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Trabalho P2 Análise de Risco Empresa BR7 V4.1

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ANALISE DE RISCO (P1)
Professor André Lucio de Oliveira
	ALUNOS
	Fernando da Silva Leal
	Christofer Teixeira
	Marcos Antonio Poleto Lopes Filho
	Gustavo Monteiro Nicácio Alves
	Deivyson Garcez
	Tainá Brito
Área de Negócio:
	A BR7 Energia, empresa brasileira do ramo de exploração de petróleo e energia renovável, em operação desde 1950, sendo pioneira na exploração de petróleo em oceano profundo, foi considerada nas décadas de 60 a 80 a principal empresa privada brasileira, expandindo seus negócios para os cinco continentes e mais de 40 países, à partir da década de 90 o negócio começou a passar por forte retração, motivadas principalmente pelo baixo preço das comodites, devido ao excesso de produção no mercado externo. A empresa atualmente, luta para não entrar em concordata, tendo implementado agudas políticas de redução de custo e desinvestimento. 
 Uma das áreas que tiveram o maior percentual de cortes no orçamento foi o departamento de manutenção, sendo a manutenção predial o maior corte proporcional, levando este departamento a reduzir muito o nível de serviço na manutenção e consequentemente a empresa convive, hoje, com inúmeras ocorrências de descontinuidade de equipamentos e sucateamento de plantas. 
Missão:
Atender as demandas por energia dos clientes de forma sustentável, entregando sempre um produto de qualidade e intensiva em tecnologia. 
Valores: 
A honestidade e a verdade: repudiar, denunciar e combater qualquer forma de corrupção;
Qualidade e tecnologia: Ser reconhecida pela qualidade de seus produtos e tecnologia embarcada. 
Transparência: as informações veiculadas interna ou externamente devem ser verdadeiras;
Integridade: todos os profissionais atuantes devem exercer suas funções de acordo com as políticas, normas e procedimentos para fortalecer a reputação da empresa.
Devido ao cenário de recessão citado, e o impacto do programa de redução de custos junto ao departamento de manutenção predial, foi encomendado pela board da empresa um trabalho de análise de risco, nos principais sistemas críticos das edificações, esse trabalho ficará restrita aos riscos existentes na operação dos grupos moto-geradores do maior edifício corporativo da companhia, situada no Centro da cidade do Rio de Janeiro, edifício SedeBR7.
 Foto1- Edifício SedeBR7
O edifício SedeBR7 foi concebido para concentrar os maiores e mais importantes departamentos da companhia, um triple A, com certificação Leed (gold), com arquitetura moderna e capacidade de abrigar 10.000 usuários fixos e 2.000 flutuantes. Possui uma infraestrutura robusta e moderna, com as seguintes facilidades:
Sistema de Refrigeração:
O sistema de refrigeração conta com uma CAG – Central de água gelada é composta por 4 chillers de 2000 TRs (8000 TRs) e ainda com 6 torres de arrefecimento com 1000 TRs cada. 
 
 Foto 2 – CAG – SedeBR7 Foto 3 – Torres de Arrefecimento – SedeBR7
Transporte Vertical
O edifício sedeBR7, possui 38 elevadores inteligentes, fabricados pela Otis. Com sistema Compass instalado, que permite redução de tempos de espera e redução significativa do consumo de energia. 
O sistema de Energia
O edifício SedeBR7 conta com 5 subestações com potência instalada de 10.000 KVA.
Foto 4 – Subestação – Sede BR7
Sala dos geradores, composto por 6 geradores à diesel, com capacidade de geração de 8000KVA. 
 Foto 5 – Sala dos Geradores – Sede BR7
A estrutura do trabalho encontra-se dividida em introdução, onde anteriormente foram descritos o negócio propriamente dito e a motivação que levou a escolha desta área. No capítulo 1, serão abordados tópicos referentes à identificação dos riscos que abrangem as técnicas utilizadas pelo grupo e suas respectivas descrições incluindo também a listagem de fatores de risco resultante e sua classificação que consiste em qualitativo ou quantitativo (discreto ou contínuo) complementados por seus respectivos cálculos. 
