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apostila_fungicidas_modulo_3-7

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1 
 
 
Fungicidas: Modo de ação e 
Programas de controle 
 
Módulo III 
2 
 
 
No Módulo 3 abordaremos temas relacionados ao momento de aplicação, aos 
fatores que influenciam na performance dos produtos, alguns conceitos 
básicos sobre tecnologia da aplicação e adjuvantes. 
 
Vamos começar? 
É de fundamental importância que seja determinado o momento correto para 
que uma aplicação de fungicida atinja sua performance máxima, de modo a 
otimizar o controle do alvo. 
Esta informação é ajustada a partir da consideração dos seguintes 
parâmetros... 
 
(i) Identificação do Patógeno 
Patógenos cuja sobrevivência e ataque ocorrem predominantemente no solo: 
São exemplos de patógenos cuja sobrevivência e ataque ocorrem 
predominantemente no solo: Sclerotinia sclerotiorum, Sclerotium rolfsii, 
Rhizoctonia solani, Fusarium spp., Pythium spp. 
Patógenos cuja sobrevivência ocorre em restos culturais: São exemplos de 
patógenos cuja sobrevivência ocorre em restos culturais: Sclerotinia 
sclerotiorum, Sclerotium rolfsii, Rhizoctonia solani, Fusarium spp, Pythium sp, 
Pyricularia oryzae, Drechslera oryzae, Goerlachia oryzae, Phoma sp, 
Curvularia lunata, Nigrospora oryzae, Alternaria sp, Colletotrichum 
lindemuthianum, Phaeoisariopsis griseola, Ascochyta sp, Cercospora sp, 
Macrophomina phaseolina, Phomopsis sp, Colletotrichum dematium, 
Cercospora kikuchii, Tilletia caries, Ustilago tritici, Bipolaris sorokiniana, 
Stagnosporum nodorum, Drechslera tritici-repentis, Fusarium graminearum, 
Fusarium moniliforme, Stenocarpella spp, Ustilago sp. 
Patógenos transmitidos pela semente: São exemplos de patógenos 
transmitidos pela semente em cada uma das culturas: Arroz: Pyricularia 
3 
 
 
oryzae, Drechslera oryzae, Goerlachia oryzae, Phoma sp, Curvularia lunata, 
Nigrospora oryzae, Alternaria sp, Fusarium sp.; Feijão: Colletotrichum 
lindemuthianum, Alternaria sp, Fusarium sp, Rhizoctonia solani, 
Phaeoisariopsis griseola, Phoma sp, Ascochyta sp.; Soja: Cercospora sp, 
Fusarium sp, Macrophomina phaseolina, Phomopsis sp, Rhizoctonia solani, 
Sclerotium rolfsii, Colletotrichum dematium, Cercospora kikuchii.; Cereais de 
inverno: Tilletia caries, Ustilago tritici, Bipolaris sorokiniana, Stagnosporum 
nodorum, Drechslera tritici-repentis, Fusarium graminearum; Milho e sorgo: 
Fusarium moniliforme, Stenocarpella spp, Ustilago sp, Fusarium graminearum. 
Patógenos cujo ataque dá-se predominantemente na área foliar das culturas: 
São exemplos de patógenos cujo ataque dá-se predominantemente na área 
foliar das culturas abaixo: Arroz: Pyricularia oryzae, Drechslera oryzae, 
Goerlachia oryzae, Phoma sp, Curvularia lunata, Nigrospora oryzae, Alternaria 
sp.; Feijão: Colletotrichum lindemuthianum, Alternaria sp, Phaeoisariopsis 
griseola, Phoma sp, Uromyces appendiculatus, Erysiphe polygoni, Ascochyta 
sp.; Soja: Cercospora spp, Colletotrichum dematium, Cercospora kikuchii.; 
Cereais de inverno: Bipolaris sorokiniana, Stagnosporum nodorum, 
Drechslera tritici-repentis, Puccinia graminis f. sp. tritici, Puccinia triticina.; 
Milho e sorgo: Drechslera maydis, Puccinia sorghi, Phaeosphaeria spp., 
Stenocarpella macrospora. 
Patógenos especializados no ataque de frutos e sementes em pós-colheita: 
São exemplos de patógenos especializados no ataque de frutos e sementes 
em pós-colheita: Penicillium sp, Aspergillus sp, Botrytis sp, Alternaria sp, 
Glomerella sp, Fusarium sp, Geotrichum sp, Sclerotinia sp, Cladosporium sp. 
 
