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AULA 6 - Sistema Complemento OK!

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Sistema Complemento
Com esse assunto de hoje, a gente encerra os assuntos da unidade 1! A próxima aula, quinta-feira, já vou começar reação de hipersensibilidade tipo 1 e em um segundo momento, uma revisão para a prova. Então, hoje é a ultima matéria da prova.
(Ela fala sobre a oportunidade de termos tido a aula de roberto ...)
Bom, aqui é só uma breve introdução: porque se chama sistema complemento... Vou ler. “Então, ele foi descoberto há muitos anos atrás como proteínas presentes no plasma que aumentava a opsonização da bactéria pelos anticorpos e permitindo que esses anticorpos matassem a bactéria.” Então, o sistema complemento foi descoberto da seguinte maneira, tinha uma bactéria, onde os anticorpos estavam ligados fazendo a opsonização... e aí, essas proteínas foram vistas ligadas a fração FC dos anticorpos promovendo o que? Uma sinalização maior para as células fagocíticas destruírem isso aqui. Então, o sistema complemento foi descoberto dessa maneira: eram proteínas que auxiliavam os anticorpos fazendo essa opsonização. É só isso o sistema complemento? Não, é muito mais que isso, mas a descoberta foi assim. Por isso, que essas proteínas levaram o nome de complemento, porque complementava a ação do anticorpo.
Então, a definição: É um conjunto de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas através de uma reação em cascata... Ou seja, para que ocorra a ação necessária de defesa, é um conjunto de proteínas que vai funcionando em cascata, inicia-se em uma, depois vai a outra e a outra e a outra... pareceaquele joguinho de dominó que você bate... Então, é a reação em cascata de proteínas, isto é, cada componente ativado ativa outro componente do sistema complemento. A gente vai ver depois a cascata ocorrendo... Gente, a princípio vocês podem achar um pouco confuso, mas eu botei assim escritozinho, inventei um esquema e baixei um videozinho , então no final vai estar claro, vai estar entendido, mesmo que a princípio vocês achem que é meio confuso, mas no final vai estar tudo esclarecido. Garanto!
Então, características gerais dessas proteínas que fazem parte do sistema complemento: 
são, aproximadamente, 30 proteínas, porque a gente nunca pode afirmar porque todo dia você descobre um “negócio” novo; 
elas são instáveis e sensíveis ao aquecimento. Então, se aquecer aquele sangue que foi colhido, você destrói essas proteínas.
o início da síntese é fetal, no primeiro trimestre da vida fetal.
são produzidas, a princípio, no fígado.
 Não, mas isso aqui eu não vou cobrar, é só para a gente introduzir a aula.
(Ela fala sobre os slides, que vai enviá-los e que não necessidade de copiar)
Então, os fatores do complemento são designados por números ou letras. Então, essas proteínas tinham que te alguma nomenclatura para chama-las, e aí designou-se números e letras. Então, a gente tem C1, C2, C3, C4, C5, C1a, C1b, C1q, C1r, C1s, fatores D, B e P... Então, foi assim que passou a se chamar essas proteínas. Lembrando que temos a proteína C3... Ah, sabe o que eu vou trazer para vocês? Vou trazer um monte de laudos, onde se pede as proteínas do sistema complemento, se pede C3, se pede C4, se pede C5... Você pede para avaliar o sistema complemento como um todo... Eu vou digitar uns laudos, como eu digitei aqueles, para vocês verem...
Então, a proteína C3 é a mais abundante no plasma, é a que tem mais, é a proteína central de todas as vias de ativação, onde nós temos 3 vias de ativação do sistema complemento, que é a via clássica, via alternativa e via da lectina. Então, tem essas 3 vias de ativação do sistema complemento. 
Quais são as vias que eu vou mais me deter, falar, explicar bem claramente? Via Clássica e Via Alternativa. A via da lectina, eu vou citar e vou dizer como é que é, mas as que a gente vai esmiuçar vai ser a via clássica e via alternativa. Vocês vão ver que é bem simples, é uma mistura dessas duas vias. Quando eu fiz faculdade e Roberto também, a gente não estudou via da lectina não. 
