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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE DIEGO DEGANUTTI UMIDADE DOS ALIMENTOS ARIQUEMES - RO 2018 DIEGODEGANUTTI UMIDADE DOS ALIMENTOS Ariquemes - RO 2018 Trabalho apresentado ao curso de Farmácia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente como requisito parcial à obtenção de créditos na disciplina. Bioquímica e Análise de Alimentos Profº Orientador: Esp. Leonardo Evangelista Antunes Sodre UMIDADE DOS ALIMENTOS Umidade, ou teor de água, de um alimento constitui-se em um dos mais importantes e mais avaliados índices em alimentos. É de grande importância econômica por refletir o teor de sólidos de um produto e sua perecibilidade. Umidade fora das recomendações técnicas resulta em grandes perdas na estabilidade química, na deterioração microbiológica e na qualidade geral dos alimentos. Água nos alimentos A água é um nutriente absolutamente essencial, participando com 60 a 65 % do corpo humano e da maioria dos animais. Dentre as várias funções da água no organismo, cita-se: a - é o solvente universal, indispensável aos processos metabólicos; b - manutenção da temperatura corporal; c - manutenção da pressão osmótica dos fluídos e do volume das células; d - participação como reagente de um grande número de reações metabólicas. A água é considerada o adulterante universal dos alimentos, por isso sua determinação é de grande importância. Usualmente a quantidade de água nos alimentos é expressa pelo valor da determinação da água total contida no alimento. Porém, este valor não fornece informações de como está distribuída a água neste alimento nem permite saber se toda a água está ligada do mesmo modo ao alimento. Há também o fato de uma parte da água não ser congelável. Isso nos leva a crer que existem moléculas de água com propriedades e distribuição diferentes no mesmo alimento. Pode-se concluir que há dois tipos de água nos alimentos: A umidade de um alimento está relacionada com sua estabilidade e qualidade e composição, e pode afetar os seguintes itens: 1- Estocagem: Alimentos estocados com alta umidade irão se deteriorar mais rapidamente que os que possuem baixa umidade. Por exemplo, grãos com umidade excessiva estão sujeitos a rápida deterioração devido ao crescimento de fungos que desenvolvem toxinas como a aflatoxina. 2- Embalagem: Alguns tipos de deterioração podem ocorre am determinadas embalagens se o alimento apresenta uma umidade excessiva. Por exemplo, a velocidade do escurecimento (browning) em vegetais e frutas desidratadas, ou a absorção de oxigênio (oxidação) em ovo em pó, podem aumentar com o aumento da umidade, em embalagens permeáveis à luz e ao oxigênio. 3- Processamento: a quantidade de água é importante no processamento de vários produtos, como, por exemplo, a umidade do trigo para fabricação de pão e produtos de padarias. METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE UMIDADE EM ALIMENTOS Em geral a determinação de umidade que parece um método simples, se torna complicado em função da precisão dos resultados. As dificuldades encontradas geralmente são as seguintes: (1) separação incompleta da água do produto; (2) decomposição do produto com formação de água além da original; (3) perda das substancias voláteis do alimento. Na prática tem-se preferido um método que determine um maior valor da umidade, proveniente da decomposição de componentes orgânicos e volatilização de compostos voláteis, do que aqueles métodos onde a água é negligenciada, ou removida incompletamente. Os métodos para determinação de umidade são fundamentalmente baseados na secagem da amostra, em reações químicas com a água, em destilação da água e na interação física da água. a) METODOS POR SECAGEM 1-Secagem em estufas É o método mais utilizado em alimentos e está baseado na remoção da água por aquecimento, onde o ar quente é absorvido por uma camada muito fina do alimento e é então conduzido para o interior por condução. Como a condutividade térmica dos alimentos é geralmente baixa, costuma levar muito tempo para o calor atingir as porções mais internas do alimento. Por isso, este método costuma levar muitas horas, 6 a 18 horas em 100 a 105 ºC, ou até peso constante. .2 - Secagem por radiação infravermelha Este outro tipo de secagem é mais efetivo e envolve penetração do calor dentro da amostra, o que encurta o tempo de secagem em até 1/3 do total. O método consiste em uma lâmpada de radiação infravermelha com 250 a 500 watts, cujo filamento desenvolve uma temperatura entre 2000 