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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EVAIR GRANDI DAROS RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Lages (SC) 2013 EVAIR GRANDI DAROS UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório de estágio supervisionado apresentado à banca de avaliação, como requisito do artigo 11, inciso I do regulamento de estágio, do Curso de Engenharia de Produção da UNIPLAC. Orientador: Professor Rafael Peletti Lages (SC) 2013 iii EVAIR GRANDI DAROS TERMO DE APROVAÇÃO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório apresentado como requisito indispensável para a aprovação do Relatório Final do Estágio Supervisionado, de acordo com o regulamento de Estágio Supervisionado do Curso de Engenharia de Produção. Comissão Examinadora: Professor Carlos Eduardo de Liz:_____________________________ Conceito: __________ Professor Rafael Peletti: ____________________________________ Conceito: __________ Lages (SC) 2013 iv Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível. A toda minha família, pela compreensão nos momentos de minha ausência e em especial a minha mãe, pelo esforço, dedicação e apoio em todos os momentos de minha caminhada. v AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus, que por muitas vezes pude pedir para que me desse à força necessária para prosseguir, não me deixando desanimar por toda esta caminhada. É com muita satisfação, que dedico este trabalho a minha mãe Libera Grandi, e as minhas irmãs Eliane Daros e Lenita Daros que sempre apostaram em mim, me deram apoio, carinho e compreensão, sendo neste longo período as pessoas com quem sempre pude contar. A todos meus colegas de sala de aula, e aos amigos que ganhei no decorrer deste período. Aos professores que me proporcionaram novos conhecimentos, os quais foram imprescindíveis para o alcance de meus objetivos, e em especial, ao meu orientador Prof. Rafael Peletti. E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direta ou indiretamente para o desempenho deste trabalho. vi LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Embalagem IBC .................................................................................................. 24 Figura 2 - Sistema Básico de RFID ...................................................................................... 27 Figura 3 - CHIP-TAGS ........................................................................................................ 37 Figura 4 - Checkpoint com leitora / gravadora TAG UHF ..................................................... 38 Figura 5 - Terminal com leitora / gravadora TAG UHF......................................................... 38 Figura 6 - Portais de controle de acesso ao software de gerenciamento ................................. 39 Figura 7 - Localização do chip ............................................................................................. 42 vii LISTA DE TABELAS Tabela1 - Orçamento do sistema. .......................................................................................... 39 Tabela 2 - Orçamento do sistema. ......................................................................................... 39 Tabela 3 - Orçamento do sistema. ......................................................................................... 40 Tabela 4 - Melhor opção de orçamento. ................................................................................ 41 Tabela 5 - Total do investimento e retorno. ........................................................................... 42 Tabela 6 - Tempo aproximado para instalação total .............................................................. 43 Tabela 7 - Tempo aproximado para instalação individual ...................................................... 43 viii LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CIF – Frete Pago CPU – Central Processing Unit EPC – Código Eletrônico do Produto EDI – Intercâmbio Eletrônico de Dados GRPS - General Packet Radio Service IBC – Intermediate Bulk Container OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico RFID - Identificação por Rádio Frequência SINIAV - Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos Checkpoint – Ponto de inspeção Mining – Mineração Millennium technology – Tecnologia milênio Oil - Óleo Paper - Papel Pay-Back – Retorno do investimento Plan – Plano Supply chain – Cadeia de suprimentos Transponders - Dispositivo de Comunicação Eletrônico ix SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES. .............................................................................................. vi LISTA DE TABELAS. ....................................................................................................... vii LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS. ...................................................................... viii 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................11 2. OBSERVAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................... 12 2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE................................12 2.1.2. Missão da Empresa ..................................................................................................... 15 2.1.3. Visão da Empresa ....................................................................................................... 15 3. O PROJETO .................................................................................................................. 16 3.1. TEMA ........................................................................................................................... 16 3.2. PROBLEMA ................................................................................................................. 16 3.3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 16 3.4. OBJETIVOS......................................................................................................................17 3.4.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 17 3.4.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 17 4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ........................................................................... 18 4.1. LOGÍSTICA. ................................................................................................................ 18 4.2. LOGÍSTICA REVERSA ...............................................................................................19 4.2.1. Logística reversa de pós-consumo. ............................................................................. 21 4.2.2. Logística reversa de pós-venda ................................................................................... 22 4.3. CUSTO NA LOGÍSTICA REVERSA. .......................................................................... 22 4.4. COMPETITIVIDADE NA LOGÍSTICA REVERSA..................................................... 23 4.5. PRODUTOS TRANSPORTADOS ................................................................................ 23 4.6. EMBALAGEM CONTEINER - IBC ............................................................................ 24 4.7. RÁDIO FREQUÊNCIA ................................................................................................ 25 4.7.1. Características técnicas e funcionais - RFID ............................................................... 27 x 4.8. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO .......................................................................... 28 4.9. ETIQUETAS INTELIGENTES ..................................................................................... 29 5. METODOLOGIA ......................................................................................................... 31 5.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA..................................................................................31 5.2. DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E DA AMOSTRA........................................................31 5.3. PLANO DE COLETA DE DADOS..................................................................................31 5.4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS.................................................................................31 6. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA...................................................................... 32 6.1. TECNOLOGIA ............................................................................................................. 32 6.2. DISPONIBILIDADE DA TECNOLOGIA .................................................................... 33 6.3. MANUTENÇÃO E SUPORTE ..................................................................................... 34 6.4. RASTREABILIDADE .................................................................................................. 34 6.5. SEGURANÇA DOS DADOS ....................................................................................... 35 6.6. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA .................................................................................. 35 6.7. EQUIPAMENTOS E INVESTIMENTO ....................................................................... 37 7. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 44 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 47 1. INTRODUÇÃO O relatório apresentado a seguir é resultado do Estágio Supervisionado, realizado na empresa Kemira Water Solutions Brasil Produtos Para Tratamento de Água LTDA, uma exigência para a conclusão do Curso de graduação em Engenharia de Produção. Na Etapa I do Estágio Supervisionado, conheci os setores da empresa e observei as atividades realizadas, o que resultou no registro do funcionamento da Kemira, abordando o histórico, visão, missão da empresa e as demais tendências e estratégias da empresa. Como observador das atividades da Kemira, visualizei a oportunidade de implantar uma melhoria no controle das embalagens IBC, responsáveis pelo transporte de produtos químicos, em três filiais da empresa multinacional que trabalham com essas embalagens, as mesmas estão localizadas no Brasil e escolhemos como lócus para aterrissar nosso problema de pesquisa. Esta observação resultou no objetivo do estudo. A elaboração da Etapa II do Estágio Supervisionado baseou-se no problema levantado na Etapa I e partir desta elaborou-se o projeto que definiu os procedimentos mínimos para a sua realização. Entre eles constam: O tema propriamente dito, os objetivos gerais e específicos, o problema, a justificativa, as referências bibliográficas e os procedimentos metodológicos. Com base na Etapa II foi realizada a Etapa III do Estágio Supervisionado que resultou as conclusões diante dos nossos objetivos, demostrando os resultados e dados coletados durante toda a pesquisa, estabelecendo sugestões e recomendações. 12 2. OBSERVAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO 2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE A Kemira estabeleceu-se em 1920 na Finlândia, fabricante de produtos químicos cujos principais clientes são indústrias com alto consumo de água em seus processos produtivos. Fornece soluções para gestão da qualidade e da quantidade de água que melhoram a eficiência nos processos produtivos. Existem três setores principais: Paper, que serve clientes na indústria de papel e celulose; Municipal & Industrial, composta por clientes municipais e industriais; e Oil & Mining, cujos clientes operam nos segmentos de petróleo e de mineração. A Kemira deu seus primeiros passos no Brasil em 1996. Veio ao país com a missão de ajudar a Tibrás a transformar em matéria-prima uma substância poluidora, o dióxido de titânio, que passou de resíduo a um dos produtos mais importantes para a limpeza e despoluição da água. Já naquela primeira ação no país, ainda sem base local, a Kemira demonstrou sua vocação para sustentabilidade. Deste momento em diante não parou de descobrir os potenciais do Brasil e em 1996 consolidou um empreendimento conjunto com a Tibrás, que veio posteriormente a chamar-se Millenium, para utilização do sulfato ferroso na produção de coagulantes. Ainda em 1996, consolidou sua base administrativa em São Bernardo do Campo - São Paulo, onde também instalou sua primeira fábrica na América do Sul, voltada para produtos para tratamento de água. Em 1997 ampliou suas atividades de produção no país, com a abertura da fábrica de Camaçari, Bahia. No ano 2000, começou a importar biocidas de sua filial dos Estados Unidos para suprir a necessidade de um grande cliente brasileiro. Logo percebeu a necessidade de atuar com mais força no segmento de celulose e papel, começando em 2001 as atividades comerciais nessa área. Em seguida, em 2002, iniciou a operação de uma nova planta na cidade de Telêmaco Borba, interior do Paraná. Para aumentar sua atuação nos mercados da América do Sul, em 2006 comprou o 13 negócio de celulose e papel da empresa Lanxess, passando a operar também na Argentina e na Colômbia. O ano de 2007 marcou o início de grandes decisões para a expansão do mercado. Nesse ano foi inaugurada a maior ilha química instalada e localizada em Fray Bentos, Uruguay. Também foi integrada a operação no Chile e na Venezuela, além de aumentar os negócios já existentes na Argentina, Brasil e Colômbia. Por fim, foram adquiridos negócios e fábricas da indústria química Dalquim nas cidades de Lages e Três Barras em Santa Catarina e Arapoti no Paraná, aumentando a presença no Brasil. Em 2008 houve grandes mudanças para a empresa que, além de inaugurar mais uma fábrica, desta vez em Santa Fé – Argentina fez a integração de todas as localidades sob uma única plataforma administrativa. Para fortalecer ainda mais sua participação no continente, a Kemira adquiriu a Nheel Química, em Rio Claro, estado de São Paulo, passando a ser a maior produtora de coagulantes da América Latina. No ano de 2009, a empresa manteve o foco no fortalecimento das relaçõestanto internas quanto externas, dando continuidade ao crescimento baseado na produtividade e rentabilidade. Lançou uma nova concepção visual a fim de ter uma mensagem mais adequada à sua estratégia, também redefinida nesse ano. Seus princípios estão comprometidos em evitar e minimizar os impactos negativos de suas atividades no meio ambiente, em pessoas e bens, assim como usar os recursos naturais de forma eficiente e consciente. A Empresa fornece soluções para purificação de água e eficiência hídrica e material. Enquanto ajudar os clientes é um elemento importante da abordagem em relação a um desenvolvimento sustentável, melhorar as próprias operações é igualmente importante. Ao longo da última década, conseguiu mitigar com sucesso seu impacto ambiental global, reduzindo as emissões da produção em 60%. Isso se deve em parte a alterações do portfólio de negócios. O código de conduta define os princípios fundamentais de como realizar negócios. O código de conduta está em conformidade com as diretrizes da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para empresas multinacionais. As operações de fabricação não são de consumo muito alto de água, comparado com muitas das indústrias. O consumo de água da Kemira tem um impacto limitado na escassez de água, visto que não se opera em larga escala em áreas especialmente secas, onde existiria falta de água. 14 A principal finalidade do uso de água nas instalações de produção é para refrigeração ou para processamento e, em muitos casos, tanto as matérias-primas como os produtos finais contêm água. A reutilização de água de processo, bem como da chuva, é muito eficiente em muitas das plantas e o tratamento local de efluentes é raramente necessário. A gestão ambiental dá suporte a pesquisa, educação e estudos em ciências naturais, visando promover o desenvolvimento do negócio e as vantagens competitivas globais nessas áreas, ao mesmo tempo assegurando a disponibilidade de funcionários habilitados no futuro. A organização está comprometida com várias iniciativas externas e participa ativamente numa série de organizações e entidades, contribui ativamente ao trabalho internacional na área da sustentabilidade, principalmente através de associações industriais e afiliação em organizações comerciais não governamentais proativas. As principais parcerias incluem o prêmio Millennium Technology e a Plan. O prêmio Millenium é concedido a cada dois anos para celebrar os inventores de tecnologias que melhoram a qualidade de vida. A Plan é uma organização humanitária internacional de desenvolvimento que alcança melhorias duradouras na qualidade de vida de crianças em países em desenvolvimento. A Kemira e a Plan colaboram para apoiar o direito das crianças à água, saúde e desenvolvimento, organizando projetos concretos em diversos países. Também colaboram com universidades para apoiar estudos químicos a nível mundial e fomentar a competência química nas áreas dos principais mercados. O diferencial competitivo atualmente é a escassez de água em determinadas áreas geográficas. A situação no futuro será ainda mais desafiadora acionada por diversas megatendências. O crescimento populacional continua forte, principalmente na Ásia. A tendência de urbanização requer novas soluções de água e de saneamento para dezenas de milhares de novos residentes urbanos, todos os anos. O crescimento industrial continua, mas muitas vezes a localização ideal do ponto de vista de matérias-primas e mão-de-obra é em áreas com escassez de água. As alterações climáticas afetam o equilíbrio hídrico local, causando, por exemplo, secas e inundações, bem como contaminação relacionada de reservas de água. A Kemira prevê que as tendências acima resultem em uma discrepância de 40% entre a demanda e a oferta global de água em 2030, baseado nas fontes de água doce disponíveis atualmente. A deterioração do desequilíbrio exigirá novas soluções de tratamento de água, especialmente as que possam aumentar a reutilização da água e permitir o uso de fontes de água natural de má qualidade. Acredita-se que essas soluções também terão valor comercial 15 significativo no longo prazo. A estratégia e o portfólio de negócios da