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Doença de Alzheimer: Definição, Fisiopatologia e Tratamentos

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ALZHEIMER
Alunas: 
Amine Laranjeira, Denise Fagundes, Hulda Lago, Janaína, Karen Garcia.
Universidade do Estado da Bahia- UNEB
Departamento de Ciências da Vida 
Bacharelado em Fonoaudiologia
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Doença de Alzheimer
ROTEIRO
DEFINIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
ETIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, FATORES DE RISCO
SINTOMATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
INTERAÇÃO FARMACOLOGIA X FONOAUDIOLOGIA
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 A doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa progressiva do cérebro, caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. 
Definição
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Doença de Alzheimer
 Alois Alzheimer / August D. - 1906
 A DA é uma forma de demência. A demência caracteriza-se por
um declínio geral em todas as áreas da atividade mental, não sendo uma característica apenas da velhice nem sequer um destino inelutável. É conhecida pela população como “esclerose” e “caduquice”.
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Doença de Alzheimer
 Hipóteses etiológicas
Ainda não se sabe a causa real da doença, porém acredita-se que os aspectos ambientais, infecciosos, neuroquímicos e a pré-disposição genética* influenciam para o seu desenvolvimento, bem como exposição ao alumínio, a radicais livres de oxigênio, a aminoácidos neurotóxicos e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas associadas.
   
 
Tabela: Genes e proteínas envolvidos
 Os principais fatores de risco são a Idade e a Genética (pelo 
menos 4 genes parecem conferir o risco
hereditário para a DA
”Haveria participação das toxinas ambientais, a idade e o metabolismo neuronal. Estes três fatores, associados ou individualizados, aumentariam a tendência à formação de radicais livres, perda da barreira protetora dos neurônios, levando ao fenômeno de excitotoxicidade. Esta levaria ao aumento da vulnerabilidade neuronal, sofrendo alterações em seus DNA, peroxidação lipídica e lesões protéicas, desencadeando a morte celular.”
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Doença de Alzheimer
 O que ocorre na doença?
 Atrofia causada pela degeneração dos neurônios principalmente do córtex cerebral, lobo temporal (hipocampo, amígdala) e sistema límbico.
 Déficit colinérgico pré-sináptico demonstrado pela perda neuronal no núcleo basal de Meynert, origem dos neurônios colinérgicos com projeções para muitas regiões do cérebro (esses neurônios têm a acetilcolina como seu transmissor) 
A perda de neurônios é o principal
acontecimento neurofisiopatológico subjacente aos sintomas da DA.
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Doença de Alzheimer
Com a morte neuronal, há uma marcada alteração do sistema colinérgico e redução dos níveis de acetilcolina. 
 O que ocorre na doença?
Sinapse
Fenda sináptica e vesículas e Acetilcolina 
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Doença de Alzheimer
 O que ocorre na doença?
Do ponto de vista histopatológico e microscópico, encontramos as Placas Neuríticas e os Novelos Neurofibrilares.
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Doença de Alzheimer
procedentes da hiperfosforilação do citoesqueleto da proteína tau
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Doença de Alzheimer
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Doença de Alzheimer
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Doença de Alzheimer
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Doença de Alzheimer
Alguns estudos informam que a presença dos Novelos Neurofibrilares e das Placas Senis ocorre em pessoas idosas sadias:
“As alterações observadas nos cérebros dos afetados podem
também ser encontradas em idosos sadios, porém não conjuntamente e em tal intensidade.” 
Esses fatores vão indicar o grau da doença existente, a gravidade da perda cognitiva e a severidade dos sintomas.