 Bom, as funções do sistema complemente foi descoberto como proteínas que ajudavam os anticorpos a fazer aquela opsonização dos microrganismos. Ok, mas é só para isso que serve essas proteínas? Serve também para ela sozinha fazer a opsonização. Então não é obrigado a ter anticorpo, as próprias proteínas do sistema complemento também fazem opsonização, também se ligam diretamente ao microrganismo. Então você pode ter essas duas possibilidades, a proteína do sistema complemento se ligando ao anticorpo ou a proteína do sistema complemento se ligando ao microrganismo. Então, as proteínas do sistema complemento fazem opsonização promovendo a fagocitose desse antígeno, sinalizando para uma célula fagocítica que isso é estranho. 
 As proteínas do sistema complemento elas conseguem promover lise, destruir esse microrganismo através do complexo de ataque a membrana à superfície dessa bactéria por exemplo. Isso aí é onde eu vou mostrar a vocês como é que acontece, como é que essas proteínas conseguem fazer uma lise desse microrganismo. Lise é destruir, matar e a gente vai ver isso tanto lendo no esquema como no vídeo.
 O sistema complemento também consegue remover imunocomplexos. O que é um imunocomplexo? É quando eu tenho um excesso de antígenos e os anticorpos se ligam, formou isso que é chamado de imunocomplexo, antígenos e anticorpos. Esses antígenos e esses anticorpos, eles podem se depositar em qualquer lugar, principalmente na parede do vaso. Por exemplo, quando você está com um paciente que foi picado por uma cobra o que vocês fazem? O soro! E o que é aquele soro? São anticorpos, produzidos em um animal que futuramente passa a ser para o nosso sistema imunológico algo estranho e aí termina formando imunocomplexos. E esses imunocomplexos se depositam principalmente em parede de vasos. E aí o sistema complemento se liga aqui para ajudar que esse imunocomplexo seja removido. Não é legal que você tenha imunocomplexos depositado em parede de vasos ou em algum órgão. Então, o sistema complemento se liga aqui, sinaliza para a minha célula de defesa que tem algo estranho para que esse imunocomplexo seja removido. Isso aqui que eu estou falando, já estou adiantando a aula depois da prova que é de hipersensibilidade tipo 3, que é a deposição de imunocomplexos. Então o sistema complemento auxilia na remoção de imunocomplexos.
Pergunta: Pode dar doença autoimune né?
Professora: Sim, algumas doenças autoimunes.
 Mas hoje o que eu preciso saber é que o sistema complemento auxilia na remoção de imunocomplexos. E o imunocomplexo é o antígeno ligado ao anticorpo. Pode ser porque eu usei um soro, pode ser uma doença autoimune, pode ser uma doença crônica por ter um excesso de antígenos podem fazer com que esse imunocomplexos se forme. E aqui, finalizando essa frase toda, a gente pode resumir em uma palavra que é quimiotaxia. Que é o recrutamento de células inflamatórias para resolver a questão da destruição do patógeno. Então, algumas proteínas do sistema complemento têm essa função de recrutar essas células inflamatórias. 
 Então vejam que o sistema imunológico, o objetivo dele é único, nossa defesa e todo o mecanismo funciona muito parecido. É o que o anticorpo faz, é o que sistema complemento faz. Mas, se a gente tem falha em alguns desses processos, a gente vai ter um paciente com o sistema imunológico comprometido. Ah, mas se um está fazendo o outro não precisa. Precisa! É todo mundo junto e misturado fazendo essa função de defesa. Se tiver falha em algum você tem o paciente comprometido. E ai isso é passível de doenças genéticas, de imunodeficiências primárias. As primárias são as genéticas, onde a gente já nasce com esse tipo de anomalia. Aí pode ser de qualquer clone celular. Diagnóstico? Citometria de fluxo pra saber qual é o clone que você tá com defeito. Ou as imuno deficiências secundarias que a principal é o HIV. 
 Aí é a figura com as funções do sistema complemento. Ele consegue promover a lise do microrganismo.Ele vai agir na opsonização do microrganismo se ligando a bactéria e ai posterior fagocitose. Ele ajuda recrutar células inflamatórias. Ele ajuda fazer a remoção de imunocomplexos.