Kemira foca na água. Isso proporciona uma base estável para criação de valor de longo prazo. O mercado global relacionado com a água é muito amplo, estando estimado em aproximadamente 500 bilhões de euros, e está dividido em uma dúzia de submercados. A Kemira foca nos mercados em que os clientes industriais e municipais utilizam química no tratamento da água e no melhoramento de processos relacionados com a água. O mercado que atende tinha um valor estimado de 28 bilhões de euros em 2011, a empresa dividiu-se em três segmentos, conforme descrito abaixo. O papel é um impulsionador do mercado e processamento avançado e eficiente de biomassas, tamanho do mercado em 2011 de 10 bilhões de euros, âmbito da Kemira de soluções químicas para as partes de alto consumo de água na indústria de celulose e papel, para melhorar a eficiência em termos de água, matéria-prima e energia dos clientes. O Óleo e Mineração é um impulsionador de mercado e extração sustentável de recursos naturais, tamanho do mercado em 2011 é 8 bilhões de euros, âmbito da Kemira com soluções químicas para as partes de alto consumo de água nas indústrias de petróleo e mineração do tratamento de águas residuais e melhoramento da eficiência de extração. O Municipal & Industrial é um impulsionador de mercado com água limpa e segura para a população e indústrias com tamanho do mercado em 2011 de 10 bilhões de euros, âmbito da Kemira com soluções de tratamento e purificação de água, bem como de tratamento de lamas para municípios e indústrias. 2.1.2. Missão da empresa A missão é o uso e reutilização eficientes de água. 2.1.3. Visão da empresa A visão é ser uma empresa líder de química da água. 16 3. O PROJETO 3.1. TEMA Logística Reversa. 3.2. PROBLEMA A dificuldade da empresa estudada é controlar as embalagens enviadas aos clientes e o retorno das mesmas, onde o custo para aquisição é de aproximadamente quatrocentos reais a unidade. A empresa comercializa apenas o produto, porém não possui controle sobre as embalagens, pois muitas vezes as embalagens que retornam não são aquelas enviadas para o cliente, então verificaremos até que ponto existe a possibilidade de implantação de chips nas embalagens utilizadas para armazenar os produtos químicos que são utilizados para tratamento de água. 3.3. JUSTIFICATIVA Após dois anos de atuação na área logística, surgiu o interesse em estudar a logística reversa, que envolve questões práticas, tais como controle de entrada e saída da empresa, quantidade de embalagens em cada cliente e o controle na própria empresa para utilização no inventário, questões sociais e ambientais, que se mostram cada vez mais atuantes em projetos e ações ecologicamente corretas. A logística reversa de pós-consumo é utilizada pelas empresas como uma forte estratégia para um posicionamento diferenciado no mercado. A empresa têm se preocupado e se interessado a cada dia que passa pelas perdas e gastos por não ter um controle efetivo das embalagens. O mercado de embalagens é um setor que ganha muita atenção por parte dos adeptos da responsabilidade ambiental, pois os recipientes são compostos por materiais poluentes. Após a utilização, algumas das embalagens são armazenadas pelos consumidores em locais inadequados, e controlando o retorno destas, é possível também reduziros prejuízos ao meio ambiente. 17 A importância desta pesquisa é contribuir com a empresa, a cidade de Lages e demais cidades do Brasil, os clientes, à sociedade entre outros, através das análises de toda logística reversa. Para tal, verificaremos a possibilidade de utilização de chips nas embalagens IBC, para melhorar o controle, obtendo uma ótima imagem dentro da organização e no mercado. 3.4. OBJETIVOS Com a finalidade de solucionar o problema de logística reversa foram definidos os seguintes objetivos. 3.4.1. Objetivo Geral Objetivo geral deste trabalho é analisar a logística reversa e estudar a possibilidade de implantação de chips nas embalagens IBC através da utilização da tecnologia de RFID. 3.4.2. Objetivos Específicos Descrever e estudar o processo da logística reversa, em busca de um posicionamento competitivo com a utilização de chips nas embalagens IBC; Identificar as principais características e atributos para implantação de uma tecnologia de rádio frequência (RFID). 18 4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 4.1. LOGÍSTICA Segundo DORNIER (2000, p.39) “a logística é o processo que envolve a aquisição, movimentação, armazenagem e entregas de mercadorias”. Administra os processos de forma integrada, fazendo com que as empresas ganhem com significativas reduções de estoques, otimização de transportes e diminuição de desperdício. A tendência de uma economia mundial, a crescente integração de mercados internacionais e a mudança no perfil dos clientes que buscam inovação, comodidade e criatividade, com qualidade e confiabilidade a um baixo custo, estão forçando as organizações a desenvolverem estratégias para projetar produtos para um mercado global e a maximizar os recursos da empresa. Reconhecer a importância das atividades que devem ocorrer entre os momentos da produção, ou seja, na cadeia de suprimentos e os momentos da compra de produtos são funções essenciais que o profissional de logística deve desenvolver. KOTLER (2000, p. 557) comenta: Infelizmente, a ótica da cadeia de suprimento vê os mercados apenas como pontos de destino. A empresa seria mais eficaz se considerassem as exigências de seu mercado-alvo em primeiro lugar, e a partir desse ponto projetasse a cadeia de suprimento, em um processo retroativo. A logística, atualmente, funciona como fonte de vantagem competitiva para as empresas, não se limitando assim na otimização dos recursos utilizados na cadeia de suprimentos, mas também considerando uma visão geral do sistema para atender à otimização global. A logística está se tornando um facilitador crítico para atender a essa visão sistêmica. Segundo DORNIER (2000), a logística é o processo de planejamento, implementação e controle de um fluxo físico de informações, efetivo e eficiente em custo, do ponto de origem ao ponto de consumo. Para atender as necessidades dos clientes, a logística se torna cada vez mais importante em um cenário no qual as empresas operam dentro de um ambiente em constantes mudanças, principalmente tecnológicas, econômicas, mercadológicas 19 e de disponibilidade de recursos. O maior objetivo é fazer com que o produto chegue às mãos do consumidor final, portanto, deve estar localizado onde o consumidor em potencial realiza suas compras, deve estar disponível antes da necessidade de aquisição, na quantidade necessária para a demanda local e em condições adequadas ao uso. Para que o planejamento logístico seja realizado de forma eficiente, se faz necessário a existência de consistentes previsões de demanda e a percepção do seu comportamento. É preciso entender o que o consumidor considera como valor e transformar essa informação em serviço, investindo, assim, em equipamentos, recursos humanos, instalações, tecnologia e demais recursos necessários. Hoje, existem muitas demandas conflitantes em uma organização e cada produto possui um processo de produção diferente. A compreensão de um negócio envolve o entendimento técnico profundo de cada produto, o entendimento de como funciona o processo produtivo, os resultados econômicos e financeiros que trazem para a empresa, como o serviço é prestado e o tipo de relacionamento comercial realizado com os clientes. A prestação do serviço logístico lida diretamente com as pessoas envolvidas no processo, como empregados, fornecedores, clientes, acionistas entre outros. Qualquer falha no processo pode acarretar custos globais para a organização, prejudicando a lucratividade, elemento de grande interesse dos envolvidos. 