Buscar

Mobilidade E Sistemas De Transporte (111)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MOBILIDADE URBANA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES 
 
Área temática: Logística 
 
 Vilson Vieira de Paula 
vilson.adm@bol.com.br 
Luciano Franco Leonardelli 
luciano.franco@cgerl4.com.br 
 
 
 
 
 
Resumo: Este trabalho tem como proposta analisar o que a mobilidade urbana tem enfrentado para promover o bem 
estar da população, analisando alguns dados bibliográficos, e trazendo as questões ambientais que se fazem tão presente 
neste século. Discutimos também a respeito da construção dos corredores dos BRT’s (Bus Rapid Transit) que comporá o 
sistema de transporte da cidade do Rio de Janeiro em virtude dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016. No primeiro 
momento trazemos a definição de mobilidade urbana dentro do contexto histórico dos transportes contextualizando a 
históriaautomobilística. Em segundo momento refletimos sobre os benefícios a cerca da mobilidade urbana para a 
população tendo em vista as dificuldades enfrentadas nas cidades. Posteriormente trazemos os impactos para a população 
com foco na grande demanda de usuários dos transportes públicos, pois os mesmos são os mais beneficiados e afetados 
por tais ações. Por último trazemos os projetos de transporte que estão sendo criados pelo governo no Estado do Rio de 
Janeiro em face aos eventos que ocorrerão na cidade no ano de 2016 e para a transformação da cidade. Por último 
concluímos o trabalho analisando os impactos ambientais, os problemas burocráticos do governo e trazendo a proposta 
central do trabalho que são os desafios e as oportunidades acarretadas pela mobilidade urbana. Em suma o tema de 
mobilidade urbana é extremamente atual, sendo categórico seu crescimento, no passado houve ações inconsequentes e 
inconstantes de obras para várias funções, muitas vezes injustificadas, porém hoje após reuniões e propostas mais 
modernas a mobilidade urbana tem se encaixado nas propostas mundiais trazendo grandes benefícios para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chaves: Logística de transporte, Mobilidade Urbana, TransCarioca e BRT. 
 