No capítulo 2, será abordado o tratamento de riscos em que serão estabelecidas as medidas de contenção e contingência para cada fator de risco e a descrição detalhada das ações tendo como base a matriz de impacto x probabilidade. Por fim, no capítulo 3 com base em dados hipotéticos será elaborado o orçamento para as ações de tratamento. 
Capítulo 1 – A identificação dos riscos
	Nesta etapa, todos os membros do grupo reuniram-se em sala de aula para a fase preliminar da análise de risco que consiste na percepção da existência de um fator de risco onde há uma extensa variedade de técnicas, dentre as quais, foi escolhida a técnica Sailboat que consiste em determinar os fatores que podem contribuir para o alcance das metas, e os fatores que podem prejudicar o alcance das metas. 
 Com base na experiência que os membros do grupo possuíam, utilizou-se o brainstorming que consiste na geração livre de ideias de forma coletiva sem qualquer tipo de crítica ou questionamento visando obter o maior número de ideias válidas. 
1 – Definindo os Objetivos:
 Seguindo o cenário montado da empresa BR7, e fixando a análise nos grupos geradores, objeto deste trabalho, foram definidos os seguintes objetivos:
Garantir a segurança operacional do sistema de geração de energia: este objetivo refere-se à necessidade de manter os equipamentos do sistema em condições estruturais apropriadas, e também, garantir a correta operação, para que sejam evitados possíveis acidentes, uma vez que, são utilizados combustíveis altamente inflamáveis no processo. 
 
Garantir que o sistema atenda a demanda de energia da edificação: este objetivo refere-se à necessidade de garantir que o sistema entre em funcionamento quando necessário, e que tenha condições operacionais de sustentar toda demanda de energia da edificação, conforme projeto. 
 Garantir o alcance da meta orçamentária do setor: este objetivo refere-se à necessidade de adequar os processos de operação e manutenção dos grupos de geradores, para que seja alcançando a meta orçamentária. 
2- Definição dos fatores que favorecem o alcance dos objetivos:
 Seguindo a metodologia Sailboat, após a definição dos objetivos, o grupo chegou a conclusão, através da utilização do método Brainstorming entre seus integrantes, dos fatores que favorecem os atingimentos desses objetivos, os quais seguem abaixo:
Estabelecer um plano de manutenção, com o mínimo necessário, para que seja possível reduzir chances de indisponibilidades, ou mal funcionamento dos equipamentos. 
Mão-de-obra qualificada: os profissionais atuantes, tanto na operação quanto na manutenção destes geradores precisam possuir o conhecimento e a experiência necessária para garantir uma boa operação do sistema. 
Aderências as normas e legislações vigentes, no que tange a instalação e manutenção de um sistema de geração de energia a combustão. 
3- Definição dos fatores que prejudicam o alcance do objetivo:
 Após a definição dos fatores que favorecem o alcance dos objetivos, o grupo novamente se reuniu a fim de estabelecer os fatores que podem prejudicar o alcance desses objetivos, estes seguem abaixo relacionados:
Vazamento de diesel pelos tanques e/ou geradores.
Não cumprimento do plano de manutenção do sistema de geração de energia. 
Baixa qualidade na execução das manutenções.
Imperícias dos funcionários responsável pela operação e manutenção do sistema de geração de energia.
Acidentes provocadas pelo acesso de pessoas não autorizadas na sala dos geradores.
Sobrecarga dos geradores, provocando superaquecimento dos motores. 
Perda de performance dos geradores devido à baixa qualidade do combustível.
4- Analise dos fatores de riscos:
 Nesta etapa serão analisados os fatores de riscos com base na probabilidade de materialização do risco versus o impacto deste risco. 
	FR
	Descrição do FR
	Classificação
	FR01
	Vazamento de diesel pelotanque ou geradores 
	Quantitativo Discreto
	FR02
	Não cumprimento do plano de manutenção do sistema de geração de energia
	Quantitativo Discreto
	FR03
	Baixa qualidade na execução das manutenções.