 Vamos desmembrar agora essas vias de ativação do sistema complemento. Nós temos a via clássica que é uma via que depende de anticorpo. Então para a via clássica do sistema complemento ser ativada né necessário que o microrganismo já esteja opsonizado pelos anticorpos (Já esteja recoberto pelos anticorpos). Para a via alternativa se inciar, basta ter o microrganismo. Não preciso de ter anticorpo. E pra via da lectina, também basta eu ter o microrganismo. Então aqui é a via da lectina, aqui é a via alternativa e aqui a via clássica. Então via clássica pra ser ativada, microrganismo mais anticorpo. Via alternativa e Via da lectina, basta ter apenas o microrganismo. A lectina é uma classe de proteínas que vai atuar reconhecendo sítios na parede da bactéria. Elas se ligam (chama-se MBR o nome da ligação). E ai tudo vai acontecer a partir dessa ligação vai se comportar igual a via clássica, por isso a gente não vai deter muito aqui. O que é que vocês tem que saber? Que existe a via da lectina. Pra ela ser ativada basta a presença do microrganismo. A partir dessa ligação, o comportamento dela vai ser igual ao que vai acontecer na via clássica.
Pergunta: Existe alguma relação da eficiência?
Não. Não existe a mais ou a menos eficiente. Existe uma ação conjunta. E caso alguma não esteja funcionando adequadamente, você já tem um imunocomprometimento. Agora por aqui você já tem uma noção que a primeira que se iniciar vai ser essa, quando você tem contato a primeira vez com aquele microrganismo. Por que se é a primeira vez, ainda vai vim a resposta inata, ainda vai vim a imunidade da resposta adquirida que é para produzir anticorpo. Por isso que no livro de vocês, no primeiro capítulo, quando fala de Imunidade Inata, no Abbinha, já cita Sistema Complemento. Por quê? Não é necessário eu ter anticorpo para eu começar a ação do Sistema Complemento. Eu tendo o microrganismo, eu já inicio com duas vias, está bom?
Então, são só proteínas que estão presente na Imunidade Inata, porque eu não precisei de anticorpo, como também, tendo anticorpo, vamos ter a via clássica atuando. O ideal é que tudo esteja funcionando.
Bom, aí é o resumo do que a gente acabou de falar. Nós temos três vias de ativação, não é, gente? Vamos lá! Via Clássica, Via da Lectina e Via Alternativa. Para a Via Clássica ser ativada eu preciso ter o que? Eu preciso ter o antígeno ligado ao anticorpo. Para eu ter a Via da Lectina ativada, basta eu ter o patógeno. E para a Via Alternativa ser ativada, basta eu ter o que também? O patógeno, não é?!
Após a ativação do Sistema Complemento, eu tenho a função dele, que é recrutar células inflamatórias, fazer opsonização do patógeno, e fazer a destruição dos microorganismos. Lembrando que ele também faz a remoção de imunocomplexos, certo?!
Bom, agora vamos saber como é que funciona cada via. Falei para vocês que essas proteínas são designadas por letras e números. Então existem proteínas específicas da Via Clássica, proteínas específicas da Via Alternativa e existe um via comum, onde elas se iniciam de uma forma diferente, mas elas vão convergir para uma Via Comum.
Então as proteínas específicas da Via Clássica, que é o início da ativação dessa via, é C1, onde eu divido em C1Q, C1R e C1S. Está nessa onde de C4, C2 e C3 porque é assim que ocorre a ativação, está certo? Não é porque eu me atrapalhei não, é porque é assim que ocorre a ativação: C1, depois a C4, depois C2, depois C3. 
