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1 FACULDADE ESTÁCIO DO PARÁ CURSO DE TECNOLÓGICO EM RECURSOS HUMANOS DISCIPLINA: GESTÃO DE DESEMPENHO E MÉTRICAS - GST1245 PROFESSOR: ANTÔNIO FIDALGO AULA 6: A COMPETITIVIDADE COMO FATOR DE SOBREVIVÊNCIA Objetivos: Ao final da aula os alunos serão capazes de: - Explicar o objetivo de cada tarefas e responsabilidades dentro dos cargos. A COMPETITIVIDADE COMO FATOR DE SOBREVIVÊNCIA A competitividade no contexto organizacional está cada vez mais acirrada, as mudanças ocorrem a uma velocidade cada vez mais crescente, o que hoje é inovador amanhã já se torna obsoleto e, nessa corrida contra o tempo, a busca por vantagem competitiva se torna imprescindível para garantia de sobrevivência das organizações. Dessa forma, podemos assumir que o desempenho organizacional está diretamente associado a sua competitividade, pois caso a organização apresente um desempenho superior a de seus concorrentes, consequentemente, irá agregar mais vantagem competitiva no mercado. Como assumem Hitt, Ireland e Hoskisson (2011, p.4) “uma empresa tem vantagem competitiva quando implementa uma estratégia que os concorrentes não conseguem copiar ou acham custoso demais para imitar”. Portanto, a competitividade permite que a organização alcance um melhor posicionamento estratégico, uma vez que resulta na criação de um valor único, intransferível e intangível. Podemos assumir então que a competitividade é a capacidade que as organizações têm em alcançar os seus objetivos com melhores resultados que as organizações concorrentes. Para tanto, para garantir um desempenho superior a organização precisa estar atenta a sua eficiência, eficácia, a qualidade do produto/serviço oferecido. Ou seja, a alguns conceitos básicos da gestão da qualidade, entre eles: a qualidade baseada no produto, a qualidade baseada no usuário, a qualidade baseada na produção e a qualidade baseada no valor. QUALIDADE BASEADA NO PRODUTO: Quando há algum diferencial, atributo inovador. QUALIDADE BASEADA NO USUÁRIO: Capaz de satisfazer necessidades e desejos do cliente. QUALIDADE BASEADA NA PRODUÇÃO: Quando o produto está de acordo com as especificações, com o projeto. QUALIDADE BASEADA NO VALOR: Quando o valor cobrado está de acordo com a qualidade do produto. Segundo Garvin (2002), a competitividade pode ser verificada através dos seguintes critérios: o DESEMPENHO: Características operacionais básicas do produto; o CONFIABILIDADE: Reflete funcionamento do produto; o CONFORMIDADE: Reflete se o produto está de acordo com o padrão estabelecido; o DURABILIDADE: Reflete a vida útil do produto; o ATENDIMENTO: Rapidez, agilidade, cortesia; o ESTÉTICA: Reflete o julgamento pessoal; o QUALIDADE PERCEBIDA: Opinião subjetiva. Portanto, a qualidade se torna um importante indicador de desempenho. Caso a organização atenda a todos os critérios de qualidade, o seu desempenho será superior. Caso contrário, não terá um desempenho satisfatório. É importante reforçar que é o resultado obtido após a medição do indicador, que irá possibilitar ao gestor analisar esse resultado foi positivo ou negativo. E então realizar as ações corretivas necessárias. Metas associadas às rotinas ou metas associadas às inovações Como falamos, as organizações vivem em um ambiente dinâmico e complexo. Os consumidores estão cada vez mais exigentes e em busca de produtos/serviços que atendam suas necessidades e expectativas. Por outro lado, as organizações estão na busca constante por incrementos que irão agregar diferencial competitivo aos produtos atendendo as exigências dos 2 consumidores. E nessa corrida, vence aquela que conseguir despertar o olhar do consumidor, uma vez que a oferta é demasiada. Para sobreviver e ter sucesso, as organizações precisam adotar ações que despertem um interesse maior dos seus clientes. Essas ações podem ser descritas nas metas associadas às rotinas e metas associadas às inovações. METAS ASSOCIADAS ÀS ROTINAS: As metas associadas às rotinas fazem parte das atribuições do cargos/funções e podem ser identificadas no instrumento de descrição do cargo. METAS ASSOCIADAS ÀS INOVAÇÕES: As metas associadas às inovações são estabelecidas a partir da necessidade de mudanças/inovações identificadas pela organização. Pode ser uma nova linha de produtos, um novo sistema de gestão, abertura de uma nova filial, criação de um sistema de vendas por computador (vendas online), etc. Indicadores de desempenho Os indicadores são os índices adotados por cada organização para auxiliar na mensuração dos processos. Dessa foram, há indicadores para mensurar desempenho, indicadores para mensurar retorno financeiro, indicadores para mensurar eficácia de modelos, enfim, cada organização irá definir seus indicadores baseando nos seus objetivos específicos. Limongi-França (2009, p. 128) sugere um roteiro de perguntas para auxiliar na construção de indicadores: o Aonde queremos chegar? o Quais são os objetivos da organização? o Que dados precisamos capturar e administrar para chegar à linha de chegada? o Quem deverá gerar os dados? o Quando necessitaremos deles? o Como atingiremos isso de maneira mais eficiente e efetiva? Não obstante, podemos classificar os indicadores em dois tipos: os objetivos e os subjetivos. O objetivo é autoexplicativo, ou seja, a sua identificação não gera nenhum tipo de dúvidas do que está sendo medido. Por exemplo, número de produtos produzidos, números de peças vendidas e quantidade de cursos realizados. Já o subjetivo é aquele que precisa ser demonstrado e interpretado para que não haja dúvidas na hora da sua medição, por exemplo, o índice de satisfação de cliente. Os indicadores de eficiência estão associados ao método do trabalho, ou seja, como o trabalho será executado. Dessa forma, irá determinar quais são os recursos necessários para a realização de cada atividade e a maneira como esses recursos devem ser empregados (procedimentos). Os indicadores de eficiência também podem ser classificados como indicadores de produtividade. Esses indicadores irão mensurar a relação insumo – produto, determinando quanto que se gasta de insumo para realizar um determinado produto. Assim, a produtividade pode ser afetada de duas formas: o Pelo método empregado (tecnologia de transformação de insumos em produtos). o Pelo profissional responsável pela execução da atividade (domínio das competências necessárias para a execução das atividades). Questionamentos para a conformidade do negócio Para atingir nossa visão, que habilidades precisaremos para mudar e melhorar? Para atingir nossa visão, como devemos ser percebidos pelos nossos clientes? Satisfazer clientes e acionistas, em que processos deveremos ter um desempenho excelente? Para atingir nossa visão, que habilidades prescisaremos para mudar e melhorar? Clientes Aprendizado e Processos crescimento Processos Financeiros Onde podemos perceber a gestão de desempenho? Vimos que a organização precisa apresentar um desempenho superior aos seus concorrentes para agregar vantagem competitiva no mercado. Não obstante, as organizações dependem das 3 pessoas para conseguir esse desempenho superior, uma vez que as pessoas são fonte de vantagem competitiva, sendo o ativo mais importante para a organização. Por essa razão, é imprescindível que a organização proporcione aos seus funcionários um ambiente de trabalho motivador, capaz de atender ao seu conjunto de interesses e expectativas. Profissionais motivados apresentam um melhor desempenho em suas tarefas, e quanto melhor o desempenho dos profissionais, maior será o desempenho e a competitividade da organização. Diante da necessidade das organizações se manterem competitivas no mercado, a gestão de desempenho deve auxiliar na busca da excelênciados seus processos e produtos, tendo como fator preponderante a valorização dos seus recursos humanos. LEITURA: Como melhorar o desempenho da sua empresa Melhorar o desempenho dos profissionais e da organização como um todo é um objetivo a que pouca gente se oporia. Pelo menos de forma explícita. No entanto, o que se observa na prática é que os resultados obtidos não fazem justiça aos esforços e empenho de todos na organização. Os resultados ficam muito aquém dos esforços que foram feitos. Há muitos anos estudando o assunto, identifiquei alguns gargalos e armadilhas que atrapalham a plena utilização do "poder de fogo" das equipes e dos profissionais individualmente. Criação das capacitações: O enfoque aqui está mais no perfil e estilo dos integrantes das equipes e como cada profissional poderá aplicar seus conhecimentos e habilidades da forma mais eficaz. Qual a química, que reagindo no interior da equipe e do ambiente, pode potencializar os resultados da aplicação dos conhecimentos e habilidades individuais? "Estrelas" solitárias podem obter