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Características dos anos dourados e formas de organização do trabalho

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1a Questão
	
	
	
	O fordismo atingiu seu ápice nas décadas de 50 e 60. Este período foi denominado por muitos economistas de anos dourados e foi caracterizado por um conjunto de relações econômicas, sociais e políticas que asseguraram a conquista de um nível elevado de produção, consumo, produtividade e comércio que foram eficazes, durante quase 30 anos, na preservação do processo de acumulação do capital. Neste sentido é correto afirmar que são características dos anos dourados. Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta. I Período que se caracterizou por altas taxas de crescimento; II Aumento de produtividade ; III Elevação dos salários; IV Decréscimo acentuado do consumo; V Expansão dos sistemas de proteção ao bem-estar dos cidadãos
		
	
	I, II, IV, V;
	
	I ,II, III, IV;
	
	I, III, IV ,V;
	
	II, III, IV,V;
	 
	I, II, III, V;
	
Explicação:
O paradigma fordista supunha a presença de um Estado planejador, regulador do processo de acumulação, articulador dos interesses conflitantes entre capital e trabalho. Esse Estado fazia intervenções e atuava como um grande regulador da economia. O Estado passa então a realizar de modo sistemático o planejamento e a administração econômica do país, de modo a garantir a reprodução ampliada do capital.
O regime de acumulação fordista implicou a ampliação e diversificação da intervenção do Estado. No fordismo instala-se uma forma de gestão da força de trabalho compatível com as necessidades de acumulação capitalista, fazendo com que os níveis salariais e de consumo se tornassem adequados ao padrão tecnológico e de produção industrial em grande escala.
De um lado, o Estado de Bem¿estar Social impedia que os capitalistas colocassem em risco o próprio sistema com sua ânsia por lucros. Nesse sentido realizava uma intervenção nos mercados, estabelecendo subsídios, preços mínimos, estoques reguladores. O Estado contribuia para o processo de acumulação capitalista também quando construía obras de infra-estrutura para diminuir os custos da circulação das mercadorias. O capital lucrava mais.
De outro lado, o Estado de Bem-estar Social desenvolvia uma política de pleno emprego e políticas sociais (tais como: saúde, habitação, educação, previdência social, etc) para que a classe trabalhadora tivesse condições de consumir a produção fordista, garantindo os lucros. O Estado de bem-estar promovia a redução das desigualdades sociais, através desta rede de serviços sociais. Sem ter que pagar por esses serviços, era possível ampliar o consumo que a classe trabalhadora realizava. Essas políticas sociais eram universais, isto é, valiam para todos. O Estado de Bem-estar foi o responsável pela distribuição de benefícios sociais e criou as condições de possibilidade de universalização dos direitos sociais de cidadania. Por isso os sindicatos e as classes trabalhadoras o legitimavam.
Em síntese é possível afirmar que a adesão da classe trabalhadora ao novo projeto político teve como núcleo central o compromisso estatal com dois aspectos: o pleno emprego e a redução das desigualdades, obtida através da rede de serviços sociais gerados pelo Estado de bem-estar. (
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Na sociedade capitalista, a história da relação capital/trabalho, corresponde à história da submissão do trabalho humano ao capital. Essa relação caminha da submissão formal à submissão real do trabalho ao capital. Na história do capitalismo foram três as formas de organização do trabalho.
O paradigma fordista se caracteriza pela presença da grande empresa e pela estrutura oligopólica, e é marcado pelo uso da máquina em grandes unidades produtivas e pela incorporação de grandes massas de trabalhadores
Nesse sentido, o paradigma fordista exemplifica a etapa da submissão real do trabalho ao capital, que corresponde à seguinte forma de organização do trabalho:
		