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Sintomatologia
Estágio 1 (2 a 4 anos)
Perda da memória recente
Perda da espontaneidade
Alterações sutis de personalidade
Desorientação quanto ao tempo e data
Estágio 2 (Estágio confusional de demência)
 Cognição e pensamento abstrato comprometidos
 Desassossego e agitação
 Perambulação, ”síndrome do pôr-do-sol”
 Incapacidade de realizar atividades da vida diária
 Comportamento social inadequado
 Falta de discernimento, raciocínio abstrato
 Comportamento repetitivo
 Apetite voraz
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Sintomatologia
Estágio 3 ou Estágio terminal (1 a 2 anos)
Emaciação, indiferença a alimento
Incapacidade de comunicação
Incontinência urinária e fecal
Convulsões
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Diagnóstico Clínico 
Por critério de exclusão de outras doenças
Presença de demência estabelecida por exame
 clínico e neuropsicológico
Anamnese
Exame físico 
Avaliação cognitiva
Exames complementares: 
 1- Análises laboratoriais;
 2- Tomografia Computadorizada 
 3- Ressonância magnética Nuclear
 4- Biópsia do tecido cerebral
 5- Autópsia
Critérios do NINCDS-ADRDA1 
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Aparelho de realidade Virtual faz diagnóstico do Mal de Alzheimer 
Espécie de capacete de imersão muito utilizado em 
 videogames;
Aparelho consegue aferir a capacidade de memória
 e o tempo de reação dos pacientes. 
O programa pode acompanhar as capacidades
 cognitivas - e seu declínio - ao longo dos anos,
 durante as visitas normais ao médico 
 Detect 
Equipamento de imersão
que permite fazer o
diagnóstico dos primeiros
sintomas do Mal de Alzheimer 
Em apenas 10 minutos
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Níveis terapêuticos:
SINTOMÁTICO- objetiva restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, 
as capacidades cognitivas, as habilidades funcionais e o comportamento 
dos pacientes portadores de demência; 
PROFILÁTICO - visa a retardar o início da demência ou prevenir declínio 
cognitivo adicional, uma vez deflagrado processo; 
ESPECÍFICO - objetivo reverter processos patofisiológicos que conduzem
 à morte neuronal e à demência 
COMPLEMENTAR - busca o tratamento das manifestações não-cognitivas 
da demência, tais como depressão, psicose, agitação psicomotora,
 agressividade e distúrbio do sono. 
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
TERAPÊUTICA SINTOMÁTICA
INIBIDORES DE COLINESTERASE -
Aumenta da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas 
principais enzimas catalíticas, a acetil e a butirilcolinesterase
PRIMEIRA GERAÇÃO:
Tacrina
SEGUNDA GERAÇÃO:
Rivastigmina 
Galantamina 
Donepezil 
Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia, dor abdominal, 
aumento da secreção ácida; cardiovasculares: oscilação da pressão arterial,
 síncope, arritmia, bradicardia; outros sintomas como tonturas, cefaléia, agitação, 
insônia, câimbras, sudorese, aumento da secreção brônquica
Novas: o planejamento de subst. Semissintéticas a partir da espectralina e
Cassina levou a LASSBio-767e LASSBIO-822 potentes inibidores de AChE, com 
Alta seletividade e baixa toxicidade
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Sintomática
 Efeitos sobre a neurotransmissão glutamatérgica, que encontra-se alterada nessa doença. (Antagonista ñ comp. do receptor de NMDA).
 OBS: o glutamato é o principal neurotransmissor excitatório cerebral, particularmente em regiões associadas as funções cognitivas e a memória, tais como o córtex temporal e o hipocampo. Age também como excitotocina.
 Indicada para DA moderada a grave.
 O fármaco costuma ser bem tolerado.
 Efeitos colaterais: diarréia, vertigens, cefaléia, insônia, inquietação, cansaço.
Benefícios: funcionais e comportamentais
ESTRATEGIAS GLUTAMATÉRGICAS
Memantina
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Profilática 
ANTIOXIDANTES
Estresse oxidativo, através da formação 
de radicais livres de oxigênio, pode contribuir 
para a patogenia da DA, o que justificaria 
o emprego de substâncias antioxidantes 
Vitamina E (α-tocoferol doses altas (1.000 UI duas vezes ao dia) 
Selegilina (10 mg ao dia) 
Embora nãoproporcionem melhora objetiva da cognição, podem retardar 
a evolução natural da doença, exercendo um suposto efeito neuroprotetor. 