reconhecimento e aplauso, mas uma contribuição isolada pode influir pouco no resultado global. O segredo está na formação e "escalação" das equipes em função da situação e dos objetivos desejados. A formação exige ações de médio e longo prazo, a "escalação" exige decisões de curto e médio prazo. Ajuste das táticas operacionais: Estratégias são imprescindíveis. Mas a implementação dos planos para atingir os objetivos estratégicos tem recebido pouca atenção. É na implementação dos planos de ação que serão exigidas, no mais alto grau, as competências de cooperação, solução de problemas, habilidade de decidir e disposição para correr riscos. A definição do papel de cada profissional é uma decisão que não pode ser deixada de lado. Esse é um ponto crítico que normalmente não é discutido. Não se trata de redefinir o cargo ou a função de cada profissional, mas definir o papel que cada funcionário deverá desempenhar, em função de suas habilidades especiais. O papel está ligado ao estilo e postura do profissional, e não à sua descrição de cargo. Acompanhamento, avaliação e correção de rotas: Apesar de todos os planos previrem acompanhamento, pouca atenção tem sido dada à correção de rotas. Aqui parece que todos entram num "piloto automático", acreditando que o plano de ação tem vida autônoma, que é "pecado" mudar o que foi planejado. Temos aqui outra armadilha que impede que o resultado final esperado seja atingido. Mudanças de rota são mais fáceis quando existem planos de contingência, ou pelo menos disposição para discutir o que fazer se alguma coisa sair errada no plano. Afinal, planos são apenas isso: planos. Pilotar o plano, dando resposta adequada a situações imprevistas, é o grande desafio. Em toda organização há pessoas com habilidades especiais, que podem dar uma contribuição também especial nesta parte. Incentivos: Em algumas situações, pode ser produtivo introduzir ou melhorar o sistema de incentivos ou de remuneração. Esse é um passo que precisa estar extremamente afinado com os objetivos estabelecidos. O potencial de ganhos aqui é enorme. Mas há também a possibilidade de ocorrer aumento nos custos com a folha de pagamento, sem a contra-partida do retorno em resultados. O assunto merece muita reflexão. Perfil da empresa: Há alguns traços interessantes do perfil e cultura da empresa que são determinantes para o desenho de um plano destinado a melhorar o desempenho econômico- financeiro da organização, no que depender da competência de seus profissionais. Idade da empresa: A idade cronológica da empresa é um indicador importante para se entender como e por que ela funciona do jeito que funciona, bem como a influência da sua cultura no desempenho dos seus profissionais. Mas o indicador crítico é a idade "psicológica" ou "maturidade" da empresa, se assim podemos dizer. A empresa pode ser jovem em idade cronológica, mas estar 4 passando por um processo de "envelhecimento precoce". A empresa pode ser antiga, mas estar com o "pique total" em termos de capacidade de adaptação e resposta aos desafios do mercado. Vitalidade futura da empresa: Hoje a empresa pode estar economicamente bem, mas alguns sinais na sua cultura podem mostrar se ela está perdendo vitalidade. A competência global da empresa pode estar ameaçada. Isso é muito difícil de se perceber e, por motivos óbvios, geralmente não é questionado pelos profissionais e executivos da empresa. No entanto, é uma análise que pode garantir o emprego de todos e maiores lucros para os sócios por muito tempo. Vocação para o negócio: Ao longo do tempo, silenciosamente, a empresa pode estar perdendo sua capacidade empreendedora. Isso é natural. A necessidade de organizar, sistematizar, controlar, em certo momento é crítica. O perigo surge quando todos pegam muito gosto por atividades de controle e acabam perdendo o gosto pelos negócios. Esses são apenas alguns dos tópicos que normalmente não são considerados no processo de elaboração dos planos táticos de ação e dos sistemas de acompanhamento e avaliação de desempenho. No entanto, são questões fundamentais para a definição dos planos de ação, formação das equipes, divisão de papéis e responsabilidades, treinamento e desenvolvimento e outras atividades de apoio. RESPONDA APÓS A LEITURA: QUESTÃO 1: Analise as seguintes definições sobre alguns dos fundamentos da excelência. I. Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados. II. Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização. III. Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização. Conclui-se que as definições, referem-se, respectivamente, aos fundamentos a) (I) orientação por processos e informações, (II) cultura da inovação e (III) responsabilidade social. b) (I) orientação por processos e informações, (II) valorização das pessoas e (III) geração de valor. c) (I) geração de valor, (II) valorização das pessoas e (III) visão de futuro. d) (I) orientação por processos e informações (II) responsabilidade social e (III) cultura da inovação. QUESTÃO 2: Analise as afirmativas sobre critérios Estratégia e Planos do Modelo de Excelência da Gestão Organizacional. I. A partir da análise da missão e da visão de futuro da organização, são revisadas ou confirmadas as forças, fraquezas, oportunidades e estabilidades provenientes das condições ambientais enfrentadas pela organização. II. A elaboração de programas/projetos estratégicos visa rechaçar as ameaças internas; aproveitar as oportunidades internas; eliminar as fraquezas e consolidar/aumentar as forças da organização. III. A técnica da matriz FOFA — Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças — é empregada para analisar as relações entre missão e visão, que inter-relacionadas permitem extrair as principais ideias para a formulação de iniciativas estratégicas. IV. Uma vez formuladas as estratégias no processo de planejamento, passa-se à fase de sua implementação, sempre considerando a integração, o significado e o alinhamento das estratégias e planos. A partir dessa análise, pode-se concluir queestão CORRETAS apenas as afirmativas a) I e III b) I e II. 5 c) II e III. d) III e IV. e) I e IV. QUESTÃO 3: Qualidade é uma palavra que faz parte do dia a dia e desempenha um papel importante em todos os tipos de organizações e em muitos aspectos da vida das pessoas. Na administração, o enfoque da qualidade nasceu para resolver, em primeiro lugar, o problema da uniformidade. Há muitas definições para a ideia da qualidade. A seguir, são apresentadas algumas definições de qualidade, numeradas de 1 a 6, conforme a ideia do que a qualidade representa, listados na segunda coluna. Relacione as colunas e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 1. Qualidade é o padrão mais elevado de desempenho em qualquer campo de atuação. 2. Qualidade é a utilização de materiais ou serviços raros, que custam mais caro. 3. Qualidade é a definição de como o produto ou serviço deve ser. 4. Qualidade é o grau de identidade entre o produto ou serviço e suas especificações. 5. Qualidade é a produção de produtos ou serviços idênticos. 6. Qualidade é a ausência de deficiências. ( ) Especificações. ( ) Regularidade. ( ) Excelência. ( ) Valor. ( ) Adequação ao uso. ( ) Conformidade. a) 4 – 2 – 6 – 1 – 3 – 5. b) 3 – 2 – 5 – 6 – 1 – 4. c) 4 – 5 – 3 – 1 – 6 – 2. d) 1 – 2 – 4 – 6 – 3 – 5. e) 3 – 5 – 1 – 2 – 6 – 4. QUESTÃO 4: A estratégia de negócios de uma organização corresponde ao conjunto de objetivos, planos e políticas estabelecidos para que a organização possa competir com êxito em seus mercados. A estratégia de negócios especifica a vantagem competitiva da organização e a forma de ela ser obtida e sustentada. Acerca da estratégia de negócios e do planejamento estratégico de uma organização, assinale a opção correta. a) As declarações públicas de uma organização esclarecem mais sobre a verdadeira estratégia de negócios que as suas atitudes. b) As declarações de visão são recurso para expressar a finalidade ou o motivo da existência de uma organização. c) Na elaboração da declaração de visão ou missão, é aconselhável fazer valer a visão da alta gerência, para melhor orientação do posicionamento dos demais escalões. d) O que se pretende com as declarações de visão e missão no planejamento estratégico é comunicar os valores, as aspirações e o objetivo da organização, para que os funcionários possam tomar decisões que sejam coerentes e apóiem esses objetivos. e) Depois de elaboradas as declarações de visão e de missão, devem-se considerar coletivamente os insumos relevantes para o processo de planejamento estratégico: os produtos e serviços de que os clientes necessitam, os pontos fortes e os pontos fracos da concorrência, o ambiente em geral, a cultura e os recursos da própria organização.
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