Redução à condição análoga à de escravo 							Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, 						quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a 							jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições 						degradantes de trabalho, quer restringindo, por 						qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida 						contraída com o empregador ou 								preposto.											 (reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da 						pena correspondente à violência).
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: (QUALIFICADORAS).
I - contra criança ou adolescente;
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Esse crime é meramente formal, ou seja, a consumação ocorre independente de qualquer resultado naturalístico.
ARTIGO 149-A, CÓDIGO PENAL			Tráfico de Pessoas: Agenciar, aliciar, recrutar, 						transportar, transferir, comprar, alojar ou 							acolher pessoa, mediante grave ameaça, 							violência, coação, fraude ou abuso, com a 							finalidade de:
 I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
IV - adoção ilegal;
V - exploração sexual.  
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
A pensa será majorada de 1/3 até a metade se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função;
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do territórionacional. 
§2° - Se o agente for primário e não integrar organização criminosa terá sua pena minorada em 1 a 2/3.
SEÇÃO IV
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
ARTIGO 154-A, CÓDIGO PENAL 		Invasão de dispositivo 	informático: Invadir 							dispositivo informático alheio, conectado ou 							não à rede de computadores, mediante 							violação indevida de mecanismo de segurança 							e com o fim de obter, adulterar ou destruir 							dados ou informações sem autorização 							expressa ou tácita do titular do dispositivo ou 							instalar vulnerabilidades para obter vantagem 							ilícita: (detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) 							ano, e multa).
Trata-se de crime comum (aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa), plurissubsistente (costuma se realizar por meio de vários atos), comissivo (decorre de uma atividade positiva do agente: “invadir”, “instalar”) e, excepcionalmente, comissivo por omissão (quando o resultado deveria ser impedido pelos garantes – art. 13, § 2º, do CP), de forma vinculada (somente pode ser cometido pelos meios de execução descritos no tipo penal) ou de forma livre (pode ser cometido por qualquer meio de execução), conforme o caso, formal (se consuma sem a produção do resultado naturalístico, embora ele possa ocorrer), instantâneo (a consumação não se prolonga no tempo), monossubjetivo (pode ser praticado por um único agente), simples (atinge um único bem jurídico, a inviolabilidade da intimidade e da vida privada da vítima).
É imprescindível que o dispositivo informático possua instalado mecanismo de segurança como, por exemplo: senha. Caso contrario a conduta será atípica.
§1° - Terá a mesma pena quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. 
§2° - Aumenta apena em 1/6 a 1/3 se resultar prejuízo econômico.
§3° - Se houver obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei. (Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave).
Ira majorar se houver divulgação, comercialização ou transmissão à terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos no §3°.
Pena será majorada em 1/3 a metade se:
 I - Presidente da República, governadores e prefeitos;
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal;
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
 TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO I
DO FURTO
ARTIGO 155, CÓDIGO PENAL			Furto: Subtrair, para si ou para outrem, coisa 							alheia móvel					 						 (reclusão, de um a quatro anos, e multa).
 
É necessário o dolo de asenhoramento definitivo da res (animus furandi), para si ou para outrem.
§1° - Praticado durante o repouso noturno majora a pena em 1/3.
§2° - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada (1 salário mínimo na época do fato) poderá o juiz substituir a pena de reclusão ou diminuí-la ou aplicar somente a multa.
§3° - Desviar energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Caso ocorra fraude no medidor será estelionato (171) e não furto.
O STJ entende que se equipara o furto de TV a cabo ao §3° conforme REsp. 1076.287/RN
Já pó STF possui o entendimento que sinal de TV a cabo não é energia, sendo assim, não se adequando ao §3° e sim ao artigo 35 da lei 8.977/85 (Lei do Cabo) em respeito ao principio da especialidade.
	Furto QUALIFICADO 
	§4° - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
Obs¹: Destruir = destruição total / Rompimento = destruição parcial
Obs²: O §4°-A, majora a pena na conduta já descrita no §4° porem se trata de uma nova qualificadora na hipótese de furto com explosivos que causem perigo comum *principio da especialidade.
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
Obs¹: Fraude - utiliza-se de algum artifício para retirar a vigilância sob a res
Obs²: Escalada - utilização de acesso a res não convencional, podendo ser subterrânea, escavação de túnel.
Obs³: Destreza - habilidade desenvolvida pelo agente não sendo natural de um homem comum.
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§5° - Majora a pena em 3 (três) a 8 (oito) anos se o furto de veiculo automotor quando o agente tem o dolo ab initio (inicial) de transpor a divisa com outro Estado ou a fronteira com outro país.
§6° - Majora a pena em 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração.
§7° - Majora a pena em 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se o furto for de substancias explosivas ou de acessórios que possibilitem a sua fabricação, montagem ou emprego.
Obs: Momento consultivo do furto: O STJ entende baseia-se na teoria da inversão da posse, ainda que por breve espaço de tempo, e seguida da perseguição ao agente. Caso o agente não consiga inverter a posse, se apoderar da res trata-se de tentativa de furto.
ARTIGO 156, CÓDIGO PENAL		Furto de coisa comum: Subtrair o condômino, 							co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem 						legitimamente a detém, a coisa comum: 							 (detenção, de 	seis meses a dois anos, ou multa).
Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
ARTIGO 157, CÓDIGO PENAL		Roubo: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para 						outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, 					ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 						impossibilidade de resistência (roubo próprio).							 (reclusão, de quatro a dez anos, e multa).	