4.2. LOGÍSTICA REVERSA Segundo BALLOU (1995, p. 75), “o processo da logística não termina com a entrega do produto ao consumidor final, existem as etapas do ciclo reverso, ou seja, dos bens e materiais que por algum motivo retornam à empresa”. A logística reversa define-se no planejamento, no controle dos fluxos e nas operações de informações logísticas destinado ao retorno dos produtos na pós venda e no pós-consumo. A logística reversa tem sido utilizada como uma importante ferramenta de aumento de competitividade e de consolidação de imagem corporativa, quando inserida na estratégia empresarial e em consonância com o marketing da empresa, principalmente com as estratégias de marketing ambiental. A logística é considerada como parte integrante da função de marketing, pois o seu objetivo é gerar lucro para a empresa e a logística é uma importante ferramenta desse processo. BALLOU (1995, p. 49) afirma que “marketing tem dois propósitos básicos. Um 20 deles é obter demanda e o outro é atender à demanda. Estes dois estão ligados pelo nível de serviço provido”. A logística reversa se tornou uma arma importante de marketing nas organizações, pois obtém uma grande contribuição na ampliação do serviço prestado ao cliente. BALLOU (1995, p. 73) defende que “o nível do serviço logístico é fator-chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem aos seus clientes para assegurar a fidelidade”. Logística reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, de retorno dos bens de pós- venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (LEITE, 2003, P.16). A logística reversa está bastante associada às questões ambientais de destinação final de bens de pós-consumo e também serve como um diferencial estratégico que pode trazer benefícios para clientes, empresas e acionistas. Tradicionalmente, os fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo, entretanto, ações do fluxo reverso exigem um grau de comprometimento e de responsabilidade por parte de todos os envolvidos na cadeia de suprimento. A logística reversa busca unir a indústria, atacado, distribuidor, varejo e os demais elos da cadeia em torno de vantagens mútuas. LEITE (2003, p. 25) ressalta: As empresas possuem uma visão sistêmica interna e externa e essa estratégia para sua rede de operações, formando redes de organizações constituídas pelos diversos elos anteriores e posteriores na cadeia industrial, com o intuito de otimizar as operações e os fluxos logísticos desse novo sistema, as chamadas cadeias de suprimento. Apresenta um ambiente empresarial de alta flexibilidade, qualidade total e elevado nível de relacionamento com seus clientes e fornecedores, por meio de alianças e parcerias estratégicas devárias naturezas, que permitem interações, compartilhamento de informações e acréscimo de valor nos serviços prestados, melhorando a operação dos clientes e mantendo-os por mais tempo. Para LACERDA (2000) a logística reversa é o planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados, bem como seu fluxo de informação, do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar o descarte adequado. Esse processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou descarte. Para a maior parte dos bens descartados existem algumas condições necessárias para a reintegração ao ciclo produtivo, ou tecnologia de reciclagem, ou mercado para aplicações 21 dos materiais, mas nem sempre se apresentam todas as condições necessárias para completar o ciclo de retorno. Em alguns casos, a causa principal pode ser a baixa disponibilidade do produto de pós-consumo, devido a dificuldades de captação que impedem escalas econômicas de atividade (LEITE, 2003). 4.2.1. Logística reversa de pós-consumo A logística reversa de pós-consumo, objeto do trabalho em questão, constitui os canais reversos de pós-consumo, que trata do fluxo reverso de produtos e materiais constituintes oriundos do descarte dos produtos depois de finalizada sua utilidade original e retornam ao ciclo produtivo. A logística reversa de pós-consumo está ligada à preocupação com o meio ambiente, com a conscientização de que os recursos oferecidos pela natureza são finitos. É nesse contexto que se insere o problema ecológico nos canais de distribuição reversos e observa-se um crescente interesse de empresas modernas, entidades governamentais e comunidades em geral pelo envolvimento ativo, nos problemas ecológicos, na defesa de sua própria importância econômica e no posicionamento de sua imagem corporativa. (LEITE, 2003). A responsabilidade ambiental permitirá que novas oportunidades de negócios apareçam e gerem novos empregos, possibilidades de serviços e de desenvolvimento tecnológico. Os canais de distribuição reversos de bens de pós-consumo constituem-se nas diversas etapas de comercialização pelas quais fluem os resíduos industriais e os diferentes tipos de bens de utilidade ou seus materiais constituintes, até sua reintegração ao processo produtivo. Segundo LEITE (2003, p. 83): A logística reversa de pós-consumo, contrariamente à logística reversa de pós-venda, na qual o fluxo reverso se processa por meio de parte da cadeia de distribuição direta, possui uma estrutura própria de canal formada por empresas especializadas em suas diversas etapas, que formam o reverse supply chain. Essa especialização refere-se tanto ao tipo de atividade desempenhada como à natureza do material ou produto de pós-consumo trabalhado. A logística reversa de pós-consumo está relacionada com a preocupação com o desenvolvimento sustentável, cujo objetivo é o crescimento econômico minimizando os impactos ambientais e tem sido constantemente utilizado nos dias de hoje, baseado na ideia de atender às necessidades do presente sem comprometer gerações futuras no atendimento das 22 suas necessidades. (LEITE, 2003). Os produtos podem ser aproveitados de três maneiras: reciclagem de materiais, reuso e incineração. O sistema de reciclagem agrega valor econômico, ecológico e logístico aos bens de pós-consumo, criando condições para que o material seja reintegrado ao ciclo produtivo, gerando uma economia reversa. O sistema de reuso agrega valor de reutilização e o sistema de incineração agrega valor econômico, pela transformação dos resíduos em energia. A logística reversa de pós-consumo trata do fluxo físico e das informações correspondentes aos bens de consumo descartados pela sociedade, em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização, além dos resíduos industriais, que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos específicos. 4.2.2. Logística reversa de pós-venda Os canais de distribuição de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, entre as empresas, motivadas por problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre empresas, retornando ao ciclo de negócios de alguma maneira. (LEITE, 2003). Esses produtos poderão ser submetidos a consertos ou reformas que permitam que retornem ao mercado primário ou a mercados diferenciados denominados secundários, agregando-lhes novamente valor comercial, denomina-se que a logística reversa de pós-venda é a específica área de atuação da logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós- venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta. (LEITE, 2003). 4.3. CUSTO NA LOGÍSTICA REVERSA Os custos na logística reversa estão, em geral, associados às operações da logística clássica. Porém existem algumas distinções que devem ser feitas. Custos contabilizados é a soma dos custos de armazenagem, transporte e sistemas de informação, relacionados ao tipo de canal reverso. Somam-se os custos de seleção de produtos 23 retornados e distribuição destes produtos. Custos de gestão são os mesmos indicadores utilizados na logística clássica como os custos controláveis, metas, melhorias, etc. Custos pouco visíveis estão relacionados com imagem da empresa. Falhas de atendimento, desperdícios de tempo e outros recursos podem denegrir a imagem corporativa da empresa em relação à comunidade. Estes custos são intangíveis e envolvem a imagem da marca, sendo também denominados de custos de risco. (BALLOU, 1995) Em 85% dos casos o cliente abandona a marca do produto devido a uma falha ou experiência negativa. Conquistar um cliente custa cinco vezes mais que mantê-lo. Quanto maior é a regularidade de um cliente maior é o lucro gerado por ele, se gasta muito mais para recuperar uma imagem do que mantê-la LAKATOS (2001). 4.4. COMPETITIVIDADE NA LOGÍSTICA REVERSA A logística de retorno produz um número de transações que é de cinco a dez vezes maiores do que o número de transações da logística direta (logística clássica de envio). O custo gerado pelo fluxo reverso pode ser de três a cinco vezes maiores que o custo de envio, o fator de compensação de custos pode e deve ser utilizado também na administração de fluxos reversos. Atitudes que podem criar relacionamentos duradouros entre clientes e empresas através de redução de desperdícios de matéria-prima, fornecimento de produtos customizados, redução de custo de mão-de-obra, facilitação de operações, redução de tempo de espera, oferecerem confiabilidade e pronta disposição, redução de custos de manutenção de estoques, proporcionar flexibilidade e entrega rápida, redução dos custos de poluição, coleta de destino adequado dos materiais, redução dos custos de reparo, melhor confiabilidade do produto. Do ponto de vista do fabricante, a logística reversa pode oferecer ganhos competitivos desde que seja possível a reintegração dos retornos ao ciclo produtivo ou de negócio. (BALLOU, 1995). 4.5. PRODUTOS TRANSPORTADOS A empresa em estudo produz e transporta os seguintes produtos: sulfato de alumíniolíquido isento; sulfato de alumínio líquido ferroso; sulfato de alumínio líquido com baixo teor de ferro, são coagulantes que podem ser utilizados para tratamento de água e efluentes, bem como outras aplicações industriais, são baseados no teor ativo do alumínio. O Cloreto de 24 polialumínio líquido é um coagulante que pode ser utilizado para tratamento de água e efluentes, bem como em produção de papel e outras aplicações industriais e é baseado no teor do alumínio. 