 
A revisão sistemática dos estudosrealizados com antioxidantes no tratamento da DA não sustentam esses benefícios.
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Profilática 
 Estrógeno evidencias atuais não indicam papel terapêutico ou preventivo no uso desse fármaco na demência 
 AINES alguns estudos epidemiológicos mostram menor incidência de DA com o uso regular de antiinflamatórios não esteróides. Os AINES não se mostram eficazes no tratamento dos sintomas cognitivos
 Agentes hipolipemiantes A pravastatina e lovastatina foram associados a menor prevalência de DA . São necessários maios estudos. 
 Ginko Biloba Os resultados dos estudos de metaanálise indicaram que este talvez produza algum efeito terapêutico na dose de 120 a 240 mg/dia mas sua relevância clínica é mínima. Recomenda-se usá-lo com cautela, pois dados sobre a eficácia são limitado, havendo riscos de efeitos colaterais.
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Específica
FATOR DE CRESCIMENTO NEURONAL
Efeitos colaterais importantes, tais como perda de peso e dores intensas, foram responsáveis pela interrupção do estudo e impediram a demonstração e validação de ganhos cognitivos bem definidos. 
A administração intraventricular resultou:
 Melhora nos padrões de fluxo cerebral 
Sanguíneos.
 Melhora no metabolismo de glicose
 Aumento dose - dependente da taxa de 
receptores nicotinicos, mensurados pela 
Tomografia por emissões de pósitrons (PET)
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Específica
TERAPÊUTICA ANTIAMILÓIDE
Tem como pressuposto teórico a hipótese da cascata do amilóide. Nesse modelo, 
o acúmulo de β-amilóide é um evento precoce e obrigatório na patogênese da DA.
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Específica
TERAPÊUTICA ANTIAMILÓIDE
Essas substâncias têm em comum a propriedade de reduzir a transformação de formas solúveis do β-amilóide em polímeros β-pregueados insolúveis
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
TERAPÊUTICA ESPECÍFICA
TERAPÊUTICA ANTIAMILÓIDE
O NC-531 sob a marca Alzhemed® remove as formas solúveis do β-amilóide,,impede a interação entre as glicosaminoglicanas e o peptídeo β-amilóide, supostamente necessária para que os polímeros de β-amilóide adquiram a conformação β-pregueada. 
 Clioquinol (iodocloro-hidroxiquina) é um quelante de cobre, ferro e zinco potencial terapêutico na DA, pois há evidências de que as interações entre o peptídeo β-amilóide e o cobre, o ferro e o zinco estão associados à formação e maturação de placas senis – age modificando a patogenia, reduzindo a deposição de b- amilóide.
Os inibidores das secretases bloqueiam a ação de enzimas proteolíticas envolvidas na clivagem amiloidogênica da proteína precursora do amilóide (APP), reduzindo assim a formação do β-amilóide. enzimas-alvo,são a β-secretase (e a γ-secretase. 
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Tratamento Farmacológico
Terapêutica Específica
IMUNOTERAPIA DA 
DOENÇA DE ALZHEIMER
 Administração de anticorpos em pacientes com a doença de Alzheimer trás esperança para diminuição da progressão da doença e melhora das condições do doente.
 A imunoterapia com B-amilóide poderia ser eficaz na prevenção e no tratamento da DA.
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Tratamento Farmacológico
Terapia Complementar
 Visa intervenção farmacológica secundária; tratamento de sintomas psicóticos, comportamentos inapropriados e depressão. 
 No tratamento usa-se pequenas dose do fármaco, observação do paciente, ajuste devagar da dose, registrar cuidadosamente os efeitos e tentar reduzir a medicação.