Já a Via Alternativa, veja que C3 a gente apresenta nas duas, certo? Então é uma proteína que está presente em todas as vias, no estágio inicial, e é a que tem mais abundância. A Via Alternativa tem C3 também, e aí tem os fatores B, D e P. Após o início da ativação dessas duas vias, elas vão convergir para uma Via Comum. Se é comum, é comum a todas, e vai da proteína C5 até a (falha no áudio)...e a gente vai ver essa ativação ocorrendo. Então olha só, a Via Clássica, para ela se iniciar, precisa ter o antígeno ligado ao anticorpo. Ativa essa cascata de proteínas, C1, C4 e C2, chega em C3. A Via Alternativa, basta ter o microrganismo, também vai chegar em C3, onde C3 sofre uma hidrólise em C3A e C3B. C3A é um componente que vai fazer quimiotaxia, e C3B é quem continua fazendo a cascata ocorrer, do Sistema Complemento, até chegar na Via Comum, onde a Via Comum vai de C5 a C9. Aí, por fim, eu vou ter a lise desse microrganismo. Então, tanto pela Via Clássica como pela Via Alternativa, eu chego a lise do microrganismo, a destruição do microrganismo. O que é importante? Ver que elas se iniciam de uma forma diferente, mas que elas convergem para uma Via Comum, e o final de isso daí é a lise do microrganismo, está bom? 
Vamos lá, vamos ver primeiro a Via Alternativa, que é mais (palavra sem clareza para transcrição). Olha, depois que eu mostrar aqui o esquema de Via Alternativa e Via Clássica, aí eu passo o filminho, aí vocês “Aaaaa, é muito fácil!”. Eu não vou botar logo o vídeo não, lógico, não é? Vamos primeiro entender a informação. 
Então, olha só, eu tenho o microrganismo porque eu estou na Via Alternativa, não é? Eu tenho o microrganismo, está aqui ele, e aí uma proteína reconhece esse microrganismo, que é a proteína C3. Essas proteínas sofrem quebras, está certo? Então C3 sofre uma hidrólise, onde o fragmento C3B fica ligado ao microrganismo, e o fragmento C3A vai embora, lógico que quem vai embora também tem função. Então, vamos primeiro entender a parte do microrganismo, depois eu digo qual a função desse povo que vai embora, está certo? Então C3B fica ligado a superfície da bactéria, do patógeno, (palavra sem clareza para transcrição) C3B, faz uma opsonização, E aí essa ligação C3B-patógeno, é uma ligação extremamente estável. E a partir dai, começa-se a cascata de proteínas da Via Alternativa. Qual era a próxima proteína que vem? Não era fator B, D e P? 
Pergunta inaudível de aluno.
Resposta: Não! Antes de você chegar em C5, você tem aquelas iniciais, que na Via Clássica são C1, C4, C2 e C3. Na Via Alternativa é C3 e fatores B, D e T, está certo? Os fatores D e P, na verdade, são cofatores para a atuação do Fator B. Então nesse primeiro momento, eu nem mostro eles aqui, está certo? Então vamos lá! Essa ligação do C3 com o microrganismo, forma substrato para uma outra proteína, chamada Fator B. Então o Fator B vai se ligar aqui, que é degradado em “B” e “b”. Então eu já tenho um outro complexo formado: C3bBb, que vai funcionar como uma C5 Convertase, ou seja, vai fazer a quebra de C5. Então, quando isso daqui se somar a C5, também vai haver uma quebra de C5, em C5A e C5B. Quem fica ligado ao microrganismo é C5B, C5A vai embora. Então eu tenho um complexo patógeno-C3bBb-C5B. Quando eu chego em C5, eu cheguei na Via Comum, que vai ser comum para todos. Então, nesse primeiro momento, eu vou apresentar a parte inicial de cada um, depois a gente vai para a Via Comum, certo? Então, vejam que a Via Alternativa é só isso! Patógeno, C3B, Fator B, que também se degrada em dois pedaços, Bb, e aí, isso daqui formou um complexo para fazer a quebra de C5. Se eu cheguei em C5, eu cheguei na minha Via Comum. Isso daqui é uma cascata de proteínas para que uma bactéria sofra uma lise. É o início da Via Alternativa.