4.6. EMBALAGEM CONTEINER - IBC Os produtos fornecidos são envazados a granel e em embalagens homologadas de 1.000 Litros, que pode ser verificado na figura 1: Figura 1 - Embalagem IBC Fonte: www.schutz.com.br, 2012. Conforme site (schutz.com.br), um contentor IBC é utilizado para mercadorias a granel, é usado no transporte e armazenagem de fluídos e materiais. O IBC, conhecido até agora no mercado como um elemento passivo de armazenamento e transporte, evoluindo para uma nova embalagem ativa com novas funcionalidades que agregam valor à embalagem do produto, todos os IBC foram desenvolvidos para atender os requisitos específicos do produto que irá conter. A forma e dimensão são geralmente de formato cúbico e por isso podem transportar mais material na mesma área que contentores cilíndricos e transportam maior quantidade se empacotados em quantidades destinadas a consumo. Podem ser envazados ou descarregados com uma variedade enorme de sistemas. Um fabricante de um produto pode enviá-lo a granel e a baixo custo, para diversos países, e só aí o produto ser embalado para consumo final de acordo com a legislação e etiquetagem em vigor. O IBC tem variação no seu tamanho, mas geralmente este se situa entre 700 e 2.000 mm de largura e entre 1.168 e 1.321 mm de altura. O comprimento e largura são geralmente estabelecidos em função do tamanho 25 legal do palete em vigor. A grande maioria das embalagens possuem uma base em madeira ou plástico similar a um palete, de maneira a ser movimentados com um empilhador. O peso de um IBC cheio pode variar entre 90 e 1.200 kg. Na grande maioria dos casos podem ser empilhados uns nos outros. Este tipo de contentores pode ser comprado ou alugado. Na empresa as embalagens são usadas para fazer o envaze dos produtos, mas não existe controle, apenas são enviadas aos clientes com uma nota fiscal de remessa para ficar registrado no sistema, mas não é feito algum controle para ver se retornou e se aquelas que retornaram são as mesmas que foram enviadas, devido a este problema, então verificaremos até que ponto é viável o investimento para instalar chips nas embalagens utilizadas para armazenar os produtos de tratamento de água de forma sustentável. 4.7. RÁDIO FREQUÊNCIA O sistema de rádio frequência faz a identificação de produtos, com a finalidade de compartilhamento de informações em tempo real, utiliza à tecnologia RFID (Identificação de dados por rádio frequência), para transmiti-la para uma rede acessível, chamados de EPC (Código Eletrônico do Produto) conforme acrescenta CORONADO (2007). Segundo CORONADO (2007), o uso da RFID depende de quatro fatores: tecnologia, existência de normas técnicas, regulamentação e normas de aplicação. Por isso, faz-se necessário que se criem normas para tornar a RFID uma aplicação aberta e bem sucedida. Desde o seu surgimento, em 1935, a partir de um dispositivo para identificar aviões aliados e inimigos, esta tecnologia tem evoluído constantemente. As suas aplicações atuais incluem identificação e controle de animais, acessos a prédios, pedágios e estoques, entre outras. Com a sua utilização a falta de um item no estoque em função de um controle equivocado ou extravio também deixará de existir, pois é possível localizar, dentro do ambiente, qualquer produto em tempo real. Para o setor de compras também passa a existir um diferencial, afinal não há necessidade de aguardar o término do descarregamento para conferência do produto, basta instalar leitores de RFID no local de descarregamento e efetuar a leitura do que está no caminhão. Em função desta interação e dinamismo, o setor que efetua as programações das produções pode efetuar planejamentos aproveitando melhor a utilização dos insumos e sem a preocupação da interrupção do fluxo da produção devido a erros no gerenciamento do 26 estoque. O desafio para a difusão desta tecnologia tem sido, segundo CORONADO (2007), em reduzir o tamanho e o custo do dispositivo de funcionamento, além da possibilidade de se armazenar nele uma quantidade maior de informações. Na logística, os primeiros estudos sobre suas atividades destacam o envolvimento de parceiros da cadeia de suprimentos, como entrega, transporte e recebimento de mercadorias. Segundo o site (wallmart.com.br) a rede de varejo americana poderá elevar suas vendas em 287 milhões de dólares por ano ao ajustar apenas uma pequena parte de seus problemas de estoque com o uso das etiquetas inteligentes por rádio frequência (RFID). O ponto chave é garantir que as etiquetas estejam aplicadas em todos os produtos, além de instalar um aparelho RFID no veículo que transporta as cargas, de modo que ele aponte ao motorista exatamente onde deve ficar cada item dentro dos armazéns de estoque. Ao colocar as etiquetas em todos os produtos, a companhia pode encontrá-los com facilidade, onde quer que eles estejam de modo rápido e eficaz. Em cada loja do Wall-Mart que a tecnologia foi instalada, o impacto foi imenso na recuperação de venda perdida. No Brasil o Pão de Açúcar, com o uso de rádio frequência, passou a controlar integralmente as atividades de recebimento, armazenamento, separação e expedição de mercadorias. A expansão de suas operações EDI – Electronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) permitiu que 32% de todas as transações de compras fossem processadas através desse sistema, no qual mais de 45 fornecedores se encontravam conectados em rede, ao centro de distribuição. Com esses avanços conseguidos na área de logística, melhorar seu gerenciamento de estoques, fortaleceu sua parceria com os fornecedores, reduziu as quebras de mercadorias, aumentando dessa forma, a área de vendas das lojas, através da diminuição dos espaços destinados ao armazenamento das mercadorias. DINIZ (1998). A nova tecnologia vem sendo testada em redes varejistas internacionais na área de logística, recebimento, expedição de mercadorias, assim como na área militar. A agilidade no recebimento de produtos é uma das principais vantagens apontadas pelas redes internacionais. O objetivo é que a tecnologia seja amplamente utilizada em toda a cadeia de suprimento como forma de integração e compartilhamento de informações. 27 4.7.1. Características técnicas e funcionais - RFID Algumas características técnicas sobre a identificação por rádio frequência são destacadas por BHUPTANI & MORADPOUR (2005), ela envolve a detecção e a identificação de um objeto identificado através dos dados que ele transmite. Esta ação envolve a necessidade de um chip (conhecida como transponder / tag), um leitor ou checkpoint (também conhecido como interrogador ou ponto de inspeção) e antenas (também conhecidas como dispositivos de acoplamento) localizadas em cada ponta do sistema (Figura 2). O leitor ou checkpoint manual portátil ou fixo, por sua vez, normalmente é conectado a um computador central que irá processar os dados da etiqueta e tomar ações, onde são necessários também os terminais para armazenar todos os dados informados e distribuir para o sistema onde será instalado um portal de controlede acesso, que poderá ser acessado por um usuário e sua senha. Este computador faz parte geralmente de uma rede maior de computadores de uma empresa e, em alguns casos, é conectada a internet, representando assim, a unidade básica de arquitetura de RFID. Figura 2 - Sistema Básico de RFID Fonte: Wireless Brasil, 2012. Segundo o site (siniav.net), no Brasil os veículos que entrarem em circulação em 2013 terão um chip automático de rastreamento. O dispositivo do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (SINIAV) estará sempre ativado em qualquer ponto do território nacional e vai permitir que órgãos de trânsito monitorem as frotas e evitem roubos ou furtos de automóveis, além de ter o controle de tráfego, restringir acesso em zonas urbanas, fiscalizar velocidade média, aplicar multas e localizar veículos roubados. O sistema vai utilizar uma série de antenas fixas ou móveis para inspecionar a frota. Os carros usados também deverão ser equipados com o chip. Os estados vão programar as instalações 28 individualmente. 4.8. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO Muitas empresas já perceberam que a chave para o sucesso no gerenciamento da cadeia de suprimentos está no sistema de informação, que é definido por GOMES & RIBEIRO (2004, p.63) como “um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvidos para coletar, processar, armazenar e distribuir informação para facilitar a coordenação, o controle, a análise, a visualização e o processo decisório”. A utilização da tecnologia da informação permite a compressão do tempo e do espaço, a uma capacidade de conectar o cliente diretamente com o fornecedor, e este poderá reagir, por vezes em tempo real, às mudanças que ocorrem no mercado. Historicamente é verificado que os elevados investimentos e custos de manutenção da tecnologia inviabilizavam sua aplicação em muitos processos logísticos. Nesta época, os estudos de retorno sobre o investimento normalmente não mostravam viabilidade econômica. Existiam poucas soluções disponíveis no mercado e ficavam restritas a um pequeno número de empresas e profissionais que tinham acesso a conhecimentos específicos. Em conformidade com a ideia de acessibilidade tecnológica, os processos de negócio das organizações começaram a ser redesenhado o que viabilizou economicamente muitas soluções de tecnologia. Os processos logísticos sofrem reflexos do avanço tecnológico e vem se transformando com a finalidade de alcançar uma esperada melhora de desempenho que visa assegurar a permanência no mercado competitivo. Na década de 90 a tecnologia da informação ganhou maior acessibilidade e mostrou a sua significância como fator crucial para a prática da logística integrada. A tecnologia da informação aplicada à logística, como visto anteriormente, participou de um benéfico processo evolutivo através do desenvolvimento de diversos aplicativos que contribuíram para otimização dos processos. Isto consolida a afirmativa de que a tecnologia da informação é fundamental para o bom desempenho das atividades logísticas. É neste cenário que surgem soluções em automação que visam o aprimoramento dos fluxos envolvidos na logística, que podem ser classificados em cinco principais grupos: Planejamento, Execução, Controle, Comunicação e Concepção. 