ISSN 1984-9354 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
 Como a mobilidade urbana impacta o cotidiano das pessoas? Esta é a principal pergunta 
que permeia o presente trabalho, trazemos aqui discussões referentes a este tema, pois objetivamos 
analisar os desafios da mobilidade urbana em decorrência dos atuais acontecimentos ocorridos no Rio 
de Janeiro. 
A mobilidade urbana é uma questão de extrema importância, principalmente nas grandes 
cidades do País, em função de sua influência nas esferas sociais e econômicas. No caso do Rio de 
Janeiro, segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), 83% dos usuários de transporte 
público em 2011 eram impactados de alguma forma pelo intenso trânsito na cidade. Não apenas 
porque o ônibus é o principal meio de transporte da grande maioria da população, mas também por 
haver poucos investimentos em transporte de alta capacidade. (FETRANSPOR, 2013). 
Entre as ações do governo que visam à melhoria da mobilidade é a implantação deuma rede de 
transporte de alta capacidade. Para isso, estão sendo construídos corredores de BRT’s (Bus Rapid 
Transit), temos como exemplo neste trabalho a TransCarioca, que, juntos aos sistemas metroviário e 
ferroviário, comporão a rede de transporte de alta capacidade da cidade. 
Neste trabalho trazemos discussões a respeito do que é mobilidade urbana, e mobilidade urbana 
no contexto das políticas públicas que tem como proposta o bem estar da população, não só na questão 
da movimentação, mais também nas condições de transporte público, neste contexto se encaixa este 
trabalho. 
No desenvolvimento deste trabalho começamos por definir o conceito demobilidade, para logo 
contextualizar a mobilidade urbana no espaço e no tempo, e mostrar sua evolução sempre atrelada ao 
modelo de desenvolvimento vigente nas últimas décadas, apresentando também o histórico do 
transporte automobilístico. Nosso diagnóstico começa a mostrar a mudança da época que vivemos e o 
alcance e formato do paradigma tradicional ao tratar a mobilidade e comparamos o mesmo com o 
paradigma de complexidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
METODOLOGIA 
A metodologia escolhida para permear o presente trabalho é a pesquisa bibliográfica, onde 
buscamos autores que de certa forma já tenham discutido o assunto e trazem ideias e conceitos a 
respeito do tema com o intuito de justificar tal escolha Rauen (2002) afirma “a pesquisa bibliográfica 
opera com o acervo bibliográfico da humanidade”. Partindo de tal análise observamos que o advento 
automobilístico vem tomando proporções inimagináveis e nesse contexto se insere a pesquisa que tem 
como objetivo investigar a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas 
no espaço urbano de um Município, em outras palavras investigar a mobilidade urbana no contexto do 
Município do Rio de Janeiro. 
O paradigma envolvendo o transporte público não é um assunto novo, é algo que tem estado na 
mídia constantemente. O nome mobilidade urbana não é constantemente utilizado, o Ministério das 
Cidades (BRASIL, 2005) traz a seguinte definição: 
A mobilidade urbana é um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamentos de 
pessoas ebens no espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a 
infraestrutura (vias, calçadas, etc) que possibilitam esse ir e vir cotidiano. Isso significa que a 
mobilidade urbana é mais do que oque chamamos de transporte urbano, ou seja, mais do que o 
conjunto de serviços e meios de deslocamento de pessoas e bens. É o resultado da interação entre os 
deslocamentos de pessoas e bens com a cidade (p.3). 
O tema mobilidade urbana está interligado ao dia a dia da população, pois todos os dias as 
pessoas precisam se locomover de um município a outro ou mesmo de uma cidade a outra para ir 
trabalhar e estudar, quando existe uma política que é voltada para tal as condições se tornam 
favoráveis, pois os transportes que auxiliam nessa locomoção têm manutenção favorecendo um bom 
serviço à população. 
Partindo dessa premissa analisaremos também o contexto político voltado para a mobilidade 
urbana, pois há muitos desafios em torno de tal tema, pois como nos mostra Brasil (2005) “A 
construção de uma política nacional de mobilidade urbana é necessária”. Assim como podemos 
observar para melhorar a mobilidade urbana em nosso país são necessárias mudanças estruturais a 
médio e longo prazo. 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2.0 A MOBILIDADE URBANA 
 Assim como já afirmado há uma necessidade de políticas nacionais voltadas para o tema 
da mobilidade urbana, pois a mesma está cercada de desafios que necessitam de análises mais 
sistemáticas visando à melhoria dos transportes públicos, pois como observamos na história dos 
transportes no Brasilhá uma forte influência da indústria ferroviária inglesa até a década de 1930, 
tendo como objetivo principal a exportação de produtos primários. Após a crise de 1929 e com o 
advento da 2ª Guerra Mundial, houve uma crescente industrialização no Brasil paralelamente ao 
fortalecimento do mercado interno, o que acarretou a necessidade de construção de estradas para 
atender a distribuição dos produtos fabricados na região sudeste. 
 Porém foi a partir da segunda metade da década de 1950, com a expansão da indústria 
automobilística, que o transporte rodoviário realmente se consolidou no país. Da década de 1940 à 
década de 1970, a rede rodoviária foi expandida de 185 mil quilômetros para cerca de 1,5 milhões de 
quilômetros (malha pavimentada e não pavimentada). Nesse mesmo período a rede ferroviária foi 
reduzida de 38 mil para cerca de 30 mil quilômetros(BANCO MUNDIAL, 2010). 
Tal crescimento acelerado da frota de veículos automotores na última década ratificaa 