...Pergunta: Os dois c5,A e B saem? Resposta: Não, só o A que sai, o B fica. Depois eu vou falar a função desses que saem. Professora, então C3B...Themis: vamos colocar o esquema para explicar melhor. Eu tenho o que aqui? Qual é a primeira proteína da via alternativa que se liga ao microorganismo? C3. Quando o C3 se liga ele sofre uma hidólise, o C3A vai embora e quem se liga ao microorganismo? C3B. Então eu vou ter C3B + microorganismo e essa ligação serve como substrato para clivar o fator B que é a próxima proteína da via alternativa, ta? Então o fator B gera esses dois fragmentos, B e b, aí você vai ter esses dois fragmentosformando um complexo com C3B, então você vai ter C3B, B e b ligados ao microorganismo e isso aqui já vai servir como uma C5 convertase, ou seja, fazer a ruptura de C5, em A e B. C5A vai embora e C5B continua ligado ao microorganismo. Só que já que eu cheguei em C5, eu cheguei na via comum, que vai ser igual para todas as vias. Então vamos entender, a princípio, o início da via. Pergunta: Mas quando o C3B B e b quebram C5 e ficam ligados ao microorganismo ficam o C3B,b e o C5? Resposta: Fica. É literalmente uma cascata, e cada proteína que vai chegando vai ficando ligada ao microorganismo, entendeu? Vocês vão ver na figura que C5 fica até separadinho desse complexo C5, mas quando as próximas forem chegando, vão se ligando a ele. Mas vocês vão ver essa ruptura de C5, C5A vai embora e C5B se liga ao microorganismo para poder dar sequência à cascata dessas proteínas e você conseguir, ao fim, ter a lise do seu microorganismo. Então esse aqui, esse esquema não tem em livro nem em google, é by Themis. Mas essa parte inicial é a parte do início da ativação da via alternativa, ficou claro? Microorganismo + C3B + Bzao e bzinho + fazer a ruptura de C5. Acabou a via alternativa.
	Agora vamos para a via clássica. A via clássica eu já dei as informações para vocês que eu tenho que ter: o microorganismo ligado ao anticorpo para minha classe iniciar. Que anticorpos são esses capazes de ativar a via clássica do sistema complemento? IgM e IgG. Só que IgG se divide em algumas frações: IgG 1,2,3..ta? Então quem ativa a via clássica do sistema complementeo é IgG 1 e IgG 3 que são subdivisões da imunoglobulina IgG. Então quem ativa a via clássica do sistema complemento, os anticorpos capazes de fazer isso, são o IgM e o IgG. Então começamos a via clássica agora. Tenho essa situação aqui: bactéria e anticorpo. Qual é a primeira proteína da via clássica que eu falei no slide anterior? C1, então ela vai ser a primeira proteína a se ligar aqui. Essa proteína, C1, vai se ligar à fração FC do anticorpo, lembrando que C1 é uma proteína que se divide em C1B, tem dois fragmentos de C1S e dois de C1E, vou mostrar a vocês. Vou mandar os slides para o email de vocês. Está aqui C1, ela tem esse monte de (na microscopia eletrônica parece um brócolis, né?) lóbulos, que são esses pedaços que se ligam à fração FC e aqui o resto da composição dela, dois são C1S e dois são C1E. Então C1 é essa estrutura que é a primeira proteína da via clássica do sistema complemento. Vamos lá. Então esses anticorpos que se ligam ao patógeno podem ser IgM e IgG? IgM, eu não sei se vocês lembram da aula de imunoglobulina, eu falei que era a imunoglobulina pentamérica, com 5 monômeros, então ela é grande, né. Cinco monômeros ligados ao patógeno, então como o (inaudível) é muito grande, C1 só consegue se ligar a um IgM, estrutura de tamanho mesmo. Já sendo IgG ligado ao patógeno, a C1 consegue se ligar até a duas IgG. Só a efeito de informação. O que vocês têm que lembrar até agora da via clássica? Eu tenho o patógeno e tenho imunoglobulina, mas qual? IgG ou IgM, e qual é a primeira proteína da via clássica que chega para se ligar à essa imunoglobulina? C1. Assim, eu começo a cascata de proteína da via clássica. A próxima proteína, C4. Então, só repetindo: patógeno aqui; aqui é o antígeno; essa monomérica pequenininha, quem é? IgG; fração FC porque a fração (FAD?) está ligada ao antígeno, e ai a minha proteína C1. Vamos para a próxima, C4 chegou. Quando chega sofre uma quebra em C4 A e B, fica ligado ao C2 o C4B e o C4A vai embora para fazer as funções que eu vou dizer lá no final. Isso aqui já serve como um substrato para quebrar minha próxima proteína. Quem é a próxima proteína da via clássica? É assim, C1, C4, C2 e C3, ta? Então a próxima é a C2.