(ii) Conhecimento do estádio crítico da cultura 
Dependendo do estádio da planta em que ocorre o ataque do patógeno, as 
perdas no rendimento ou na qualidade do produto poderão variar em diferentes 
níveis. Dessa maneira, alguns estádios específicos, denominados como 
4 
 
 
críticos, devem estar “protegidos”, já que o ataque do patógeno nesse 
momento peculiar pode potencializar as perdas. 
 
Saiba mais... 
Quando o controle visa evitar danos no rendimento costuma-se levar em 
conta o limiar de dano econômico (LDE). para realizar. Neste caso, as 
aplicações são realizadas a partir do momento em que a intensidade da 
doença na qual ocorrem as perdas cobre o custo do controle. No entanto, 
devido a alta taxa de progresso das doenças, é recomendado realizar as 
aplicações preventivas, ou seja, antes da chegada do inóculo. 
 
 
(iii) Seleção do fungicida adequado 
Algumas características do fungicida, tais como sistemicidade, formulação e 
dosagem devem ser consideradas no momento da aplicação. 
 
 
Para a seleção correta de um fungicida, os conceitos apresentados nos 
Módulos 1 e 2 devem estar bastante claros! É importante que seja feita uma 
leitura cuidadosa da bula do produto antes de sua utilização! 
 
 
Fatores que influenciam na performance dos fungicidas 
(a) Fungitoxicidade: uma alta fungitoxicidade é a principal propriedade 
requerida nos fungicidas. Para ser considerado eficiente no controle de 
doenças, o fungicida deve comprovar esta característica em testes de campo, 
pois há vários fatores físicos e químicos que atuam sobre o desempenho do 
produto. 
(b) Fitotoxicidade: um composto químico pode ser excelente fungicida mas, 
se for fitotóxico, seu uso no controle de doenças de plantas pode ser limitado. 
Portanto, para fungicidas de melhor performance é desejável que apresentem 
baixa fitotoxicidade para animais e plantas. 
 
5 
 
 
(c) Tenacidade: diz respeito a resistência à ação das intempéries. Após o 
fungicida ser depositado na superfície das plantas, torna-se necessário 
considerar os fatores físicos que os mantém na superfície tratada e as 
condições de meio ambiente que poderão removê-lo. Os fatores físicos que 
influenciam a tenacidade dos depósitos nas plantas incluem: tamanho e forma 
das partículas, presença de agregados, distribuição na superfície da planta, 
natureza do composto, intensidade e duração nas condições adversas do meio 
ambiente. 
 
Saiba mais... 
Existe na literatura evidência suficiente de que o tamanho das partículas 
exerce função importante no fenômeno da tenacidade, principalmente para 
os fungicidas à base de cobre e enxofre. Pela ação da chuva, as gotas 
maiores, assim como os agregados de gotas menores, são facilmente lavados, 
enquanto gotas formadas de partículas pequenas aderem mais fortemente à 
folhagem. 
A tenacidade de um fungicida sobre uma superfície é influenciada também 
pela distribuição das gotas. 
A intensidade das condições adversas do ambiente é importante, em 
relação à adesão dos fungicidas na superfície da planta. Chuvas pesadas, 
mais do que as leves, podem afetar o depósito de fungicidas, mesmo em 
mistura com substâncias de propriedades aderentes. Da mesma forma, 
chuvas leves, porém contínuas, podem ter o mesmo efeito que chuvas 
pesadas. 
 
 
(d) Oxidação: o gás carbônico (CO2) é um componente do ar que 
possivelmente reage com certos fungicidas, causando oxidação. Desta forma, 
alguns compostos podem perder suas propriedades fungitóxicas, enquanto 
outros podem ser ativados, durante o processo da oxidação. 
(e) Hidrólise: os compostos de amidos, ésteres ou compostos que contenham 
átomos reativos de halogênios ou nitro-grupos tendem a hidrolisar-se na 
presença de água e formar compostos inertes ou com espectro de atividade 
modificado. 
6 
 
 
(f) Fotólise: na presença de luz solar, certos produtos químicos sofrem 
mudanças, devido à absorção de energia suficiente para causar dissociação da 
molécula em fragmentos. 
 