	Quantitativo Discreto
	FR04
	Imperícias dos funcionários responsável pela operação e manutenção do sistema de geração de energia.
	Quantitativo Discreto
	FR05
	Acidentes provocadas pelo acesso de pessoas não autorizadas na sala dos geradores.
	Quantitativo Discreto
	FR06
	Sobrecarga dos geradores, provocando superaquecimento dos motores 
	Quantitativo Discreto
	FR07
	Perda de performance dos geradores devido à baixa qualidade do combustível.
	Quantitativo Discreto
2. Listagem dos fatores de risco com seus respectivos códigos e descrição.
FR01 – Vazamento de diesel pelo tanque ou geradores 
Devido à redução do nível de intervenção de manutenção no sistema de geração de energia, pela restrição orçamentária, existe uma maior possibilidade de ocorrências de vazamentos por uma possível deterioração dos equipamentos. 
. 
Quantidade de vezes que ocorreram vazamentos. 
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	1
	0
	2
	2016
	0
	0
	0
Índice de Importância do Fator de Risco = 0,36
 FR 02 – Não cumprimento do plano de manutenção do sistema de geração de energia
Diante da escassez de recursos, o plano de manutenção do sistema de geração de energias, pode vir a não ser executado corretamente, podendo gerar indisponibilidades e outros inconvenientes. 
. 
Contagem de backlog de ordens de serviço. 
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	8
	15
	35
	2016
	0
	2
	2
FR 03 – Baixa qualidade na execução das manutenções; 
Diante da redução de funcionários dedicados para a manutenção do sistema de geração, existe a possibilidade de que atividades possam ser executadas de forma inadequadas, devido ao volume de demandas. 
Quantidade de ordens de serviço que foram reprovadas pela baixa qualidade da execução. 
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	10
	23
	11
	2016
	0
	2
	2
Índice de Importância do Fator de Risco= 0,6
FR 04 – Imperícia dos funcionários responsáveis pela manutenção. 
Devido a restrições orçamentárias, o número de treinamentos foram reduzidos e consequentemente, existe um maior risco de equívocos nas execuções das tarefas. 
Número de ocorrências de erros da execução de atividades de manutenção 
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	1
	0
	0
	2016
	0
	0
	0
Índice de Importância do Fator de Risco = 0,55
FR 05 – Acidentes provocadas pelo acesso de pessoas não autorizadas na sala dos geradores. 
O acesso a sala dos geradores deve ser restrito a pessoal autorizado. 
Número de ocorrências de acessos de pessoas não autorizadas
	Ano
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	2018
	10
	11
	8
Índice de Importância do Fator de Risco= 0,12
FR 06 – Sobrecarga dos geradores provocando superaquecimento dos motores. 
Existe a possibilidade de sobrecarga dos geradores devido a aumento de demanda por energia do edifício, devido a instalações de equipamento, ou outra intervenção que aumente a demanda acima da capacidade de fornecimento de energia dos geradores. 
Quantidade de ocorrência de desarmes por sobrecarga
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	1
	0
	0
	2016
	0
	0
	0
Índice de Importância do Fator de Risco = 0,6
FR 07 – Perda de performance dos geradores devido à baixa qualidade do combustível
Devido a restrições orçamentárias, existe a possibilidade de passar a ser adquirido combustível de menor qualidade devido ao enfoque no custo. 
Quantidade de ocorrência por problemas no combustível 
	Ano
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	2017
	0
	0
	1
	2016
	0
	0
	0
Índice de Importância do Fator de Risco = 0,2
Capítulo 2 – Tratamento dos Riscos 
FR01 – Vazamento de diesel pelo tanque ou geradores 
Mitigação: 
Manutenção da atividade de teste de estanqueidade dos tanques dos geradores no plano de manutenção preventiva, de forma a identificar fragilidades no tanque que possam, futuramente, provocar vazamentos. 
Aplicação de absorvedores sintéticos feitos em 100% de base de fibras de polipropileno, cujo são capazes de absorver até 20 vezes seu peso em líquido. São inertes, reutilizáveis e aliados diretos para atendimento às normas e legislações ambientais. Dessa forma, em uma emergência o absorvedor conseguiria diminuir o impacto do óleo com ambiente em 100%.