a 2500ºK (700 ºC). A distância entre a lâmpada e a amostra é crítica e deve ser cerca de 10 cm para não haver decomposição da amostra. A espessura da amostra deve ficar entre 10 e 15 mm. O tempo de secagem varia com a amostra (20 minutos para produtos cárneos, 10 minutos para grãos, etc). O peso da amostra deve variar entre 2,5 a 10 g dependendo do conteúdo da água. .3 - Secagem em fornos de micro-ondas É um método novo e muito rápido, porem não é um método padrão. A energia de micro-ondas é uma radiação eletromagnética com frequência variando entre 3 Mhz e 30.000 Ghz. Os dois maiores mecanismos que ocorrem no aquecimento por micro- ondas de um material dielétrico são rotação dipolar e polarização iônica. Quando uma amostra úmida é exposta à radiação de micro-ondas, moléculas com cargas elétricas dipolares, tal como a da água, giram na tentativa de alinhar seus dipolos com a rápida mudança do campo elétrico. A fricção resultante cria calor, que é transmitido para as moléculas vizinhas. Deste modo, o calor é distribuído uniformemente tanto na superfície como internamente no alimento, facilitando a evaporação da água e evitando a formação de crosta na superfície, como é característico na secagem em estufa. A amostra é misturada com cloreto de sódio e óxido de ferro, onde o primeiro evita que a amostra seja espirrada fora do cadinho e o segundo absorve fortemente radiação de micro-ondas acelerando a secagem. EXEMPLO Objetivo Determinar o teor de umidade da bolacha de maisena . Materias e método de secagem em estufa a 105° c É mais utilizado em alimentos, está baseado na remoção de água por aquecimento (secagem em estufa) é um método comum também chamados de termogravimétricos. A determinação é feita calculando-se a porcentagem de água perdida (vapor) em peso, devido a sua eliminação por aquecimento da amostra úmida. Esse método costuma levar horas (até 24h) em estufa a temperatura de 105°C, até peso constante. Procedimento Experimental Fundamento do método: Determinação de umidade baseia-se no método de perda de peso da amostra através da remoção da água, quando submetida ao aquecimento direto em estufa à105°C. Amostra: Materiais: Estufa regulada a 105º C Cápsulas de porcelana Dessecador com sílica Balança analítica Espátulas Pinças Procedimento: • Tarar a cápsula que deve estar limpa, seca e numerada. • Pesar cerca de 3 g da amostra que deve estar homogeneizada. • Levar a cápsula à estufa durante 2 horas para a evaporação da água. • Resfriar a cápsula em dessecador e, em seguida pesar, anotando o peso encontrado. • Repetir as operações de aquecimento e de resfriamento até peso constante. Cálculo Discussão De acordo com a tabela Brasileira de composição de alimentos (TACO), a umidade do biscoito de maisena é de 3,2%, em nosso experimento tivemos valores de umidadeda amostra 1 de 1,9825% e amostra 2 de 2,2628% , ou seja, em nossa amostra 1 o valor foi menor que o padrão, já a amostra 2 chega mais perto do valor de referência, mas mesmo assim nenhum dos valores fogem absurdamente do padrão, portanto podemos considerar que os experimento das amostras 1 e 2 estão corretos. Conclusão A análise de umidade em alimentos é uma das análises mais importantes e mais utilizadas, porém, até o momento não existe nenhum método que seja ao mesmo tempo, exato, preciso e prático. Isso deve ser uma das dificuldades encontradas como separação incompleta da água do produto. As análises que realizamos com o biscoito de maisena obtêm o resultado esperado. Calculamos a umidade das duas amostras e depois calculamos seu desvio padrão (DP) e seu coeficiente de variação (CV), o desvio padrão foi de 0,19 e o de coeficiente de variação foi de 8,95%, pela regra padrão o valor aceitável é de até 5%, porém, em nosso laboratório podemos considerar até 10% um valor aceitável. Contudo podemos concluir que o alimento analisado foi aprovado Bibliografia INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas d o Instituto Adolfo Lutz : métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3 ed., v.1. São Paulo: o Instituto, 1985. - CECCHI H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ºed.Cap.4. Unicamp - TABELA brasileira de composição de alimentos - TACO: versão 3. 4. ed. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011. Disponível também em: http://www.unicamp.br/nepa/taco/contar/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf?ar quio=taco _4_versao_ampliada_e_revisada.pdf&PHPSESSID=5c96cdc59926da66d26fe88718 6f7bb0
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