importância do setor rodoviário no Brasil. A frota total de veículos produzidos nesse período mais que 
dobrou. Fica evidente que a frota circulante vem evoluindo em patamares de taxas maiores que do PIB 
e da População, sendo que a diferença tem se acentuado nos últimos 10 anos, deixando clara a 
importância da dimensão da evolução, bem como das perspectivas de evolução futura, das taxas de 
motorização no país. 
As políticas de investimento na mobilização urbana atualmente têm sido discutidas em virtude 
dos veículos automotivos terem se tornado o principal veículo de transporte da população, obrigando 
os governantes a atentarem mais para tal temática. “Nunca se falou tanto em problemas estruturais das 
vias de transportes”. 
Ultimamente tem-se discutido muito a temática do transporte público em virtude da 
TransCarioca que vem se consolidando no município do Rio de Janeiro, no jornal Folha de São Paulo 
há uma afirmação a esse respeito “Nunca se anunciou tanto investimento em transporte público”. Há 
grande preocupação de investimento financeiro no meio automobilístico público. 
Observamos que a grande demanda da população para a utilização dos transportes públicos tem 
provocado um enxerto no uso do ônibus urbano. Nesse caminho que tem se encaixado a TransCarioca 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
com o objetivo de diminuir o tempo de viajem de uma cidade a outra, para melhor conforto dos 
passageiros, assim como Silva (2013) salienta em nível de Brasil: 
Os recentes acontecimentos no Brasil, provocados pelo anúncio (e várias tentativas) de 
aumento das tarifas dos transportes urbanos e metropolitanos, vieram mostrar, em toda a sua extensão, 
como a questão da mobilidade urbana é cada vez mais percebida como um direito de cidadania e uma 
exigência de equidade social, com um potencial mobilizador que vai muito para além das 
reivindicações tradicionais, promovidas e enquadradas pelas estruturas sindicais e partidárias habituais 
(p.379). 
Desta maneira podemos afirmar que o transporte público é uma questão de prioridade urbana 
tendo em vista que os usuários (as pessoas) devem ser vistos como os principais sujeitos beneficiados 
por tais politicas. Nesta premissa observamos o que o Ministério das Cidades (BRASIL, 2005) afirma: 
Pensar a mobilidade urbana é, portanto, pensar sobre como se organizam os usos e a ocupação 
da cidadee a melhor forma de garantir o acesso das pessoas e bens ao que a cidade oferece (locais de 
emprego, escolas, hospitais, praças e áreas de lazer) não apenas pensar os meios de transporte e o 
trânsito. 
Parece um pouco óbvio mas se olharmos nossas cidades, veremos que, muitas vezes, o carro 
parece mais importante que as pessoas! Precisamos inverter tal lógica, e privilegiar as pessoas e suas 
necessidades de deslocamento, para garantir o acesso amplo e democrático à cidade e ao que ela 
oferece. (p. 3) 
 A partir do exposto analisamos que o processo de mobilidade urbana faz-se necessário 
para a população da atualidade, pois os meios de transportes são essências para o atual modelo de 
sociedade. O histórico automobilístico nos revelou que este meio de transporte seria para a população. 
Em decorrência das politicas públicas que foram implementadas entre os anos setenta e noventa 
podemos afirmar que a mobilidade urbana expandiu-se categoricamente. 
 Analisamos que os problemas decorrentes da falta de planejamento urbano no Rio de 
Janeiro são salientados pela falta de estrutura organizacional, porém esse não é o foco de nosso 
trabalho, objetivamos aqui trazer uma perspectiva voltada para o transporte público urbano, mais 
precisamente a mobilidade urbana da população. 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2.1 BENEFÍCIOS 
 A mobilidade urbana é algo típico da modernidade, a sociedade encontra-se em 
constante mudança, muitas pessoas se locomovem km por dias de uma cidade a outra, seja a trabalho, 
a passeio, entre outras atividades, como já visto acima a mobilidade urbana não é uma coisa nova, pois 
antes desse século já se fazia mudanças para ajudar na locomoção de pessoas e automóveis. 
 A escolha da população por um determinadomodo de deslocamento, dentre os 
disponíveis em uma localidade tem forte relação com o financeiro envolvido – talvez até mais do que 
outros fatores, como tempo de deslocamento ou conforto.Mas por gerarem altos custos externos ao 
meio ambiente e à sociedade, Breithaupt (2006) salienta que “a melhor maneira de inibir seu 
crescimento é fazer com que os usuários do transporte individual paguem pelo total de custos externos 
que seus deslocamentos geram”. Ou seja, direta e indiretamente a economia está ligada a sociedade, 
sendo uma dependente da outra para gerar uma boa mobilidade urbana. 
 De certa forma toda a população está envolvida com a mobilidade urbana, pois o custo 
benefício de transportes, a construção de viasetc, está diretamente ligado a economia do país, gerando 
emprego entre outros benefícios a toda população. Observamos no Estado do Rio de Janeiro que com a 
construção da TransCarioca grande parte da população tem sido beneficiada desde o início da sua 
construção vemos isso no livro Cidade Olímpica (2014) as obras do BRT TransCarioca começaram, 
em março de 2011, milhares de moradores das Zonas Oeste e Norte já foram beneficiados. 
 As cidades estão em constantes transformações, observamos isso principalmente no 
Estado do Rio de Janeiro, onde em face dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, pois têm 
acontecido obras para a melhoria da cidade e conforto da população, principalmente para aqueles que 
visitarão a cidade prestigiando tal evento. 
 Nas imagens abaixo procuramos sintetizar a construção da TransCarioca, desde o início 
de sua obra até a obra finalizada, pois este é um típico exemplo de mobilidade urbana: 
 