Contingência:
Instalação de sensores para identificar micro vazamentos em real time, e dessa forma, agir corretivamente antes que o vazamento possa causar grandes danos ao edifício.
FR 02 – Não cumprimento do plano de manutenção do sistema de geração de energia
Mitigação: 
Implantação de gestão à vista, atualizado diariamente, para acompanhar o percentual de cumprimento do plano de manutenção, que em caso de desvio, o mesmo possa ser identificado e tratado antes de ocasionar a materialização dos efeitos dos riscos. 
Treinar os funcionários de forma a massificar a importância do cumprimento do plano de manutenção e seus efeitos quando não executado, objetivando a aderência ao processo. 
Contingência: 
Identificando o não cumprimento da manutenção preventiva, haverá outra equipe de suporte a disposição para se deslocar ao local e efetuar a manutenção, conforme o tratado.
FR 03 – Baixa qualidade na execução das manutenções; 
Mitigação: 
Aumentar a frequência dos treinamentos dos funcionários de forma reduzir chance de falhas durante a execução das manutenções e cada membro do suporte técnico ganhará todas as ferramentas adequadas para manutenção.
O engenheiro responsável passará a validar no local, as ordens de serviços executadas, de forma a garantir que todas atividades previstas na manutenção preventiva sejam realmente executadas e na qualidade esperada. 
Contingência:
O engenheiro avaliará, e caso seja necessário, o funcionário ou equipe será substituído imediatamente, afim de não deixar cair a qualidade do serviço.
As ferramentas da equipe de suporte técnico serão periodicamente avaliados e substituídos em caso de desgaste.
FR 04 – Imperícia dos funcionários responsáveis pela manutenção. 
Mitigação: 
Será elaborado e entregue ao executante um procedimento operacional padrão, detalhado, de forma a orientar o executante no momento da execução da atividade. Esse procedimento, será carregado na ordem de serviço para garantir a execução de cada etapa. 
O engenheiro responsável passará a validar no local, as ordens de serviços executadas, de forma a garantir que todas atividades previstas na manutenção preventiva sejam realmente executadas e na qualidade esperada. 
Contingência:
A ordem de serviço deverá estar assinada e carimbada pelo engenheiro responsável e pelo responsável ténico que fez o acompanhamento no local.
FR 05 – Acidentes provocadas pelo acesso de pessoas não autorizadas na sala dos geradores. 
Mitigação: 
Instalar um sistema de controle de acesso com instalação de codim na porta de entrada da sala do grupo de geradores. 
Trocar a fechadura e distribuir as chaves apenas aos profissionais habilitados a realizar atividades no local. 
Melhorar a comunicação visual no local, para transmitir a mensagem de área restrita e riscos que o usuário está submetido ao local. 
Contingência:
Instalação de câmeras de vigilância de forma a identificar intrusos e possibilitar o tratamento de cada caso observado. 
FR 06 – Sobrecarga dos geradores provocando superaquecimento dos motores. 
Mitigação: 
Instalação de sensores de temperatura e controladores que possam desligar o sistema antes que os geradores atinjam uma temperatura danosa.
Instalação de resfriadores a gás, de forma a evitar que o aquecimento atinja uma temperatura danosa. 
Monitorar a temperatura dos geradores por um operador que em caso de aquecimento anormal, possa manualmente desligar o sistema. 
Contingência:
A identificaçãode calor acima do limite, com indícios de incêndio, será “startado” remotamente o sistema de espuma química que inibirá o incêncio.
Capítulo 3 – Conclusão:
 Pode-se observar no presente trabalho, que riscos associado ao cenário de redução do nível de manutenção praticado nos geradores, devido à restrição orçamentária imposta, e que esses riscos podem trazer consequências danosas de diversas dimensões ao empreendimento. No entanto, concluímos que os riscos associados, podem ser mitigados de forma satisfatória, com a implementação de algumas ações que visam mitigação ou contingenciamento dos efeitos indesejáveis dos riscos.

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