29 4.9. ETIQUETAS INTELIGENTES O avanço tecnológico vem motivando as empresas a buscar novas tecnologias, permitindo-lhes cada vez mais, parcerias entre empresas e organizações, e uma padronização dos dados no intercâmbio de fluxo informacional. Foram definidos padrões que podem ser aplicados para identificar desde um produto de consumo disponibilizado na gôndola para o consumidor final até as unidades, incluído ainda ativos, locais e serviços. Tais padrões são ferramentas que facilitam também os processos de comércio eletrônico, além de permitir à completa rastreabilidade dos produtos. As etiquetas são definidas por COSTA (2005, p.14) como “Representações gráficas de caracteres numéricos ou alfabéticos, formado por combinações distintas de barras e espaços em sequência. Seguem uma lógica determinada conforme o padrão do código utilizado”. Segundo CORONADO (2007), este sistema de identificação propicia a transmissão de informações para qualquer empresa, em qualquer mercado, em qualquer parte do mundo; trata-se de um sistema compreendido internacionalmente. Permite então, uma total visibilidade por parte das empresas dos bens e serviços nos processos sejam eles logísticos ou não, abrangendo todo tipo de componente: matéria-prima, processo de fabricação, atacado, varejo e cliente final. O sistema de identificação é utilizado, nas embalagens dos mais diversos produtos, de forma geral, o seu objetivo é tornar a identificação do material junto com a rádio frequência, através da padronização dos códigos utilizados entre fabricantes, comerciantes varejistas ou atacadistas e consumidores. Segundo o site da (goodyear.com.br), as transportadoras têm apostado para reduzir seus custos operacionais, nos pneus de seus caminhões equipados com um chip de identificação por rádio frequência, os componentes permitem o controle das condições técnicas do equipamento. Os sinais de rádio transmitem informação para um sistema de gerenciamento sobre o desempenho do pneu, indicando a necessidade de calibragem, trocas ou recapagem. O chip é fixado no pneu por meio da vulcanização química, um processo que permite a perfeita união de componentes de borracha em temperatura ambiente, fazendo com que as partes se tornem unidas, coladas, permanentemente como uma única peça. Resistente às situações mais agressivas de uso, como alta temperatura e choques contra obstáculos, o chip também permanece ativo no pneu mesmo nos processos de 30 recapagem, o que evita custos secundários. Para completar o sistema RFID, que consiste na instalação de um equipamento de leitura de chips no portão da transportadora, agilizando a leitura de dados de uma frota. Com o chip, consegue-se ter um raio-x completo e tem-se acesso a informações que, a olho nu, são muito trabalhosas de se identificar. Alguns benefícios são destacados por CORONADO (2007) a fim de justificar a sua aplicabilidade logística como exemplificação na indústria: eficiência operacional e logística, controle de processos, estoques e inventários, redução de custos operacionais, administrativos, recebimento, movimentação interna e externa de materiais, informações corretas e em tempo real, fortalecimento de parcerias entre os elos da cadeia de suprimento, diferencial competitivo, padronização nas exportações. Os benefícios destacados na relação entre atacadista, distribuidor e varejo, o mesmo autor traz o aumento da eficiência nos pontos de venda, eliminação de erros na digitação, otimização da gestão de preços, gestão de estoques em tempo real, resposta rápida a mudança de hábitos de consumo, velocidade de entrada de dados, redução de custos operacionais e administrativos. As buscas nos sites científicos tiveram um resultado muito positivo, foram encontrados vários artigos que iam ao encontro das palavras-chave, que estão relacionadas à pesquisa e essas categorias permearam o estudo, no próximo capitulo será apresentado à metodologia utilizada neste estudo. 31 5. METODOLOGIA 5.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA A pesquisa foi desenvolvida na empresa Kemira, como um estudo de caso baseado em dados reais da empresa, aliado com a pesquisa de campo. A pesquisa de caráterqualitativo e quantitativo. 5.2. DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E DA AMOSTRA A população e consequentemente a amostra foram considerados os setores de armazenamento de embalagens, supply chain (cadeia de suprimentos) e as transportadoras. 5.3. PLANO DE COLETA DE DADOS Os dados foram coletados através dos funcionários do setor de supply chain (cadeia de suprimentos) onde é feito o controle de entrada e saída através das notas fiscais e os fornecedores. 5.4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS Foram analisados e reunidos os dados coletados, pois trabalhamos com dados reais na empresa, fornecedores e clientes e, por fim, fizemos uma investigação que se caracteriza por um estudo de até que ponto existe viabilidade de investimento de chips nas embalagens IBC. 32 6. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA A pesquisa teve como objetivo principal discutir a logística reversa e estudar a possibilidade de implantação de chips nas embalagens IBC através da utilização da tecnologia de RFID, na qual se pretendeu descrever e estudar o processo da logística reversa, em busca de um posicionamento competitivo, com a utilização de chips nas embalagens IBC e identificar as principais características e atributos para implantação de uma tecnologia de rádio frequência. O desenvolvimento da pesquisa foi realizado através de uma rotina planejada e organizada. A coleta e tratamento dos dados demonstraram a possibilidade de investimento de chips nas embalagens. Diante da necessidade de atingir os objetivos da pesquisa, foram desenvolvidas as seguintes etapas referente à implementação proposta: tecnologia, disponibilidade da tecnologia, manutenção e suporte, rastreabilidade, segurança dos dados, implantação do sistema, equipamentos e investimento. 6.1. TECNOLOGIA O sistema estudado para investimento é composto por rádio frequência utilizado no sistema de identificação para capturar os dados. Esta tecnologia utiliza etiqueta inteligente com um chip instalado e que serão fixados nas embalagens, que poderão ser rastreados por ondas de rádio frequência utilizando antenas. Com esta tecnologia, a transmissão das informações é feita por antenas e etiquetas de rádio frequência, permitindo a captura de dados, para identificação de objetos com dispositivos chamados de transponders que emitem sinais de rádio frequência para leitores ou antenas. Para implantar esta tecnologia conforme dados dos fornecedores deste serviço será necessário instalar “chips anticorrosivos” em todas as embalagens devidos os produtos poderem danificar os chips, 1 terminal de controle para a Empresa Kemira poder acessar o 33 sistema, 4 checkpoints (pontos de inspeção) com leitora/gravadora, antena, CPU e modem para a Empresa Kemira e o terceiro que irá coletar as embalagens, poder registrar a entrada e saída, 3 portais de controle de acesso com leitora/gravadora, antenas, e software de gerenciamento para Empresa Kemira acompanhar toda movimentação através do terminal de controle. 6.2. DISPONIBILIDADE DA TECNOLOGIA A GS1 Brasil que é a Associação Brasileira de Automação tem como missão manter uma posição de liderança no estabelecimento de um sistema de identificação e comunicação multissetorial e global para os produtos, serviços e localidades com base em padrões de negócio internacionalmente reconhecidos. A GS1 Brasil cria grupos de trabalho em diversos setores, onde empresas discutem padrões e práticas de negócios mais eficientes, sinalizando para o mercado como usar as melhores tecnologias. Ela representa um papel importante na orientação, treinamento e difusão de padrões internacionais em automação no Brasil e por isso, empresas fabricantes, distribuidoras destas tecnologias em automação, são cadastradas pela associação e facilitam a pesquisa e difusão de novos padrões e aplicações em automação, o cadastramento destas empresas, fabricantes e distribuidoras facilita a busca por fornecedores destas tecnologias e orientação quanto a padronizações e treinamento. Em consulta ao cadastro de membros associados da GS1 Brasil em seu site verificou-se importantes dados com relação ao fornecimento sobre a tecnologia: Tecnologia de identificação por rádio frequência dados de 2009: • 16 fornecedores de etiquetas inteligentes; • 39 fornecedores de acessórios para rádio frequência; • 15 empresas fornecedoras de antenas para rádio frequência; • 35 fornecedores para ponto de acesso; • 26 fornecedores de switch (Equipamento que interliga os computadores em uma rede); • 25 empresas que fornecem outros equipamentos de rádio frequência; • 43 empresas fornecedoras de sistemas de gestão ERP. (Sistemas Integrados de Gestão 34 Empresarial). A partir dos dados apresentados acima se verifica que a tecnologia de identificação por rádio frequência trabalha com distribuidores, pois os componentes principais do sistema ainda são importados, o que impacta no seu custo de aquisição, assim como na disponibilidade de importantes serviços como manutenção e assistência técnica ou suporte. 