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Endócrino Embrio

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Embriologia - Moore Endócrino MIV 10
A terceira bolsa faríngea - Paratireoide 
A terceira bolsa faríngea se expande e 
forma uma parte dorsal bulbo compacta e uma 
parte oca ventral alongada. Sua conexão com a 
faringe é reduzida a um ducto estreito que logo 
degenera. Na sexta semana, o epitélio de cada 
porção bulbar dorsal começa a se diferenciar na 
paratireoide inferior. O epitélio da porção 
ventral alongada do terceiro par de bolsas 
prolifera, obliterando suas cavidades.
	 Esses primórdios bilaterais do timo se 
reunem no plano mediano para formar o timo. A 
forma bilobada deste órgão linfático permanece 
por toda a vida, com uma cápsula discreta; cada 
lobo tem seu próprio suprimento sanguíneo, sua 
drenagem linfática e sua inervação. Os primórdios 
do timo e das paratireóides perdem suas 
conexões com a faringe. O encéfalo e as 
estruturas associadas se expandem de forma 
rostral, ao passo que a faringe e as estruturas 
cardíacas, em geral, se expandem de forma 
caudal. Mais tarde, as paratireoides se separam 
do timo e vão situar-se na superfície dorsal da 
tireoide.
A quarta bolsa faríngea - Paratireoide 
	 A quarta bolsa faríngea também se 
expande em uma parte dorsal bulbar e outra 
ventral alongada. Sua conexão com a faringe fica 
reduzida a um ducto estreito, que logo degenera. 
Na sexta semana, cada parte dorsal se 
desenvolve em uma paratireóide superior, que 
se situa na superfície dorsal da tireóide. Como as 
paratireóides derivadas das terceiras bolsas 
faringeas acompanham o timo, elas estão em uma 
posição mais inferior do que as paratireoides 
derivadas das quartas bolsas.
Histogênese das Paratireóides 
O epitélio das porções dorsais da terceira 
e quarta bolsas faringeas prolifera durante a 
quinta semana e forma pequenos nódulos na face 
dorsal de cada bolsa. O mesênquima vascular 
logo cresce dentro destes nódulos, formando uma 
rede capilar. As células principais se diferenciam 
durante o período embrionário, e acredita-se que 
se tornam funcionalmente ativas na regulação do 
metabolismo de cálcio fetal. As células oxífilas 
se diferenciam 5 a 7 anos após o nascimento.
	 A porção ventral alongada de cada uma 
d a s q u a r t a s b o l s a s f o r m a u m c o r p o 
ultimofaríngeo, que se funde com a tireoide, e 
suas células se dispersam dentro desta, dando 
origem as células parafoliculares da tireóide 
também chamadas de células C, para indicar que 
produzem calcitonina, um hormônio que está 
envolvido na regulação do nível normal de cálcio 
nos fluidos do corpo. As células C se diferenciam 
a partir das células da crista neural que migram 
dos arcos faringeos para o quarto par de bolsas 
faríngeas.
Desenvolvimento da Tireoide 
	 A tireóide é a primeira glândula endócrina 
a se desenvolver no embrião. Começa a formar-se 
cerca de 24 dias após a fecundação, a partir de 
um espessamento endodérmico mediano no 
soalho da faringe primitiva. Esse espessamento 
logo forma uma pequena saliência - o primórdio 
da tireóide. Com o crescimento do embrião e da 
língua, a tireóide em desenvolvimento desce pelo 
pescoço, passando ventralmente ao osso hióide e 
às cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por 
um curto período, a tireóide fica conectada à 
língua por um tubo estreito, ducto tireoglosso. 
Inicialmente, o primórdio da tireóide é oco, mas 
logo se torna maçico e se divide em dois lobos, 
direito e esquerdo, unidos pelo istmo da tireóide, 
situados anteriormente ao segundo e terceiro 
anéis da traqueia.
	 Na sétima semana, a tireóide assume sua 
forma definitiva e geralmente já atingiu sua 
localização final no pescoço. Nesta ocasião, 
normalmente o ducto tireoglosso já degenerou e 
desapareceu. A abertura proximal do ducto 
tireoglosso persiste como uma pequena fosseta, 
o forame cego. Um lobo piramidal se estende 
para cima, a partir do istmo, em cerca de 50% 
das pessoas. O lobo piramidal pode estar preso 
ao osso hióide por um ligamento fibroso e/ou 
fibras de músculo liso - o elevador da tireóide. O 
lobo piramidal e o músculo liso associado 
representam uma par te pers is tente da 
extremidade distal do ducto tireoglosso.