Então a próxima é C2, gente, quanto a C2 algumas literaturas divergem quem é que fica, quem é que vai embora, umas literaturas dizem que quando ocorre essa quebra de C2, quem fica é C2A, lá na membrana do patógeno e C2B que vai embora, e outras literaturas dizem ao contrário, quem ta certo eu ainda não sei. Mas enfim, o que a gente tem que saber, que C2 é um componente da cascata do sistema complemento, que se ela não tiver atuando nós não vamos ter a via clássica sendo realizada. E ai esse complexo, com C2A, aqui ele diz que é C2A, C4b vai servir para fazer a quebra de C3, e ai chega C3, não chega só uma C3 não, vai chegar um monte de C3, porque C3 é a fração proteica que faz a Opsonização do microorganismo. 
[EXLICA NO SLIDE] Ó, chega um monte de C3, então vai chegando C3 e vai sendo clivado, C3A vai embora e C3B vai recobrindo a superfície do patógeno. Então via clássica eu tenho essa sequencia de proteínas, na via alternativa eu tinha C3, e o fator B, porque fator P e B são cofatores para que isto aqui estejam atuando. Simples, não é não? 
Pergunta: Professora, na via alternativa as proteínas elas opsonizam a bactéria, como elas vão opsonizar se elas não reconhecem?
Resposta: Reconhecem, de forma inespecífica, por isso estão la na imunidade inata, ta? De forma inespecífica. 
E ai agora eu tenho um complexo, todas essas proteínas da fase inicial estão ligadas, já funcionando para fazer a quebra de C5. Se eu cheguei em C5 eu cheguei em qual via? Na via comum. Então tanto a via clássica quanto a vida alternativa as duas vão chegar em C5. E chegando em C5 eu cheguei na via comum. 
Pronto, aqui eu tenho C4b, 2A,3B já fazendo a quebra de C5, aonde C5A vai embora e C5B vai se ligar a superfície do patógeno. Cheguei em C5 cheguei na minha via comum. Aqui pra gente resumir ate a via comum: via clássica eu tenho quem? C1, Para ela começar a agir eu tenho que ter quem? Antígeno ligado a anticorpo, quais anticorpos? IgG e IgM, ok, comecei a via clássica, qual é a primeira proteína? C1, qual é a próxima proteína que C1 vai clivar? C4, tem C4A e C4B, ai vem depois quem ? C1, quem quebra C2 e C4 é C1. C1 quebra C4 em C4A e C4B, e ai chega C2,que vai ser quebrado em C2A e C2B, e ai sim, essas duas juntas vão funcionar para fazer a quebra de C3, em C3A e C3B, C3A vai embora, C3B forma o complexo que vai fazer agora a quebra de C5, que é a minha via comum. Podendo haver divergência quanto a proteína C2. 
Pergunta: Professora, então fica grudado no patógeno C1 e o complexo?
Resposta: É, C1 fica ligado aqui. C1 fica ligado na fração FC do anticorpo, quando chega C4, cliva C4, ai C4 fica um fragmento la no patógeno e o outro vai embora. 
Pergunta: Ah, então C4 fica como se fosse entre os anticorpos? 
Resposta: Isso. C4 chegou aqui, ela quebra C4, ai C4A vai embora e C4B vem para superfície do patógeno. Você vai ver no vídeo, tem isso tudo bem bonitinho. 