	
	Cooperação Múltipla
	
	Cooperação Simples
	
	Sistema da auomação flexível
	 
	Maquinaria
	
	Manufatura
	
Explicação:
A história do capitalismo é a história da submissão do trabalho ao capital.
COOPERAÇÂO SIMPLES
O comércio de longa distância inaugura uma nova forma de comercialização e de divisão do trabalho. O artesão que produz e vende seus produtos diretamente, não tem condições de vender seus produtos em terras tão distantes, o comerciante passa então a comprar os produtos dos artesãos e a vendê-los.
Esse esquema evolui para a primeira forma de organização do trabalho: a cooperação simples. Os operários ficam no mesmo local, mas realizam a totalidade do trabalho, ainda como na produção doméstica.
Os trabalhadores dominam o ritmo e conhecimento sobre o trabalho, além de terem a posse dos instrumentos, isto é, a tecnologia está ligada ao trabalhador. A posse do instrumento de trabalho dá ao trabalhador um poder de resistência, impondo um limite aos interesses do capital
MANUFATURA : submissão formal do trabalho pelo capital
A segunda forma de organização do trabalho é a manufatura, que foi favorecida pela primeira Revolução Industrial (carvão, vapor)
Cada trabalhador realiza tarefas parciais, fica fixo em uma parte do processo produtivo, especializando-se.
O trabalhador perde o controle sobre o processo de produção
Nasce a divisão técnica do trabalho.
O capitalista controla a divisão e a organização do processo de trabalho. Ele se apropria da força produtiva do trabalho coletivo.
Entretanto, o trabalhador controla o manejo dos meios de produção. É ele que alimenta as máquinas. As máquinas dependem do trabalhador para funcionar. Isso ainda dá ao trabalhador um poder de resistência
MAQUINARIA - submissão real
A terceira forma de organização do trabalho é a maquinaria, que foi favorecida pela terceira Revolução Industrial (petróleo, aço, energia elétrica).
Substituição da força física pela força eletro mecânica. A atividade do operário é regulada pela máquina.
As tarefas ficam fragmentadas e o trabalhador perde o controle do processo de trabalho. Alienação
O trabalhador fica subordinado aos meios de produção: a máquina é que comanda o trabalhador.
O trabalhador não é mais um limite ao capital. Trata-se agora de uma submissão real do trabalho ao capital
Na maquinaria, a atividade de trabalho não é realizada em sua integralidade pela classe trabalhadora, uma vez que não realizam a concepção do trabalho. Apenas executam.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Hobsbawm (1986), mostra que, no início século XX, havia uma crise estrutural no capitalismo, decorrente das dificuldades de regulação do sistema. O Estado não conseguia regular o sistema, isto é, não conseguia promover uma correspondência entre a estrutura produtiva, a estrutura de salários e os padrões de consumo. Neste sentido, podemos afirmar, EXCETO QUE
		
	
	Havia uma discrepância entre as demandas e a estrutura do crescente complexo industrial e a relação salarial;
	
	O Estado não conseguia promover uma correspondência entre a estrutura produtiva, a estrutura de salários e os padrões de consumo;
	
	Os trabalhadores não tinham poder aquisitivo suficiente;
	 
	Há uma elevação do poder aquisitivo dos salários dos trabalhadores e excesso de consumo
	
	A questão salarial debilitava a condição dos trabalhadores e estreitava o consumo;
	
Explicação:
Desde as últimas décadas do século XIX o sistema capitalista vinha, em seu processo de expansão, concentração e centralização, tentando sem sucesso generalizar um modelo de desenvolvimento mais equilibrado, sem tantas crises. Após a segunda guerra mundial, a consolidação do paradigma fordista trouxe essa possibilidade.
De fato, Hobsbawm (1986) mostra que, no início século XX, havia uma crise estrutural no capitalismo, decorrente das dificuldades de regulação do sistema. O Estado não conseguia regular o sistema, isto é, não conseguia promover uma correspondência entre a estrutura produtiva, a estrutura de salários e os padrões deconsumo. Assim, nem tudo que era produzido era consumido. Os trabalhadores não tinham poder aquisitivo suficiente. Segundo Mattoso (1995), o que ocorria era uma discrepância entre as demandas e a estrutura do crescente complexo industrial e a relação salarial herdada do século XIX, que debilitava a situação dos trabalhadores e estreitava o consumo.
Quando se dá a reestruturação tecnológica e industrial no pós guerra (o fordismo), e se fortalece o movimento dos trabalhadores, é que são criadas as condições para a superação das antigas relações salariais. Ocorre então uma elevação do poder aquisitivo dos salários, que se torna compatível com o ritmo da acumulação e da produtividade, favorecendo a ampliação dos níveis de consumo. Desta forma, só no pós guerra é que o Estado de Bem Estar Social, com seu modelo de gestão econômica e suas políticas sociais e de pleno emprego, acaba por ser bem sucedido na regulação da acumulação capitalista, assegurando uma compatibilidade entre os níveis de produção, consumo e salários. Produção e consumo se equilibram
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Podemos dizer que o Fordismo baseia-se:
		
	
	na produção de produtos inovadores e criativos
	
	na produção de produtos diferenciados e desiguais entre si
	
	na produção de produtos que atendam exclusivamente à necessidade da sociedade
	
	na produção de produtos que não necessitam de muito recurso financeiro
	 
	na produção em massa de produtos homogêneos utilizando uma tecnologia rígida e rotinas de trabalho padronizadas de trabalho
	