Trata-se de um crime complexo, pois atinge mais de uma figura típica; mais de um bem jurídico tutelado.
Roubo: É o furto + Lesão; ou ameaça; ou morte; ou constrangimento ilegal; ou sequestro.
Modo de execução: 
Violência própria: lesões corporais ou vias de fato;
Grave ameaça: artigo 147, código penal;
Violência imprópria: outro meio que reduz a capacidade de resistência da vitima.
Roubo próprio ≠ roubo impróprio
Roubo impróprio § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
O roubo próprio usa de violência ou grave ameaça ou reduz a capacidade de resistência da vitima (violência imprópria) como meio para o roubo; 
Diferentemente no roubo impróprio aonde o agente tem o dolo inicial de furto, mas logo após faz emprego de violência ou grave ameaça com o dolo especifico de assegurar a impunidade e/ou a detenção da res para si ou outrem.
* A doutrina não admite a tentativa no roubo impróprio. O agente responde por furto tentado ou roubo impróprio consumado.
§2° - Majora a pena em 1/3 até a metade se o agente:
I - REVOGADO;
II - Concurso de pessoas;
III - Vitima esteja em serviço de transporte de valores e o agente conheça tal circunstancia;
IV - Roubo de um veiculo para outro Estado ou outro país;
V - 1° modalidade do sequestro relâmpago: dolo de subtrair e o sequestro é apenas um meio para o sucesso da subtração, não podendo durar um tempo alem do necessário, sob pena de responsabilização em concurso material de roubo e sequestro (157 + 148).
VI - Subtração de substâncias explosivas ou de acessórios que possibilitem a fabricação do mesmo.
§2°A - Majora a pena em 2/3 se o agente:
I - Violência ou ameaça e exercida com emprego de ARMA DE FOGO;
II - Destruir ou romper obstáculo com uso de explosivo ou artefato parecido que cause perigo comum.§3° - Se da violência resultar lesão corporal grave (não é hediondo) a pena será de 7 a 18 anos, e multa; ou se resultar morte (hediondo) a pena será de 20 a 30 anos, e multa.
Obs¹: O latrocínio sempre será hediondo, não importando se for consumado ou tentado. A efetiva subtração da res não terá importância na tipicidade apenas o resultado morte basta.
Obs²: O crime de latrocínio não será punido varias vezes se houver pluralidade de mortes, pois o crime é contra o patrimônio, a não ser que haja a subtração de varias vitimas.
Obs³: O crime não permite ser majorado pelos §2° e §2°A por razoes de interpretação sistemática, topográfica da lei.
ARTIGO 158, CÓDIGO PENAL		Extorsão: Constranger alguém, mediante violência ou 						grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para 						outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar 						que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:							 (reclusão, de quatro a dez anos, e multa).
Constranger: ato da vitima obrigada a ceder a vontade do agente.
Classificação:
Conduta de constranger;
Obter indevida vantagem econômica;
Quanto ao momento do crime: formal, no momento do constrangimento.
É um crime complexo, pois viola o patrimônio e liberdade pessoal da vitima.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§2° - Se da violência resultar lesão corporal grave a pena será de 7 a 18 anos, e multa; Ou se resultar morte a pena será de 20 a 30 anos, e multa.
§3° - Segunda modalidade de sequestro relâmpago, a privação da liberdade é meio fundamental para obtenção da vantagem econômica. Se resultar lesão corporal grave ou morte aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente.
ARTIGO 159, CÓDIGO PENAL		 Extorsão mediante sequestro: Sequestrar pessoa com 					 o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 						 vantagem, como condição ou preço do resgate.						 (reclusão, de oito a quinze anos).
O agente pratica duas condutas sequencias: Sequestro de pessoa e extorsão com pedido de resgate. O crime é formal, independente do pagamento do resgate (sumula 96 STJ).
Admiti-se a tentativa quando os agentes não conseguem efetuar o pedido de resgate.
Obs¹: O crime de extorsão mediante sequestro é considerado HEDIONDO em todas as suas modalidades.
Obs²: É um crime permanente, possibilitando a prisão em flagrante de todos. Sumula 711 do STF estabelece que caso ocorra alteração legislativa durante o curso do crime ainda que prejudicial esta devesse ser aplicada. Esta sumula mitiga o principio da irretroatividade da norma penal.
§1° - A pena será majorada de 12 a 20 anos se o sequestro durar + de 24h; vitima menor de 18 ou maior de 60 anos ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
§2°- A pena será majorada de 16 a 24 anos se do fato resultar lesão corporal grave;
§3°- A pena será majorada de 24 a 30 anos se do fato resultar morte.
Obs³: Tanto o §2° como o §3° não são praticados com dolo direto ou eventual, mas sim a titulo de culpa, classificados como preterdolosos, sendo inadmissível a tentativa.
§4° - Trata-se de uma privilegiadora se o agente preencher três requisitos que são:
Concurso de pessoas (mínimo dois indivíduos);
Delação dos comparsas;
Facilitar a libertação do sequestrado.
Se faltar algum desses requisitos descritos acima, o delator não fará juz ao beneficio da minorante podendo talvez ensejar na dosimetria da pena na primeira fase como circunstância judicial favorável.
Obs: O STJ entende que ainda na hipótese de colaboração (§4°), permanece a natureza hedionda do crime.

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