Saiba mais... 
De um modo geral, os fungicidas utilizados na proteção de plantas estão 
sujeitos à fotólise pelo fato de suas formulações serem constituídas de 
partículas muito finas, com alta superfície especifica. Porisso, podem 
dissolver-se facilmente, em filme d’água, sobre as folhas, onde estão sujeitos 
à ação degradativa da luz solar. 
 
 
(g) Fatores relacionados à tecnologia de aplicação (TA): o depósito, a 
distribuição/cobertura e a penetração da gota são fatores que influenciam 
na performance dos fungicidas. 
 
Tecnologia de Aplicação versus Controle 
Tecnologia de aplicação de fungicidas consiste na aplicação do conhecimento 
científico afim de proporcionar a correta aplicação do produto biologicamente 
ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com mínimo 
de contaminação ambiental. 
Para obtenção de um resultado positivo na aplicação de um fungicida, 
devemos considerar: 
(a) Depósito na superfície da planta: para que as partículas se depositem na 
superfície das plantas, estas devem superar as forças de repulsão que 
atuam na região da filosfera. 
 
Saiba mais... 
A preocupação com a deposição do produto químico no local onde 
ocorre a penetração do patógeno é mais importante para os 
fungicidas protetores do que para os sistêmicos. 
 
 
7 
 
 
(b) Distribuição/cobertura do produto na folha: apenas o depósito do 
fungicida na superfície foliar não garante a efetividade do fungicida em 
condições de campo, sendo que este deve apresentar 
distribuição/cobertura que ofereça a máxima proteção. 
Dentre os fatores que influenciam na distribuição do produto, o ângulo 
de contato da gota com a superfície da planta é importante para 
determinar se a suspensão irá espalhar-se uniformemente. Um ângulo 
de contato menor indica que as forças de adesão entre o líquido e a 
superfície são tão altas quanto as forças entre as moléculas que 
separam os líquidos, de modo que as gotas da pulverização formam 
verdadeiro filme sobre as folhas. Se o ângulo de contato se aproxima de 
1800, indica que não houve boa molhabilidade e, nesse caso, as gotas 
podem se espalhar na superfície sem molhá-Ia. 
 
 
Saiba mais... 
Algumas plantas, tais como feijão, batata e tomate possuem superfície 
mais facilmente molhável do que outras como alho, cebola e a maioria 
das crucíferas. 
Plantas com cobertura cerosa representam maior dificuldade de 
cobertura pela pulverização, a menos que sejam adicionados à 
formulação adjuvantes capazes de reduzir o ângulo de contato entre a 
gota e a superfície da planta. 
 
 
O tamanho da gota é um fator muito importante que também influencia 
na eficiência do controle das doenças. 
8 
 
 
Gotas de espectro maior tendem a ser depositadas no topo da planta, já 
gotas de espectro médio a fino tendem a ser depositadas no terço médio 
e inferior das plantas, principal local de infecção inicial do patógeno. 
Abaixo estão ilustradas as diferenças de deposição de gotas no perfil da 
planta (terços Superior, Médio e Inferior) de acordo com o tipo de ponta 
de pulverização utilizada. 
 
 
 
 
Saiba mais... 
A obtenção de uma cobertura completa da superfície tratada, na prática, 
é tarefa difícil. Frequentemente há coalescência das gotas, havendo 
perda por escorrimento, resultando em cobertura heterogênea. Nestes 
casos, o controle da doença é, às vezes, obtido através da 
redistribuição do fungicida pela chuva e/ou pelo orvalho. Tem sido 
relatado que a chuva pode melhorar a redistribuição de calda bordalesa 
na folhagem de batata, melhorando a proteção contra a infecção de 
Phytophthora intestans, quando o fungicida é aplicado a baixo volume e 
em gotículas menores. 
 
 
 
 
9 
 
 
(c) Penetração da gota no dossel: a penetração do produto no dossel está 
relacionada com o estádio de desenvolvimento que a cultura se 
encontra, sendo que quanto mais fechado o dossel, maior é a 
dificuldade de as gotas atingirem as folhas basais da planta. 
 
 
 
Até o momento voxê viu que... 
 ...para determinar o correto momento da aplicação de um fungicida é 
necessário que se conheça o patógeno, o estádio crítico da cultura e se 
faça uma seleção adequada do fungicida. 
 ...fungitoxicidade, fitotoxicidade, tenacidade, oxidação, hidrólise, fotólise, 
além de fatores relacionados à tecnologia de aplicação influenciam na 
performance dos fungicidas. 
 ...para a obtenção de um resultado positivo na aplicação de fungicida 
devemos considerar fatores ligados à tecnologia de aplicação, tais 
como depósito da gota na superfície da planta, distribuição/cobertura do 
produto na folha e penetração da gota no dossel. 
 