	 Histogênese da Tireóide 
O primórdio da tireóide consiste em uma 
massa compacta de células endodérmicas. Mais 
tarde, o mesênquima vascular circundante invade 
este agregado celular, que se desfaz e forma uma 
rede de cordões epiteliais. Por volta da 10ª 
semana, os cordões se dividirão em pequenos 
grupos celulares. Logo se forma uma luz em cada 
aglomerado de células e estas se dispõem em 
uma camada única em torno da luz. Durante a 11ª 
semana, começa a aparecer colóide nesses 
estruturas - folículos tireoidianos -;deste 
momento em diante já podem ser demonstradas 
a concentração de iodo e a síntese dos 
hormônios tireoidianos. Por volta da 20ª semana 
os níveis do hormônio fetal estimulante da tireóide 
e tiroxina começam a aumentar, chegando a 
níveis adultos em torno da 35ª semana.
	 Hipotálamo - Hipófise - Outras 
O hipotálamo surge pela proliferação de 
neuroblastos na zona intermediária das paredes 
d iencefá l icas , vent ra lmente aos su lcos 
hipotalâmicos. Mais tarde, desenvolvem-se vários 
Embriologia - Moore Endócrino MIV 10
núcleos relacionados com atividades endócrinas e 
a homeostasia. Um par de núcleos, os corpos 
mamilares, forma intumescências de tamanho de 
uma ervilha na superfície ventral do hipotálamo.
	 A glândula pineal desenvolve-se como 
um divertículo mediano da parte caudal do teto 
do diencéfalo. A proliferação de células na sua 
parede logo converte este em uma glândula sólida 
em forma de cone.
	 A hipófise tem origem ectodérmica e se 
origina de duas fontes:
	 - Uma evaginação do teto ectodérmico do 
estomodeu - o divertículo hipofisário (Bolsa de 
Rathke).
	 - Um invaginação do neuroectoderma do 
diencéfalo, o divertículo neuroipofisário. 
Essa origem embrionária duplas explica 
por que a hipófise é composta de dois tipos de 
tecidos completamente diferentes.
	 - A adenoipófise (parte glandular), ou lobo 
anterior, origina-se do ectoderma oral.
	 - A neuroipófise (parte nervosa), ou lobo 
posterior, origina-se do neuroectoderma.
	 Por volta da terceira semana, o divertículo 
hipofisário projeta-se do teto do estomodeu, 
tornando-se adjacente ao assoalho (parede 
ventral) do diencéfalo. Na quinta semana, essa 
bolsa já se alongou e sofreu uma constrição em 
sua ligação com o epitélio oral, o que lhe confere 
um aspecto de mamilo. Nesse estágio, ela entrou 
em contato com o infundíbulo (derivado do 
divertículo neuroipofisário), uma invaginação 
ventral do diencéfalo. O pedículo do divertículo 
hipofisário regride.
	 As partes da hipófise que se desenvolvem 
do ectoderma do estomodeu - as partes anterior, 
intermédia e tuberal - forma a adenoipófise. O 
pedículo do divertículo hipofisário passa entre os 
centro de formação de cartilagem dos ossos pré-
esfenóide e basiesfenóide do crânio. Durante a 
sexta semana a conexão da bolsa com a 
cavidade oral degenera e desaparece.
	 Células da parede anterior do divertículo 
hipofisário proliferam e dão origem à parte distal 
da hipófise. Mais tarde, uma extensão, a parte 
tuberal, cresce em torno da haste infundibular. A 
extensa proliferação celular da parede anterior do 
divertículo hipofisário reduz a sua luz a uma fenda 
estreita. Esta fenda residual geralmente não é 
reconhecida na glândula adulta, mas pode ser 
representada por uma zona de cistos. As células 
da parede posterior da bolsa hipofisária não 
proliferam; elas dão origem à delgada e 
maldefinida parte intermediária. 
	 A parte da hipófise que se origina do 
neuroectoderma do encéfalo (infundíbulo) é a 
neuroipófise. O infundíbulo dá origem à 
eminência média, à haste infundibular e à 
parte nervosa. Inicialmente, as paredes do 
infundíbulo são delgadas, masa extremidade 
distal do infundíbulo logo se torna maçica pela 
proliferação de células neuroepiteliais. Mais tarde 
essas células se diferenciam em pituícitos, as 
células primárias do lobo posterior da hipófise, 
intimamente relacionadas com as células 
neurogliais. Fibras nervosas penetram a parte 
nervosa, vindas da área hipotalâmica, à qual a 
haste infundibular está ligada.
	 Desenvolvimento do Pâncreas 
	 O pâncreas se forma dos brotos 
pancreáticos ventral e dorsal originados de 
células endodérmicas da porção caudal do 
intestino primitivo que crescem entre as camadas 
dos mesentérios. A maior parte do pâncreas é 
derivada do broto pancreático dorsal. O broto 
pancreático dorsal é maior e aparece primeiro, e 
desenvolve-se num local ligeiramente mais cranial 
do que o broto ventral. Ele cresce rapidamente 
entre as camadas do mesentério dorsal.
	 O broto pancreático ventral desenvolve-
se próximo à entrada do ducto biliar no duodeno 
e cresce entre as camadas do mesentério ventral. 