 
 
Foto 01: Obra de construção da TransCarioca 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Fonte: Autor deste trabalho, 2015.XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Foto 02: Obra da finalizada da TransCarioca 
 
Fonte: Autor deste trabalho, 2015. 
 
A política de mobilidade urbana está inteiramente ligada às políticas ambientais, pois como 
salienta Brasil (2005) “Uma boa política de mobilidade urbana estimula a economia de energia e meios 
de transporte não poluentes”. Ou seja, podemos afirmar então que existe nos projetos de construção de 
vias de locomoção da população a preocupação com a não emissão de gases poluentes. 
Afirmamos então que é necessário ter presente que se deve existir uma correspondência entre 
as regras de jogo do desenvolvimento nas instituições locais e o modelo de desenvolvimento em 
vigência no mundo, pois quem dita às orientações das principais políticas do desenvolvimento é o 
contexto mundial. Daí, a preocupação ambiental, a sustentabilidade, a priorização do transporte não 
motorizado (a pé e de bicicleta), demandas que não são modismos como muitos gestores públicos 
acreditam. Um evento importante que teve influencia para as políticas de mobilidade urbana serem 
remodelas foi realizada no ano de 2012 a Conferência do Meio Ambiente, Rio mais 20, a qual tinha 
por objetivo renovar e afirmar a participação dos líderes dos países em relação ao desenvolvimento 
sustentável (ANTP, 2012, pág. 126 e 128). 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
2.2 IMPACTOS NO COTIDIANO 
 Como já apontado acima à política de mobilidade urbana atualmente tem se debruçado 
nas questões ambientais, tendo em vista que a política de sustentabilidade tem encabeçado tais 
discursões podemos também afirmar que quanto aos impactos no cotidiano da população há 
preocupação também entre os governantes, Terán (2007) caracteriza a mobilidade urbana da seguinte 
maneira: 
[...] um sistema de mobilidade que se caracteriza por: uma alta demanda por deslocamentos de 
longa distância, grande dependência dos meios de transporte motorizados e sistema de transporte 
coletivo insuficiente e nem sempre integrados e o sistema de acesso e trânsito de pessoas e cargas à 
cidade e pela cidade que é insuficiente e ineficiente. (p.7) 
 