Explicação:
Ford amplia a lógica taylorista, aplicando os princípios tayloristas nas produções em larga escala, instituindo as linhas de montagem. Arrumados em fila, cada operário executa apenas uma parcela do trabalho. Os operários não saem do seu posto de trabalho e a esteira leva o produto. Com a esteira mecânica, não era mais necessário realizar os movimentos corretos, mas sim obedecer ao ritmo da esteira. Com a obediência ao ritmo da esteira, eram eliminados os tempos mortos e o trabalho era intensificado. Quanto mais depressa a esteira se movia, mais intenso era o ritmo de trabalho dos operários. No fordismo, a obrigação de respeitar os tempos determinados não está mais ligada a esquemas de recompensa e prescrição, nem à adoção dos movimentos ¿adequados¿, como no taylorismo, mas à velocidade da esteira.  O ritmo de trabalho é deslocado do individual para o coletivo.
As principais características do fordismo são:
Intensificação da separação entre concepção e execução do processo de trabalho
A atividade de concepção do processo de trabalho, o trabalho qualitativo, se realiza fora de linha produção
A execução do trabalho se dá mediante a realização de um trabalho fragmentado e repetitivo, que traz uma real desqualificação operária
Presença de salários elevados
Controle e disciplina fabris para eliminar a autonomia e o tempo ocioso.
Produção de lotes de produtos padronizados
Consumo de massa
Máquinas rígidas
Velocidade e ritmo do trabalho estabelecidos pelas máquinas
Mecanização da produção em larga escala, tendo em vista ao consumo de massas.
Presença da linha de montagem, com a esteira mecânica, que garante o fluxo contínuo de peças e a redução de tempos mortos.
Em síntese é possível afirmar que:
[...] o fordismo se baseia na produção em massa de produtos homogêneos, utilizando a tecnologia rígida da linha de montagem, com máquinas especializadas e rotinas de trabalho padronizadas (tayloristas). Consegue-se uma maior produtividade através das economias de escala, assim como da desqualificação, intensificação e homogeneização do trabalho. Isto dá origem ao trabalhador de massa, organizado em sindicatos burocráticos que negociam salários uniformes que crescem em proporção aos aumentos na produtividade. Os padrões de consumo homogêneos refletem a homogeneização da produção e fornecem um mercado para os bens de consumo padronizados, enquanto os salários mais altos oferecem uma demanda crescente para fazer face à oferta crescente. (CLARKE, 1991, p.119)
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	O regime fordista de acumulação e seu modo de regulação: o Estado de Bem Estar Social entram em crise nos anos 70 e ocorre uma transição no regime de acumulação e no modo de regulamentação social e política a ele associado. A década de 1970 representou um momento histórico central, quando consideramos as mudanças ocorridas no âmbito do sistema capitalista. A partir desta década, podemos afirmar EXCETO QUE:
		
	
	A partir da década de 70 surge um novo paradigma tecnológico, cujo exemplo mais emblemático é o toyotismo;
	 
	A partir da década de 70 surge um novo regime de acumulação: o paradigma tecnológico taylorista;
	
	A partir da década de 70 surge de um novo formato de regulação estatal: o Estado Neoliberal;
	
	A partir desta década, ocorre uma nova configuração do sistema do capital, caracterizada, principalmente, por seu acentuado processo de mundialização;
	
	O novo regime de acumulação que se instaurou a partir da década de 70 intitula-se : paradigma flexível;
	
