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CASO CONCRETO AULA 07

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CASO CONCRETO AULA 07
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator?
Não o relator deveria converter o recurso extraordinário (RE) em recurso especial (REsp), conforme Art.1033 do CPC 2015, por entender que a questão diz respeito a norma federal.
Art. 1033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
STF - EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 113477 PB (STF)
Data de publicação: 24/05/1991
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: CONVERSAO DO RECURSOEXTRAORDINÁRIO EM ESPECIAL, QUANTO A MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Embora, em face da Constituição Federal de 1988, não mais exista, como fundamento do recurso extraordinário, a argüição de relevância, não tendo esta chegado a ser apreciada pelo C. Conselho, a matéria de natureza infraconstitucional nela debatida subsiste, ensejando que o extraordinário, na parte que nela se alicerçou, seja convertido em especial, cujo julgamento cabe ao Superior Tribunal de Justiça. Embargos de Declaração que se recebe para esclarecer que, apesar de o extraordinário não ser conhecido, na parte que como tal foi mantido, fica ele convertido em especial, na parte concernente a matéria infraconstitucional versada na argüição de relevância - e por ter o Presidente do Tribunal "a quo" admitido o processamento do extraordinário. Encaminhamento, em consequencia, dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para que julgue o recurso especial como for de direito.
Encontrado em: . PC4451, RECURSO EXTRAORDINÁRIO CÍVEL, recursoespecial, conversão, matéria infraconstitucional..., argüição de relevância EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 113477 PB (STF) Min. ALDIR PASSARINHO
Processo
RE 113477 PB
Orgão Julgador
SEGUNDA TURMA
Relator
Min. ALDIR PASSARINHO
Publicação
DJ 24-05-1991 PP-06773 EMENT VOL-01621-02 PP-00125
Julgamento
e Abril de 199
DOUTRINA
 Segundo a doutrina de Fredie Didier Junior e Leonardo Carneiro da Cunha, “caberá ao relator, à semelhança da regra decorrente do art. 1.032 (conversão do recurso especial em recurso extraordinário, determinar a intimação do recorrente para que adapte o seu recurso e se manifeste sobre a questão infraconstitucional”. Didier Jr, Fredie, Cunha, Leonardo Carneiro, Curso de Direito Processual Civil, 13ª Ed, Jus Podivm, Salvador, 2016, p. 356.
Pelo regime adotado no novo Código, uma vez negado seguimento a um Recurso Especial, sob o argumento de que a matéria é constitucional, caberá ao Superior Tribunal de Justiça remeter os autos ao Supremo Tribunal Federal, devendo antes oportunizar ao recorrente a possibilidade de complementar suas razões, apresentando inclusive a repercussão geral da questão constitucional.
De outro lado, uma vez negado seguimento ao Recurso Extraordinário, ao argumento de que o caso versa sobre questão infraconstitucional (ou ofensa reflexa), caberá ao STF remeter os autos ao STJ. Nesse particular, omitiu-se o Código quanto a necessidade de oportunizar a complementação das razões, providência que já vem sendo exigida pela doutrina[1]. Nesse sentido, o Enunciado nº 566 do Fórum Permanente de Processualistas Civis[2]
Pois bem. Estabelecido o quadro, cumpre-nos refletir sobre o aspecto temporal de aplicabilidade da fungibilidade entre os recursos excepcionais.
As opções variam de acordo com o fato considerado como gerador, para efeito de aplicação do regime: i) momento em que foi proferido o acórdão impugnado por recurso Especial ou Extraordinário; ii) momento em que foi interposto o recurso especial ou extraordinário; iii) momento em que foi negado seguimento ao RE ou RESP.
Referências bibliográficas:
CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015, p. 497.
 DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: o processo civil nos tribunais, recursos, ações de competência originária de tribunal e querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal. v. 03. 13. ed. Salvador: Juspodivm, 2016.
ALUNA: CAMILA SALES RODRIGUES
MATRICULA: 2014.01.00.6566
PROCESSO CIVIL III
Prof. EDUARDO ANDRADE

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