Observamos que a logística que envolve a locomoção de pessoas está intimamente ligada à 
mobilidade urbana, tendo como foco tal perspectiva e analisando a afirmativa do autor quanto a isso 
afirmamos que mobilidade urbana sempre se fez e se faz necessário a população. 
O tema mobilidade urbana não se limita apenas a locomoção das pessoas em vias, vai muito, 
além disso, pois mobilidade urbana é integração, não sendo somente transporte, sendo a integração de 
cidades. Este tema se faz necessário na atualidade, tendo em vista que é a estratégia mais viável para o 
crescimento das cidades que investem e se mobilizam em favor dos cidadãos. 
Outro interferente no cotidiano das pessoas é a questão da desapropriação de imóveis para dar 
continuidade à determinada obra, iniciada em algum local, para que os engenheiros possam dar 
continuidade aos projetos de mobilidade urbana e criação de vias os as licitações feitas e aprovadas 
pelo governo devem estar totalmente fechadas e se necessário desapropriar imóveis em tal local. 
De acordo com o relatório mensal das desapropriações e/ ou das remoções/realocações da 
Cidade do Rio de Janeiro (2013) onde observamos um mapa esquemático com os avanços do processo 
de desapropriação no mês de setembro do referido ano fica claro para nós como se dá tal processo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Quadro 01: Glossário de desapropriações 
GESTÃO DE DESAPROPRIAÇÕES SIGNIFICADO 
Concluído Significa dizer que o processo 
foi realizado por completo. 
Liberado para demolição Imóvel encontra-se liberado 
para realização das obras. 
Liberado parcialmente para demolição Quando um imóvel possui 
mais de uma unidade e nem todas 
foram liberadas. 
 
Não liberado para demolição 
Situação em que o imóvel 
encontra-se sem liberação para 
realização das obras. 
 
Não liberado - valor baixo 
Situação em que o valor 
encontra-se abaixo do previsto para 
liberação das obras. 
 
Não terá processo 
Situação sem processo e sim 
negociação direto com proprietário 
(pequenas invasões, tais quais 
jardineiras e outros). 
Sem processo montado Situação em que não há 
processo formado. 
 
Demolido em andamento do 
acabamento 
Situação onde ocorre a 
demolição, porém o muro ou 
reconstituição da fachada não foram 
concluídos. 
 
Liberado com pendência 
Imóveis liberados, porém 
possuem interferências diversas que 
impedem a execução da obra. 
Acordo Pago Situação onde o acordo com o 
proprietário já foi pago. 
 Fonte: Elaborado pelo autor deste trabalho, 2015. 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 Então podemos afirmar que o processo de desapropriação além de ser burocrático é 
governamental também, pois tange em acordos estabelecidos pela empresa responsável do projeto e, 
além disso, o governo da cidade beneficiada. Além de trazer benefícios de movimentação para a 
população traz também uma preocupação com o bem estar daquele que será “lesado” por tal ação de 
movimentação das obras. Abaixo também podemos observar o status de desapropriação utilizada para 
a leitura das obras em processo de início: 
 
 Estes dados expostos acima foram retirados do relatório mensal que integra a construção 
da TransCarioca, como nosso objetivo no presente trabalho é trazer discursões sobre o percurso de tal 
obra achamos importante relatar como se deu o início do processo de desapropriação da mesma, pois a 
mobilidade urbana vem para beneficiar a população em todos os sentidos, não somente na questão da 
locomoção, mais também no bem estar de todos os envolvidos e beneficiados pelo processo de 
mobilidade urbana. 
 Sabemos que os impactos no cotidiano das pessoas vão muito além dos benefícios, pois 
não é somente consertar vias, alargar ruas, construir meios para ajudar no transporte das pessoas, 
criação de novas vias de transporte, tendo em vista que a mobilidade urbana está para, além disso, 
precisamos solucionar problemas estruturais para todos (BRASIL, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
2.3 PROJETOS DE MOBILIDADE URBANA 
 No presente trabalho focamos na discursão a respeito da TransCarioca, pois nosso 
trabalho foi em cima de talprojeto do Estado do Rio de Janeiro, porém existem outros projetos sendo 
iniciados. Entre as ações do governo que visam à melhoria da mobilidade é a implantação de uma rede 
de transporte de alta capacidade. Para isso, estão sendo construídos outros dois corredores de BRT’s 
(TransOlímpica e TransBrasil), que, juntos aos sistemas metroviário e ferroviário, comporão a rede de 
transporte de alta capacidade da cidade. 
Sendo o primeiro projeto a sair do papel a construção da TransOeste foi impulsionada pelos 
Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no livro Cidade Olímpica (2014) observamos a importância 
da obra: A TransOeste liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande e possibilita a redução do 
tempo de viagem dos passageiros em até 50%. 
A seguir, na foto 03, observa-se a construção da TransOeste: 
 
 
 
 
 
Foto 03: Obra de construção da TransOeste 
 
Fonte: Autor deste trabalho, 2015. 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Foto 04: Obra finalizada da TransOeste 
Fonte: Autor deste trabalho, 2015. 
 