Explicação:
Com a crise dos anos 70 e a ascensão do neoliberalismo, ocorrem uma série de mudanças no plano político. A globalização e o domínio do capital financeiro passam a predominar no mundo. O capital financeiro comanda o sistema. São os bancos que mantêm o domínio do capitalismo. Esse processo é chamado de financeirização da economia, por oposição ao do fordismo, onde a indústria era o centro irradiador da economia. Com o predomínio do capital financeiro, os Estados de Bem-estar passam a arrecadar menos e não conseguem mais ter recursos para regular a sociedade, isto é, para desenvolver políticas sociais para estimular o consumo da classe trabalhadora. Vive-se, portanto, uma crise do fordismo, entendido como regime de acumulação, o que abre espaço para o surgimento de uma nova realidade: um novo modelo de regulação estatal ( O Estado Neoliberal ou Mínimo) e um novo modelo produtivo/tecnológico: o paradigma flexível (cujo exemplo mais emblemático é o toyotismo)
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	A realidade do desenvolvimento das economias capitalistas dos anos dourados foi radicalmente alterada pela crise que se iniciou nos anos 70. Com relação a esta crise, não é correto afirmar que:
		
	
	O dinamismo do padrão de industrialização esgotou-se e os mercados internacionalizados saturaram-se.
	
	O processo inflacionário foi iniciado e constatou uma retração dos investimentos.
	
	Ampliou-se a concorrência intercapitalista.
	 
	Cresceu a financeirização da riqueza produzida.
	 
	A elevação dos preços do petróleo em 2003, contribuiu para a ampliação da crise:
	
Explicação:
A crise foi nos anos 70. E a elevação do preço do petróleo foi em 1973, não em 2003
A realidade do desenvolvimento das economias capitalistas dos anos dourados foi radicalmente alterada pela crise que se iniciou nos anos 70. O dinamismo do padrão de industrialização esgotou-se, os mercados internacionalizados saturaram-se, cresceu a financeirização da riqueza produzida, ampliou-se a concorrência intercapitalista, o processo inflacionário foi iniciado e contatou-se uma retração dos investimentos. A elevação dos preços do petróleo em 1973 contribui para a ampliação da crise. Deflagrada pelo esgotamento do bem-sucedido período de acumulação capitalista, essa crise inaugurou uma nova fase do capitalismo e determinou profundas transformações em todas as esferas da vida social. 
A globalização e o domínio do capital financeiro predominam no mundo após os anos 70. O capital financeiro comanda o sistema. São os bancos que passam a manter o domínio do capitalismo. Esse processo é chamado de financeirização da economia, por oposição ao processo anterior, onde a indústria predominava (processo de industrialização). Com o predomínio do capital financeiro, os Estados de Bem-estarpassam a arrecadar menos e não conseguem mais ter recursos para regular a sociedade e pagar o custo da reprodução/manutenção da classe trabalhadora, isto é, desenvolver políticas sociais para estimular o consumo da classe trabalhadora. É, portanto, uma crise do fordismo, entendido como um regime de acumulação.
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Taylor intensificava o trabalho pelo estudo dos tempos e movimentos realizados pelos trabalhadores, propondo uma forma melhor, ideal, mais rápida e mais eficaz de realizar a atividade, eliminando os movimentos inúteis, os tempos mortos. Com isso, garantia o nível de produção e os lucros desejados pelo capital. São princípios Tayloristas: I Separação entre concepção e execução do processo de trabalho. II Intensificação do trabalho pela determinação das formas ¿adequadas¿ para a realização do trabalho. III Cada tarefa era realizada por um grupo de colaboradores, que trabalhavam de forma solidária; IV Eram fornecidos estímulos, prêmios por produção. V Não havia o predomínio de uma estrutura hierarquizada. Assinale a opção que apresenta os princípios de Taylor.
		
	
	II,III, IV
	 
	I, II, IV .
	
	I, III, V.
	