Já a via alternativa para iniciar basta ter quem? O microorganismo, basta ter o antígeno. E ai eu vou ter C3 se ligando de forma inespecífica a esse microorganismo, ele é quebrado, sofre um hidrólise, e ai C3B que faz essa Opsonização desse microorganismo. E ai vem o fator B que forma esse complexo, C3bBb do fator B, lembrando que fator D e P não aparecem em muitas cascatas porque eles não tão participando diretamente dessa ativação para que chegue na via comum. Eles são cofatores que vão ajudar ao fator B a fazer essa ligação. Você tem C3bBb que vai funcionar para fazer a clivagem de C5. Chegamos na via comum. Sim, a via Lectina, não vamos desmerecer só porque eu não estudei na faculdade, mas ela é iniciada pela ausência de anticorpo, ou seja, não precisa de anticorpo basta ter o microorganismo, ocorre essa ligação MPL, que reconhece resíduos de carboidratos na superfície do microorganismo, também é inespecífico, também está na imunidade inata, só que depois que ocorre essa ligação, tudo que vai ocorrer a partir dessa ligação é igual a via clássica. Então até agora o que foi importante? A gente saber desses microrganismos, que são revestidos todos com C3B, então se perguntar, qual a proteína que faz a Opsonização de microrganismos? C3B. Então essas vias diferem no modo que são iniciadas, cada uma inicia de um jeito diferente, mas todas elas vão convergir para umavia comum. E a via comum, olha só: independente da via que deu origem eu cheguei em C5 que foi clivado, C5 a foi embora e ficou c5b na superficie do patógeno. E quem são as proximasproteinas que vem? C6, C6, C8, C9. Então vem C6 se liga, vem C7 se liga, c8 vai se ligando uma na outra e eles vão formando um coplexo que é uma especie de furo na superfície da bacteria, ai depois vai chegando vários c9 que fazem o furo na membrana da bacteria, então se faz um furo a bacteria vai perdendo os seus constituintes e ai gera a lise da bacteria, ta bom? Eu vou botar o filminho e ai todas as dúvidas vão ser esclarescidas...
Pergunta inaudível 
Ressposta: Não... É... O que aconetece ai é o recrutamento de células inflamatórias... As proteínas serem ativadas é um complexo proteico atraves da cascata, a medida que uma começa as outras vão... é igual a dominó, bateu em uma, todas as outras caem...
Filme sonbre sistema complento:
Olhem aqui: As bacterias, os antigenos bacterianos sendo mostrados, quem chegou? O anticorpo. Quais anticorpos IgM e igG. E ai chegou a primeira proteina da via classica que é a C1, ó C1 se liga a fração Fc do anticorpo. E quem é a proximaproteina? C4. E o que vai acontecer com C4? Ele vai ser clivado, C4A vai embora efica C4B na superficie do patogenp. E quem chega agora? C2, que vai ser clivado ai C4A vai embora e C4B fica na superficie do patogeno formando esse complexo ai. Então quem chega agora? C3. Esse complexo C2 e C4 formam são responsáveis por quebrar c3. Ai vai chegar um monte de C3... Ó formou esse complexo ai que além de clivar c5 ele vai clivar um monte de c3, pois ele é responsável pela opsonização do microorganismo... vai chegar um monte de c3. E agora é a via comum, quem é a primeira proteina da via comum? C5. Ó c5 chegou. Depois eu vou falar p ra vocês de uma doença causada por falha nessas proteinas, que voces podem facilmente confundir com uma reação alérgica. E quem são as proximasproteinas da via comum? C6, C7, C8 , C9 que tem como objetivo a lise desse microorganismo. C9 vem um monte para conseguir formar esse poro ai... e ai formou o que? Buraco né, um furo, um poro, na superficie da bactéria, causando a lise.
Gente vocês vão ver nos livros muito essa sigla aqui: MAC OU CAM que significa complexo de ataque a membrana, que vc vai ter ele quando tiver isso aqui formado, ou seja, quando a via comum tiver sido ativada até c9.