A partir da obra dos referidos projetos acima, observamos o crescimento alargador de 
locomoção da população no estado, as construções dos projetos veem de encontro aos jogos que serão 
sediados pela cidade em 2016, sabemos que ainda há melhores a serem feitas, porém as que já se 
iniciaram se mostram com viabilização do governo, pois será benéfico para todos mesmo após o 
acontecimento dos jogos. Mostrando assim que a mobilidade urbana tem sido a grande preocupação 
dos governantes, impactando na economia do Rio de Janeiro e acarretando mais turistas para a cidade. 
 Já a TransOlímpica, tem outra proposta como foco reduzir o tempo de viagem da Barra 
d Tijuca a Deodoro, com a função de trazer mais conforto aos usuários durante os Jogos Olímpicos e 
Paraolímpicos, como vemos no livro Cidade Olímpica (2014) Importante obra prevista no Dossiê de 
Candidatura do Rio para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o BRT TransOlímpica ligará o 
Parque Olímpico da Barra da Tijuca ao Parque Olímpico de Deodoro, as duas principais regiões do 
evento, e vai beneficiar cerca de 100 mil passageiros por dia. 
 Quanto ao corredor do BRT TransBrasil que terá como principal atividade conectar a 
Baixada ao Centro do Rio de Janeiro. O projeto base já está concluído. A expectativa é de que após a 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
conclusão sejam atendidas 900 mil pessoas por dia, sendo provavelmente o BRT que terá a maior 
demanda de passageiros do mundo (CIDADE OLÍMPICA, 2014). 
 Temos como exemplo também outro projeto que visa a melhoria do transporte público 
em função dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016, porém está obra ainda não está totalmente 
concluída, mas o processo de obra já foi iniciado como podemos observar na foto5. A construção da 
linha 4 do metrô é um projeto que tem como proposta ir do bairro da Barra da Tijuca ao bairro de 
Ipanema em 15 minutos e, da Barra da Tijuca ao Centro do Rio de Janeiro, em 34 minutos. 
 
 
 