 
 
 
10 
 
 
O assunto a ser abordado agora é adjuvantes. 
 
Você sabe o que são adjuvantes e para que servem? 
Adjuvante pode ser conceituado como um componente inerte adicionado à 
calda de pulverização, com o objetivo de aumentar a performance dos produtos 
fitossanitários, melhorando a aderência à superfície foliar, a absorção dos 
ingredientes ativos e a qualidade de calda. 
Quando uma gota se deposita na superfície da planta esta deve ser retida, 
porém pode respingar ou pode escorrer para outras partes da planta ou mesmo 
para o solo, sendo necessária, portanto, a adição de adjuvante à calda de 
pulverização. 
 
 
A adição de adjuvantes reduz a tensão superficial da gota e, com isso, 
possibilita o espalhamento da mesma, aumentando a área de contato do 
princípio ativo com a epiderme da planta (molhamento). 
 
11 
 
 
 
Saiba mais... 
Gotas com uma elevada tensão superficial, frequentemente, respingam ou 
escorrem na superfície dos tecidos. Por outro lado, gotas com baixa tensão 
superficial são melhor retidas sobre os tecidos da planta. 
 
 
O uso de adjuvantes é importante, pois melhora as propriedades da calda de 
pulverização e estabiliza formulações; melhora o desempenho de muitos 
ingredientes ativos; auxilia a manutenção da tenacidade de produtos na 
superfície foliar e aumenta retenção e absorção do produto na folha. 
Porém, alguns fatores podem interferir na performance dos adjuvantes. 
Você sabe que fatores são esses? 
Fatores relacionados à epiderme da planta, tais como: 
• Cerosidade: quanto maior a cerosidade, maior a dificuldade do produto 
penetrar na epiderme, devido à polaridade das substâncias, 
• Pilosidade: quanto maior a pilosidade, menor a possibilidade da gota 
atingir a epiderme. 
• Número de estômatos: quanto maior o número de estômatos, maior a 
possibilidade do produto penetrar no interior dos tecidos da folha. 
 
Saiba mais... 
A penetração do produto via estômato é mais rápida do que a absorção 
via epiderme (cera). A maior densidade de estômatos abertos localiza-se 
na parte abaxial da folha, portanto no momento da aplicação é desejável 
que haja turbulência no dossel para que as gotas atinjam esta porção da 
folha. 
 
 
 
12 
 
 
Fatores relacionados à arquitetura da planta, tais como: 
• Ângulo de inserção folha: folhas com disposição ereta (como trigo e 
arroz) ou decumbentes (milho) apresentam maior probabilidade de 
escorrimento da gota. 
• Ramificação e Densidade de folhas: cultivares ou híbridos com elevado 
índice de área foliar (IAF) necessitam de maior quantidade de gotas, o 
que demanda maior volume de calda. 
 
Existem diversos tipos de adjuvantes que podem ser adicionado à formulação 
ou à mistura para aumentar a performance de um determinado produto 
fitossanitário. 
Você conhece os diferentes tipos de adjuvantes? 
Os adjuvantes são divididos em dois grupos: 
(i) os modificadores das propriedades de superfície dos líquidos 
(surfactante, espalhante, umectante, detergentes, dispersantes, 
aderentes e emulsificantes, entre outros) 
(ii) os que afetam a absorção devido à ação direta sobre a cutícula, 
também chamados aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfatode amônio e 
uréia (ativadores nitrogenados), entre outros). 
 
No Módulo 3 você viu que... 
 É de fundamental importância que seja determinado o momento 
correto para que uma aplicação de fungicida atinja sua performance 
máxima, e este momento é ajustado considerando o tipo de patógeno, 
o estádio crítico da cultura e a seleção do fungicida; 
 Peculiaridades do ambiente e dos patossistemas influenciam a 
performance dos fungicidas; 
13 
 
