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Gabarito da P2 de Equações Diferenciais e Métodos Matemáticos (13/4/2012)
1) Considere a EDO (onde y = y (x))
x2y00 + 4xy0 +
�
2� x2� y = 0
[16] a) O ponto x = 0 é ponto ordinário, singular regular ou singular irregular desta E.D.O.?
[64] b) Encontre uma solução (não-nula) desta E.D.O. pelo método de Frobenius.
a) Escrevendo na forma usual
y00 +
4
x
y0 +
2� x2
x2
y = 0
Como P (x) = 4x e Q (x) =
2�x2
x2 não estão de…nidas em x = 0, elas não são analíticas ali. Como xP (x) = 4 e x
2Q (x) = 2�x2
são analíticas em x = 0, então x = 0 é ponto singular regular.
b) Pelo método de Frobenius
y (x) =
1X
n=0
cnx
n+s ) x2y =
1X
n=0
cnx
n+s+2 =
1X
n=2
cn�2xn+s
y0 (x) =
1X
n=0
cn (n+ s)x
n+s�1 ) 4xy0 =
1X
n=0
4cn (n+ s)x
n+s
y00 (x) =
1X
n=0
cn (n+ s) (n+ s� 1)xn+s�2 ) x2y00 =
1X
n=0
cn (n+ s) (n+ s� 1)xn+s
Então a E.D.O. diz que
c0 (s (s� 1) + 4s+ 2)xs + c1 (s (s+ 1) + 4 (s+ 1) + 2)xs+1 +
1X
n=2
(cn [(s+ n) (s+ n+ 3) + 2]� cn�2)xs+n = 0
Como queremos c0 6= 0; a equação indicial é
s2 + 3s+ 2 = 0 ) s = �1 ou s = �2
O Teorema de Fuchs garante que a maior raiz s = �1 vai gerar uma solução. Usemo-la:
2c1 = 0 ) c1 = 0
cn [(n� 1) (n+ 2) + 2]� cn�2 = 0 ) cn = cn�2
(n+ 1)n
para n = 2; 3; 4; :::
ou seja,
c1 = c3 = ::: = c2k+1 = 0
c2 =
c0
3 � 2 =
c0
3!
) c4 = c0
5 � 4 � 3! =
c0
5!
) :::) c2k = c0
(2k + 1)!
para k = 1; 2; 3; 4; :::
e a solução que encontramos é:
y1 (x) = c0
1X
k=0
1
(2k + 1)!
x2k�1 =
c0
x2
1X
k=0
x2k+1
(2k + 1)!
= c0
sinhx
x2
1
2) [20] a) Encontre a Transformada de Laplace da função h (t) cujo grá…co é dado por
-2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
0.5
1.0
t
h
[40] b) Se uma mola ideal, inicialmente em repouso, é sujeita à ação de uma força externa h (t), seu deslocamento y (t) satisfaz
y00 + y = h (t)
y (0) = y0 (0) = 0
(onde constantes foram normalizadas por simplicidade). Resolva este problema, onde h (t) é a função do item (a).
a) Os segmentos correspondem a y = t� 1 e y = 3� t. Assim:
h (t) = (t� 1)U1 (t) + ((3� t)� (t� 1))U2 (t)� (3� t)U3 (t) =
= (t� 1)U1 (t) + (4� 2t)U2 (t)� (3� t)U3 (t)
No primeiro termo, fazemos f1 (t� 1) = t� 1, isto é, f1 (t) = t; no segundo, f2 (t� 2) = 4� 2t, isto é, f2 (t) = �2t. En…m, no
terceiro, f3 (t� 3) = t� 3, isto é, f3 (t) = t novamente. Agora podemos usar a propriedade da Translação no Tempo:
H (s) = e�sF1 (s) + e�2sF2 (s) + e�3sF3 (s) =
e�s � 2e�2s + e�3s
s2
b) Aplicando a Transformada de Laplace dos dois lados (e escrevendo Y (s) = Lfy (t)g), vem�
s2Y � sy (0)� y0 (0)�+ Y (s) = H (s)
Y (s) =
H (s)
s2 + 1
=
1
s2 (s2 + 1)
�
e�s � 2e�2s + e�3s�
Usando frações parciais
1
s2 (s2 + 1)
=
1
s2
� 1
s2 + 1
Portanto
Y (s) =
�
e�s � 2e�2s + e�3s� 1
s2
� �e�s � 2e�2s + e�3s� 1
s2 + 1
Assim
y (t) = h (t)� U1 (t) � sin (t� 1) + U2 (t) � 2 sin (t� 2)� U3 (t) � sin (t� 3)
y (t) = (t� 1� sin (t� 1)) � U1 (t) + (4� 2t+ 2 sin (t� 2)) � U2 (t) + (t� 3� sin (t� 3)) � U3 (t)
-2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-0.5
0.5
1.0
t
y
3) A propriedade de Mudança de Escala diz que
g (t) = f (ct) ) G (s) = 1
c
F
�s
c
�
onde c é uma constante positiva. Demonstre esta regra.
Temos
G (s) =
Z 1
0
g (t) e�stdt =
Z 1
0
f (ct) e�stdt
Agora, tomando u = ct:
G (s) =
Z 1
0
f (u) e�(s=c)u
du
c
=
1
c
Z 1
0
f (u) e�(s=c)udu =
1
c
F
�s
c
�
2