Pronto, ta encerrando agora, prometo. Bom, o complexo de ataque a membrana, faz com que a via comum seja ativada até c9, então o objetivo é lisar o microrganismo e aquele povo que foi embora também tem suas funções que é: contração de musculo liso, degranulação de mastocitos, ativação de nutrofilos, quimiotaxia de neutrofilos também, então aquele povo que foi embora não participa ativamente do processo de lise, mas eles tem tambem um função dentro do processo de defesa.
e a mais importante de todas é a C3B por que ela é que é responsável por fazer a opsonização e lá promover a fagocitose desse microrganismo. Além da lise, quando ela está recobrindo, também está sinalizando para as células fagocíticas que há algo estranho. Terminando, dois slides, esse e o outro. Importante gente! Como tudo que agente estudou desde o semestre passado, precisa sofrer uma regulação. Porque se não houver uma regulação da expressão dessas proteínas, das ações delas e tudo, entra no processo de doença. E ai, existem proteínas que regulam a expressão das proteínas do sistema complemento. E aí, algumas doenças são características da falha de regulação das proteínas do sistema complemento. Então se você tem essa proteína chamada fator de aceleração do decaimento, ela regula e interrompe a ligação do fator B com C3B, ela interrompe a ligação de C42B com C3B, ou seja, ela interrompe via alternativa e interrompe via clássica. Proteína cortadora de membrana, MCP, ela faz o que? Ela faz uma proteólise, uma quebra da proteína C3B em fragmentos inativos. Como não tá precisando e por algum motivo essas proteínas estão reconhecendo algo que não era para reconhecer. Então existe uma regulação da expressão dessas proteínas que é feito por essas outras proteínas, e o inibidor C1NH que suspende a ativação do sistema complemento precocemente. Então são proteínas que também são reguladas geneticamente. E aí se não ocorre essa regulação, podem surgir doenças. Raras? Teoricamente sim. Não é uma coisa que vocês vão pegar no dia-a-dia como doenças que agente pode dizer comuns. Mas que ocorre. Tem casos aqui em Natal. Uma vez tinha uma aluna que tinha esse problema. Foi legal por que ela viu no cronograma que eu ia dar essa aula e no final ela fez quase que um caso clínico dela mesma. Ela tinha fotos dela em crise, da irmã, ela mostrou as fotos, contou como foi. Então foi um caso clínico real. Ela apresentando o próprio caso dela. Ela tinha deficiência dessa proteína de regulação C1NH. Então o nome da doença é Edema Angioneurótico Hereditário. Como é que se apresenta essa doença? Da seguinte maneira: Inchaço. Vai entrar no pronto socorro a paciente com olho inchado, boca inchada. O que é isso? Reação alérgica, pegue anti-histamínico. Qual o grande problema dessa doença? Edema. Só externo? Interno também. Ela ficou internada achando que estava com uma gravidez tubária, não era, era edema. E ela e a irmã demoraram 2 anos para terem o diagnóstico final. Sempre sendo tratadas como se fosse uma reação alérgica, sempre achando que era apendicite, gravidez, não sei o que... Vocês assistem aquele canal que tem enigmas da medicina? Teve um caso lá de uma paciente que teve exatamente a mesma coisa da aluna. Deficiência disso aqui. E lá ela demorou 20 anos para ter o diagnóstico porque ela não fazia edemas externos, só fazia edemas internos aí “ai to com dor”, ia no pronto socorro e tá tudo normal, tudo normal... E não se dosava as proteínas do sistema complemento. Ela disse que durou 20 anos com muita dor. Até que um dia ela fez edemas externos e uma médica, caiu a ficha e disse: vamos dosar. Qual o problema disso aqui? Não me pergunte mecanismo farmacológico porque eu não sei. Qual o tratamento para essa doença aqui para o paciente não fazer esses edemas? É hormonal. Testosterona. Então assim, Na população, quem apresenta mais sinais clínicos? A mulher. Homem, quando começa a produzir a testosterona depois da puberdade não apresenta quadro clínico. Quando criança sim, mas depois, quando apresenta níveis de testosterona mais altos não apresentam. A mulher sim. Tem que tomar o que? Anabolizante, para o resto da vida. Se não tomar, entra no quadro de edema. Outra doença é a hemoglobinúria paroxística noturna. Também é uma doença de deficiência dessas proteínas de regulação do sistema imune. O paciente tem um (incompreensível em 55:53) baixa e essas hemácias são destruídas mais a noite por diferença de pH. Então são algumas doenças que não são tão comuns, mas existem. Qual o grande problema disso aí? Confusão, o que é comum. O problema é esse, não fazer o diagnóstico diferencial.

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