 
 Para obtenção de um resultado positivo na aplicação de um fungicida, 
devemos considerar o depósito do produto na superfície da planta, a 
distribuição deste e a penetração da gota no dossel; 
 Os adjuvantes são componentes adicionados à formulações para 
aumentar a performance dos fungicidas, reduzindo a tensão superficial 
da gota, o que possibilita seu melhor espalhamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
ALVO: A doença que se busca o controle através da utilização de fungicidas é 
chamada de alvo, enquanto que a região onde a doença está em 
desenvolvimento é chamada de local de aplicação. 
ADERENTES: Aderentes são substâncias que aumentam a aderência dos 
líquidos ou sólidos à superfície da planta. Estes apresentam afinidade com a 
água e forte adesão à cera e à cutina da superfície dos órgãos da planta. O 
aumento da aderência diminui o escorrimento e faz com que as gotas 
permaneçam na superfície das folhas e não sejam lavadas com facilidade pela 
água da chuva. 
ATIVADORES NITROGENADOS (URÉIA E SULFATO DE AMÔNIA): 
Ativadores nitrogenados atuam através de estímulo fisiológico (maximizam a 
ação de fungicidas) e melhoram a absorção (alguns tem maior facilidade de 
penetrar na camada cuticular). 
CEROSIDADE: Cerosidade diz respeito às ceras (mistura complexa de 
lipídeos extremamente hidrofóbicos) que são secretadas por células 
epidérmicas e formam uma cutícula protetora que reduz a perda de água de 
tecidos vegetais expostos. 
DETERGENTES: Detergentes são substâncias com capacidade de remover 
sujeira, como a poeira, da superfície da folha, aumentando o contato da gota 
com a superfície alvo. Os detergentes também podem possuir atividade 
espalhante, emulsificante e umectante. 
DISPERSANTES: Dispersantes são substâncias que evitam a aglomeração 
das partículas através da redução das forças de coesão entre as mesmas, 
fazendo com que as suspensões mantenham-se estáveis por um certo tempo. 
São muito importantes para manter estáveis as formulações de pós-molháveis, 
evitando que as partículas sólidas se aglomerem e precipitem 
15 
 
 
EMULSIFICANTES: Emulsificantes são substâncias com atividade sobre a 
superfície do líquido, promovendo a suspensão de um líquido em outro. Estes 
produtos reduzem a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis, 
proporcionando a formação de uma emulsão de um líquido em outro, através 
da combinação de grupos polares com apolares dos mesmos. 
ESPALHANTES: Espalhantes aumentam a molhabilidade de superficies 
hidrofóbicas, a superfície de contato da gota e proporcionam maior poder de 
penetração do produto na cutícula. 
ESTÔMATOS: Estômatos são células especializadas presentes na epiderme 
das plantas. São compostos por duas células-guarda que abrigam um poro 
(ostíolo), podendo abrir-se ou fechar-se, fazendo a regulação da saída de 
água. É através do estômato também que ocorre o ingresso de CO2 na planta, 
essencial para as reações fotossintéticas. 
FILOSFERA: Filosfera é a superfície das folhas das plantas, assim como 
rizosfera refere-se à superfície das raízes. 
FORÇAS DE REPULSÃO: Estas forças podem ser de natureza eletrostática ou 
originarem-se de correntes de convecção causadas por diferenças entre a 
temperatura na superfície da folha e o microclima ao redor da planta. 
PILOSIDADE: Pilosidade diz respeito aos pêlos ou tricomas presentes na 
epiderme das plantas. Tricomas são apêndices da epiderme presentes em 
diversos órgãos e podem ter função de proteção, estar associados à secreção 
de substâncias, auxiliar na regulação de umidade e calor , entre outros. 
OLÉOS (MINERAIS E VEGETAIS): Óleos aumentam a eficiência dos produtos, 
e a absorção foliar dos fungicidas. No caso dos óleos minerais, podem causar 
fitotoxicidade, enquanto óleos vegetais necessitam de emulsificantes na sua 
formulação e apresentam problemas quando misturados à águas duras. 
SURFACTANTES: Surfactantes são substâncias que afetam as propriedades 
de superfície dos líquidos, proporcionando ajustamento mais íntimo de duas 
substâncias. 
16 
 
 
TENSÃO SUPERFICIAL: Tensão superficial é a força exercida por moléculas 
de água junto à interface ar-água, resultante das propriedades de coesão e 
adesão de moléculas de água. Essa força minimiza a superfície da interface ar-
água. 
UMECTANTES: Umectantes ou molhantes são substâncias que retardam a 
evaporação da água, fazendo com que a gota permaneça mais tempo na 
superfície tratada, aumentando a absorção do produto aplicado. Estes produtos 
são importantes principalmente em condições de baixa umidade relativa do ar e 
elevada temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
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