6.3. MANUTENÇÃO E SUPORTE A identificação por rádio frequência por apresentar uma tecnologia complexa, e apesar de alguns componentes desta tecnologia ser de outro país, vem se destacando muito, e conforme o site (http://www.gs1.gov.br) apresenta uma quantidade de distribuidores onde aumenta o suporte técnico. Os fornecedores pesquisados neste estudo fazem toda a manutenção e fornecem todo o suporte técnico necessário. A existência de suporte técnico para implantação da tecnologia de identificação garante confiabilidade ao processo e nível de desempenho operacional, uma vez que se decide pela implantação de uma nova tecnologia. 6.4. RASTREABILIDADE O objetivo é ter um maior controle com recursos que apresentam uma capacidade de armazenamento de informações, esta opção fornece uma visão detalhada de cada etapa do processo produtivo que é capaz de tomar decisões, isso é possível porque a RFID dá acesso às informações completas, com esta tecnologia existe a possibilidade de monitorar todas as fases do processo. Assim, verifica-se que com a tecnologia de identificação por rádio frequência, pela sua alta capacidade de armazenamento de dados, possibilita a obtenção de mais informações sobre o processo, trazendo um histórico e acompanhamento de todo trajeto percorrido por um produto/serviço o que possibilita uma maior visibilidade na cadeia de suprimentos. Conforme os fornecedores pesquisados para obter este controle será necessário ter um terminal de controle para a Empresa Kemira poder acessar o sistema, três portais de controle de acesso com leitora/gravadora, antenas, e software de gerenciamento para Empresa 35 Kemira acompanhar toda movimentação através do terminal de controle. 6.5. SEGURANÇA DOS DADOS Quando se refere à rastreabilidade de informações em uma cadeia de suprimentos uma preocupação surge, há a necessidade de segurança informacional e privacidade de determinados dados. Esta preocupação é relevante em qualquer tecnologia de identificação, seja por código de barras quanto por rádio frequência. Uma preocupação é que pessoas não autorizadas obtenham informações sigilosas e até mesmo a realização de alterações nas informações armazenadas em um identificador, ou a tentativa de retirada do chip existente para colocar em outra embalagem, mas caso isso venha ocorrer este chip não irá mais funcionar e ficará registrado o último local que ele estava e aparecerá um sinal que o mesmo parou de funcionar.Na tecnologia de identificação por rádio frequência também existem vulnerabilidades quando se refere à proteção dos dados armazenados em um tag RFID, e uma pessoa que tenha acesso à tecnologia poderia ler a informação armazenada e até mesmo alterá-la. Em contrapartida, evoluções da tecnologia podem trazer embutidas características que dificultam a alteração e leitura das etiquetas, quanto mais seguras, mais caras elas se apresentarão no mercado e em virtude disto, a aplicação para este tipo de situação exige um maior nível de complexidade de forma que justifique este investimento, só poderão ter acesso no sistema com um usuário e senha para que outras pessoas não possam acessar as informações ou até mesmo alterá-las. 6.6. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA A implantação deste sistema acontecerá em cinco etapas, sendo feitas em cada filial da Empresa Kemira, onde a primeira etapa será a instalação dos chips em todas as embalagens, a segunda etapa será a configuração dos checkpoints (ponto de inspeção) que fará as leituras dos chips nas filiais da Empresa Kemira e no fornecedor que coletar as embalagens, a terceira etapa será a instalação dos terminais para armazenar os dados dos leitores e poder dar acesso ao sistema. A quarta etapa será a configuração do sistema para a 36 Empresa Kemira poder acessar todos os dados e a última etapa serão os treinamentos para usar o sistema e os equipamentos. A dificuldade encontrada acontecerá nas instalações dos chips devido algumas embalagens se encontrarem nos clientes, então no primeiro momento será instalada em todas as embalagens que estiverem em cada planta e conforme forem chegando as embalagens que se encontram nos clientes e terceiros serão implantados os chips. A aquisição dos chips será para a frota que é de aproximadamente 8.000 embalagens IBC, trabalhando com uma faixa de segurança de 1% (80 chips) para qualquer eventualidade que possa ocorrer durante este processo, e conforme a chegada das embalagens e quando atingir uma quantidade de aproximadamente 40 embalagens o fornecedor virá instalar os chips sem custo até a conclusão de todas as embalagens da frota. O fluxo das embalagens IBC atualmente é definido da seguinte forma: as embalagens são envazadas na Empresa Kemira, é emitida uma nota fiscal de remessa para ficar registrada no sistema a quantidade que será enviada; segue para o cliente; depois determinado tempo o cliente informa que o IBC está disponível para coleta ou nas próximas entregas a transportadora retorna com as embalagens, porem quando chegam à Empresa Kemira não existe controle da quantidade de embalagens que retornaram e se estas são aquelas que foram enviadas ao cliente, o terceiro efetua a coleta das embalagens na Empresa Kemira para higienização e depois retornam novamente para empresa. Resumindo o fluxo do processo, é da seguinte forma: (Empresa Kemira → Cliente → Empresa Kemira → Terceiro (higienização) → Empresa Kemira). O fluxo com a implantação do novo sistema será definido da seguinte forma: as embalagens IBC serão envazadas na Empresa Kemira; o operador com o checkpoint (ponto de inspeção) informará o sistema com o destino (cliente) e quantas embalagens foram enviadas para o cliente; será emitida uma nota fiscal de remessa e a empresa terceira que faz a higienização visualizará onde as embalagens estão e depois de um determinado tempo a mesma irá coletar; quando chegar à empresa terceira será passado o checkpoint para informar o sistema que já saiu do cliente e que está no processo de higienização; depois é devolvido e quando as embalagens chegarem à Empresa Kemira o operador irá passar o checkpoint para finalizar o processo e, automaticamente, informará o sistema que a embalagens retornaram à empresa. A proposta com o novo fluxo é definida da seguinte forma: (Empresa Kemira → Cliente → Terceiro (higienização) → Empresa Kemira), reduzindo um processo neste fluxo (que depois do cliente vai para higienização), reduzindo tempo, custos com fretes e 37 quilometragem. 6.7. EQUIPAMENTOS E INVESTIMENTO A implantação da tecnologia de identificação por rádio frequência prescinde de um cuidadoso e detalhado estudo e projeto de viabilidade para o negócio, isso se dá pelo fato desta escolha envolver diversas variáveis que irão interferir nesta decisão. Um dos atributos importantes a ser analisado é o custo de aquisição para implantação da tecnologia. A partir da análise de propostas comerciais dos fornecedores das tecnologias de identificação, serão apresentadas informações básicas sobre valores de aquisição do sistema de identificação por rádio frequência. Serão apresentados os quatro itens que fazem parte do sistema e depois serão apresentados todos os custos de cada produto por três fornecedores pesquisados. O item 1 será o chip que será colocado em todas as embalagens com dimensões de 6cm x 5cm, que pode ser verificado na figura 3; Figura 3 - CHIP-TAGS Fonte: Fornecedor X, 2013. O Item 2 será o checkpoint (ponto de inspeção) para a Empresa Kemira e para o terceiro que coletar as embalagens poder registrar e informar o sistema sobre a entrada e saída das embalagens, que pode ser verificado na figura 4; 38 Figura 4 - Checkpoint com leitora / gravadora TAG UHF Fonte: Fornecedor X, 2013. O Item 3, será o terminal, para armazenar todos os dados informados e distribuir para o sistema, para a Empresa Kemira poder acessar o sistema instalado e as informações, que pode ser verificado na figura 5; Figura 5 - Terminal com leitora / gravadora TAG UHF Fonte: Fornecedor X, 2013. O Item 4, será os portais de controle de acesso para Empresa Kemira acessar todo o sistema e acompanhar todas as movimentações, que pode