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E N F ª M O N I Q U E C A M P E L L O M E N E Z E S C U R S O G A N E P D E E S P E C I A L I Z A Ç Ã O E M T E R A P I A N U T R I C I O N A L E N U T R I Ç Ã O C L Í N I C A J A N / 2 0 1 3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL TERAPIA NUTRICIONAL Avaliação do estado nutricional do paciente Definição das necessidades calórico e proteica do paciente Definição da via de administração dos nutrientes Avaliação de eficácia da terapia, correlacionando custo benefício Monitorização das complicações da terapia nutricional VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIA ORAL VIA ENTERAL VIA PARENTERAL VIA ORAL: IMPOSSIBILIDADES Distúrbios de deglutição Alterações do nível de consciência Ingestão oral insuficiente Intolerância da dieta por via oral Aumento das necessidades calórico protéicas Trato Gastrointestinal funcionante VIA ENTERAL TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE): Toda forma de terapia nutricional que se utiliza de alimentos indicados para fins terapêuticos, utilizando o trato gastrointestinal (suplementos orais, dietas por tubos nasogástricos, nasoenterais ou percutâneos). ESPEN guidelines, 2006 (Clin Nutr) VIA ENTERAL VIAS DE ACESSO: SNE GASTROSTOMIA JEJUNOSTOMIA CUIDADOS EM TNE Segundo a Resolução RCD Nº 63/2000, “o enfermeiro é responsável pela administração da NE e prescrição dos cuidados de enfermagem em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar” (parágrafo 5.6.1). Equipe multiprofissional CUIDADOS EM TNE Preparo e Orientação da Família Cuidados com a via de administração Administração NE Monitorização dos Pacientes Complicações CUIDADOS EM TNE PREPARO E ORIENTAÇÃO DA FAMÍLIA: O paciente, familiares e cuidadores devem ser orientados quanto à terapia nutricional, seus riscos e benefícios. Fornecer suporte emocional direcionado a minimizar receios e apreensões, bem como favorecer a participação de todos no processo. CUIDADOS EM TNE PREPARO E ORIENTAÇÃO DA FAMÍLIA: Pacientes ambulatoriais ou que terão alta com nutrição enteral e seus responsáveis deverão receber orientação nutricional e de enfermagem verbalmente e por escrito. CUIDADOS EM TNE CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Independente da via utilizada (sonda nasogástrica ou pós-pilórica, gastrostomia ou jejunostomia) são necessários cuidados específicos: locais gerais CUIDADOS EM TNE CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: LOCAIS 1) SNE: Fixação da sonda Posicionamento adequado Tracionamento de asa de nariz Higiene adequada Posicionamento para dormir CUIDADOS EM TNE CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: LOCAIS 2) GTT / JTT Ostomia Tracionamento Curativo CUIDADOS EM TNE CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: GERAIS Movimentação e posicionamento do paciente Adequação do volume e velocidade de infusão Período de administração da dieta Permeabilidade da via de administração Manutenção da via de administração CUIDADOS EM TNE ADMINISTRAÇÃO NE: Formulações Horários de administração Infusão da NE CUIDADOS EM TNE MONITORIZAÇÃO DOS PACIENTES: "O enfermeiro deve assegurar que todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e à TNE sejam registrados de forma correta, garantindo a disponibilidade de informações necessárias à avaliação do paciente e eficácia do tratamento." Resolução RCD Nº 63/2000 CUIDADOS EM TNE MONITORIZAÇÃO DOS PACIENTES: Controle do peso corporal (padronização da mensuração – horário) Controle do volume de NE administrado em 24 horas Controle de resíduo gástrico – “sinalizador” de tolerância Eliminações fisiológicas, sobretudo evacuações Balanço hídrico Controle de débito de estomias (colostomia, ileostomia e fístulas entéricas) Sinais vitais, conforme patologia de base do paciente e rotina do serviço CUIDADOS EM TNE MONITORIZAÇÃO DOS PACIENTES: Exame físico: atenção à avaliação abdominal (distensão, dor, RHA, etc) e hidratação Pesquisar queixas de sede, fome e anorexia, que podem indicar oferta calórica e hídrica inadequada Detecção de distúrbios gastrointestinais e complicações Controle Exames Laboratoriais: glicemia, proteínas séricas, eletrólitos, exames de função hepática, uréia e creatinina etc; Aceitação da alimentação oral quando associada à NE. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS COMPLICAÇÕES METABÓLICAS CUIDADOS EM TNE CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES MECÂNICAS: Mau posicionamento da sonda: Certificar posicionamento antes de administrar a dieta (ausculta e raio x, se necessário) Observar fixação da sonda Observar porção externa da sonda CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES MECÂNICAS: Obstrução da sonda Irrigação inadequada da sonda Resíduos de comprimidos Fórmulas com alta viscosidade Incompatibilidade com medicações Manual de Procedimentos em Nutrologia, 2009 CUIDADOS EM TNE à 30º quando for COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS: Pneumonia aspirativa - Elevação da cabeceira da cama administrar dieta Sinusites Esofagites Metheny, 2006 (Crit Care Med) CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS: Náuseas e vômitos Cuidados com a forma de administração de dieta (bolus / BI / intermitente) Posicionamento adequado do paciente no leito CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS: Diarreia (Diarreia associada à dieta enteral) Fatores de avaliação: Incidência varia de 2 a 95% Grupos de paciente Definição diarreia (+ 33 definições diferentes) Whelan, 2007 (Proc Nutr Soc) Possíveis fatores causais: Uso de antibióticos Alterações na flora colônica Hiperosmoloridade e velocidade infusão dieta Contaminação bacteriana da dieta enteral Mathus-Vliegen, 2006 (JPEN) Bastow, 1986 (Gut) CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS: Diarréia: Medidas de Cuidados Sistema fechado < risco de contaminação Velocidade infusão dieta ou modo contínuo Introdução de fibras (solúveis) - Recomendado 15 a 30g / dia Introdução loperamida Lochs, 2006 (Clin Nutr) CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS: Constipação Uso de dietas sem fibras Desidratação Repouso prolongado no leito Uso de sedativos opióides Manual de Procedimentos em Nutrologia, 2009 CUIDADOS EM TNE COMPLICAÇÕES METABÓLICAS: Hiperglicemia Diabéticos, uso de corticóides, estresse metabólico Síndrome de realimentação Realimentação pacientes desnutridos Bastow, 1986 (Gut) CUIDADOS EM TNE RESUMINDO: Raio x após passagem da sonda Utilizar sondas flexíveis Utilizar sonda por 4 semanas Lavar sonda com 20 a 30 ml H2O Elevação cabeceira da cama 30º Administração por infusão contínua Cuidados com hiperglicemia e realimentação VIA ENTERAL: IMPOSSIBILIDADES NUTRIÇÃO PARENTERAL Trato gastrointestinal NÃO FUNCIONANTE Oclusão, Vômitos incoercíveis SIC Lesões actínicas Mucosite Enterocolite Fístulas digestivas Íleo paralítico prolongado VIA PARENTERAL: INDICAÇÕES INDICAÇÕES: Trato gastrointestinal não funcionante + paciente clinicamente estável – PADRÃO OURO ESPEN, 2005 Deve se indicada desde o início do diagnóstico de câncer. Visa tanto a cura como a qualidade de vida em pacientes paliativos (nível C) Fornecer subsídios para tentar manter ou recuperar o estado nutricional (nível C) Auxiliar na melhoria da resposta frente a terapia médica escolhida (nível C) TNP é ineficiente em pacientes oncológicos, sem disfagia e sem falência intestinal (nível A) Para pacientes com mucosite e entereite severa pós RT (nível C) Bozzetti, F et al. 2009 Guideline ESPEN TERAPIA PARENTERAL NUTRIÇÃO PARENTERAL: CONCEITO “Administração de nutrientes na corrente sanguínea através de acesso venoso central ou periférico, de forma que o trato gastrointestinal seja totalmente excluído do processo”. Regulamento técnico para terapia nutricional parenteral - ANVISA CUIDADOS EM TNP Cuidados com a via de administração Infusão de NP Treinamento Familiares Monitorização e Assistência aos Pacientes Complicações CUIDADOS EM TNP CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Via Parenteral Periférica Via Parenteral Central CUIDADOS EM TNP CUIDADOSCOM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Via Parenteral Periférica Curta duração (5-7dias) Hiperosmolaridade Acrescentar H2O ↑ Lipídeos Utilizar glicose 10% CUIDADOS EM TNP CUIDADOS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Via Parenteral Central Longa duração (mais de 7dias) Permite fórmula hiperosmolar Escolha adequada do cateter – outras infusões CUIDADOS EM TNP INFUSÃO NP: Cateter tunelizado são indicados como acesso para TNP a longo prazo (nível C) Uso de Porth-a-cath é uma alternativa aceita para TNP de longa permanência PICC não está recomendado para TNPD Administração cíclica para TNPD é recomendada (nível B) É recomendado uso de bomba de infusão para TNPD CUIDADOS EM TNP TREINAMENTO FAMILIARES: Cuidados com cateter Conhecer as complicações € Prevenção Informar os principais “erros” que acometem os cuidados na TNP Uso bomba de infusão Adição de vitaminas Preparar bolsas de nutrição parenteral Medicamentos endovenosos (50%) Micklewright et al, clin nutr 2002 CUIDADOS EM TNP MONITORIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE: HGT 4/4hs ou 6/6hs Eletrólitos diários quando estáveis 2/2 dias Enzimas hepáticas e colestáticas 3/3 dias Lípides séricos e albumina semanalmente Balanço hídrico rigoroso diário Controle de sinais vitais (temperatura, PA) 4/4h ou 6/6h Atkinson, 2003 (Crit Care Resusc) CUIDADOS EM TNP COMPLICAÇÕES: Incompatibilidades Relacionadas ao cateter Barro biliar Hiperglicemia Síndrome da hiperalimentação Síndrome da realimentação Klein, 1998 (J Am Diet Assoc) CUIDADOS EM TNP COMPLICAÇÕES: Incompatibilidades: relacionadas à infusão de outras soluções parenterais. Cuidado: escolha do cateter adequado. Verificar compatibilidades: eletrólitos, macronutrientes, principalmente lipídeos e oligoelementos. CUIDADOS EM TNP COMPLICAÇÕES: Relacionadas ao cateter: contaminação do cateter, infecção local ou sistêmica. Cuidados: técnicas assépticas na punção e manipulação do acesso. Curativo adequado. N E C E S S I D A D E D E E Q U I P E M U L T I D I S C I P L I N A R D E T E R A P I A N U T R I C I O N A L ( E M T N ) CUIDADOS EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL M O N I Q U E C A M P E L L O M E N E Z E S M O N I Q U E . C A M P E L L O @ Y A H O O . C O M . B R M O N I Q U E C A M P E L L O D S @ Y A H O O . C O M . B R Obrigada!!
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