 Antipsicóticos
 Antidepressivos
 
 Manutenção da sociabilidade
 
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Tratamento Fonoaudiológico
PODE SER DIVIDA EM 3 ETAPAS:
 • FASE INICIAL
 • FASE INTERMEDIÁRIA
 • FASE FINAL
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Tratamento Fonoaudiológico
FASE INICIAL- INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
A Recuperação das informações através de pistas.
As compensações através da memória PROCEDIMENTAL E IMPLÍCITA. 
Estimulação ao aprendizado, a satisfação, o interesse, a alegria
Estimulação das funções executivas de maneira graduada, como: estudar, ler, fazer, resumos, recordar materiais já estudados.
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Tratamento Fonoaudiológico
FASE INTERMEDIARIA - QUANTO A LINGUAGEM:
Instala-se o quadro AFÁSICO-AGNÓSICO-APRÄXICO;
A fala pode apresentar-se mais lenta → BRADILALIAS
AGRAFIA é freqüente;
Substituições de palavras → PARAFASIAS
Dificuldade em compreender sentenças complexas
Não faz cálculos simples
Perda do poder perceptivo-sensorial (auditivo, visual, tátil)
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Tratamento Fonoaudiológico
ORIENTAÇÃO
A Manutenção da normalidade
Preservação da comunicação 
Não testar o paciente, Evitar Confrontos
Estabelecer rotinas
Oferecer pistas de orientação têmporo-espacial
Promover segurança;
Quanto a alimentação: - O paciente pode esquecer que já se alimentou; - Pode não recordar de como utilizar os talheres; - Os sinais de DISFAGIA são freqüentes exigindo avaliação do profissional fonoaudiólogo para investigação da causa ;
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Tratamento Fonoaudiológico
FASE FINAL
Manutenção da dignidade;
Fornecer um ambiente seguro;
Manutenção do quadro clínico, evitando complicações respiratórias e agravamentos;
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Interação Farmacologia e Fonoaudiologica
IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS.
AÇÃO INTERDISCIPLINAR PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE.
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Referências
Protocolo clínico e Diretrizes Terapêuticas: http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/pcdt/do_d09_01.pdf
Portal Ciência e Vida: http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/38/imprime128076.asp
Inovação tecnológica: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=aparelho-de-realidade-virtual-faz-diagnostico-do-mal-de-alzheimer
MAL DE ALZHEIMER: UMA VISÃO FISIOTERAPÊUTICA: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/114.pdf
DOENÇA DE ALZHEIMER - Perfil Neuropsicológico e Tratamento: http:// www.psicologia.com.pt
SMALL, S.A.; MAYEUX,R. Tratado de Neurologia 10ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002
SILVA, P. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
NITRINE, R.; BACHESCHI, L. A. A Neurologia que Todo Médico deve Saber. 2ª ed. São Paulo: Ateneu, 2003
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n3/137.html
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As principais queixas são referentes ao distúrbio de linguagem que progressivamente se instala.
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Baseia-se na Estimulação Cognitiva onde são enfatizados:
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Na fase intermediária deve-se auxiliar o cuidador a conviver com o paciente, individualizando a abordagem fornecendo informações claras e práticas com relação a doença e os cuidados.
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Na Fase Final da Doença o paciente:
• Não reconhece os familiares; • Não se reconhece no espelho; • Encontra-se desorientado; • Quando deambula aumentam os risco de quedas; • Quanto a linguagem pode apresentar ECOLALIAS evoluindo para o MUTISMO; • Total dependência para AVDs
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1-A associação de técnicas terapêuticas de reabilitação cognitiva + tratamentos fármacos podem auxiliar na estabilização ou resulta ate mesmo numa melhora dos déficits cognitivos e funcionais
 2- O tratamento multidisciplinar visa complementar o tratamento farmacológico e a melhora do paciente, orientação psicológica ao paciente e familiares...
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