	I, II, II, V
	
	I, III, IV , V
	
Explicação:
Taylor intensificava o trabalho pelo estudo dos tempos e movimentos realizados pelos trabalhadores, propondo uma forma melhor, ideal, mais rápida e mais eficaz de realizar a atividade, eliminando os movimentos inúteis, os tempos mortos. Com isso garantia o nível de produção e os lucros desejados pelo capital. Assim, Taylor propôs a intensificação do trabalho pela sua racionalização científica, pelo estudo dos tempos e movimentos dos trabalhadores, eliminando os movimentos inúteis. O saber empírico extraído da habilidade operária é transformado em saber codificado nos departamentos de métodos das empresas, voltando aos trabalhos sob a forma de normas imperativas. 
Os princípios do Taylorismo são:  Separação entre concepção e execução do processo de trabalho;  Intensificação do trabalho pela determinação das formas ¿adequadas¿ para a realização do trabalho→ the one best way. Controle de tempos e movimentos, visando o fim da porosidade;  Cada tarefa era realizada em um posto de trabalho, para o qual era recrutado ¿o melhor homem para o lugar¿ (isto é, com as características adequadas às exigências do posto de trabalho).  Eram fornecidos estímulos, prêmios por produção.  Havia o predomínio de uma estrutura hierarquizada.
O Taylorismo propõe a separação entre projeto e execução, entre trabalho manual e trabalho intelectual, entre teoria e prática. Permanece até os dias de hoje enquanto organização científica do trabalho.
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Na sociedade capitalista, a história da relação capital/trabalho corresponde à história da submissão do trabalho humano ao capital. Essa relação caminha da submissão formal à submissão real do trabalho ao capital
A fase inicial do processo de acumulação capitalista vai até meados do século XVIII. Inicialmente os trabalhadores eram agrupados pelos capitalistas em um mesmo local de trabalho, de modo a favorecer o controle das horas trabalhadas pelos operários. Cada trabalhador realizava individualmente todo o processo de trabalho. Apesar de estarem juntos em um galpão, cada operário trabalhava sozinho. Os operários controlavam os instrumentos de trabalho, detinham a tecnologia. O capitalista dependia, para que houvesse a acumulação de capital, da habilidade do trabalhador, já que pertencia ao trabalhador o domínio do ritmo e do conhecimento sobre o trabalho, além da posse dos instrumentos de trabalho.
Essa forma de organização do trabalho foi denominada de:
		
	
	Fordismo
	 
	Manufatura
	
	Maquinaria
	
	Toyotismo
	 
	Cooperação Simples
	
Explicação:
A fase inicial do processo de acumulação capitalista vai até meados do século XVIII. Nela predominou uma forma de organização do trabalho denominada de Cooperação Simples. Inicialmente os trabalhadores eram agrupados pelos capitalistas em um mesmo local de trabalho, de modo a favorecer o controle das horas trabalhadas pelos operários. Cada trabalhador realizava individualmente todo o processo de trabalho. Apesar de estarem juntos em um galpão, cada operário trabalhava sozinho. Sabia fazer seu trabalho. Dominava o ritmo e o conhecimento sobre o trabalho. Os operários controlavam os instrumentos de trabalho, detinham a tecnologia. Não havia controle por parte do capital em relação ao trabalho realizado. Nesta primeira forma de organização do trabalho ocorria apenas uma subordinação formal do trabalhador ao capital. 
Com a Primeira Revolução Industrial e o advento do tear, da máquina a vapor, etc., ocorreu uma primeira mudança na base técnica do trabalho, que se estendeu até meados do século XIX. Esse foi o período do predomínio da segunda forma de organização do trabalho: a Manufatura. Havia uma divisão técnica do trabalho: um grupo controlava e concebia o processo de trabalho e o outro executava tarefas parceladas. Havia uma especialização operária. Assim, o capital controlava a divisão e a organização do trabalho e era dono da força produtiva do trabalho coletivo. Entretanto, os meios de produção e as máquinas dependiam que o trabalhador os alimentasse para que pudessem funcionar. O trabalhador ainda controlava o manejo dos meios de produção. A tecnologia ainda estava ligada ao trabalhador. Portanto, o capitalista ainda não tinha o controle total do trabalhador. Este estava subordinado apenas formalmente ao capital. 
O controle total do capital sobre o trabalho só vai ocorrer na terceira forma de organização do trabalho, a Maquinaria, que passa a predominar a partir da segunda metade do século XIX, com a Segunda Revolução Industrial e a introdução de novas mudanças tecnológicas (energia elétrica, petróleo, aço, etc.). Essas mudanças favoreceram uma crescente substituição da força humana física pela força eletro-mecânica, abrindo espaço para a subordinação real da força de trabalho ao capital. Ciência e tecnologia passam a ser agora aplicadas à produção. Ocorreu a substituição da força física pela eletro-mecânica. Os trabalhadores foram substituídos pelas máquinas. Os trabalhadores passam a realizar tarefas parceladas e perdem o controle do processo de trabalho. A máquina é que comanda o trabalhador. O saber dos trabalhadores é transferido para as máquinas.

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