ser verificado na figura 6; 39 Figura 6 - Portais de controle de acesso ao software de gerenciamento Fonte: Fornecedor X, 2013. Além dos itens apresentados é necessário ainda: 7 antenas; 1 CPU; 1 modem GRPS (General Packet Radio Service). Os quais estão inclusos no pacote que será apresentado nas tabelas abaixo, cujos fornecedores pesquisados foram denominados de fornecedor X,Y,Z. Tabela1 - Orçamento do sistema Fonte: Fornecedor X Tabela 2 - Orçamento do sistema Fonte: Fornecedor Y 40 Tabela 3 - Orçamento do sistema Fonte: Fornecedor Z Os fornecedores estão localizados nos estados de São Paulo (Fornecedor Z), Paraná (Fornecedor X) e Santa Catarina (Fornecedor Y), o frete dos equipamentos já está incluso no pacote (CIF – frete pago) e o prazo aproximado para entrega é de 25 dias. A manutenção dos equipamentos terão custos que não estão inclusos no pacote. Não poderá ser definido o preço da manutenção devido não se saber qual tipo de manutenção que poderá ocorrer, apenas sabe-se que o custo aproximado de uma hora técnica é R$ 25,00, somados aos custos com deslocamento e estadia. Os equipamentos têm garantia, somente em caso de defeito de fabricação, a garantia não cobrirá defeitos por mau uso. Os treinamentos estão inclusos no pacote. Será feita uma apresentação demostrando todos os detalhes e modo de utilização em cada planta da Empresa Kemira. Faz-se necessário uma análise dos dados apresentados, que será realizada no capítulo 5, de forma a facilitar a compreensão do estudo comparativo entre os fornecedores para buscar saber qual é a melhor opção de investimento desta tecnologia nas embalagens da Empresa Kemira. 41 7. ANÁLISE DOS RESULTADOS As informaçõesapresentadas no capítulo 4 se encontram dispostas resumidamente na tabela 4. O objetivo foi o de saber até que ponto é viável o investimento para instalação de chips nas embalagens IBC, que podemos encontrar resumidamente na tabela 5. Devido à falta de controle das embalagens, as mesmas são enviadas para o cliente apenas com uma nota fiscal, mas a empresa não consegue identificar se as mesmas que retornaram são as que foram enviadas ou se continuam no cliente. As filias da Empresa Kemira possuem em sua frota aproximadamente 8.000 embalagens IBC, com custo individual aproximado de R$ 400,00. Conforme relatórios do sistema utilizado na Empresa Kemira têm uma saída de aproximadamente 2.640 embalagens ao mês, e como não existe controle das embalagens, é estimada uma perda de 2% ao mês. Pode-se observar na tabela 5 o total do investimento, a frota de embalagens atual e o tempo para obter o retorno deste investimento. Tabela 4 - Melhor opção de orçamento Fonte: Fornecedor X 42 Tabela 5 - Total do investimento e retorno Fonte: Fornecedor X e Empresa Kemira 1 O fluxo de instalação acontecerá com a instalação dos chips nas embalagens IBC, os checkpoints ficarão no local de carregamento e descarregamento das embalagens da Empresa Kemira e no terceiro que coletará as embalagens nos clientes, instalação dos terminais para armazenar os dados informados que distribuirá para o sistema, instalação dos portais de controle de acesso ao software, às antenas, CPU e o modem. O chip ficará localizado na parte da frente da embalagem, que pode ser verificado na figura 7; Figura 7 - Localização do chip Fonte: Fornecedor X, 2013. Conforme figura 7, o chip será fixado com parafusos e fita dupla face para garantir 1 Pay-back – Retorno do investimento. 43 maior resistência e caso o mesmo venha ser retirado sua funcionalidade vai parar e vai informar o último local em que a embalagem se encontrava. Tempo para instalação de todo processo é de aproximadamente 72 dias, como pode ser verificado na tabela 6; Tabela 6 - Tempo aproximado para instalação total Fonte: Fornecedor X Tempo aproximado para instalação individual, que pode ser verificado na tabela 7; Tabela 7 - Tempo aproximado para instalação individual Fonte: Fornecedor X Conforme informações dos fornecedores a vida útil destes equipamentos é de 10 anos, mas depende da conservação e modo como são utilizados. A partir das análises realizadas, faz-se necessário verificar o sistema de identificação com o processo, sendo essencial para esta decisão a adequação da tecnologia ao seu uso, estas embalagens da empresa não possuem identificação de sua marca (logo). Conforme tabela 5 há possibilidade de pay-back (retorno do investimento) em 10 meses e redução de perda anual de aproximadamente R$ 254.400,00, por isso, a escolha pela implantação da tecnologia por rádio frequência normalmente se dá quando houver a utilização na identificação de produtos com alto valor agregado, de modo que se tenha, em um tempo considerável, o retorno sobre este investimento podendo justificar a implantação. Assim, serão apresentadas as considerações finais trazendo o fechamento das ideias abordadas durante o presente estudo. 44 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo oportunizou um aprendizado na área de logística reversa e no sistema de tecnologia por rádio frequência. Com a implantação será possível alcançar uma redução de perdas e maior controle das embalagens, atingindo o objetivo principal: discutir a logística reversa e estudar a possibilidade de implantação de chips nas embalagens IBC através da utilização da tecnologia de RFID, devido à Empresa Kemira estar passando dificuldades para efetuar este controle, além de muitos gastos com aquisição de novas embalagens. A logística reversa vem sendo reconhecida como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes ao retorno de bens ao seu ciclo produtivo de origem, ou à sua destinação, como matéria-prima, a outro ciclo produtivo. O bem pode retornar em condições próximas à original. A organização é extremamente preocupada e comprometida com as questões sociais, fato percebido na sua missão, visão e princípios, sobretudo em todas suas ações e processos. A tecnologia de identificação por rádio frequência vem ganhando participação gradativa no mercado brasileiro, como uma tecnologia de identificação, coleta, rastreabilidade e controle no fluxo de material e informacional, o que traz uma eficiência aos processos logísticos. Em um ambiente competitivo, as empresas buscam a diferenciação para a manutenção da sua posição competitiva no mercado, com isso, a escolha por uma tecnologia de identificação se faz necessária através da possibilidade de melhoria de processos, aumento de eficiência, redução de perdas, aumento da confiabilidade do fluxo informacional, de forma que se reduzem a intervenção humana na inserção de dados no sistema de informação, respostas rápidas fornecidas pelo grau de automação no processo. A partir da intensificação do seu uso será favorecido o seu barateamento, assim como o surgimento de mais fornecedores nacionais desta tecnologia e desta forma, contribuindo positivamente para a implantação dentro da organização. Conclui-se que os resultados são satisfatórios, e é viável a implantação deste sistema nas filiais da Empresa Kemira, os objetivos foram cumpridos plenamente, onde pode ser 45 observado que com a implantação deste sistema terá maior controle, informações das embalagens, contribuindo para localização e questões ambientais, redução de custos com aquisição de embalagens, fretes e quilometragem, além de um pay-back (retorno do investimento) em 10 meses e uma redução de perda anual de aproximadamente R$ 254.400,00, com essa redução a empresa pode fazer novos investimento, conquistar novos mercados e obter uma ótima imagem da organização. Atendeu as questões colocadas no problema de pesquisa, sendo possível mostrar a importância de um estudo de viabilidade antes de implantar um sistema. Para uma empresa que esteja estudando a utilização de um sistema de controle de embalagens IBC, a recomendação é que se faça um estudo preliminar que envolva pelo menos as questões básicas descritas a seguir: As necessidades das empresas em tentar identificar as dificuldades operacionais do negócio, envolvendo os profissionais de tecnologia e da gerência, e quais são as deficiências atuais e como poderão ser solucionadas. Se a empresa não tiver a sua disposição pessoas nesta área no seu quadro de funcionários, a recomendação é procurar serviços de terceiros, porém não se deve prosseguir sem este item ser esclarecido. A aderência tem que ser verificada se as funcionalidades do sistema se aplicam no seu negócio e se os benefícios, como redução de custos, redução no tempo das operações e eliminação de erros e retrabalhos serão fáceis de serem obtidos e se o conjunto trará para a empresa uma melhoria significativa de sua competitividade. Neste ponto é importante certificar se o sistema a ser implantado possui grande flexibilidade através de sua parametrização. A tecnologia empregada seja totalmente segura para armazenar dados corretos e que somente usuários autorizados tenham acesso às informações. A rastreabilidade é uma questão essencial, portanto, o sistema deve permitir que o usuário tenha as informações de todo o processo, permitindo saber onde ocorreu algum evento e por quem
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