Quando o duodeno roda para a direita e adquire 
forma de C, o broto pancreático ventral é levado 
dorsalmente, juntamente com o ducto biliar. Este 
broto logo se localiza posteriormente ao broto 
pancreático dorsal e mais tarde se funde a ele.
	 O broto pancreático ventral forma o 
processo uncinado e parte da cabeça do 
pâncreas. Quando o estômago, o duodeno e o 
mesentério ventral rodam, o pâncreas vai se 
localizar junto à parede abdominal dorsal. Quando 
os brotos pancreáticos se fundem, os seus ducto 
se anastomosam. O ducto pancreático principal 
se forma a partir do ducto do broto ventral e da 
parte distal do ducto do broto dorsal. A porção 
proximal do ducto do broto dorsal frequentemente 
persiste como um ducto pancreático acessório 
que se abre na papila duodenal menor, localizada 
a cerca de 2 cm acima do ducto principal. Os dois 
ductos frequentemente se comunicam entre si. 
Em cerca de 9% das pessoas, os ductos 
pancreáticos não se fundem, resultando em dois 
ductos.
	 Estudos moleculares mostraram que o 
pâncreas ventral se desenvolve de uma 
população células biponteciais, na parte ventral 
do endoderma. O mecanismo envolvendo o fator 
2 de crescimento de fibroblastos, que é secretado 
pelo coração em desenvolvimento, parece 
desempenhar um papel importante. A formação 
do broto pancreático dorsal depende da secreção 
de ativina e do FGF-2 pela notocorda. O FGF-2 
bloqueia a expressão de Shh no endoderma.
Histogênese do Pâncreas 
	 O parênquima do pâncreas é derivado do 
endoderma dos brotos pancreáticos, que formam 
uma rede de túbulos. No início do período fetal, 
os ácinos começam a se desenvolver de 
agregados celulares ao redor das extremidades 
desses túbulos (ductos primários). As ilhotas 
pancreáticas desenvolvem-se de grupos de 
Embriologia - Moore Endócrino MIV 10
células que se separam dos túbulos e vão se 
localizar entre os ácinos.
	 A secreção de insulina começa no início 
do período fetal (10 semanas). As células que 
c o n t ê m g l u c a g o n e s o m a t o s t a t i n a s e 
desenvolvem antes das células secretoras de 
insulina. O glucagon foi detectado no plasma fetal 
na 15 semana. A bainha de tecido conjuntivo e 
septos interlobulares do pâncreas desenvolvem-
se do mesênquima esplâncnico.
	 Quando há diabetes melito materno, as 
células beta secretoras de insulina no pâncreas 
fetal estão cronicamente expostas a altos níveis 
de glicose. Como resultado, essas células sofrem 
hipertrofia, a fim de aumentar a taxa de secreção 
de insulina.
Desenvolvimento das Glândulas Suprarrenais 
O córtex e a medula das glândulas supra-
renais (adrenais) possuem origens diferentes. O 
córtex se desenvolve a partir do mesênquima e a 
medula se diferencia a partir de células da crista 
neural. A primeira indicação do córtex ocorre na 
sexta semana, pela agregação bilateral de células 
mesenquimais entre a raiz do mesentério dorsal e 
gônadas em desenvolvimento. As células que 
formam a medula são derivadas do gânglio 
simpático adjacente, que é derivados das células 
da crista neural.
	 Inicialmente, as células da crista neural 
formam uma massa no lado medial do córtex 
fetal. Conforme elas são envolvidas pelo córtex 
fetal, estas células se diferenciam em células 
secretoras da medula da supra-renal. Mais tarde, 
células mesenquimais surgem do mesotélio e 
envolvem o córtex fetal. Estas células dão origem 
ao córtex permanente. 
	 R e c e n t e m e n t e , e s t u d o s i m u n o -
histoquímicos revelaram uma “zona de transição” 
localizada entre o córtex permanente e o córtex 
fetal. Há sugestões de que a zona fasciculada é 
derivada desta terceira camada. A zona 
glomerulosa e a zona fasciculada estão 
presentes ao nascimento, mas a zona reticular 
não é reconhecida até o final do terceiro ano.
	 Em relação ao peso corporal, as glândulas 
supra-renais do feto humano são de 10 a 20 
vezes maiores que as glândulas dos adultos, e 
são grandes em comparação com os rins. Estas 
glândulas grandes resultam do extenso tamanho 
do córtex fetal, que produz precursores esteróides 
usado pela placenta para síntese de estrogênio. A 
medula supra-renal permanece relativamente 
pequena até após o nascimento. As glândulas 
supra-renais rapidamente se tornam menores à 
medida que o córtex fetal regride durante o 
primeiro ano. As glândulas perdem cerca de um 
terço de seu peso durante as primeiras 2 ou 3 
semanas após o nascimento, e não recuperam 
seu peso inicial até o final do segundo ano.

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