 
Foto 05: Obra de construção da Linha 4 do Metrô 
Fonte: Autor deste trabalho, 2015. 
 Os exemplos apresentados são projetos de mobilidade urbana, são projetos que a cidade 
do Rio de Janeiro está se comprometendo a fazer em virtude dos Jogos que a cidade sediará no ano de 
2016, são exemplos de um ideário que visa a locomoção da população a fim de trazer conforto para 
todos com diminuição de trajetos quando as obras forem concluídas. Afirmamos que tais projetos são 
de suma importância para a cidade que é calcada na mobilidade urbana. 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3.0 CONCLUSÃO 
 A análise trazida neste trabalho tem como proposta investigar o processo 
automobilístico como uma forma de mobilização urbana, tendo como ponto de partida o bem estar da 
população, pois mobilidade urbana tem como foco implementar políticas que tenha a garantia de 
enriquecer os meios de transportes da população. Sabemos que para tais políticas serem consolidadas é 
necessários planejamentos em longo prazo, nesse caminho Vasconcellos (2000) analisa: 
O processo de planejamento de trans-portes foi orientado para o automóvel, baseado na 
ideologia da mobilidade ir-restrita, mas normalmente limitando esta mobilidade àqueles que podem 
pagar os custos do transporte individual. 
 Por conta disso, segundo estudo do Banco Mundial (2010) realizado para o Brasil, no 
caso do transporte de passageiros, a troca de modos de transportes individuais ou de baixa capacidade, 
para o Sistema de Trânsito de Ônibus Rápido (BRT) e para o Metrô, associada a medidas de gestão de 
trânsito, seriam potenciais alternativas para a redução das emissões de poluentes e gases de efeito 
estufa. 
 A dificuldade de obtenção de dados de transporte é algo que deve ser considerado desde 
a fase de concepção do estudo. Dessa forma, é fundamental elaborar um cronograma que contemple 
toda a burocracia e lentidão que os órgãos públicos e empresas do setor podem levar até o momento da 
entrega dos dados. 
É recomendado que fossem elaborados estudos que melhorem o entendimento dopotencial de 
utilização de maiores concentrações de biocombustíveis em corredores do tipo BRT. Desta maneira 
faz-se necessário que a politicas públicas vão de encontro à economia mundial. 
Os investimentos do governo em obras de mobilidade urbana têm sido cada vez maiores, 
obviamente que as preocupações também têm acompanhando tais ações, a partir das análises feitas no 
presente trabalho analisamos que é de extrema importância a investidura nas questões ambientais, pois 
a mobilidade urbana deve atentar-se não somente para beneficiar a população, mais também para a 
sustentabilidade do ambiente. 
Todavia, o futuro da mobilidade urbana também não pode ser perspectivado como uma simples 
projeção de tendências observadas no passado, tal como foi usual fazer quando os modelos de 
transportes se limitavam a extrapolar a anterior evolução da procura e a considerar a mobilidade 
motorizada como ilimitável, a que era forçoso dar resposta através de mais e melhor oferta de 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
infraestruturas e serviços. Nesse caso, não só o ponto de chegada dessas projeções talvez nem tivesse 
sequer condições de existir, como a destruição dos espaços urbanos, tal como hoje os conhecemos, e 
os impactos ambientais irreversíveis que tal acarretaria seriam os resultados intrínsecos e 
incontornáveis dessa dinâmica, aliás, mais teórica que realista.XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
ANTP, “Premissas para um plano de mobilidade urbana”, Ed. ANTP, SPTrans e PMSP, São 
Paulo, 2012. 
 
BANCO MUNDIAL. Estudo de Baixo Carbono para o Brasil: Relatório de Síntese Técnica – 
Transportes. 2010. 
BRASIL, Ministério das Cidades. Mobilidade Urbana é desenvolvimento Urbano! 1ª Edição. 
Novembro de 2005. 
BREITHAUPT. M; Economic and fiscal policy instruments. In: INTERNATIONAL 
CONFERENCE ON SUSTAINABLE TRANSPORTATION & CLEAN AIR, 2000. Proceedings... 
Jakarta, Germany: Deutsche GesellschaftfürTechnischeZusammenarbeit GTZ, 2000. Disponível em: 
<www.gtz.de>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2015. 
CIDADE OLIMPICA. O Rio em Transformação. Disponível em 
<http://www.cidadeolimpica.com.br/orioemtransformacao-pt.pdf>. Acesso em: 04 de fevereiro de 
2015. 
CARVALHO. M. C. País vive ambiente propicio para reduzir funil do trânsito. Folha de São 
Paulo. São Paulo. 05 de janeiro de 2015. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1355278-pais-vive-ambiente-propicio-para-reduzir-
funil-do-transito.shtml> Acesso em 11 de janeiro de 2015. 
FETRANSPOR. BRT Transoeste: transformando o conceito de transporte público no Rio de 
Janeiro. 2013. 
RAUEN. F. J. Roteiros de Investigação Científica. Tubarão: Unisul, 2002. 
RIO DE JANEIRO. Prefeitura Municipal. Secretária de Obras. Relatório mensal das 
desapropriações e/ ou das remoções/realocações da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2013. 
SILVA. F. N. Mobilidade urbana: os desafios do futuro. Cad. Metropolitano. São Paulo. V. 15. 
Nº 30. p. 377-388. Dezembro de 2013. 
 
TERÁN. J. A. Mobilidade Urbana.São Paulo. 2007. 
 
VASCONCELLOS, E. A. Transporte urbano nos países em desenvolvimento. Reflexões e 
propostas. São Paulo, Annablume. 2000. 
 
 
 XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
 13 e 14 de agosto de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18

Continue navegando